Piratas do Caribe: o Tesouro Maldito. escrita por Milly G


Capítulo 5
Teimosia


Notas iniciais do capítulo

Enjoy! =]



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Brooke sorria, sentada em um barril, balançando as pernas como uma criançinha, enquanto Pintel e Raguetti a rodeavam, rindo também e fazendo insinuações. A ruiva olhava para o capitão de hora em hora, mas este mantinha os olhos fixos em algo muito distante para que ela visse.

- Para onde estamos indo? – perguntou a garota para Barbossa.

- Para qualquer lugar, senhorita. – murmurou, mas seus olhos se fixaram em algo que estava em seu pescoço. – O que é isso?

- E-Eu... – Brooke fechou a mão ao redor da pedra, que agora parecia gelo. -... achei.

     Barbossa a encarou, deixando-a sem jeito. Não entendia por que todos achavam aquela pedra tão importante. Ainda mais Jack, que a olhava como se fosse a sua ultima salvação.

- Tome cuidado com isso. – disse ele simplesmente, debruçando no leme um tanto sonolento.

     “Mostos-vivos sentem sono?”, perguntou-se, enquanto descia para o porão. Ia lá algumas vezes para ver se precisavam de ajuda.

     Estava bastante escuro lá embaixo. As celas estavam alagadas, e mariscos se grudavam às grades enferrujadas.

     Sentiu algo em suas costas, e se virou com um grito. Assustou-se quando o peso de seu colar desapareceu, olhando para todos os lugares ao mesmo tempo.

- Jack. – suspirou, olhando não para o capitão, mas para o macaquinho adorável que mordia de leve a pedra. – Devolva-a, vamos.

     O macaco gritou, passando correndo pelas pernas da garota.

- Seu pulguento! – gritou, correndo atrás de Jack.

     Saiu do porão aos berros, fazendo com que toda tripulação olhasse para ela. O primata emitia sons como se risse da cara dela, e então subiu no ombro de seu dono.

- Barbossa. – arfou Brooke. – Peça para esse macaco devolver a pedra.

     O capitão afagou a cabeça de Jack, com um sorriso. Pegou a pedra com a maior facilidade, analisando-a como um cientista.

- Muito bem, Jack. – murmurou Barbossa.

- Obrigado, Hector. – disse o capitão do Black Pearl, pegando a pedra de Barbossa.

- Seu cão. – xingou o mais velho. – Devolva-a.

- Ela não é sua. – disse Jack, mostrando a língua para ele.

- Nem sua. – Barbossa revirou os olhos.

- Na verdade é minha. – disse Brooke, irritada. – Devolvam-na AGORA.

     Jack a olhou como se achasse graça daquilo.

- Persuada-me. – ele sorriu.

     Brooke olhou em volta e pegou o esfregão que estava ao seu lado, apontando-o para Jack com os olhos semicerrados.

- Certo. – Jack riu. – E o que você vai fazer com...

     A garota golpeou-o na cabeça antes que perguntasse. Abaixou-se e pegou a pedra da mão de Jack, sorrindo satisfeita.

- Não me subestimem. – disse ela à Barbossa, que estava apático, dando as costas para ele.

     Barbossa riu para si mesmo, agachando-se ao lado de um Jack desacordado.

- Ela não é uma Elizabeth Swan, não é? – o capitão mais velho gargalhou.

Jack acordou uma hora depois, praticamente pisoteado por Barbossa.

- Você não é nada educada. – disse ele à Brooke.

- Pirata. – disse ela simplesmente.

- Mas leva jeito. – ele riu, passando os lábios pela pescoço da ruiva.

- Para onde sua bússola aponta? – perguntou, desvencilhando-se de Jack.

- Para um ser malvestido, agressivo, porém cruelmente encantador, que passou a habitar meu navio muito recentemente.

     Brooke fez uma careta, afastando-se ainda mais de Jack.

- Primeiro: a sua bússola não devia estar apontando para mim. Segundo: eu não passei a habitar o Pearl; não faria isso nem que me pagassem. Terceiro: eu não sou malvestida!

- Aquele vestido estava muito melhor em você. – Jack a olhou de cima a baixo, fazendo caretas. Brooke estava novamente com sua calça marrom e a camisa social desbotada que um dia fora branca.

- Ele estava rasgado.

- Exatamente! – Jack sorriu.

     A ruiva revirou os olhos, passando por ele e indo até a cabine, trancando-se lá como fazia sempre.

     O capitão a fitou por alguns segundos, dando de ombros. Subiu ao leme cambaleando, empurrando Barbossa de lá como se este fosse um encosto.

- O que é aquela pedra, Jack?

- Ultima Rapiat. – disse ele. – É o que eu preciso para ter o controle absoluto sobre o mar. Serei um deus, Hector, como Poseidon. E deuses...

- Deuses vivem para sempre. – Barbossa revirou os olhos. – E eu pensando que, depois da Fonte, você havia desistido disso.

- Que absurdo! Nada disso. Só me deu mais inspiração para continuar minha busca.

- Até mesmo Angélica? – ele ergueu uma sobrancelha, sabendo que pegou no ponto fraco do capitão.

- Principalmente a maldita Angélica! – disse ele, indiferente.

     Barbossa suspirou, olhando distraído para o horizonte. Franziu a testa ao ver Brooke em pé na beirada, com os braços abertos como se fosse abraçar o vento.

- Aquela garota veio de algum circo? – perguntou Barbossa, indo até lá.

     Brooke fitava o pôr-do-sol com os olhos distantes, sem perceber os passos do pirata.

- Ei, pirralha. – chamou. – Desça daí.

- Me obrigue. – rebateu a ruiva, sequer se dando ao trabalho de olhar para ele.

- Você vai cair.

- Esse é o plano.

- Jack vai tirá-la do mar.

- Faça-me rir. – ela revirou os olhos.

- Não sou muito bom nisso.

     Um sorriso escapou dos lábios de Brooke, fazendo-a olhar finalmente para Barbossa.

- Eu quero ir pra casa. – disse ela.

- Você tem uma coisa que nós queremos. – Hector apontou com o queixo para o colar da garota. – É só nos dar a pedra. Aí então você pode pegar um bote e fingir que nunca nos conheceu.

     A ruiva olhou para Barbossa com desconfiança, sem dar o braço a torcer.

- Uma proposta tentadora, não? – ele arregalou os olhos, exibindo os dentes de ouro num sorriso.

- Não. – ela teimou.

- Que seja. – ele deu de ombros, suspirando. – Então ficará aqui e aturará a tripulação. Eu não me responsabilizo pela sua segurança.

     Brooke olhou para baixo, hesitante.

- Droga... – murmurou, fechando os olhos e pulando para o mar.

     Barbossa arregalou os olhos e tentou segurá-la, mas foi em vão. A garota desapareceu no mar mais rápido que um peixe.

- Jack! – berrou.

- O que é, homem?!

- Pepper escapou. – disse ele entre dentes, ainda tentando achá-la no mar.

- Como assim, “escapou”?

- Ela pulou no mar, seu imbecil! – gritou Barbossa, impaciente.

     Jack correu até a proa, perplexo.

- É por isso que eu digo que mulheres dão azar. – disse Gibbs, suspirando. 


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Notas finais do capítulo

Gentee, desculpe não ter postado antes, mas agora estou viajando e fica mais complicado entrar na net, mas espero que tenham gostado! Ah, sobre o nome da pedra, será mostrada a tradução do nome e a origem no próximo capitulo, mas quem quiser saber é só colocar no tradutor latim/português. Reviews? *O*