No intervalo, olhou para cantina, não havia sinal da menina. Será que ela foi embora? Por quê? Queria tanto conversa com ela. Ela parecia abatida quando a viu. Cara de choro. Queria ao menos saber o nome dela. Passou o intervalo com a sua querida namorada. Jennifer só falava da festa que ia acontecer hoje à noite em sua casa. Depois do intervalo teve mais aulas. E quando o sinal bateu, indicando a hora da saída. Disparou porta a fora. Não queria que Jennifer o prendesse ao lado dela. Chegou em casa. Decidiu dar um volta na praia. A tanto tempo não fazia isso. Queria ficar descalço, sentir a areia em seus pés. Colocou uma bermuda e uma blusa branca. Andava sempre escutando o gospel. Sua família era cristã, ele era cristão. Em todos os problemas que teve ao longo de sua vida pediu ajuda ao Senhor. Por mais que os problemas sejam mínimos ele sempre pedia a orientação de Deus.  E neste momento estava conversando com ele. Olhos fechados. Andou mais um pouco. Em uma casa de madeira, antiga, reconheceu o rosto da menina da aula de matemática. Ela estava na pequena varanda. Estava com um pano vermelho sobre os pulsos, e parecia pálida. Andou devagar, para que ela não o reconhece-se de imediato. Quando chegara ainda mais perto, a viu, viu que tinha uma faca no chão, suas roupas estavam vermelhas como o pano que segurava. Será possível que ela ... ? Então correu. Correu para ajudá-la.  Pulo o pequeno cercadinho de sua casa e entrou na pequena varanda.  Olho o estado em que ela se encontrava. Mal. Acho que ela não aguentaria se chamassem a ambulância. Então fez uma coisa louca. A pegou no colo, e saiu correndo. O hospital mais próximo era duas quadras dali. Correu, Correu.

- Por favor , não feche os olhos – Jack suplicou.

- Me deixe morrer – ela pediu. Estava toda mole

- Não. – Jack correu mais rápido. Mais alguns três minutos. Ele chegou, chutou a porta principal. Foi a recepção e gritou – POR FAVOR, PRECISO QUE ELA SEJA ATENDIDA O MAIS RÁPIDO POSSIVEL. – A moça da recepção, olhou o estado da menina. Logo médicos, vieram. A colocaram em uma maca. E a levaram. Jack estava tremendo, entrara em pânico. Não conseguia falar.

- Moço você é o que dela? - a mulher da recepção perguntou calmamente.

- Amigo. Sou amigo dela.

- Qual é o nome dela?

- Não sei. – Jack sentou em uma poltrona e começou a orar por aquela menina. Passou algumas horas. E um médico, veio avisá-lo que ela estava fora de perigo. Estava bem , mais ia ficar uns dias no hospital, só para observação.

- Posso vê-la ? – Jack suplicou

- Pode, mas ela está dormindo.

- Tudo bem.

Deu graças a Deus, por tê-la salvado. A viu, estava extremamente pálida. Chegou mais perto, sentou-se ao seu lado. Agora estava calmo. Mas não entendera o motivo de ela ter feito isso. Sentou-se ao lado dela. Ela acordou.

- O que faz aqui? – ela perguntou grossa

- Queria ver como estava.

- Porque me salvou? – ainda estava meio dopada.

- Porque a deixaria morrer? – retrucou. Ela calou-se. Olhou no relógio. 19:00. Festa da Jennifer. Lembrou. – Se importa se eu ficar mais um pouco?

- Fugindo de alguém? – ela o perguntou. Meio dopada

- Sim – sorriu de lado. E ela adormeceu outra vez.