Mia e Michael escrita por jamifrossard


Capítulo 7
Capítulo 7




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/152276/chapter/7

Quarta feira, 11 de setembro, 22:00.

Agora sim eu tenho um mini-loft devidamente equipado com tudo o que preciso para sobreviver aqui.

Foi tão legal comprar coisas para minha casa! Ta, não é uma casa e muito menos minha, mas é meio estranho falar que eu comprei um liquidificador para um quarto.

Enquanto estava no Sam´s Club, meu pai me ligou e só então lembrei que ele viria hoje. “Mia, você vai fazer alguma coisa amanhã?” meu pai perguntou e eu estranhei bastante porque fazia tempos que ele não me chamava para fazermos alguma coisa juntos.

“Tenho uma entrevista amanhã.”

“Entrevista? Pra quem?” Meu pai quis saber.

“People. Coisa de grandmère... Por que?”

“Isso é a noite?” certo, estou com medo. O que esta acontecendo?

“Não, é de tarde. O que está havendo pai?”

“Não é nada Mia, só queria jantar com você. Acabei de chegar e tudo o mais.” Ah que legal da parte de papai! Se ele tivesse falado antes, poderíamos ir ver A Bela e a fera. Ele é o único cara que realmente gosta de ver musicais comigo. Oh, não podemos ver mais, porque eles simplesmente tiraram A Bela e a fera de cartaz. Quem em sã consciência tira o musical mais perfeito de todos de cartaz? Resposta: A Broadway. Mas ainda resta O rei leão e Pequena Sereia. De qualquer forma não veríamos nem um nem outro e nem qualquer musical que fosse, porque não iria só eu e meu pai, Srta. Martinez ou Karen – tanto faz – também iria conosco.

“Karen e eu queremos falar com você...” ele disse todo cuidadoso, parecendo que estava escolhendo a dedos as palavras, só que não tenho mais 14 anos e não demoro séculos para entender algo que é bem óbvia e era bem óbvio o que estava acontecendo aqui.

“Pai não precisa falar comigo como se eu tivesse cinco anos, já entendi o que vocês querem. Que horas vai ser?” Tentei evitar a palavra Casamento, até porque acho tudo muito precipitado, e não é que eu não queira que papai case de novo, só acho muito cedo. Além do mais, grandmère vai matar ele, aposto que ela não sabe de nada disso.

Mas de uma coisa sabemos: Karen não esta grávida.

“Umas 20:00, na suíte aqui do Plaza. Vou pedir um jantar ao invés de irmos a um restaurante.”

“Esta bem pai, eu apareço por ai” fiquei imaginando o que eu vou ficar falando com a Srta. Martinez durante um jantar inteiro.

Meu pai desligou o telefone e voltei a fazer minhas compras, mas não consegui para de pensar no meu pai com a minha professora. O que meus pais viram de tão interessante na AEHS? Fiquei perguntando isso várias vezes para o Lars e ele só respondia “eu não sei princesa.”

Tinha perguntado a meu pai se poderia levar Michael, porque não estava a fim de ficar vendo meu pai com a Karen, porque digamos que ele seja um tanto meloso quando está namorando e eu como filha dispenso total presenciar essas cenas, mas não falei essa parte de não querer presenciar ele com a Karen. Ele deixou eu chamar Michael, então calculei a hora e conclui que Michael não estava mais na reunião e mandei um e-mail pra ele.

“Michael me socorre! Meu pai quer que eu vá jantar com ele porque ele e a Srta. Martinez querem conversar comigo. Você sabe o que isso quer dizer né? Agora me responde: O que eu fiz? O que eu fiz pra merecer isso? E que atração é essa que meus pais viram na AEHS? Fala sério! Outro casamento não. Você tem que ir comigo nesse jantar, não posso presenciar cenas românticas do meu pai com a minha professora, eu vou vomitar ou coisa assim!Socorro! Te amo.”

Uns vinte minutos depois Michael respondeu:

“Mia, pelo amor de Deus não me mande e-mails assim! Estou numa reunião e não posso ficar rindo! Eu sabia que isso ia acontecer! Rsrsrs!!!! Socorro digo eu! Eu tenho que parar de rir e voltar pra reunião. Não vou poder ir amanhã, tenho uma palestra de tarde/noite. Bom jantar! Também te amo!”

Certo, meu namorado esta rindo horrores de mim. E como eu vou ficar sem Michael lá comigo? Nunca pensei que ia dizer isso, mas tomara que grandmère vá! Sério, ela com toda certeza não permitirá cenas dispensáveis para mães (ela) e filhas (eu).

Cheguei ao alojamento com as compras e agora vou arrumar um sanduíche para comer, tomar um banho e cair na cama.

Coisas para fazer:

 1-      Ligar para minha mãe amanhã.

2-      Pensar em algum filme para ver com a Lilly e a Tina.

3-      Arrumar uma coisa pra gente comer.

4-      Ligar para Clair antes que ela tenha um troço.

5-      Escolher uma roupa para a entrevista

Quinta feira, 12 de setembro, 8:30, na aula.

Meu dia hoje está bem cheio. Tem a entrevista na parte da tarde e logo depois o jantar com meu pai. Tenho que me certificar que grandmère irá.

Meu intervalo será bem proveitoso já que ligarei para meu pai e terei que responder os e-mails da Claire antes que ela me mate.

A aula de hoje esta bem interessante, saímos de Jane Austen e fomos para Charlotte Bontë, que escreveu Jane Eyre. Eu tenho que fazer um resumo e uma análise do livro. Charlotte tinha uma irmã, Emily Brontë que escreveu “O morro dos ventos uivantes”. É uma história que se passa em diversas épocas porque começa com a infância de Catarina, seu irmão Hindley e o adotado Heatcliff e termina na fase adulta de seus filhos. Na verdade é um livro muito enrolado e tenho minhas dúvidas quanto a santidade de Catarina. Essa coisa de amar duas pessoas não me convence muito. Mas pelo visto vou ter que entender mais, já que teremos um debate na segunda feira (dia que eu pretendia faltar a faculdade, mas terei que vir já que será uma espécie de avaliação) a respeito do livro.

Essa professora Liv Sachs é realmente bem legal porque até agora não implicou por eu estar escrevendo. Acho que ela pensa que é sobre a matéria e de certa forma é.

Ah! Os convites do lançamento chegaram hoje bem cedo pelo correio! Ficou tão lindo! Peguei alguns – seis para ser mais exata- e vou chamar todos os professores.

Certo, vou parar de escrever e prestar atenção na aula.

Quinta feira, 12 de setembro, 10:00, no refeitório.

 Estava conversando com a Mari (é o apelido dela no Brasil) e ela me disse que tem um namorado inglês. Eles se conheceram quando ela foi fazer um intercâmbio na Inglaterra, sabe, aqueles em que a gente estuda num outro país , mora com uma família e fica lá durante o ensino médio ( eu tinha vontade de fazer isso, não durante o ensino médio, mas por alguns meses, nas férias talvez. Deve ser legal me virar sozinha, aprender uma nova língua, trabalhar... mas meus planos de fazer qualquer espécie de intercâmbio foram por água a baixo na tarde em que meu pai me contou que eu era a única herdeira de um pequeno principado europeu).

Enfim, Mariana conheceu John no colégio em que estudavam e ele passou para Harvard (e outras faculdades inglesas) e ela para a Sara Lawrence ( e também outras faculdades inglesas) mas ela escolheu essa porque John já tinha optado por Harvard e por mais que fique longe da Sara Lawrence, ao menos fica no mesmo país!

Parece que John chega amanhã a noite aqui em Nova York e a Mari está super ansiosa.

Liguei para meu pai e ele disse que grandmère vai porque segundo ele “não estou a fim de morrer”, mas ele esta com medo de que ela Seja ela mesma com a Srta. Martinez e a deixe constrangida.

A Sra. Sachs adorou o convite para o lançamento e garantiu que iria.

Falando no livro, mandei o e-mail pra Claire.

“Claire, calma! Desculpa a ausência, mas estava sem computador – na verdade ainda estou, mas só ontem eu consegui outro – Recebi os convites do lançamento! Ficara lindos, amei! Chamei várias pessoas, estou empolgadíssima, apesar do frio na barriga. Será que vão gostar do livro? E se não gostarem? Será que farão críticas muito perversas?

Tem que confirmar co o Greenpeace o número da conta deles para garantir que eles recebam os lucros dos livros. Ah! Ainda não recebi meus exemplares. Será que foi pra casa da minha mãe? Não estou ais lá, mudei para o alojamento da Sara Lawrence semana passada. Tem como verificar pra mim?

Se lembrar de ais alguma coisa me fala. Pode me ligar ou mandar e-mail,  que preferir.

Mia.”

Meu intervalo terminou, vou voltar para a aula.

Quinta feira, 12 de setembro, 13:00, no refeitório.

A comida hoje esta especialmente boa. É chili! Peguei uma porção dupla de Doritos. Aqui eles não colocam milho no chili, na verdade acho que só lá no colégio que eu vi isso! Tive que explicar a Mari o porque eu ri quando vi o cardápio de hoje.

Acho que Lars anda procurando um outro segurança para poder trocar informações de armamentos e golpes e não precisar ficar ouvindo meus assuntos femininos.  Ele deve estar sentindo tanta falta do Wahin quando estou da Tina.

Lilly me ligou hoje falando que eu não deveria me preocupar com a parte de comidas e bebidas para amanhã, porque ela e Tina estavam providenciando. Ótimo, menos uma coisa para me preocupar.

Vou voltar para a aula da tarde mas não ficarei até o final, por causa da entrevista. Expliquei ao senhor McGuire e ele entendeu total. Acho que ele ficou sensibilizado com o convite.

Claire respondeu meu e-mail.

“Tudo bem quanto ao problema com o computador. Quanto ao resto... Relaxa Mia! O livro será um sucesso! Já liguei para o Greenpeace e esta tudo certo, inclusive o representante aqui de Nova York faz questão de ir ao lançamento – já mandei o convite- Essa questão do Greenpeace vai ajudar muito na divulgação!

Os exemplares realmente foram para seu endereço antigo, cuidarei para que chegue até você ainda hoje ou no máximo amanhã.

A princesa viúva ficou de organizar o Buffet, mas eu preciso da decisão final dela para organizar tudo com o Plaza. Estou tentando falar com ela, mas não estou conseguindo teria como pedir a ela para entrar em contato comigo?

Obrigada!                                                                

Claire.

Editora Avon Books.”

Sempre sobra pra mim ter que falar com a grandmère.

Quinta feira, 12 de setembro, 15:00, no carro a caminho da entrevista.

Desta vez a entrevista não será no Plaza como de costume. Será no Sheraton próximo a Broadway.

Acabei vindo com uma roupa qualquer do meu guarda roupa! Uma blusa meio creme com umas rendas bem delicadas e umas miçangas que é o que da um pequeno brilho na blusa, calça jeans escura e uma sandália de salto incrivelmente confortável.

Sai correndo da faculdade porque meu cabelo estava precisando mesmo ser lavado e escovado! Peguei a primeira roupa que vi pela frente e coloquei na bolsa para tomar um banho no Plaza, antes do jantar com meu pai.

Michael me mandou uma mensagem agora pouco:

“Boa entrevista! Não esqueça o combinado com as perguntas pessoais. Ah, bom jantar! Sobreviva, por favor! Se cuida. Te amo. Michael.”

Eu respondi.

“Tentarei sobreviver, prometo! Se vir uma fumaça branca pode ir me socorrer! E pode deixar, cuidarei das perguntas pessoais. Se cuida também. Te Amo. Mia.”

Lars esta falando para eu parar de escrever porque já chegamos.

Quinta feira, 12 de setembro, 23:30, no banheiro da suíte do meu pai.

Tenho que lembrar de ser eternamente grata a grandmère. Tudo bem, eternamente é muito, talvez só por algum tempo. Ela com certeza me salvou de ficar numa situação bem constrangedora. Eu sabia, eu sabia que meu pai fica inacreditavelmente meloso quando esta namorando, ainda mais que não é uma daquelas modelos que mal sabem onde fica Genovia. Srta. Martinez é inteligente, bonita e tudo mais, então papai fica ainda pior. Mas, quando ele começava a exagerar nos elogios e vinha com aqueles apelidos que graças a Deus eu e Michael não temos, grandmère ‘delicadamente’ falava “Philipe, poupe-nos por favor” e a frase vinha acompanhada de uma revirada de olhos.

Mas foi melhor do que eu esperava (e o fato de a Srta. Martinez não estar grávida ajudou bastante. Desculpe Sr. G., mas é meio traumatizante pra uma garota de 14 anos saber que a mãe vai se casar com o professor porque ficou grávida do dito cujo e tudo bem, mamãe realmente ama o Sr. G e ele também a ama, mas fala sério, eles mal se conheciam.) porque puder ver que meu pai realmente pretende ter algo sério com a Srta. Martinez (que pediu para eu chamá-la de Karen e eu prometi fazer o possível para me acostumar) e eu fiquei mesmo feliz, a final, já estava mais do que na hora dele juntar as escovas de dente com alguma mulher séria.

Quem também vai ficar feliz é a minha mãe. Acho que o sonho dela é ver meu pai casando com alguém, porque ela sempre dizia “Seu pai tinha que arrumar alguém decente, sem ser essas modelos pra parar de me controlar” quando papai inventava de ir lá pra casa quando minha mãe ia sair com o Sr. G e ele ficava falando que era um absurdo uma mãe deixar a filha sozinha pra sair com o namorado.

Meu pai lembrou que ainda sou vegetariana e pediu mais de uma opção e jantar, então não fui obrigada a comer a carne de porco com molho de abacaxi!

Estávamos lá comendo até que ele resolveu falar. Percebi quando segurou a mão da Srta. Martinez – Karen Karen Karen – e eles se entreolharam. Certo, é agora. “Respira Mia, respira!” Tive que ficar repetindo isso a mim mesma. Cadê o Michael??.

“Mia...” meu pai começou a falar. “mãe... Nós temos um anúncio para fazer.” Ele estava falando pausadamente e olhando mais para grandmère do que pra mim. Acho que ele sabe que eu não vou fazer nada que vá deixar a Srta. Martinez constrangida.

“eu e Karen vamos nos casar!” eu realmente tenho algum distúrbio, essa é a única explicação, porque eu Sabia que ele ia falar isso, ta não sabia exatamente, mas fala sério só poderia ser isso. Todo esse jantar, essa formalidade toda, que outro motivo seria? Mas nem assim eu consigo agir como alguém normal e sabe o que eu fiz? Eu engasguei na hora em que ele falou a palavra ‘casamento’! Não foi nada lá muito sério e nem escandaloso, mas foi um engasgo com toda certeza e como se não bastasse isso, comecei a soluçar logo em seguida. Também não foi um soluço tão escandaloso como o da vez em que soube que era princesa, mas mesmo assim!  Fala sério, qual é o meu problema??

“Mia? Você esta bem?” meu pai perguntou. E eu não queria que ele pensasse que eu não estava feliz com o casamento, porque eu estava, total!

“Sim pai. Quando irão se casar?” confesso que tive medo da resposta. “Ainda não temos uma data. É mais um comunicado do que um noivado”. Acho que papai estava mesmo preocupado comigo, ele me olhava com uma cara de “tem certeza que esta bem?”. A Srta. Martinez parecia bem feliz.

“Mia, eu quero que saiba que amo muito seu pai. Sei que pode parecer meio cedo, mas suponho que você como uma boa escritora e leitora de romances, acredite em amor a primeira vista!”. Tudo bem, apesar da repentina crise de soluço, eu estava mesmo feliz por eles dois. Quer dizer, eles pareciam mesmo gostar um do outro e sim eu acredito em amor a primeira vista. Além do mais, papai merecia total encontrar alguém não só que o ame, mas que Ele ame. Assim como eu, ele não é muito bom em mentir e todos nós sabemos que ele sempre amou a minha mãe e suas esperanças de voltar a ter qualquer relacionamento com ela, foram por água a baixo quando ela começou a sair com o Sr. Gianini, pioraram quando ela ficou grávida – acho que ele esperava que ela fosse criar o Rocky sozinha, assim como fez comigo – e desapareceram quando ela casou. Mas mesmo assim ele gostava dela, já até me disse isso uma vez.

Então, estou mesmo feliz por ele estar tão feliz com a Srta. Martinez. Só é estranho por ela ter sido minha professora, mas eu já devia ter acostumado com isso. Meus pais têm uma atração pelo corpo docente da AEHS.

“Sim Srta. Martinez, quer dizer, Karen, eu acredito em amor a primeira vista e fico realmente feliz por meu pai ter encontrado alguém que o ame e que ele também ame. Espero que vocês sejam muito felizes e que você se acostume em ser primeira dama!!” ela riu e vi que ainda não tinha pensado nisso.

“Parece que vou ter todo aquele trabalho de novo”. Grandmère disse referindo-se as aulas de princesa.

“Seu pai podia ter escolhido alguém da realeza ao menos desta vez.” Ela disse baixo o suficiente para somente eu ouvir – pelo menos isso- . Será possível que ela é incapaz de ver que o filho dela esta feliz?

“Grandmère, por favor! Papai esta feliz, será possível que não percebeu isso?”

“E eu não podia ficar feliz com alguém melhor? Francamente Amélia, seus pais têm um péssimo gosto!”

“Meus pais estão felizes, isso que importa.” Me levantei e fui me sentar com a Karen (!!!)

Ficamos conversando sobre como tinha sido quando descobri que era princesa e disse a ela que não é tão assustador assim ser da realeza e que o povo de Genovia iria gostar muito dela. Acho que ela percebeu a ‘boa vontade’ de grandmère e me perguntou se eu poderia ajudá-la a conhecer as coisas da realeza e tudo mais. “Posso sim, mas grandmère, quer dizer, minha avó, é bem melhor nisso do que eu!! Não se assuste com o humor dela, ela é assim com todo mundo, principalmente com meu pai.” Eu respondi.

“É, ele me falou um pouco dela!”.

“Você acaba aprendendo a gostar. Demora, mas acontece!” Karen riu do que eu disse.

Terminamos nosso jantar e ficar conversando por mais algum tempo e percebi que meu pai estava mesmo feliz de nos ver conversando e quer saber de uma coisa? Eu também estava! Principalmente porque ela falou do meu livro “Mia, eu sei que você acha que eu não li o seu livro, mas eu li sim. Inclusive mudei a minha opinião a respeito da sua forma de escrever. Uma vez disse que você falava muito sobre celebridades e falava mesmo, mas você mudou muito. Em ‘Liberte meu coração’ eu vi uma Mia mais madura, que se preocupou em colocar veracidade em sua história. É um livro muito interessante Mia, está de parabéns!”. Tudo o que eu conseguia pensar era “UAU”, quer dizer, eu achava mesmo que ela não tinha lido e isso me irritava porque ela ficava falando para o meu pai que o livro era bom e eu achava que estava falando isso só porque estava com o meu pai e queria ficar bem comigo, mas não, ela leu Mesmo! Papai chegou no fim da conversa e disse “A Karen gostou mesmo, esta quase me convencendo a ler!”, isso devia ser algo bom e eu devia gostar de saber que meu pai resolveu ler meu livro, mas lembrei das cenas de sexo.

“Uhm... Não precisa pai... Entendo que romance não é o gênero muito apreciado por homens...”.

Srta. Martinez deve ser lembrado da mesma coisa que eu, porque ela deu um leve risinho quando eu disse que meu pai não precisava ler. Ela foi embora pouco depois disso e ficamos só nos três na suíte de papai e então grandmère que estava quieta demais, voltou a seu estado normal e esta tagarelando aqui, falando que Sebastiano vai trazer uns vestidos para eu escolher e usar na segunda feira. “Você tem que dar um jeito nesse cabelo Amélia. Me diz que não foi assim para a entrevista com a Patrícia(a repórter)?” . Ah qual é, meu cabelo ficou até bonitinho hoje! Fiquei super orgulhosa por conseguir fazer um penteado no cabelo! Era bem simples mas eu fiz sozinha e isso já o torna magnífico.

“Não tem nada de errado com o meu cabelo grandmère”.

“E desde quando você entende de cabelos? Precisa urgente da Emily Davis! Ela é a cabeleireira e maquiadora da Angelina. Na última reunião da Domina Rei ela me disse que a Emily é ótima!”

“Tanto faz!”

“Tanto faz?? Eu falo que vou chamar a cabeleireira da Angelina Jolie e você fala ‘tanto faz’?” ela ficou completamente atordoada e para se acalmar pediu uma dose de sidecar o que fez com que meu pai olhasse bem feio pra ela, mas ela facilmente o ignorou.

“Tanto faz grandmère, eu poderia muito bem arrumar meu cabelo”. Tudo bem, meu cabelo não é dos melhores, mas também não é dos piores e até que ultimamente ele tem me ajudado bastante e nem esta me dando muito trabalho. Só secar com o secador está ótimo!

Lars acabou e chegar para me buscar!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mia e Michael" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.