Every Rose Has Its Thorn escrita por apataeavaca


Capítulo 7
Perfect crime


Notas iniciais do capítulo

Eu pessoalmente acho as "comparações" do Gabriel totalmente hilárias, fala sério, ele adora colocar apelido em todo mundo e eu rio muito com isso (ou quando ele diz que alguém tá com cara de batatinha) - claro, isso também é totalmente estranho, pelo fato de que sou eu mesma quem as escrevo, mas tá valendo.



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“But I got the time and I got the muscle, I got the need to lay it all on the line, I ain’t afraid of you smoke screen hustle. It’s a perfect crime”

07 de fevereiro de 2003 – Colégio Interno Save Our Souls (refeitório)

Gabriel P.O.V

- Como isso é possível? Isso não faz o menor sentido! Não tem como acontecer uma coisa dessas! – falei para o cabeludo, me referindo a noite anterior. – Você estava extremamente gay com aquele shorts e conseguiu um monte de tietes insanas fazendo uma dancinha mais gay ainda.

- Eu sempre soube que eu era lindo, mas obrigado por me avisar que eu estava extremamente gay com aquele shorts. – reclamou ele, pegando sua bandeja e sentando-se ao lado do grandão.

- Lá vem a vermelhinha, a malvada e a minha cruz – comentei escondendo o chocolate que acabara de comprar na cantina.

- Quem? – perguntou Matheus com cara de bolacha.

- Gabriel, o que é que você está escondendo ai? – perguntou a vermelhinha assim que nos avistou.

- Ah, a Suze é vermelhinha – disse Matheus, como se tivesse descoberto a América. – Espera, estou em dúvida. Quem é a malvada e quem é a sua cruz?

- É comida, me dá, me dá! – gritou Suzannah arrancando o chocolate do bolso da minha jaqueta – Eu sabia que você estava me escondendo comida… Seu pão duro!

Suspirei. Não adiantava discutir. Peguei a barra e quebrei ao meio.

- Você é pequenininha, mas come, hein!? – comentei, entregando-lhe uma das metades.

- Eu vou ignorar a parte em que você me chama de pequenininha, só porque eu ganhei metade do chocolate. E só pra constar, eu estou em fase de crescimento.

- Você já tem dezessete anos, o que mais você quer crescer? – perguntou J.C.

- Você diz isso porque não precisa crescer mais – tornou a vermelhinha com a boca cheia de chocolate. Como resposta, J.C tirou a barra da mão dela e esticou o braço para balançar o chocolate onde Suzannah não pudesse alcançar – o que não era tão difícil assim.

Ri e voltei minha atenção a minha metade da barra, mas quando fui dar uma mordida, Gabrielle arrancou o chocolate da minha mão e dividiu com Maely.

- Mas por que? O que foi que eu fiz? Eu não posso comer chocolate em paz?

- Você não precisa disso – falou Gabrielle mordendo o chocolate – Você ta meio gordinho…

- Meu Deus, diz se eu mereço essa cruz! – comentei, agradecendo mentalmente por eu ter lembrado de esconder outra barra no bolso da calça.

- Chega pra lá, Gabriel – disse a vermelhinha se apoderando de metade da minha bandeja de café da manhã. – Você está comendo a MINHA parte do café da manhã!

- Tecnicamente, a sua parte do café da manhã faz parte de toda a MINHA parte do MEU café da manhã…

- E ai, J.C, dormiu bem essa noite…?

- Tudo bem, Gabrielle, eu divido – respondeu ele, antes que ela pedisse.

- Eu não vou dividir meu café-da-manhã com ninguém – disse Matheus olhando torto para Maely.

- Tudo bem, eu divido – falou o cabeludo, abrindo espaço para Maely se sentar ao seu lado.

Matheus olhou para os dois dividindo o café-da-manhã com cara de “por que eu não pensei nisso?”. Sinceramente, que cara burro; porque não é de hoje que a gente sabe que ele tem uma ligeira quedinha pela Maely.

- Vamos comer rápido – disse Maely devorando uma bolacha de chocolate. Que medo – Eu estou curiosa para saber do que se trata aquela competição de bandas que o dono do bar falou ontem.

Quando chegamos ao restaurante/loja de música do Raul, ele estava ocupado conversando com um menino mais ou menos do tamanho da vermelhinha, com um boné azul.

- Eu não queria ter que fazer isso, mas vou ter que me livrar dela – dizia ele.

- Literalmente se livrar? – perguntou Raul espantado.

- Quem você vai matar? – perguntou Suzannah.

- Oi, pequenininha – cumprimentou Raul já fazendo aquela cara de quem estava com dor de cabeça.

- Ninguém – respondeu o menino.

- Mas você disse que ia ter que se livrar DELA! – insistiu Suzannah.

- É a minha cobra de estimação – explicou ele com uma expressão triste – Meus pais não a querem mais depois que ela comeu o gato.

- VAMO ADOTAR! – gritaram Maely e Gabrielle ao mesmo tempo. Matheus e J.C deram um passo para trás instantaneamente.

- Não acho que seja uma boa idéia – comentou Matheus.

- Cale-se – mandou Gabrielle – É claro que é uma boa idéia.

- Poderemos nos livrar dos nossos inimigos simplesmente utilizando a Samantha II. – continuou Maely.

- Samantha II? – perguntou o menino com cara de paçoca.

- É, é como eu decidi chamá-la – respondeu ela.

- É como a do Slash! – gritou Gabrielle.

O menininho acabou ficando felizão em poder passar seu “bichinho” de estimação para duas donas tão entusiasmadas e foi até buscar a Samantha II e o seu aquário.

- Sabe, não sei se é permitido cobras no S.O.S… - comentou J.C, mantendo uma distância razoável de Gabrielle e Maely, que alisavam a cobra de um tom estranho de marrom e verde.

- Puxa, parece que ela gostou de vocês – disse o menininho parecendo muito contente. Imagino que o gato não deva estar tão feliz assim.

- Olha só que coisinha mais fofa! – falou Maely, levando a Samantha II até Matheus.

- É, lindona – respondeu ele se afastando mais alguns passos com J.C.

- Até parece que vocês estão… com medo – comentou Gabrielle passando a mão na cabeça da cobra.

- Nós? Com medo? É impressão sua! – responderam. Mas é certo que eles não se aproximaram da Samantha II.

- Cuidem bem dela, por favor – pediu o menininho enquanto se despedia de Raul.

- Certo, coloquem este animal dentro do aquário antes que os meus clientes cheguem – disse Raul.

- Samantha II, esse bigodudo mal-humorado é que vai ficar com você por enquanto – explicou Maely, colocando-a no aquário.

- Como é que é, colega?

- É isso ai, tio Raul. No S.O.S não é permitido animaizinhos de estimação, nem mesmo coisinhas tão fofas e inofensivas como a Samantha II – explicou Gabrielle observando a cobra através do vidro do aquário.

Eu ainda acho que o gato não deve ver as coisas dessa maneira.

- Mas não foi pra isso que a gente veio aqui – disse Suzannah.

- Aquele seu amigo dono do bar de ontem à noite disse alguma coisa sobre uma competição anual de bandas em São Paulo – comentou o cabeludo, aparentemente sem conseguir desgrudar os olhos da cobra. Sinceramente, isso… aquilo… bem, a Samantha II… ela sinceramente era nojenta e acho que o cabeludo pensava assim também, a julgar pela expressão que ele estava fazendo.

- Então, o que é isso? – perguntei parando de encarar a… coisinha.

- É uma competição que acontece todos os anos em São Paulo onde bandas disputam para ver quem é a melhor – respondeu Raul. Fala sério – Esse ano, se eu não estiver enganado, a banda vencedora ganha um prêmio em dinheiro e a oportunidade de abrir o show da Rita Lee.

- A Rita Lee! – gritou Suzannah – Eu adoro o cabelo dela, é vermelhinho!

- Você fala como se o seu cabelo fosse violeta – comentou J.C ainda a alguns passos de distância da Samantha II. Suzannah ignorou o comentário, em parte, imagino, porque estivesse ainda pensando em abrir o show da Rita Lee.

- Quem é Rita Lee? – perguntou o cabeludo.

- Simplesmente a rainha do rock nacional – respondeu Suzannah, ainda com o olhar sonhador.

- A gente vai pra São Paulo e vai ganhar essa bagaça! – gritou Gabrielle esmurrando o balcão.

- Ah, claro, e eu sou a Madonna! – respondeu Matheus. Sempre negativo.

- Olha, Matheus, eu sempre suspeitei que você fosse um travesti mas… a Madonna? – perguntei. Ele ameaçou vir me bater, mas aproveitei a minha proximidade da Samantha II e sorri. Ele voltou no mesmo momento.

- Falando sério. – continuou ele – É simplesmente impossível a gente ir pra São Paulo.

- Não tão impossível – disse Raul em um tom enigmático.

- O que você quer dizer com isso? – perguntou o cabeludo.

- Se vocês estiverem interessados, eu tenho um amigo que pode levar você e os instrumentos. Ele dirige um ônibus de turismo que leva o povo de Brasília pra conhecer a igreja da PUC em São Paulo e pode arranjar um lugar pra vocês. Mas tem um porém – acrescentou Raul – A competição dura dois meses e não seria viável vocês irem e voltarem por conta dos ensaios. É sempre bom ficar antenado no que os outros participantes estão tramando.

Todos nós olhamos para a cara da Gabrielle; inconscientemente, ela era meio que a líder da “gangue”.

- Precisamos de um plano – disse ela simplesmente, como se isso resolvesse a questão e saiu falando sozinha – Alguma coisa para despistar a escola e os parentes. Claro que ninguém pode saber que estamos indo para São Paulo… Preciso pensar, pensar, pensar…

Fomos andando atrás dela até a “praça Renato Russo”. Gabrielle sentou-se em um dos bancos e ficou olhando para o nada por alguns minutos.

- JÁ SEI! – gritou ela levantando de um salto – Preciso de pessoas responsáveis… hm… Matheus, J.C e Maely, vão até o banco e tirem o suficiente para comprar dois celulares. BARATOS, não se atrevam a comprar coisas caras. Vamos precisar de todo o dinheiro que tivermos.

- Pra que? – perguntou Maely.

- Vai, vai, depois a gente conversa, encontrem-nos no restaurante do Raul – mandou Gabrielle. – Nós quatro agora vamos voltar pra lá.

- O que você vai fazer? – perguntou o cabeludo.

- O que NÓS vamos fazer, você quer dizer -  respondeu ela, voltando para o restaurante. – Simplificando, você é meu marido e o Gabriel e a Suzannah são nossos filhos.

- Mas o que?

- Você vai ter que bancar cinco personalidades diferentes. Sua voz estranha vai facilitar o trabalho. Você vai ligar pra escola, cancelar a nossa matrícula, dizendo que vamos nos mudar para fora do estado.

Gabrielle contornou o balcão do restaurante e pegou o telefone. A sorte era que o Raul estava na parte de trás.

- Quando a secretária atender, diga que você é o meu pai e quer cancelar a minha matrícula e a do Gabriel. – disse ela entregando o telefone para o cabeludo.

- Mas você não era a minha mulher? – comentou ele em voz baixa.

[Secretária]-- Colégio Save Our Souls, em que posso ajudar?

[Will]- Olá, meu nome é… hm…

[Gabrielle](- Carlos!)

[Will]-… meu nome é Carlos e eu quero cancelar a matrícula dos… meus filhos… Gabrielle e Gabriel, err…

[Gabrielle](- SIMPSON!)

[Will]-…Simpson.

[Secretária]-- Bem, é necessário que o senhor venha até a escola para efetuar o cancelamento.

[Gabrielle](- CARLOS, VOCÊ AINDA NÃO FEZ ISSO? ME DÁ ESSE TELEFONE, EU VOU FALAR UMAS VERDADES PARA ESSA MULHER!)

[Will](- Fique calma querida, guarde essa faca por favor.)

[Secretária]-- Hm, senhor? Eu acho que eu posso dar um jeito de cancelar a matrícula deles. Quando o senhor vem buscá-los?

[Will]- Hm, vou buscá-los na…

[Gabrielle](- SEGUNDA-FEIRA!)

[Will]- Segunda.

[Secretária]-- Muito bem, senhor, na segunda-feira às sete horas eles estarão prontos. Mais alguma coisa?

[Will]- Não, obrigado, até mais.

- Caramba, vocês deviam ser atores – comentou Suzannah na ponta dos pés e com os braços apoiados no balcão.

- “Calma querida, guarde essa faca, por favor”? – comentou Gabrielle.

- Fazer o que, aminha esposa/filha é uma psicopata. – respondeu o cabeludo.

- Sem piadas. Agora é a sua vez.

- Vai ser meio complicado eu imitar a voz de uma mulher.

- Me dá isso aqui! – disse Gabrielle, arrancando o telefone da mão do cabeludo. – Qual o nome da sua mãe?

- Eu moro com a minha tia.

- E qual é o nome dela? – repetiu Gabrielle com impaciência.

- Anne Balley.

- Beleza.

[Secretária]-- Colégio Save Our Souls, em que posso ser útil?

[Gabrielle]- Aqui é Anne Balley e eu gostaria de cancelar a matrícula do meu sobrinho Willian.

[Secretária]-- Senhora, é preciso que venha até o colégio para fazer isso.

[Gabrielle]- Eu não posso ir até ai porque… porque…

[Will](- Estou em Nova York cuidando da empresa.)

[Gabrielle](- Você tem uma empresa? Sua tia está em Nova York? O que você está fazendo no Brasil?)

[Secretária]— Alô? Senhora, ainda está ai?

[Gabrielle] – Sim. E eu não posso ir até a escola porque estou em Nova York, cuidando da empresa e não tenho tempo para ir até o Brasil.

[Secretária]—Tudo bem, eu acabei de abrir uma exceção para um pai que acaba de pedir a mesma coisa, vou fazer o mesmo com a senhora. Alguém tem de vir buscá-lo.

[Gabrielle]- Certo, quinta-feira eu mando alguém para busca-lo.

[Will](- Por que não na segunda?)

[Gabrielle](- Farei você sofrer estudando.) Muito obrigada.

- O que diabos você está fazendo no Brasil? – perguntou a vermelhinha ao cabeludo, mas foi interrompida pelo J.C.

- Cheguei! – gritou ele, sentando-se ao lado da vermelhinha no balcão.

- Aqui estão os dois celulares – disse Maely colocando em cima do balcão algo que se parecia mais com dois tijolos.

- Isso aqui é um celular? – perguntei.

- Fala sério, se fosse eu, tinha comprado o mais moderno da loja! – concluiu Suzannah.

- Foi por isso que ela mandou eu, a Maely e o J.C – respondeu Matheus. Suze mostrou a língua para ele e voltou a analisar o “celular”.

- Certo, é a vez do J.C – disse Gabrielle chamando a atenção de todos de volta para ela.

- Minha vez de que? – perguntou o grandão.

- O que vocês estão fazendo? – quis saber Maely.

- Só prestem atenção. J.C, qual o nome do seu pai?

- Luis.

- Beleza, vai nessa Will.

[Secretária]-- Colégio Save Our Souls, pois não?!

[Will]- Eu gostaria de cancelar a matrícula do meu filho.

[Secretária]-- Qual seu nome, senhor?

[Will]- Luis… Luis…

[Gabrielle](- Qual o seu nome inteiro?)

[J.C](- Júlio Cezar Machado)

[Gabriel](- Que nominho, hein?!)

[Secretária]-- Senhor?

[Will]- Meu nome é Luis Machado e o meu filho se chama Júlio Cezar.

[Secretária]-- Ah, o cumprido do terceiro?!

[Will]- Hm, é isso ai.

[Secretária]-- Certo. Senhor, o senhor precisa vir até aqui para efetuar o cancelamento da matricula. Mas como eu já abri várias exceções hoje… Quando o senhor vem buscá-lo?

[Will]- Quarta-feira.

[Secretária]-- É muito estranho que tantos pais de uma ve…

[Will]- Obrigado, tchau.

- Ah, vocês estão cancelando as matrículas! – falou Maely - Ah, agora eu entendi! Assim a gente não tem que explicar a nossa ausência! Aaaaah!

- É isso ai e agora é a sua vez. – explicou Gabrielle – Qual é o nome do seu pai? E o sobrenome, pelo amor de Deus!

- Renato… Russo!

- Oh Meu Deus! Seu pai é o vocalista do Legião Urbana?! – gritou Suzannah com o olhar vidrado. Sério, deu medo.

- Mas o que? Ah, deixa pra lá.

[Secretária]-- Colégio Save Our Souls, em que… Ora essa, quem ta falando?

[Will]- Meu nome é Renato Russo e…

[Secretária]-- Ai meu Deus, eu estou falando com o Renato Russo! Ah, eu… mas espera, ele já morreu…

[Will]- Alô?

[Secretária]-- Tudo bem, em que posso ser útil, senhor?

[Will]- Quero cancelar a matrícula da minha filha, Maely, do terceiro ano.

[Secretária]-- Ah, tudo bem. Será que o senhor poderia vir aqui assinar os papéis e…

[Will]- Senhorita, eu sou uma pessoa muito ocupada, faça-me o favor!

[Secretária]-- Muito bem, quando o senhor vem busca-la?

[Will]- Hm…

[Gabrielle](- Sexta-feira.)

[Will]- Sexta.

[Secretária]-- Sexta é um…

[Will]- Tudo bem, obrigado, tchau.

- Muito bem, agora o Matheus… - disse Gabrielle.

- Eu já me cansei dessa brincadeira – reclamou o cabeludo.

- Você só reclama, me dá isso aqui – retorquiu ela pegando o telefone e começando a socar os números. – Se essa secretáriazinha disser que eu tenho que ir até lá, eu juro que…

[Secretária]-- Alô?

[Gabrielle]- Meu nome é Sônia Muller e eu…

[Secretária]-- É pra cancelar a matrícula de quem?

[Gabrielle]- Do Matheus do terceiro e…

[Secretária]-- Certo, a senhora pode vir buscar ele na quarta-feira.

[Gabrielle]- Então, eu…

[Secretária]-- Tchau.

- Nossa, que mal-humor – reclamou Gabrielle colocando o telefone de volta no gancho.

- Okay, só falta a Suzannah – disse o cabeludo.

- Não se atreva a colocar as mãos nesse telefone, deixa que eu me viro. – respondeu a vermelhinha.

- Mas por quê?

- Porque eu sou uma rebelde sem causa – respondeu ela, pegando um canudinho de cima do balcão.

– Seguinte povos e povas, agora eu vou explicar pra que serve os celulares. – chamou Gabrielle.

- Finalmente – reclamei.

- Esse celular aqui – continuou ela, me ignorando e levantando o celular preto – vai ser o celular em que os nossos pais vão ligar quando quiserem falar com a escola. E eu preciso de uma secretária…

- Eu, eu, eu! Por favorzinho… - pediu Suzannah.

- Tem que ser…

- … Eu, caramba! Você nunca me deixa fazer nada! Por que você nunca deixa eu?

- Ta bom, pequenininha. – respondeu Gabrielle entregando o celular para ela. – Quando alguém ligar, você simplesmente imita a Patrícia, aquela secretária irritante e…

Gabrielle continuou divagando sobre a secretária da escola, mas Suzannah parou de prestar atenção na parte em que Gabrielle disse “Ta bom”.

- Okay, o outro celular – continuou ela, pegando o celular branco – é para os nossos pais falarem com a gente. Cada dia ele vai ficar com um de nós e nós vamos dizer aos nossos pais que agora temos dia e horários para usar o telefone, assim eles nunca vão suspeitar de nada.

- Gabrielle, você é um gênio – comentei.

- Cale-se. – respondeu ela – E, a propósito, eu sempre soube disso.

- Vocês estão aqui de novo? – perguntou Raul saindo pela porta com um de seus alunos.

- É isso ai, Raul. – respondeu Maely - Pode falar para o seu amigo que ele vai ter que nos levar até São Paulo, porque nós vamos participar da competição e vamos ganhar.


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Notas finais do capítulo

Eu sinceramente acho que esse capítulo ficou vergonhosamente menor que os outros, mas não tenho muita certeza (não parei pra analisar), então peço que me desculpem.Hm, outro assunto sobre o qual vale a pena comentar: com o início das aulas, agora fica mais difícil pra gente conseguir concluir um capítulo a tempo para poder continuar postando um dia sim, outro não, por isso pode acontecer de demorar um pouco mais para eles aparecerem por aqui. Nós costumamos postar um capítulo tendo pelo menos mais dois prontos depois, pra não acontecer de termos um bloqueio criativo nem nada parecido, então espero que vocês entendam (e, sim, nós temos consciência de que só a Paula e a Yumene_Hime lêem essa bagaça, mas estamos felizes mesmo assim, obrigada, obrigada mesmo).