Mia Jenkins escrita por BiaWinchester


Capítulo 3
Capítulo 3 - Mia




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Naquela manhã, Mia acordou ouvindo um choro. Levantou-se, e foi ver o que havia acontecido. Percebeu que vinha do quarto de seu irmão mais novo. Abriu a porta e o viu de baixo da cama, chorando.  Correu para ele.

- Rick, o que aconteceu? – perguntou Mia preocupada. Rick não respondia, ela o tirou de debaixo da cama e o colocou em seu quarto. – Me conta o que aconteceu?

- Eu sou especial. – e tornou a chorar.

- Ser especial não é ruim. – ela o consolou.

- Dylan e Martin, disseram que é muito ruim. Não me deixaram brincar e ainda roubaram o meu buzz lightyear. – chorou ainda mais. A raiva tomou conta de Mia. Não era para ele sofrer esse tipo de coisa. Era muito novo. E um menino brilhante. Mas, pessoas só enxergam o exterior.

- Vai ficar tudo bem ok? – Mia o acalmou. – Da próxima vez, quebre a cara deles. Tem a minha permissão.

- Não gosto de violência – choramingou.

- Tem alguma ideia?

- Vou para Narnia. Lá eles irão me aceitar do jeito que sou. – esse comentário, fez Mia, tremer. Será essa a solução para os problemas dela? Fugir. E recomeçar. Era isso que ela iria fazer.

- Gênio, olha prometo que resolverei isso tudo. Comprarei um novo Buzz, para você. E falarei com a sua escola ok? Mas, por favor, não chora. Se não eu vou chorar também.

- Chorar às vezes faz bem. – ele retrucou, mas limpou suas lágrimas  - mas não te quero ver chorar. – ele deu um pequeno sorriso. E beijou a bochecha da irmã. Mia sorriu

- Obrigada Rick. Obrigada mesmo – o colocou de volta na cama, e foi para o seu quarto. Estava decidida, iria embora. Nunca mais voltaria. Ninguém a entendia mesmo. Ninguém sentiria a sua falta. Voltou ao seu quarto. Pegou sua mala, e colocou todas as suas roupas dentro. Livros. Uma foto de Rick com o avô. Apenas. Pegou o dinheiro que economizara desde os sete anos. Parecia o plano perfeito. Tinha tudo o que precisava. Seria como nunca tivesse existido. Estava quase saindo de casa, quando uma voz atrás dela disse:

- Onde pensa que vai? – era sua mãe.

- Embora. Vou tirar férias disso tudo – gritou. Deu mais um passo.

- Eu a proíbo. – a mãe gritou de volta

- Desde quando a senhora se preocupa comigo? Sempre deu atenção a Truddy. Não cuida direito de Rick. Sabia que os coleguinhas do colégio estão o maltratando? Pensa que a morte do vovô é culpa minha. Pensa que a maldita briga de você e o papai, foi culpa minha. MÃE. Eu te ODEIO.  – A mãe começou a chorar.

- O que te leva a pensar que eu sinto tudo isso? Que eu faço tudo isso? – a mãe retrucou em meio as lágrimas – Sempre fiz tudo para o seu bem. Você é que não aproveitou. Posso te dar tudo, mas você nunca aceita. VOCÊ quer ser diferente. Você se maltrata. – Com esse comentário, saiu e batel a porta. Chorava muito. Foi à casa de seu avô , que ficava em frente a praia. Estava em seu nome. O avô tinha deixado para ela, antes de morrer. Entrou, e sentiu uma sensação de paz junto com uma tristeza sem fim. Sentou-se na poltrona. E ficou ali pensando no que sua mãe dissera. Se o que ela fez foi o certo. Não queria mais sofrer. Queria recomeçar, conhecer outras pessoas. Então pensou em Rick. O que seria de seu irmão sem ela? Ela que o defendia. Ela que cuidava dele. Não podia deixa-lo sozinho nesse momento tão difícil. Decidiu, voltar para casa. Não totalmente. Iria morar na casa de seu avô. Mas iria visitar Rick frequentemente. E iria para aquela maldita escola. Só faltavam alguns meses para se formar. Queria acabar de uma vez. E aceitar o primeiro emprego que encontrasse. Decidiu sair. E esfriar a cabeça. Queria passear. Pegou sua mochila. Colocou seus fones de ouvido e saiu. Caminhava tranquilamente. Já tinha esquecido tudo o que aconteceu de manhã. Então algum ser humano idiota, esbarra nela.

- Desculpa – e a olhou nos olhos – Você está bem? – Ela queria gritar, falar tudo o que tinha entalado na garganta. Mas, não conhecia o garoto. Mal sabia o seu nome. Olhou para ele. Era o menino da camisa xadrez azul. Sentiu seu rosto quente. E respondeu qualquer coisa. Ele pensou que ela estava tentando matar aula. Pediu para que fosse para a escola com ele. Ela aceitou, sabia que ao chegar à porta. Muitas pessoas iriam falar com ele, e nesse momento iria voltar para o seu caminho. 


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