A Deusa do Medo escrita por Ana e Mah


Capítulo 6
O amuleto de sorte


Notas iniciais do capítulo

Eai povo! Finalmente vamos esclarecer algumas coisas =D

Espero q gostem =D E que deixem reviews =P



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PVO Charles

    Ouvi vovó dizer:

     --- Não temos um problema tão grande assim á anos.

     Problema? Ela chamara Si, a doce e amável Si, de problema grande? Quase larguei a mão de Si e fui tirar satisfação com a deusa.

     --- Coitada, não a chame de problema, Atena --- disse papai.

     --- É --- concordou vovô --- Ela não tem culpa de ser assim.

     --- Ninguém tem culpa de nada --- disse mamãe.

     --- É --- murmurei baixinho.

      --- Alguém é culpado sim --- contrariou Atena.

      --- Por quê? Quem? --- perguntou papai confuso.

      Mamãe fez uma cara de quem já sabia a resposta.

      --- Você, senhor Posseidon --- disse Atena ferozamente --- Se não tivesse quebrado o juramento, esse seu filho não nasceria, e muito menos a filha dele!

      --- Senhora Atena, eu não acho que deveria reclamar, pois saiba que meu filho já salvou sua filha e o Olimpo diversas vezes, e pelo que eu saiba, o Olimpo inclui você! --- retrucou vovô.

      --- Veja bem “titio” --- disse ela ironicamente --- Se seu filho não tivesse nascido, nada disso teria acontecido. Nem guerras, nem mortes, nem sofrimento, nem destruição, nem nada disso.

      --- Você fala como se sua filha fosse um anjinho, né?

      --- Anjinha --- disse ela dando ênfase ao “a”.

      --- Ah sim, claro. Que tipo de anjinha se apaixona por Luke?

      --- Antes Hermes do que você!

       --- Luke era mal, esqueceu?

       --- Mas morreu como um herói.

       Mamãe foi caminhando em direção á papai, e o abraçou. Ela começou a chorar. Uma única lágrima escorreu pelo rosto de papai. Os deuses pareciam nem ter notado o que estava acontecendo, pois estavam ocupados demais discutindo uns com os outros.

       --- Mas passou a vida inteira como vilão. Ou a esperta Atena ficou burra, e não conseguiu perceber isso?

      Senti a mão de Silena soltar a minha. Meu corpo reapareceu na beirada da escada.

      --- Chega! --- gritou Si.

      Todos desviaram o olhar em nossa direção.

       --- Silena, Charles... --- disse mamãe limpando as lágrimas de seus olhos.

       --- Ninguém... faz.... minha mãe... chorar --- disse Silena cerrando os punhos.

      Ela fitou Atena friamente. Do mesmo jeito que fitara Logan antes de ele...

      --- Não! --- berrou Atena caindo de joelhos no chão. Ela olhava assustada para todos os lados. Silena continuava fitando-a --- Não! Por favor, me deixem em paz!

     Silena desviou o olhar.

     Atena olhou assustada para mamãe e papai, depois sumiu, simplesmente desapareceu.

     Vovô olhou para nós confuso, e em seguida sumiu também.

     Papai e mamãe encararam Silena, espantados.

     Lágrimas começaram a jorrar dos olhos de minha irmã. Ela subiu correndo as escadas e foi andando a passos largos em direção a seu quarto.

      Sai correndo atrás dela e, graças aos deuses, havia conseguido chegar antes de ela trancar a porta do quarto.

      Silena deitou em sua cama, abraçou o ursinho de pelúcia que eu havia dado à ela em seu aniversário de 7 anos, e começou a chorar sem parar.

      Eu simplesmente não suportava ver minha irmã daquele jeito. Sentei-me ao seu lado, e abracei-a.

      --- o que foi que eu fiz Charles? --- perguntou ela --- Que tipo de monstro eu sou?

      Ela não me deixou responder.

      --- Sei o que vai dizer, Charles --- disse ela --- Vai dizer que eu não sou um monstro e tudo mais, mas se eu realmente não sou, porque fiz aquilo com Atena? Tá, eu estava com raiva do que havia acontecido de manhã, mas isso não é motivo para... 

     --- Espera, o que aconteceu de manhã? --- interrompi.

     Silena me contou tudo, absolutamente tudo, sem deixar passar um detalhe se quer.

     --- Mas por quê? Por que você não conseguiu usar seus poderes? Eles sempre funcionam.

     --- Eu não sei Charles. Você tem razão, todas as vezes que tentava usar meus poderes, eles funcionavam. Você é testemunha disso. Você estava lá... em todas as vezes.

     Os olhos de Silena se iluminaram. Só então, eu saquei o que ela estava querendo dizer.

     Não pude deixar de sorrir. Eu não era um humano comum e inútil. Silena precisava de mim, de um jeito ou de outro.

  *************************************************************

   PVO Silena

   --- Ou a esperta Atena ficou burra e não conseguiu perceber isso? --- provocou vovô.

   Eu estava com raiva. Ninguém fazia minha mãe chorar daquele jeito.

   --- Ninguém... faz...minha mãe...chorar... --- disse eu cerrando os punhos.

  Fitei Atena, entrei em sua mente, e comecei a procurar uma memória extremamente assustadora. Depois de alguns milésimos de segundo, encontrei uma lembrança sobre Aracne e fiz ela me ver como uma aranha gigante com um monte de aranhas menores ao meu lado.

   --- Não! --- gritou Atena caindo no chão de joelhos.

   Quando ela caiu, fiz mais aranhas aparecerem ao meu redor. Ela olhava assustada para o aracnídeo.

    --- Não! Por favor, me deixem em paz!

   Desviei o olhar. Acho que tinha ido longe demais.

   A deusa olhou ao seu redor, só para ter certeza. Deu uma breve olhada para mamãe e papai, e sumiu.

   Vovô fez cara de quem não estava entendendo nada, e sumiu também.

   Papai e mamãe olhavam para mim. Eles estavam assustados, porém, mamãe tinha um leve agradecimento no olhar.

   Só então me dei conta do que acabara de fazer. Eu havia assustado uma DEUSA? Uma deusa? Eu tinha poderes para isso? E era ai que a teoria de Quíron e de meus pais provava que eu era uma deusa. Só deuses podem machucar outros deuses. Não que eu estivesse orgulhosa disso, muito pelo contrário. Estava me sentindo culpada. Não só culpada, estava me sentindo um monstro, um monstro horrível.

    A culpa era de quem? De Posseidon por ter quebrado o juramento? De Atena por ter dado à luz a mamãe? A papai por nascer e se apaixonar por mamãe? De vovó Sally por ter se apaixonado por Posseindon? Não, a culpa não era de nenhum deles. Era minha, apenas minha, por ser esse ser maligno.

    Com a cabeça a mil, saí da sala chorando e corri para meu quarto. Charles me seguiu.

    Tranquei a porta de meu quarto logo que ele passou.

    Me joguei na cama.

   Charles me abraçou. Ele era algo muito bom para um monstro como eu.

    --- O que eu fiz Charles? Que tipo de monstro eu sou?

   Não deixei ele responder. Já sabia a resposta.

   --- Eu sei o que vai dizer. Vai dizer que não sou um monstro e tudo mais, mas se realmente não sou, por que fiz aquilo com Atena? Tá, eu estava com raiva do que acontecera de manhã, mas isso não motivo para...

   --- Espera --- ele interrompeu --- o que aconteceu de manhã?

   Eu contei tudo para ele, até os mínimos detalhes.

   --- Mas por que, Si? Por que não conseguiu usar seus poderes? Eles sempre funcionam.

   --- Eu não sei Charles. Você tem razão, todas as vezes que tentara usar meus poderes, eles funcionavam. Você é testemunha disso. Você estava lá... em todas as vezes.

   De repente, tudo fez sentido.

   Eu não havia conseguido usar meus poderes no Olimpo, porque Charles não estava lá. Sempre que meus poderes se manifestavam, Charles estava por perto. Ele era como um amuleto de sorte, sem ele meus poderes eram inúteis.

    Um sorriso foi surgindo nos lábios de Charles.

    --- Haaa Charles --- disse, abraçando-o.

   --- Eu sei, sou foda --- brincou ele.

   --- Somos foda.

   --- É, nós dois.

  

  


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Não entenderam? Deixem um review!

Daqui a pouco postamos o próximo cap. Não vamos deixá-los esperando por mto tempo, relaxem

Bjs
Ana e Mah