Remendo escrita por juvsandrade


Capítulo 22
Eterno




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— Copa Mundial de Quadribol! — Hermione resmungava emburrada, enquanto olhava por cima dos ombros para ver se os seus filhos e sobrinhos não se perdiam por qualquer canto daquele gramado imenso. — Como se eu não tivesse mais coisas para fazer... — revirou os olhos, ajeitando o casaco e cruzando os braços em seguida.
— Olha mamãe, o cabelo do Teddy está verde! — Hugo apontou para o outro, com um sorriso enorme e banguela. — Posso pintar o meu cabelo de verde para torcer pela Irlanda também?
— Hugo, querido, você sabe que o Teddy não pintou o cabelo. — a mãe respondeu carinhosa, ajoelhando-se para ficar da altura do filho de sete anos. — E o seu cabelo é maravilhoso assim, como de...
— Um verdadeiro Weasley. Eu sei mamãe. — o sorriso do menininho aumentou. — Posso colocar a minha camiseta da Irlanda agora? Posso? A Rose já está com a dela!
— O seu pai está dentro da barraca?
— Sim...
— Peça para ele pegar a sua blusa então, meu amor. — beijou-lhe na testa e penteou os cabelos com os dedos. — Você viu a sua tia Gina?
— Da última vez que eu a vi, ela estava com a minha irmã, com a Lily e com a Vic, perto de uma barraca do tio Jorge...
— Vou procurá-las... Não saia dessa barraca desacompanhada, Hugo Granger Weasley, a não ser que você queira ficar um mês de castigo... E eu não considero o James ou o Albus uma companhia nessas horas. Muito menos o Teddy! Só saia se estiver com o seu pai ou com o seu tio, está bem?
— Sim, mamãe.
— E fale para os eu pai que devemos estar no campo daqui meia-hora.
— Sim, mamãe.

— E cadê o meu beijo, Peter Pan? — questionou, bagunçando o cabelo dele que ela mesma havia arrumado.
— Aqui, mamãe.

Hugo lhe tascou um beijo e saiu correndo para dentro da barraca com o sorriso sardento e travesso de sempre. A morena sorriu também, seguindo até uma barraca próxima, de seu cunhado e demais sobrinhos. Foi o pequeno Fred quem a recebeu na porta, sorrindo de orelha a orelha e lhe abraçando apertado.
(Por mais que todos os sobrinhos gostassem de Hermione, Fred e Albus eram os que mais se cativavam pela tia e demonstravam facilmente o carinho explicito que sentiam por ela... Sem contar que Hermione era madrinha de Fred, assim como era do irmão de Albus, James.)

— Oi, madrinha! — o garoto lhe cumprimentou educadamente e lhe beijou no rosto. — Tudo bem?
— Estou muito bem Fred, e você? — passou um braço por cima de um ombro dele e aceitou o convite para entrar. O menino concordou com a cabeça e bateu com força em uma pequena goles que acabara de voar em direção a eles e por pouco não acertou a madrinha.
— Pai, você quase acertou a minha madrinha! — o garoto bradou, cerrando as sobrancelhas e bronqueando o mais velho.
— Pelo visto você arranjou mais um protetor, Hermione. — Jorge apareceu em um piscar de olhos, beijou-a em uma bochecha e desapareceu em outro piscar de olhos berrando: — É assim que se joga uma goles, Gina! Está na hora de você virar homem e aprender a jogar da forma certa!
— Desculpe por isso madrinha. — Fred deu um sorriso travesso, semelhante ao do pai.
— Você salvou a minha vida. — Hermione o mimou um pouco e lhe deu um beijo entre os cabelos, empurrando-o em seguida delicadamente para a confusão. — Vá se divertir um pouco porque daqui a pouco temos que ir para o campo.

Sem relutar, o garoto foi para onde o barulho acontecia e se perdeu entre outros ruivos. Gina e Rose que notaram a presença dela por ali se aproximaram, sorridentes e com os braços entrecruzados.
Hermione não pode deixar de admirar a filha um pouco mais do que o normal. Aquela blusa verde vibrante, com a estampa de uma vassoura e com um "Ireland" escrito enorme com letras em dourado destacavam a pele branca da menina, que, com duas trancinhas, não parava de balançar de um lado para o outro.

— Oi! — foi Gina quem falou, recuperando o fôlego. — Estou ficando velha para isso.
— Eu sempre fui velha para isso, se for assim. — Hermione disse, recebendo um abraço da filha. — Quadribol não é o meu forte.
— Você que acha, afinal, não é qualquer mulher que foi ao baile de Inverno com um dos melhores jogadores de Quadribol da era, que se casou com o goleiro da Grifinória, que é melhor amiga do apanhador mais novo que já se viu e que ainda de sobra tem uma cunhada maravilhosa que já jogou para as Harpies. — Rose deu uma risadinha com o que a tia falou e concordou com a cabeça. — Falando nisso o Krum está aqui, você sabia disso? Como ele é o treinador do time da Bulgária...
— Você acha que eu não sei? É só nisso que o seu irmão fala comigo há mais de uma semana.
— Papai realmente está exagerando. — Rose confirmou, apoiando a cabeça no braço da mãe. — O papai não entende que por mais que o Victor seja um homem muito bonito, ele é mais. — a pequena defensora de Ronald Weasley. — E o filho do Victor é bem bonito também...
— Rose! — Hermione arregalou os olhos e olhou para a filha de dez anos sem acreditar. — Imagine só se o seu pai escuta você falando isso?
— O que? Que o filho do homem que o papai morre de ciúmes é uma gracinha? Qual é o ruim disso? Eu só estou falando, não quero me casar com ele!

— Tal mãe, tal filha. — Gina sussurrou. — Você é uma Maria Quadribol, Hermione, admita. Se a sua filha também for uma, ela terá para quem ter puxado.
— Maria Quadribol? — pasmada, a morena repetiu. — Merlin, eu vou embora daqui. Só passei para avisar que já é bom irmos para o campo...
— Para ver a sua primeira paixão? — Gina provocou, arqueando uma sobrancelha e recebendo um olhar feio da cunhada. — Estou brincando! Eu sei que o Krum nunca foi a sua primeira paixão. Não passou de uns beijinhos e...
— Eu não acredito que eu estou escutando isso! Eu nem queria ter vindo...
— Ah claro, você preferia ficar em casa trabalhando...
— Eu tenho coisas para fazer...
— Todos nós temos! — Gina deu um sorriso e se afastou um pouco, indo chamar o irmão e as crianças depois de dizer: — E o que temos que fazer agora é assistir a Irlanda acabar com o time do Krum, Maria Quadribol!

Hermione revirou os olhos incontáveis vezes, assim como bufou mais do que deveria, sentindo os dedinhos da filha enlaçando com os seus e deixando a frustração se esvair um pouco. Na hora que estavam saindo da barraca de Jorge, Rose falou, bem baixinho, só para a mãe ouvir: — O papai ficaria mesmo bravo se eu falasse com o filho do Krum, né mamãe?
Rindo, ela respondeu: — Você nem imagina o quanto...

I'm jealous of you...
Eu tenho ciúmes de você...

No meio do caminho encontraram com Ron e Harry. O ruivo fez questão de vestir a esposa com uma blusa da Irlanda e beijá-la de forma radiante. Hermione revirou os olhos, mesmo se divertindo em segredo com a alegria boba do marido. Pegando a filha no colo, Ron começou a cantar o hino do time, sendo acompanhado pela garotinha e por Hugo e James, que chegavam logo atrás.
Albus revirou os olhos, pois torcia pela Bulgária.

— Vamos nos atrasar... — Hermione comentou, olhando no delicado relógio de pulso.
— Quem vê até acha que você está ansiosa para o jogo, Hermione... — foi Harry quem comentou: — Mas quem a conhece...
— Sabe que você só age assim porque não suporta atrasos. — Ron completou.
— Pois acha que é uma falta de respeito... — Harry tornou a dizer.
— Mesmo sendo em uma partida de Quadribol. — Ron completou outra vez.

Hermione percebeu que aquele seria um longo (longo, longo, longo) dia.

When the Sun's on your skin
Quando o Sol está sobre a sua pele
I can't hold it in
Eu não posso segurá-lo
And I know it's a sin
E eu sei que é um pecado
But I'm jealous of the Sun
Mas eu tenho ciúmes do Sol

Harry e Ron completando a frase um do outro não era uma coisa agradável de ver e ouvir, ainda mais quando era referente a ela. Revirou os olhos outra vez, segurando uma mão de Hugo e a outra de James e começando a andar, esperando que os homens a seguissem, coisa que eles fizeram. Gina os encontrou com facilidade e Lily abriu um sorriso banguela e enorme quando os viu. Mal tiveram tempo para se falarem, pois precisaram se separar: a família Potter ficaria na arquibancada mais alta, quase tocando o céu, enquanto a família Weasley ficaria no camarote – Ron fizera questão -, ao lado de Kingsley e outros grandes nomes.

Uma leve vontade de revirar os olhos mais uma vez surgiu e passou pela morena enquanto subia as escadas preguiçosamente – coisa rara de se ver – e olhava os filhos pelos cantos dos olhos para ter a certeza de que eles conseguiam acompanhá-la, já que o seu marido era o mais criança da situação, pois tentava subir cinco degraus de uma vez só para chegar antes de qualquer um.
Era para rir ou para chorar?

— É só uma partida de Quadribol... — sussurrou para si mesma, sabendo que o ruivo não conseguiria escutá-la por estar adiante e seguindo a reclamar por conta disso: — Você não morrerá por causa disso, Hermione. É claro que você poderia estar terminando aqueles relatórios que são para segunda-feira ou ajudando Hugo com os deveres, mas você pode fazer isso amanhã, assim que voltar para casa. É só uma partida de Quadribol...
— É o melhor dia da minha vida! — Hugo cantarolou ao seu lado, segurando com mais firmeza a mão que lhe era estendida e tentando apressar os passos. — Vamos, mamãe, eu não quero perder um segundo sequer!

Por causa do filho – e só por causa disso – ela cedeu e deixou o receio de lado, andando normalmente e chegando ao lugar que lhe era de direito, procurando o marido no mesmo instante com olhar para conferir se ele e Rose estavam bem e notando que o mesmo se encontrava com uma postura rija, coisa que, obviamente, não era normal. Afinal ele era Ronald Weasley, tinha quase dois metros de altura e desengonçado poderia ser o seu nome do meio, ao invés de Bilius... Postura reta não era lá uma de suas qualidades.
Andou até eles, com Hugo ao lado e entendeu o porquê de tudo aquilo.
Quis revirar os olhos milhares de vezes por saber que a sua semana e provavelmente o seu mês estavam estragados.

Ron apertava desgostosamente à mão de Victor Krum, que lhe sorria de forma amigável e não carregava uma carranca como o outro. Rose, adorável como sempre, cumprimentou o "inimigo" com um beijo estralado na bochecha (ele se agachou para vê-la) e deu uma risadinha quando ele disse que era uma pena ela torcer pela Irlanda...
As orelhas de Ron poderiam pegar fogo a qualquer momento.

— Mamãe, por acaso aquele é o Victor Krum?

Tarde demais. Hugo dera com a língua entre os dentes e falara alto, como costumava fazer. O pai, a irmã e o "inimigo" olharam para trás, avistando-os e tendo reações diferentes. O rosto de Ron ficou da mesma cor das orelhas. O sorriso de Krum aumentou. Rose... Não fez nada de diferente.

— Sim, querido, é. — Hermione respondeu ao filho, aproximando-se dos demais, mas querendo sair apressadamente dali antes que houvesse uma explosão. — Olá, Victor. — falou, evidentemente feliz em ver o amigo e ignorando qualquer acesso de raiva que Ron poderia ter mais tarde.
— Olá Herm-oni-ni... — pegou uma mão dela para beijá-la ali, em sinal de cavalheirismo.
— Como você está? A última vez que fiquei sabendo algo sobre você foi quando a sua segunda filha nasceu. Nina, não é mesmo? — referiu-se a filha do amigo e notou como os olhos do mesmo brilhavam com a referência.
— Eu estou bem. Minha filha é maravilhosa... — o mais velho olhou para baixo, avistando o pequeno ruivo que mal se continha de agitação ao ver um grande ex-jogador de Quadribol parado logo em sua frente. — Esse é o Hugo, não é mesmo? — fez-lhe um cafuné depois que o menininho concordou com a cabeça. — Foi bem dividido... Rose é o pai em pessoa, enquanto o garoto é você escrito... Tirando a cor do cabelo.

— Genética forte. — Hermione deu um sorriso doce, abraçando o filho entre os braços. — Sua família está aqui, Victor?
— Sim, sim... — o moreno concordou, olhando ansioso para a escada. — Eles estão vindo, eu espero... Verena está tentando arrumar as crianças, mas esse é um trabalho difícil.

Uma coisa estranha aconteceu depois daquilo: Ron sorriu.
Sabe-se lá por qual motivo. A face dele até mesmo perdeu a coloração avermelhada de antes. Ele apenas sorriu, sentindo Rose abraçar-lhe na cintura e olhar para o outro homem, parecendo distante na conversa, pois de segundo em segundo olhava para o campo, como se o jogo começasse em qualquer instante. Hugo fazia o mesmo. Todo o fascínio pelo ex-jogador passara em questão de um piscar de olhos (crianças...) e agora a atenção era toda voltada ao carinho que a mãe fazia em seus cabelos. Hermione sorria, mas não aquele sorriso. Ela sorria, assim como ele.

— Nem me fale como é trabalhoso cuidar desses diabinhos. — foi Ron que falou e os olhos de Hermione quase saltaram de órbitas.
— Hey! — Rose resmungou em protesto, mas foi só.
— Não me venha com essa, Rosie... Você não é lá uma flor que se cheire... — o pai brincou, arrancando uma risada dela.
— Não fale isso para mim. Você e mamãe que escolheram o meu nome, por isso a culpa é de vocês. Se há contradição com o significado do meu nome com o jeito que eu ajo, não posso nem ao menos me desculpar porque a escolha não foi minha. — a pequena disse de uma vez só e foi Krum quem riu daquela vez.
— Parece com você falando, Herm-oni-ni...
— E é teimosa que nem a mãe, também. — Ron completou, vendo a esposa corar pelo rabo dos olhos...

Contudo, como ela ainda estava incrédula pelo fato da marido estar se esforçando para manter uma conversa civilizada com o maior "inimigo", nem ao menos teve forças para se defender.

— Mamãe você trouxe o meu lanche? — Hugo se intrometeu, mesmo sabendo que era falta de educação interromper uma conversa. — Eu estou com fome.
— Acho melhor você não comer nada pesado agora, querido... Você está agitado e pode passar mal.
— Então tem algo leve?

Hermione deu uma curta risada, sabendo que não conseguiria driblar um de seus filhos quando o assunto era comida. Confirmou com a cabeça para depois olhar para Krum amistosamente.

— Victor, se você me der licença eu preciso ir alimentar essa fera... — falou, vendo que Rose se manifestava também pela idéia de comer.
— Não se preocupe Herm-oni-ni... Eu preciso descer para conferir se Verona está bem e depois vou ver o meu time... Fique a vontade.
— Foi um prazer vê-lo, Victor... — a morena disse e se afastou depois de abraçá-lo.

Sentou-se com o filho no colo, sabendo que a filha logo começaria a rondá-la, querendo saber se o que ela levava na bolsa era algo que lhe agradaria o paladar também. Hermione se distraiu com os lanches que percebeu somente quando os filhos devoravam os sanduíches que Ron ficara para trás...Conversando com Krum!
Estremeceu, não permitindo que a boca tocasse ao chão. Por mais que tentasse regressar a se distrair, os esforços foram em vão. Os cinco minutos que o marido e o amigo trocaram palavras sem estarem acompanhados dela pareceram eternidades e quando viu que o primeiro se achegava, depois de se despedir do segundo com um aperto de mão, tentou se controlar ao máximo para não enchê-lo de perguntas... Mas ela tinha aquele direito, não tinha? Afinal, pelos calções de Merlin, algum balaço acertara em cheio a cabeça de Ron?

— O que foi aquilo? — ela sussurrou no ouvido dele, não querendo que os filhos escutassem outra conversa que envolvesse o "inimigo", ainda mais depois de terem o conhecido.
— Aquilo o que?
— Aquilo, Ron! Você sabe do que eu estou falando!
— Você está se referindo ao Krum?
— Ao que mais poderia ser?
— O que você quer saber?
— Você não está bravo comigo? Nem ao menos vai brigar por causa disso?
— Hermione... — ele lhe deu um sorriso incrivelmente quente, abraçando-a por cima dos ombros e beijando-a na beirada do ouvido em que murmurava: Você quer saber o porquê de eu não estar bravo?
— Sim, por favor! — aquilo tudo era tão, tão, tão estranho...
— Bem... Os nossos filhos não negam os pais que têm, você está vestindo uma camiseta da Irlanda e, principalmente, você está aqui comigo. Não há razões para eu me irritar.

Daquela vez Hermione não conseguiu controlar e deixou a boca cair, beliscando-se sutilmente em um ato reflexo bobo, somente para ver se estava mesmo acordada e lúcida. A surpresa foi gigantesca quando se pegou olhando nos olhos de Ron e ver que o que ele falava era sério.
Onde estavam os gritos? Ou o famoso: "O Krum é um idiota!"?
Entreabrindo a boca – que ainda estava escancarada – para tentar dizer algo, Hermione se obrigou a ficar calada, não conseguindo pensar em nada para dizer. E como ela odiava aquilo. Não conseguir pensar. A culpa era sempre da imprevisibilidade de Ronald. Sempre! Tragou a saliva um tanto quanto contrariada, mas tendo o intimo banhado de orgulho do marido pelas palavras proferidas que, obviamente, a emocionaram, além de impressionar.

Aquele era Ron, o seu marido, um homem, deixando de lado por alguns minutos o Ron, seu marido, um homem com jeito de criança, para lhe dizer, finalmente, que tudo estava bem em relação aquilo. Não que o ciúme um dia fosse terminar, contudo enfim ele parecia ter abertos os olhos para notar que os olhos dela e todo resto eram dele. E de mais ninguém. Os quase dezoito anos que ele havia demorado a entender aquilo poderiam ser facilmente esquecidos apenas pelo sorriso que ele lhe deu, talvez orgulhoso de si próprio, enquanto a encarava amavelmente e lhe acariciava com o polegar do dedo uma bochecha.

— Você se lembra... — ele parou, um tanto quanto encabulado, para respirar e seguir a dizer: — Na noite do nosso casamento você disse que se eu olhasse em seu dedo, veria a minha aliança, e se eu olhasse em seus olhos, me veria...? — falou suavemente, tendo noção de que os olhos dela ganhavam um brilho diferente (mais intenso) com a recordação daquela noite e daquelas palavras: — Você falou a verdade...

Emocionada, zonza, ela lhe sorriu de olhos fechados, ainda tendo como carícia aqueles dedos em seu rosto, contornando as suas feições e lhe deixando ainda mais mole, como se o corpo fosse despencar a qualquer segundo pela fraqueza causada pelos toques. Sorriu-lhe com amor, como costumava fazer.

— Você se lembra... — Ron prosseguiu, beijando-a suavemente nos lábios e ignorando o eca que Hugo pronunciava, ao visualizar a cena. — Que eu disse que seria para sempre...?

Antes que pudessem falar mais qualquer coisa, Rose deu um berro, tampando a boca com as mãos em seguida. O grito despertou a atenção dos pais e quando eles, preocupados, voltaram o olhar para ela, timidamente ela avisou: — O Mullet, o Troy e o Moran estão aqui! Posso ir pegar um autógrafo, papai, posso?
— O QUE? — Hugo e Ron berraram. — ONDE?

Rindo sozinha com a empolgação de sua família, Hermione balançou a cabeça e sorriu, enquanto cruzava os braços e assistia a afobação dos seus três bens mais preciosos.
Daquele dia em diante, até que ela poderia passar a assistir mais jogos de Quadribol...
... Sem contar que o apelido Maria Quadribol até que não era tão ruim assim.


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