Nós Dois escrita por U_H_U_Haruno


Capítulo 11
Capítulo 11: Entrega


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem...
Eu tentei seguir uma idéia muito mara, só que não consegui T.T
Mas, mesmo assim, espero que gostem.



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Kakashi Pov`s On

 

 

Ainda estava ali. Todos haviam ido embora, mas, eu permaneci. Vi vários rostos conhecidos e todos carregando a mesma expressão. Mórbida e melancólica. Tsunade-sama permaneceu o tempo inteiro calada, recebendo os pêsames. Todos a abraçaram e pediram que fosse forte. O único barulho que se pode ouvir foi o de farfalhar das folhas. As amigas mais próximas de Sakura, como Ino, ajoelharam sobre o tumulo. Tocaram a foto da amiga e disseram adeus. E eu ainda permanecia ali, inerte em pensamentos. E se ela estivesse viva? E eu tivesse feito alguma coisa a mais? Ela estava em uma completa sinuca. Não tinha opções e mesmo as suas últimas palavras me tocaram. O dia em que a vi junto dele passava como um filme perante meus olhos. Porque tinha que acabar assim?!. Eu...Não sabia explicar, mas, a minha atração por ela se tornava evidente a medida que ficávamos mais próximos.

 

 

- Kakashi-san...

 

 

 

Ouvi meu nome sendo chamado. Continuei ainda virado de costas. Quem poderia ser? Pensei que estava sozinho. Com um suspiro vir-me-ei para então ver quem era. Os olhos castanhos marejados em bondade. O cabelo preso em um rabo-de-cavalo alto. A pele morena que contratava com a minha, alva. A chuva ameaçava cair e, logo senti um pingo sobre mim.

 

 

- Você ainda ficou. Vim ver como estava – disse postando-se ao meu lado.

- Estou como vê, Iruka – disse – Mas, acho melhor irmos embora, não é?

- Claro, daqui a pouco a chuva começa a engrossar – disse Iruka com um sorriso.

 

 

Começamos a caminhar, lado a lado. O silêncio instalou-se entre nos. De todos não o esperava ali, preocupado comigo a ponto de vir em minha procura. Senti que algo tocava minhas mãos. Olhei para baixo e vi que eram as mãos dele. Parei de andar e, ele, surpreso, fez o mesmo. Não sabia o que falar, mas, muitas coisas se passaram pela minha mente. Talvez eu estivesse sendo ríspido demais. Um pouco de afeto nessas horas se faz necessário.

 

 

- A chuva parece que não vai parar tão cedo, - disse Iruka vindo até mim, estendeu as mãos – Porque não fica lá em casa até ela passar?

- ...

- Vou encarar como um sim, - disse juntando as mãos sobre as minhas – Vamos logo! Quer pegar um resfriado?

- Tudo bem, - disse dando-me por vencido. Ele tinha razão, a chuva demoraria a passar.

 

 

Logo vi as pessoas. Não demoramos a chegar à casa de Iruka. Nossas mãos ainda continuavam juntas. Não porque eu quisesse, mas, sim porque ele as segurava com força. Algumas pessoas olhavam para nos e isso me incomodava. O que eles achavam? Que eu e ele estávamos juntos? Não, isso não. Ele abriu a porta e me deu passagem. Dois sofás bonina e cortinas claras. Uma mesinha de centro, uma foto em cima desta. Livros na estante perto da escada. Tudo simples de bom gosto, admiti. Pediu que me sentasse enquanto pegava roupas secas e uma toalha. Sentei-me e me pus a esperar. Na foto, ele e Naruto. Tudo parecia estar bem naquele dia. O sorriso de moleque de Naruto com Iruka o abraçando por trás. Tudo parecia estar bem. Assim que chegou, deixei o porta retrato que havia pego ao meu lado, entre a almofadas coloridas.

 

- Está fazendo frio, não é? – perguntou jogando uma toalha, - Deixei as roupas em meu quarto. Creio que se sentira mais a vontade.

- Obrigado Iruka, mas, não precisa de tanto zelo – disse me levantando. As pálpebras estavam se fechando. Aquele crepúsculo atiçava meu sono.

- Precisa sim. Sabe que me importo com você – disse acariciando minha face, - Agora vá logo.

 

 

Outras palavras que me deixaram sem ação. Aquele toque aqueceu minha pele fria. Passei por ele, indo até as escadas. Um brilho diferente nos castanhos opacos. Subi os degraus e vi que uma porta estava aberta. Presumi que era o quarto dele. Entrei e vi na cama uma calça de moletom e uma blusa. A temperatura realmente baixara. O vento deixava a sensação térmica menor. Fechei-a e me troquei. Vi o céu negro. Raios o cortavam. Uma mistura de brando e azul. Uma tormenta sem fim. Desci as escadas e ele estava no sofá. Olhava para qualquer ponto da sala. Aproximei-me e ele logo virou-e de frente para mim, sentando sobre as próprias pernas.

 

 

- Essa roupa caiu bem em você – disse zombeteiro. O brilho não se apagara. O meu olhar vagou pela sala, menos para ele.

- Vou levar como um elogio – disse sentando-me. O corpo estava cansado e precisava de repouso.

- Pode deitar se quiser – disse batendo nas próprias pernas – Está tão abatido. A morte dela acabou com você.

 

 

No momento aquela pareceu melhor das opções. Minha cabeça repousou nas pernas dele. Era tão acolhedor. As mãos dele bagunçavam meu cabelo. De barriga para cima, encarei o teto branco. O corpo de Iruka emanava algo que não conseguia explicar. E como se estivesse em paz. Os problemas naquele instante pareciam sumir.

 

 

- Vou cuidar de você – disse abaixando o corpo, - Acredite – depositou um beijo em meus lábios.

- ...

- Imaginei que ficaria assim, abobado – disse entre risos.

- Como pode me conhecer assim? – perguntei passando minha língua pelos lábios. O gosto ainda empregado.

- Os anos, - disse Iruka próximo ao meu ouvido – Ele nos ensina muita coisa – mordeu o lóbulo da orelha.

 

 

Aquilo estava se tornando provocante. Joguei o corpo para frente e fiquei de modo que nossos olhares se encontrassem. Não sei o que poderia ser, talvez a falta de se sentir amado, ou seja, lá o que fosse. Minhas mãos rodearam a cintura dele, o trazendo para perto. As mãos passaram para me pescoço. Nossas línguas se entrelaçavam. Queriam explorar cada canto até então, desconhecido. O deitei, jogando meu corpo sobre o dele. Meus instintos estavam completamente fora de controle. O que ele tinha que estava me deixando assim?. O ar se fez necessário, separando-me daquela boca doce e insana.

 

- Descanse – disse invertendo as posições. Dessa vez eu estava por baixo.

 

 

As respirações descompassadas. Logo o vi adormecer, deitado sobre mim, sorrindo. Aquele não era o momento de tentar entender o que se passou conosco. Afaguei o cabelo castanho, com as pontas dos dedos, adormecendo também.

 

 

Kakashi Pov´s Off

 

 

Naruto Pov´s On

 

 

Estava me sentindo completamente inútil ali. Kurena e Tenten já haviam providenciado as coisas que precisaríamos aquela noite. Eu as ajudei, mas, queria não estar ali.

 

- Naruto, o que foi? – perguntou Tenten. Estava sentando defronte para a chama e ela ao meu lado.

- Nada, Tenten-chan – disse apoiando o cotovelo na perna – Neji está demorando, não é?

- Agora que você falou... – disse Tenten pensativa.

- Vou atrás dele, já volto – disse dando um beijo na bochecha dela – Não irei demorar.

 

 

Comecei adentrar a floresta. Pegava-me pensando no Hyuuga, sem nem ao menos querer. Deveria pensar em Sasuke, não é? Então, porque outra pessoa? . O coração ás vezes me engana e confunde. Ouvi o barulho de água correr. O passo cada vez mais leve. O luar incidia sobre a superfície cristalina do lago. Neji estava ali, sentando em cima de uma árvore.

 

 

- Pensei que estava atrás de comida para nos – disse cruzando os braços. Aquilo só podia ser brincadeira. Estava morrendo de fome enquanto Nej ficava pensando na “morte da bezerra”?

- E estava, - disse o Hyuuga – Olhei ali – indicou com o dedo indicador alguns peixes.

- Por que não voltou, então? – perguntei escorando na árvore em que ele estava.

- Desculpe – disse descendo. Parou a minha frente, dando alguns passos – Devo ter preocupado vocês, não é mesmo?

 

 

As mãos dele me prenderam. Cada uma de um lado. Os orbes perolados apenas se aproximavam. Aos poucos me prendia neles. Kuso! Por que não quebrava aquele contato?! .Testa com testa. Vi um sorriso naquela face. Surpreendi-me. Ele nunca sorria.

 

 

- O que pena que está fazendo? – perguntei. Estávamos próximos demais.

- Nada que você não queria, creio eu – disse repousando os lábios em meu pescoço. Soltei um suspiro.

- Mas, - comecei. Neji mordiscava. Aquilo estava me provocando. Como evitar as sensações em meu corpo?

- Você fica muito melhor calado, Naruto – disse descendo uma das mãos para a minha barriga. Elas logo adentraram para dentro da blusa, dedilhando.

- Isso é... – comecei outra vez. Uma das pernas deles roçavam sobre as minhas. Subindo e descendo.

 

 

Ele juntou os lábios aos meus. Fechei os olhos e me deixei levar. Há quanto tempo não recebia caricias? Estava sentindo privado de qualquer toque. Apenas um e desmoronava. Aquilo era errado. Deveria ter o controle de mim mesmo. Neji passava as pontas dos dedos em volta dos meus mamilos. Com certa força, admito. Não posso dizer que não estava gostando. As línguas procuravam suprir o desejo interno que ali estava. Minhas mãos estavam ao redor do pescoço de Neji. Subia a blusa dele a medida que sentia meu corpo sendo cada vez mais prensado contra a árvore.

 

- Pare...Onegai! – pedia mordendo o ombro dele. Ainda havia um resto de sanidade encoberto pelo anseio.

- Se você não quisesse, poderia já ter me largado há tempo, não acha? – perguntou com a voz rouca em meu ouvido, - Tarde demais, Naruto.

 

 

Depois disso capturou meus lábios outra vez. Lembrei de Sasuke e no quanto aquilo estava sendo errado. A culpa se fazia pequena diante ao que Neji estava me proporcionando. Estava amando e sendo amado. Mesmo que fosse por uma noite, mas, estava. Neji ,inverteu as posições. O membro já excitado assim como o meu. Era impossível não estar diante tanta excitação. Nunca pensei em trair. Ele nem poderia saber, então, por que estava me preocupando tanto? Ah sim, eu o amava, mas, naquela noite, eu não seria dele, mas sim do Hyuuga. Pegou-me no colo. Nossos cabelos já desalinhados e as roupas abertas. Fomos até o rio e lá ele me pos no chão. Acabei de tirar a última peça e entrei. A água estava fria, mas, nada insuportável. Pedi que entrasse. Sorrindo moleque ele veio. Com certeza, Hyuuga Neji poderia ser considerado em amante em potencial. O corpo trabalho e o membro explodindo de tesão. Aquilo apenas me excitava ainda mais. Fomos para a parte mais afastada da orla. Afundamos por completo e recomeçamos o beijo. Longo e selvagem, procurando satisfazer o outro ao maximo. Assim que emergimos novamente, minhas mãos foram até o membro dele que ficava de encontro ao meu. Peguei-o e afundei. Minha língua passou por toda aquela extensão ereta e desejável. Puxava com força o trazendo ainda mais para mim. Neji estava sendo meu brinquedo. Era bom controlar. Estava gostando. Abocanhei devagar. Colocando-o entre os dentes. Para trás e para frente. As mãos de Neji afundaram e pararam na minha cabeça, empurrando-a para frente. Eu continuei com intensidade maior. Então, eu senti um líquido quente preencher minha boca. Ele precisou aliviar. Lentamente, ingeri cada parte. Deliciei com o gosto de Neji. Emergi assim que as mãos dele que estavam no meu cabelo, puxaram para cima. Com o dorso das mãos limpei o gozo. Tomei os lábios em outro beijo.

 

 

Sentia as mãos de Neji descendo pela minha costa. Eu deveria aprender a dizer não e parar. Pena que meu corpo não respondia mais aos meus comandos. Agora estavam na minha cintura. Sentia arrepiar. Enlaçei minhas pernas na cintura dele. Os dedos procurando uma passagem. Eles adentravam pela minha fenda, calmamente. Soltava gemidos e suspiros. Talvez estivesse me esquecido de como a dor se transforma em prazer. Apenas um para depois virem os outros. Eles pareciam brincar. Estávamos sendo cúmplices de mesmo ato, só que sem espectadores. Neji então, começou a andar. Minha vontade era de poder gritar, porém, aquilo poderia ser conveniente. Neji começou a caminhar até a orla. Sem dedos e, ainda virado de costas para ele, sentia o membro dele entrar por completo. Estocava-me à medida que falava palavras insanas aos meus ouvidos. Forte e preciso. Eu precisava daquilo. A culpa agora me atormentava. O que eu havia feito?. Não tinha cabeça para pensar nas conseqüências. Eu já havia ido longe demais. Não tinha como fingir que nada havia acontecido. Senti-me completo por algumas horas nos braços de Neji. Aos poucos, fui saindo e antes de se separar de mim, beijou-me. Tínhamos passado muito tempo ali. Precisávamos voltar antes que viessem atrás de nós. Vestimos nossas roupas e confesso que não sabia o que falar ou como agir. Certo rubor tomou conta da minha face.

 

- Que isso não sai daqui, Naruto – disse Neji serio.

- Claro, mas... – comecei.

- Mas, o que foi? – perguntou Neji. Ele estava do meu lado. Começamos a andar de volta para onde estavam Tenten e Kurenai.

- Obrigada – disse sem jeito.

 

 

 

Naruto Pov´s Off


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Notas finais do capítulo

Reviews?
Estou esperando por isso XD