Thorny Roses escrita por Lirium-chan


Capítulo 6
Breve fragmento de paz...


Notas iniciais do capítulo

Saa XDDDD
Eu tinha terminado de escrever esse capítulo na meia-noite de anteontem...Mas tava com sono e deixei pra corrigir ontem. Aí ontem eu fui pra casa do meu pai - pais separados é fogo - e fiquei enrolando, de toda forma, tinha corrigido mais da metade, mas quando cheguei em casa de noite finalmente tinha percebido que havia esquecido os cabos do notebook na casa do meu pai. E ele só trouxe-me agora...bem, desculpem a demora desnecessária, mas nem foi muito. Eu costumava demorar bem mais pra postar nessa fic-Q
Obrigada á todos que mandaram review! =D
Boa leitura :)



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Len abrira os olhos;

O teto da cama era talhado em madeira e havia o desenho de alguns pequenos querubins, que dançavam e riam em sua gravura a despeito do estado do rapaz. Claro, afinal, eram apenas figuras talhadas em madeira.

–Len!Ah! Que bom! – Exclamara aliviadamente a pequena loira, ao perceber que o rapaz acordara.

Ainda em estado sonolento, ele se perdeu por alguns segundos no sorriso luminoso da Diva.

– Onde… Quando estamos? Que dia é esse? – O loiro indagara, aflito, finalmente se recordara do que havia acontecido. – Se acalme! Faz apenas quatro horas que você desmaiou!- Falou uma terceira voz, vinda de uma pessoa que Len não havia percebido no recinto, Kaito. Logo depois seu olhar percorrera o quarto e ele pode perceber Mikuo e Miku, ambos com expressões preocupadas nas faces.

– Ka-Kaito! E-Eu…O que aconteceu?- Se sobressaltou, levantando-se dos lençóis. Seu corpo falhou por uma dor aguda no tórax. Sentiu uma leve tontura e se apoiou com uma das mãos, usando a outra para segurar o local que doía. Pode perceber pelo tato que por baixo das roupas trocadas - Suas vestes agora eram peças brancas e simples, usadas para dormir- que haviam enfaixado os seus ferimentos e provavelmente usado alguma espécie de remédio. Um gemido de dor contido foi ouvido pelos demais.

– Por favor!Não se esforce demais…Digo, você estava num estado realmente deplorável e eu não sei se deveria se mexer por um tempo. O corte estava tão profundo e infeccionado que você precisa muito de repouso…Err…Me desculpe! – Explicou uma mulher alta em um tom de voz baixo e melancólico. A qual não havia sido notada pelo jovem antes. Os cabelos prateados presos por um laço azul, os olhos vermelhos quem fitavam o chão e o busto avantajado definiam a figura que falava. O simples vestido azul-escuro lhe caia bem, ainda que a mesma secretamente preferisse que o uniforme de criada fosse cinza ou ao menos preto.

Len percebera que a mesma era provavelmente a pessoa que trocara suas roupas e tratara de suas feridas. Agradeceu com palavras breves e abaixou a cabeça expressivamente, visto que provavelmente não poderia fazer uma mesura. A mulher ficara um pouco sem palavras, a verdade era que não estava acostumada á receber agradecimentos e acabara por sorrir bobamente. Seus olhos pareciam estar para derramar lágrimas de tanta emoção. Talvez fosse bobagem ficar tão feliz por um simples agradecimento, mas a moça pouco se importara se era bobagem ou deixava de ser.

– Haku, pode ir!-Disse Mikuo, brevemente. Ele gostaria de conversar sobre o que Len lhe contara antes de ser parado por tamanha inconveniência. A serva curvou-se atrapalhadamente e deixou o recinto com pressa, pois ainda tinha muito o que fazer na cozinha.

– Miku… Será que você poderia… - Ia pedir o esverdeado, mas foi interrompido. – Está me pedindo pra sair?! – Indignou-se a garota, com um tom magoado. – Deixe Vossa Alteza, ela terá que saber disso mais cedo ou mais tarde!- Dissera Kaito, tentando convencer o mais novo. – Eu preferia que fosse ao tardar… Mas entendo. Irmã; desculpe-me… – Falara Mikuo, depois de um longo suspiro. “Desculpe-me” são palavras a serem explicadas mais pra frente, em um momento futuro dessa lenda. Agora, voltemos ao garoto que tenta dar uma notícia ruim para sua querida irmã, o rapaz se mudava a posição com frequencia na cadeira, parecia não encontrar uma única posição adequada… foi com esse desconforto que ele dera a notícia para Miku. – Quer dizer que… Aquelas coisas… Estão vindo para cá?- Seu choque era imenso e suas mãos pequenas foram levadas ao coração tamanha era a apreensão que apresentava. O rosto era de dar pena e a garota parecia ter corrido um dia inteiro de tão pesada que se tornara sua respiração.

– Provavelmente… - Respondera Kaito depois de um certo tempo.

Um silêncio pesado e doloroso se instalou no local.

Len se resignara a fitar os lençóis brancos da cama confortável em que estava deitado. No seu Reino, ele dormia em um quarto fechado no alojamento do castelo próximo ao mesmo. Era verdade que o local onde costumava dormir era mais confortável do que o de soldados comuns, afinal, ele ao menos tinha um quarto. Quarto esse que, no entanto, com certeza não era uma instalação de luxo. As paredes de pedra – que diziam os mitos antigos; nunca quebrariam… Bem, estavam enganados – não possuíam uma única janela e a entrada de ar era feita por frestas próximas ao teto; também feito de pedras. Sua cama era de madeira e sobre ela um fino colchão enchido com palha. Havia uma pequena lamparina sobre uma pequena mesa de estudos feita de madeira, era verdade que fora complicado estudar topografia e histórias dos reinos à noite com aquela luz tão escassa, mas caso não soubesse as respostas seria certamente punido no dia seguinte. Quando lhe restava tempo, desde que era apenas um pequeno garotinho, Len costumava fugir do calor dos seus aposentos para deitar-se na grama verde e admirar as belas estrelas enfeitando o céu. Ele sabia, sabia que havia grandes chances de nunca mais deitar-se naquela grama e olhar para aquele céu em um calorento dia de verão. Sabia que nunca mais poderia voltar para seu pequeno quarto abafado. E ele trocaria aquele quarto luxuoso e a cama confortável em que estava agora por aquilo. Só queria tudo aquilo de volta.

A pequena Diva não suportava a face dolorosa que seu amado produzira no momento. Resolvera percorrer seus olhos pelos outros rostos do recinto. O resultado não fora muito agradável. Viu no rosto de cada um ali – especialmente no de Miku – o desespero de saber que em um período próximo sua casa seria atacada e, provavelmente, tomada de si. Vira no rosto de cada um o desespero e a sensação de impotência sobre forças não-humanas. Ela já havia perdido seu reino, seu lar. Sabia que estava enfraquecendo aos poucos, perdendo a vitalidade e se tornando mais fraca a cada instante. Mas uma pálida chama se acendia em seu peito, algo dentro dela gritava “Ainda não acabou… Não está tudo perdido!” E ela sabia que tinha chances… Chances de retornar tudo! E por isso, não poderia permitir que essas pessoas recém-conhecidas, porém, já tão queridas passasem pela mesma sensação que ela. Usaria todas as suas forças para não permitir que eles conhecessem o sentimento cruel que apertava seu peito. Secretamente, a chama acessa em seu coração tinha o nome de “Len”.

– E o que faremos? – Indagara a de longos cabelos verdes, finalmente quebrando o silêncio incômodo que se instalara.

– Kaito e eu discutimos sobre isso por um tempo… Decidimos por contatar os Reinos de Rosa e Vermelho para uma Grande Aliança… É a nossa esperança no momento. Como são Reinos muitos próximo, apesar de distantes de nós… Eles com certeza chegarão em uma decisão do que fazer juntos. Sugeri que mandassem forças pra cá, afinal, se pudermos conter o inimigo aqui em Azul eles poderão evitar serem atingidos diretamente. É o que esperamos que aconteça…- Respondera Mikuo, seu tom era sério e calmo. Pode não parecer, mas o rapaz era realmente sério quando se tratava de guerras, batalhas e conquistas. Apesar disso, preferia os conflitos no jogo de xadrez aos reais. No caso do xadrez não haviam perdas à não ser com apostas e ele raramente perdia. Nunca havia lidado com um conflito real e a idéia não lhe animava nem um pouco.

– É o melhor a se fazer nesses momentos… Unir-se é a melhor resposta… – Murmurara Kaito, como se não estivesse falando isso para alguém além de si mesmo.

Pareceu pensar um pouco, seus olhos fechados mostravam total concentração. – Como seu Chevalier não se mostra em condições para a batalha… Eu receio que tenha que me encarregar da proteção da Diva de Amarelo – Falara, depois de certo tempo. Causando agitação em certo casal de loiros. Rin se remexera desconfortavelmente, todo o seu corpo gritava “Não!” à afirmação do jovem azul, ela queria que Len a protegesse… Ela o queria ao seu lado. Mas abaixara a cabeça, dizendo para si mesma que isso talvez fosse egoísmo de sua parte. Afinal, ele estava realmente ferido e temia que o rapaz acabasse com os males irreversíveis.

– O que está dizendo?Não! Estou bem!- Declarara Len, pouco depois tentando se levantar a fim de provar sua “saúde” para o azulado, falhando no ato e caindo no chão, contorcendo-se de dor pelos movimentos bruscos que havia feito. Tentava conter os gemidos de dor furiosamente, mas a verdade é que era inevitável. Blasfemou contra si mesmo e aos seus ancestrais em pensamento. Afinal, como podia ser tão inútil? Todos haviam se assustado com as ações do rapaz. Os presentes tentaram se aproximar para ajudá-lo. Miku, a mais próxima de onde o corpo do amarelo caira de encontro ao chão, foi a primeira a amparar o bobo-Como o Rei Azul fizera questão de apelidá-lo mais tarde, ao conversar com Kaito- caído. Suas mãos tocaram levemente a ferida do loiro e ela sentira um impulso; enfiara as mãos por baixo da camisa branca do mesmo e tendo tato com sua pele alva, logo depois colocando as mãos por debaixo das faixas e sentindo contato direto com o corte profundo do rapaz, conseguindo até mesmo sentir o fluído vermelho correr-lhe entre os dedos. Len soltara um arquejo de desconforto e o mesmo estava presente em sua face condoída. As outras três figuras na sala estavam bastante estarrecidas com os movimentos no mínimo estranhos que a pequena Verde fazia. Logo depois os gemidos de dor de Len sumiram e a mão da garota luziu em um brilho azul que se espalhava por toda a área machucada do ferido. A face dela mostrava concentração e os demais a fitavam com surpresa, maravilha e incredulidade. Depois de cerca de um minuto nessa cena que mais parecia uma imagem congelada; a garota retirou a mão direita de dentro das vestes do rapaz e levantara a camisa dele suficientemente para que todos vissem o resultado do seu trabalho: Não havia corte nenhum. Na verdade, o único indício de que havia algo ali era o sangue na mão alva da garota, o líquido foi rapidamente limpo por uma pequena toalha branca molhada.

– Co-Como?- Indagara Kaito, sem acreditar. Encostando os dedos no corpo do rapaz. Em um tempo comum de recuperação aquilo provavelmente deixaria cicatriz, mas naquele momento parecia nunca ter existido. O amarelo levantara sem o menor esforço e andara pelo cômodo sem nem ao menor de curvar de dor ou apresentar qualquer problema, apesar de admitir estar bastante fatigado. Rin não resistira em abraçar o amado, seus lábios sorriram alegremente e foi impossível não devolver aquele lindo sorriso. Len corara com o toque da garota, mas a única coisa que a mesma fez foi apertar ainda mais o abraço.

– É maravilhoso!-Exclamara a loira, correndo extasiada para pegar a mão de Miku. Deixando Len -ele teve que admitir- um pouco desolado por ter perdido seu abraço. – É um dom!- Dissera Mikuo, colocando a mão orgulhosamente no ombro da esverdeada.

– Você é fantástica, princesa!- Elogiara Kaito, beijando a mão da jovem quando elas foram deixadas livres por Rin. Mikuo sentira ciúmes com este galanteio vindo do azulado, mesmo que este costumasse cortejar Miku frequentemente. Era verdade que Kaito sentia algo pela Diva e era correspondido timidamente. Mas não é por isso que o irmão dela deveria aceitar isso tão facilmente.

– Eu lhe agradeço profundamente!-Disse Len depois de curvar-se respeitosamente para a garota. Ele estava realmente agradecido. Talvez eternamente agradecido. A verdade é que ele não queria ser o inválido sobre uma cama que não poderia fazer nada diante do caos iminente. Queria proteger Rin até o ultimo segundo de sua existência, pois esse era o único sentido que poderia ver em sua vida agora. Ele tinha esse objetivo como Chevalier e como secreto amante da jovem.

A bela garota de longas madeixas verdes soltou um singelo sorriso. Não sabia que era capaz de fazer o que fez. E sentiu-se grata a si mesma por poder fazer algo pelas pessoas ao seu redor. Aquele foi um dos pequenos momentos de luz antes da escuridão quase que total que viria a seguir.

Rosas são convidadas ao canteiro azul…

Continua…



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Notas finais do capítulo

Saa...
Quando eu tava terminando de corrigir eu reparei que tava meio que meloso (?) então desculpem, prometo não escrever mais de meia-noite '-'
Acho no capítulo depois do próximo já vai ter batalha...alegria (?) XDDDD
Ainda tem leitor-fantasma por aqui, ai, ai ai...
Mandem reviews, tá? *--------------* - Se não eu trato de esquecer os cabos do note na casa do pai mais vezes (?)Não. Mentira-Q -
Beijos, Lirium-chan ♥



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