Vermelho Cor do Amor escrita por Machene


Capítulo 9
O Que Cada Caçador Quer




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Cap. 9

O Que Cada Caçador Quer


Korapaika e eu dormimos lado a lado encima de uma cama de folhas que ele fez, e os linces ficaram deitados cada um de um lado nosso. Na manhã escuto um barulho e sento de uma vez, sacudindo ele.

– Korapaika, levanta, eu escutei alguma coisa!

– O quê? – levantamos de uma vez e vemos os lobos dos irmãos da Kelly perambulando entre as árvores. Eles não nos vêem – Acho que devemos segui-los. Eles podem saber a localização dos outros.

– Sim, tem razão. Vamos!

Excuser e Sinner protegem nossa retaguarda enquanto subimos o morro pelo qual descemos. Devagar, chegamos até a caverna onde nós estávamos próximos na noite anterior. Entramos devagar atrás deles e nos escondemos atrás de rochas grandes. Killua e Kelly estão presos por correntes em um canto, sendo forçados a ficar quietos. Os lobos uivam.

– O que foi isso? – o líder dos assassinos da minha tribo olha para a entrada.

O grupo pegou os dois antes, e os lobos estavam procurando por eles para avisar à família deles, e provavelmente a Gon e Gene, onde estão! Alguns membros saem correndo atrás deles junto dos chefes e dois brutamontes ficam de guarda. Korapaika e eu nos olhamos e ordenamos aos linces cobertura.

– Você! – um deles se irrita quando já estão presos pelas correntes do Korapaika.

– Eu sugiro que fiquem quietos, do contrário...

– Vocês estão bem? – retiro as correntes dos dois.

– Ah claro: presos, capturados e maltratados, está ótimo! – ironiza Kelly, com raiva – Mas obrigada!

– Melhor sairmos daqui antes que eles voltem.

– Katrina! – Korapaika chama a minha atenção.

– O que foi? – ele aponta para uma porta grande de aço atrás de nós. Há apenas uma pequena fechadura que se encaixa ao meu colar – Ai, meu Deus...!

– O que foi? – Killua estranha – Qual o problema?

– Katri, você está pálida! – Kelly repara.

– O que é isso? – Korapaika se volta aos bandidos.

– Não sabemos, os chefes deixaram a gente na guarda desse lugar e só disseram alguma coisa sobre a garota, dos olhos vermelhos, ser muito importante para abrir esta porta! – explica um deles. Agarro meu colar com força e minha palidez fica mais aparente.

– Korapaika... – ele me olha – É a porta do monstro!

– Monstro? – Kelly me encara assustada – Do que vocês dois estão falando?

– Kelly... Meu pai me deixou encarregada de proteger esta chave com todas as minhas forças, para nunca deixar sair uma criatura medonha que vivia por aqui. Eu nunca soube do que se tratava e nem onde ficava o lugar onde ela está... Mas... – ela e Killua se entreolham, entendendo e se assustando.

– Então é por causa disso que eles estão atrás de você? – escutamos duas pessoas entrarem.

– Gene? – Kelly se alegra e a abraça – Ah, que bom que vocês estão bem. – bate na cabeça dela.

– Ai, o que foi? Não está feliz em me ver?

– Sim, mas da próxima vez que eu falar para correr é para correr! Por salvar vocês fomos capturados de uma maneira muito boba... E nossos pais?

– Ah, eles estão escondidos e mandaram a gente levar vocês até onde eles estão. – explica Gon.

– Certo, então vamos. Korapaika, larga esses caras!

– Tudo bem. – sorri, como se obedecendo ao Killua.

Ele os acerta contra a parede. Inconscientes, são jogados no chão e nós saímos devagar, mas os linces começam a rosnar e percebemos que os assassinos estão na nossa frente. Kelly e Killua recuam um pouco, com medo de se aproximarem, mas eu estou completamente paralisada! Korapaika me protege.

– Obrigado por vir nos encontrar. Só vou dizer mais uma vez: passem a garota dos olhos vermelhos!

– Tenha calma Okamoto, assim você pode acabar assustando eles. – sorri um líder ao outro – Se me lembro bem, você é o "desgraçado da corrente", não?

– O problema de vocês não é com eles... – em menos de um segundo, os familiares do Killua e da Kelly cercam os membros e o avô dele continua – É conosco, e eu sugiro muita atenção.

– Pai? – os dois falam ao mesmo tempo.

– Que ótimo... Mais idiotas para liquidarmos; o que fazemos líder? – um deles olha para o Kuroro.

– Olhe só... Por que não nos dão aquela garota e terminamos logo com isso. – sugere Okamoto – Ela nem sequer é responsabilidade de vocês. – os lobos continuam rosnando junto de Excuser e Sinner.

– Acho que devemos recusar a oferta. – diz a avó da Kelly, sorrindo.

Sem que percebamos, um membro do grupo joga uma bomba de gás para o alto rapidamente e tudo fica nublado. No mesmo instante me sinto ser arrastada para longe enquanto vejo os outros escapando e indo para perto dos Zaoldyeck e Nikoro, mas ao mesmo tempo Korapaika consegue capturar Kuroro e Okamoto com sua corrente.

– Se fizer alguma coisa com ela, eu juro que vou matar os dois! – quase grita entre dentes para as duas que me seguram pelos braços, mais perto da caverna. Neste momento os outros membros desacordados levantaram e se espantam com a situação – Solte-a!

– Korapaika, não... – Kuroro me corta.

– Por que ela é tão importante para você? – todos ficam em silêncio, mas o Korapaika o aperta mais.

– Cala a boca, seu miserável!

– Ele vai fazer uma besteira!... – escuto Gene se alarmar ao lado do Gon, e ele concorda.

– Korapaika, não faz isso! – as "patas" e os "braços" dos grupos ficam em estado de alerta, mas nem por isto as duas que me seguram baixam guarda.

– Eu só vou ordenar esta vez: SOLTE-A, AGORA! – grita. Começo a ficar nervosa.

– Acho que não preciso mencionar que não vai adiantar muita coisa nos matar agora. – interrompe Okamoto – Afinal, as nossas habilidades de líderes podem facilmente ser substituídas e você vai morrer!

Sem se importar com a facilidade com a qual os outros integrantes possam escapar do círculo, ao que eles estão presos, para detê-lo, Korapaika usa seus poderes de caçador e começa a feri-los. O sangue vai espirrando para todos os lados, inclusive nele, e nem as facas que alguns membros atiram e rasgam sua roupa, pegando de raspão, o fazem parar!

– Seu desgraçado, PARA COM ISSO JÁ! – grita um homem. Uma das lentes de contato do Korapaika cai no chão e seu olho vermelho está intenso.

– Como ainda têm coragem de brincar com a situação quando estão prestes a morrer? - Korapaika continua, alterado.

– A morte não tem sentido nenhum para nós, e foi por isto que Kuroro e eu nos juntamos.

– E sabem quanto sofrimento vocês nos causaram?

– Korapaika, fica calmo! – pede Gon.

– Eles querem te provocar, escuta!... – tenta Killua.

– Não importa o que aconteça aqui, eu vou matar...

– CHEGA! – grito. Todo o ar que tenho nos pulmões parece preencher meu corpo e as lágrimas nos meus olhos surpreendem até as assassinas que me seguram – Korapaika, já chega!... – tento sorrir. Seu braço levantado se abaixa devagar e o rosto manchado de sangue volta-se para mim – Por favor...

– Mas... Katrina... – balanço a cabeça.

– Escute bem, se você matar qualquer um deles, eu acabo com você! – todos se chocam com as minhas palavras e neste momento o cheiro bom da rosa que eu deveria pegar na margem da lagoa começa a rodear todo mundo. Antes de desmaiar, vejo Leório e Liana.

Continua...


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