(Narração Sabaku no Kankurou)

Sai do quarto de Sakura com um sorriso de vitória nos lábios. Ainda não parecia acreditar em como fora fácil te-la em minhas mãos. Dessa vez não teria ninguém para salva-la até por que não seria necessário. Ela não poderia recusar nada que eu pedisse. Bastou apenas um descuido. Podia ver nos olhos dela que estava apaixonada. Nesse ponto as mulheres são todas iguais. A paixão a medida do tempo se torna evidente, basta apenas observar para se chegar a essa conclusão. Mal poderia esperar para vê-la. Seria interessante ver como ela iria se comportar. Sakura não é do tipo que coloca tudo a perder. Desci as escadas e vi que Gaara não estava no escritório. Estranhei essa situação. Apenas Temari estava ali.

- Nunca pensei que veria o dia que ele não estaria sentado nessa cadeira – disse divertido na soleira da porta.

- Realmente é difícil mesmo de acreditar – disse Temari soltando um suspiro.

- Bem, se ele não está aqui deve estar em alguma reunião, certo? – perguntei indo até minha irmã, lhe dando um abraço.

- Bingo – disse minha irmã assim que me soltou.

- Gaara trabalha demais Temari – disse me sentando – Um pouco de distração não faz mal a ninguém.

- Hunf – fez Temari – O que você chama de distração?

- Mulheres – respondi soltando uma risada.

- Já deveria ter imaginado que diria isso – disse Temari cruzando os braços – Não sei por que me surpreendo...

- Ora Temari, o que você acha que eu diria? – perguntei – Gaara tem que aprender a aproveitar mais a vida.

- E você vai ensinar? – perguntou zombeteira.

- Poderia – respondi.

- Não acabe com a vida dele – disse minha irmã indo até a janela.

- Do jeito que fala até parece que está com ciúmes – disse me levantando – Calma, eu não fazer dele um perdido...

- Espero que sim Kankurou – disse Temari ainda de frente para a janela.

Achei melhor sair. Se continuasse ali provavelmente começaríamos a discutir. As últimas palavras dela me soaram um tanto quanto frias. Ficou claro para mim o ciúme que ela tinha de Gaara. Mas em parte eu não deveria ficar surpreso. Toda vez que tocava nesse assunto ela ficava arisca. O mesmo quando falava com ele sobre Temari. Porém, ele não demonstrava tanto ciúmes. Quando cheguei ao quarto me joguei na cama. Olhei para a porta. Pensei em levantar e chamar Sakura. Porém, achei melhor não faze-lo. Mais tarde seria mais apropriado. Ela parecia estar esperando que Kakashi voltasse. Ótimo, ele poderia até voltar. Mas a Sakura vai estar em meus braços.

(Fim da narração)

(Narração Hatake Kakashi)

“O que você está fazendo comigo Sakura?”, era o que eu me perguntava. Quando lhe vi apenas enrolada naquela toalha, confesso que pensei em arrancá-la. Tomar para mim o corpo que agora é de uma mulher feita. Percorrer minhas mãos pelo corpo cheio de curvas. Pensamentos insanos conduzem a atitudes insanas. O instinto fala mais alto que a razão. Eu não sou assim. Mas, quando estávamos tão perto um do outro. Eu não consegui me segurar. Primeiro as mãos para logo em seguida beija-la. Lábios macios e doces. Nenhum defeito. Perigosamente perfeito. Perigosamente tentador. Confesso que nunca me imaginei nessa situação. Gostar de alguém que é no maximo quatro ou cinco anos mais novo que eu. O destino é mesmo uma caixinha de surpresas. No final da tarde estava andando com Sasuke pelos arredores da mansão. Algo o estava incomodando. Eu podia perceber. Eu havia parado de andar e ele assim que percebeu, fez o mesmo.

- O que foi Kakashi? – perguntou Sasuke.

- Nada, acho apenas que algo está lhe deixando inquieto – disse colocando as mãos no bolso – Presumo também que não seja o Naruto...

- Nenhum – disse Sasuke.

Logo após as palavras de Sasuke o silênco se instalou. Seguimos para a mansão novamente e depois nos separamos. Enquanto tomava um banho pensava no que estar poderia estar incomodando Sasuke. Mas nada vinha a minha mente. Acabado o banho, me enxuguei e coloquei uma calça. Porque não ir vê-la?, Perguntava-me olhando para a porta. Resolvi ir até ela. Não estaria perdendo nada. Porém, eu conseguia ouvir rumores que vinham do quarto dela. Estranhei e comecei a andar nas pontas dos pés. Sorrateiramente. Quando abri a porta, juro que pensei estar vendo coisas. Sakura estava sendo prensada na parede por Kankurou sem ao menos resistir. Ela sorria e percorria a mãos pelos cabelos dele, pelo pescoço. Sempre sorrindo. “Desgraçada!”, foi o que pensei. Tudo o que eu havia tido e feito serviu para nada. Havia sido um completo idiota. Um boneco nas mãos dela.

- Ka...Ah não... – disse Sakura assim que me percebeu ali.

- Não fala nada Sakura – disse balançando a cabeça negativamente – Desculpe atrapalhar vocês.

No instante seguinte sai batendo a porta com força. Não podia acreditar que me deixei enganar daquela forma. Ela havia feito o que não deveria, ter traído minha confiança.

(Fim da narração)