Capítulo 14

“Descobriu alguma coisa , Barbie?”

Nós duas estávamos em uma lanchonete de bera de estrada. Saco vazio não para em pé, não é? Como eu havia imaginado, Barbie tinha pedido uma salada simples. Enquanto, eu devorava um x-burgue. Seu olhar estava na maneira como eu , literalmente, acabava com meu sanduíche. Ela mal tocava na salada.

“Sim.”, ela finalmente respondeu. “Primeiro, você come feito um animal.”, revirei os olhos e dei outra mordida no hamburguer. “Depois, isso.”

Barbie pegou seu laptop que estava em seu colo e abriu. Depois, o virou para mim. Tudo o que eu via era a gravação de Nael entrando no prédio. Estava congelada na parte que ele olha para frente depois de sorrir para o porteiro. Para mim, parecia o mesmo que tinha conhecido na prisão. Os mesmo cabelos ruivos, o mesmo sorriso iluminado e os olhos cinzas brilhantes.

Opa! Olhos cinzas brilhantes? Os olhos de Nael eram mel claro. Eu havia prestado bastante atenção neles, até demais para ter certeza que aquela não era a tonalidade normal.

“Os olhos”, foi tudo o que eu consegui dizer com a boca cheia.

“Ai, Polly. Não sabe comer de boca fechada, não? Mas sim, os olhos.” , ele virou novamente o laptop para ela e continuou seu trabalho. “Também descobri em um site de lendas urbanas sobre os metamorfos.”, ela me olhou por cima do laptop e sorriu. “E sabe o que eu descobri?”

Era a hora da minha vingança.

“Que eles podem te fazer mais bonita?”, disse sarcástica.

“Haha. Não. Os metamorfos ficam com os olhos brilhantes em qualquer tipo de máquina que predomina ' rouba as almas' , como algumas pessoas dizem.”

Continuei mastigando e encarando a Barbie ao mesmo tempo. Teríamos mesmo que atacar hoje. Era bem possível que esses monstros estivessem atrás de mais alguma vítima e afim de colocá-la atrás das grades. A única coisa que não saía da minha cabeça era , porquê? Porquê eles faziam essas coisas horríveis com pessoas que nem ao menos conheciam. Com pessoas tão doces, como Nael?

A resposta veio ao mesmo tempo em que as perguntas. Porque eles eram monstros e tinham que morrer. Coloquei o dinheiro em cima da mesa e me levantei. Barbie tirou os olhos de sua salada e me olhou confusa. Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, a peguei pelo pulso e a arrastei para fora da loja.

“Espera. Calma, Polly. Aonde nós vamos?”, estávamos chegando perto do onde eu tinha parado o carro.

“Vamos nos preparar.”

“Preparar para o que?”

“Para matar um metamorfo.”