Um Intercâmbio Muito Louco escrita por Mariced


Capítulo 10
Capítulo X


Notas iniciais do capítulo

Notas finais...

~capítulo reescrito por conta da exclusão das categorias de histórias com pessoas reais~



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No capítulo anterior...

"Estava tentando regular minha respiração quando escutei vozes vindo da cozinha. Uma, sem sombras de dúvidas, era daquele idiota.

– Jonathan Bellony, você está morto – berrei assim que passei pela porta."


Capítulo X


POV - Marina


Jace e Paul olhavam-me com os olhos arregalados. Tão arregalados que pareciam que iam cair.



– O que aconteceu com você? – Paul perguntou lentamente, seu olhar percorrendo meu corpo.


– Pergunte para o seu amiguinho – apontei ameaçadoramente para Jace.

– Para mim? – ele parecia surpreso. Falso do caralho.

– Foi tudo sua culpa – berrei.

– Olha aqui, Marina, se você foi brincar com os porcos, a culpa não é minha – deu uma risadinha.

– Porcos? Irei te mostrar os porcos.


Avancei nele como um leão avança no cordeiro, pronta para dilacerar. Levantei o punho para socá-lo, mas como se soubesse o que eu faria, jogou o coitado do Paul na frente. O soco pegou bem no olho do coitado, que caiu de joelho do chão com as mãos no olho. Jace saiu correndo.



– Volta aqui – berrei, indo atrás.



Jace pulou no sofá, virando-o. Ele que iria arrumar aquela merda.



– Lelo, lelo, você não me pega – ele mostrou a língua.


– Está achando que é brincadeira? – fiquei furiosa pela infantilidade – Eu vou matar você.


Depois que demos duas voltas pela casa, eu já estava ofegante. Deus, como aquela criatura corria. E por todo lugar que passávamos, parecia que um tornando havia destruído tudo. Assim que entramos na sala pela quarta vez, eu parei e berrei.



Sabe aquela cena em que tudo para? Todos ficam em silêncio, ninguém se mexe, e só se ouve o cri-cri do grilo? Foi o que aconteceu. Jace parou atrás da mesinha de vidro e Paul colocou a cabeça para fora da cozinha. Seu olho direito estava começando a ficar inchado e roxo.



– Eu vou subir e tomar um banho – avisei, falando entre os dentes – Quando voltar, você vai me explicar direitinho essa maldita história de sermos namorados.



POV – Jace



Eu continuei olhando para as escadas. Que Deus tenha piedade de mim, porque Marina com certeza não terá.



– Cara, você pode explicar, pelo amor de Deus, o que acabou de acontecer? – Paul pediu, colocando um pedaço de carne no olho roxo. Na hora que vi Marina levantando o punho, nem pensei, e joguei meu amigo na frente. O que foi? Meu rosto é bonito de mais para ser estragado.



Contei o que havia acontecido na tarde passada. Da panqueca, da ida ao shopping, das fãs enlouquecidas, dos paparazzi e do site de fofoca.



– Nem começou a fazer sucesso e já vai morrer – disse exatamente o que Dominic havia falado mais cedo – Foi bom te conhecer.


– O que eu faço? – perguntei passando a mão no meu cabelo.

– Morre – respondeu e gargalhou.

– Nossa, Paul, você é incrivelmente hilário.

– Jace, ou você diz que não sabia de nada ou você implora perdão. Com direito a se ajoelhar.

– Eu menti e isso lhe deu um belo olho roxo – relei meu dedo perto do olho dele. Paul se encolheu e tampou com a carne – Vou contar a verdade.

– Boa sorte. Agora tenho que ir. Vou ver o que eu faço com isso – ele apontou para o olho e colocou o pedaço de carne na pia. Eu que não iria comer aquilo.

– Desculpa mesmo, cara – ele me olhou sem entender – Pelo o olho.

– Não se preocupe. Daqui a alguns dias vai estar pronto para outra – brincou.

– Vai, é? Então vou pedir para a Marina te socar de novo.


Ele arregalou os olhos.



– Não fala isso nem brincando. Ela só parece fraca, porque o soco dela é capaz de derrubar um marmanjo de dois metros.


– Mas até vale a pena vê-la nervosa. Ela fica tão bonita – murmurei lembrando de sua expressão sanguinária.

– Bonita? – ele me olhou estranho e ficou encarando.

– Que foi?

– Você está apaixonado por ela – não era uma pergunta.

– Tenho certeza que Natalia já está te esperando – mudei de assunto.

– Eu não acredito – ele murmurou para ele mesmo – Jace Bellony apaixonado.

– Ela também deve estar muito preocupada – continuei, empurrando-o.


Ele continuava murmurando coisas sem nexo e não parecia perceber que eu o carregava até a porta.



– Desde quando? – perguntou olhando para mim – Porque não me contou?


– A Sammy não deixou – sorri e o empurrei para fora da casa, fechando a porta em seguida.


E agora? O que eu diria para Marina?



Ela iria me nocautear antes que eu abrisse a boca. Será que dava tempo para fugir? Eu podia ir para o Pólo Norte, casar com um pingüim. Repreendi-me pelo o último pensamento. Que coisa de viado. E essa merda de fugir? Desde quando tenho medo de mulher? Desde nunca.



Lembrei da expressão de Marina quando ela entrou na cozinha. É, talvez eu tenha um pouquinho de medo. Mas só um pouco.



Subi as escadas lentamente, parecendo um aleijado. Parei na frente da porta do seu quarto. Respirei fundo um, duas, três vezes e bati na porta. Não obtive resposta e bati mais uma vez. Nada. DEUS É PAI, MINHA VIDA DURARIA MAIS ALGUNS MINUTOS. Quer dizer, se ela não respondeu é porque ela não está, não é mesmo?



Não – respondeu uma voz de dentro de mim. Será que era minha consciência?



Ah, dane-se. Abri a porta bruscamente. Marina estava saindo do banheiro secando o cabelo com uma toalha azul. Estava com uma calça jeans e sem blusa, apenas com o sutiã preto. Eu só conseguia pensar em uma palavra: brasileiras.



Quando ela me viu parado na porta, escondeu-se com a toalha molhada. Ela parecia surpresa, envergonhada e irritada.


– O que você está fazendo aqui? Quer perder as bolas?



Arregalei os olhos e coloquei a mão na frente do meu amiguinho. Já começamos bem, ameaças.



– Sai – berrou, vindo na minha direção.



Desci mais que depressa, tropeçando nos degraus. Imagina se ela me castra? Fui para a sala e liguei a televisão. Nem prestei atenção no que passava, ficava o tempo todo olhando para a escada. Depois de uns dez minutos, ela finalmente desceu – totalmente vestida, diga-se de passagem.



Ela pegou o controle e desligou a TV, indo sentar no outro sofá. Ficamos em silêncio por alguns segundos e ela ficava me encarando. Aquilo era tortura psicológica.



– E então – comecei, mudando de posição no sofá – Você... está limpa – sorri, como se aquilo fosse um elogio.


– Bem observado – disse ela em um tom seco.

– Pode começar.

– O que? – perguntei sem entender.

– A sua explicação – esclareceu.

– Ah, sim – Fudeu – Lembra que ontem, lá no shopping, havia alguns paparazzi?


Ela assentiu.



– Eles tiraram fotos e postaram nos sites de fofoca. Estão dizendo que você é minha namorada misteriosa.


– E isso porque estávamos juntos no shopping? – ela tinha deixado aquela expressão séria e parecia pasma.

– Pois é – assenti e fiz a minha cara de político cara de pau – Mas o que aconteceu com você? – perguntei, lembrando de como ela estava.

– Bem, depois que eu saí da biblioteca... – ela começou a contar a história.


O que tinha de trágico tinha de engraçado. Marina caiu em uma poça enquanto fugia dos paparazzi e uma velhinha bateu com uma bengala na cabeça dela. Toda vez que eu ria, Marina fulminava-me com os olhos.



– De qualquer modo – continuou – Desculpa pelo surto de mais cedo. É que eu perdi o meu dia indo na biblioteca e os livros acabaram molhados e sujos.


– Não se preocupe. Se você quiser, peço para alguém ir buscar – ofereci.

– Obrigada, Jace – ela me abraçou.


Fiquei parado nos primeiros segundos, tentando entender o que estava acontecendo. Marina estava me abraçando, percebi surpreso. Na hora, retribui o abraço, trazendo-a mais perto.



– Jace – ela murmurou.


– Sim? – perguntei, ainda abraçando-a.

– Já pode soltar.

– Ah, claro – disse sem jeito, soltando-a.

– Mudando de assunto, como vão os preparativos para a festa?

– Está tudo no esquema – sorri – Bebidas, DJ, comida...

– Quero só ver, hein – lançou um olhar desconfiado.

– Acha que não consigo dar uma simples festa? – perguntei fingindo ultraje.

– Não coloque palavras em minha boca – ela riu.


Eu estava com um bom pressentimento para essa festa.



Continua...



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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? :3

Eu fiquei muuuuuuuito (bastante ênfase no muito) feliz com o retorno de vocês! Comentaram e deram a opinião. Gostei muito :D

Estou terminando de reescrever o próximo capítulo e quando der eu posto. Sei que estou demorando, mas estou um pouco ocupada... Fim das aulas e postagens no meu blog, o Mundo da Noite (deem uma olhada, talvez gostem).

Ah, antes de ir: postei uma one-short de terror, sobre a Bloddy Mary. Se alguém gostar do tema, aqui o link: http://fanfiction.com.br/historia/286285/Bloody_Mary/ Comentem (:

Beijoos,

@MariihGoomes

http://mundo-da-noite.blogspot.com.br/



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