About This Girl I Know. escrita por deathcocktail


Capítulo 14
Who's your daddy?




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Leana Silver;

Nove meses depois…

Eu me sentia obesa. O enjoo já era algo que eu conseguia controlar. James estava sendo a melhor companhia sempre. Brian também, de vez em quando vinha me ajudar e nós dois sempre rezamos para que esse filho não seja dele. Logo quando nascer irei pedir o teste de DNA para Brian, em segredo, é lógico. Se for, não sei o que fazer. Mas pensarei em algo, não estou tão apavorada como antes, o que era bom. Nenhum desses sentimentos iria fazer bem ao bebê. 

James Sullivan; 

As coisas estão indo bem com a Leana e eu. Nós quase não brigamos, sempre ajudo ela em tudo que ela pode precisar e em tudo que eu consigo ajudar, claro. Ela está muito amiga do Brian, isso me deixa com ciúmes, mas procuro não mostrar, não quero que tenha algum sentimento de raiva ou tristeza, não antes do bebê nascer. Quero que esse meufilho nasça bem. É estranho falar “meu filho”, nunca pensei em ter um. Aliás, é uma garota, logo seria “minha filha”. Meu celular começou a vibrar e soar Tension, era Leana. 

- Oi, como você está se sentindo?

- Bem, agora por favor pare de me tratar como uma doente. - nós dois rimos. - Vamos sair, estou com fome. Vamos para algum supermercado ou sei lá o que. 

- Tudo bem. 

-

Cheguei a casa dela e a abracei forte, mas não tão forte assim, sempre tive muito medo de machucá-la. 

- Vamos entrando. - Leana disse mas logo ficou parada e começou a gritar de dor. A bolsa tinha estourado. Coloquei-a com cuidado no carro e dirigi muito rápido para o hospital enquanto ligava para Brian ligar para Gena e Valary e vir me dar uma mão. E foi isso mesmo que ele fez. Ele chegou a tempo do parto, foi um parto normal. A menina nasceu mas Leana estava desmaiada. 

-

Leana Silver;

Não estava mais sentindo dor, era como ter acordado de um pesadelo. Quando abri meus olhos vi James segurando minha mão e Brian um pouco mais atrás com uma expressão meia diferente no rosto… Seria ciúmes? Enfim, isso não vem ao caso. É engraçado que os dois supostos pais da criança estavam na mesma sala sem um deles saber que o seu melhor amigo pode ser o pai e ele não. 

- Como você está? - James perguntou. 

- Bem. - respondi meia tonta ainda. - Vou ficar no hospital essa noite. 

- Mas você já ganhou alta, você se saiu muito bem.

- Eu sei, mas quero ficar. 

- Tudo bem. Qual vai ser o nome da nossa filha? - perguntou James beijando minha testa suada. - Vou registrá-la hoje. Ela vai ficar no hospital com você? 

- Vai sim, amanhã a levo para casa. - disse sorrindo e passando a mão no cabelo de James, o que provocou sorrisos no mesmo. - Seu nome será Michelle. 

- Ok. - quando James ia levantando, ele voltou. Olhou para Brian e ele logo saiu da sala, o que me deixou com uma expressão confusa. Ele olhou nos meus olhos e pegou na minha mão e abriu a boca. Meu estômago começou a revirar. - Leana… - começou. - Eu te amo. - Não pude deixar de sorrir. É lógico que eu o amava também. Senti um alívio e comecei a corar, não sabia o que responder. A tanto tempo que eu esperava por essas três palavras. 

- Eu também te amo, Jimmy. - sorri - Meu Jimmy.

Brian Haner;

Estava lendo meu romance favorito, e o vento levou, quando meu celular começou a tocar Love is War e me fez perder a página. Era Leana, meu coração acelerou. Será que estava tudo bem? É claro que não era por isso que ele estava acelerado, mas gostava de pensar que sim. 

- Lea? 

Pedi alta, estou indo para a sua casa com a criança e o testamento. - tirei meu óculos e me sentei melhor no sofá e tentei entender. Mas ela continuou. - Vamos fazer o teste hoje. - o estalo significa que ela tinha desligado.

Tomei um banho rápido e peguei a chave do meu carro, cujo pouco usava. Abri a porta e Leana estava com um vestido preto tomara que caia um pouco acima do joelho, com uma toalha rosa segurando a criança, olhei para ela e dei um sorriso. Como era linda, que nem a mãe. Estranho, mas tinha um carinho especial por ela, mesmo se eu não for o pai, vou querer cuidar da criança para ela crescer e for uma mulher maravilhosa. Como a mãe. 

- Vamos, rápido. - sai do transe que estava olhando para suas roupas e fomos para o carro.

Chegando lá, fui atendido logo e fiz o teste, disse que ficaria pronto em três horas, e então eu, Leana e Michelle fomos para a minha casa e conversamos sobre tudo, quase não vi a hora passar, mas Michelle vivia dormindo, mas teve uma hora que ela enfim acordou e começou a chorar. Nem Leana estava conseguindo acalmar, então a peguei no colo e ela dormiu facilmente. 

- Você é bom nisso. - Leana estava animada e eu ri. Não conseguia conter meu sorriso por estar perto daquela criatura tão maravilhosa. 

- Olha, já está na hora. Podemos ir. - Fiz que sim com a cabeça e peguei as chaves do carro. 

O consultório parecia estar mais apertado do que a primeira vez que fui lá. Eu e Leana estávamos nos olhando com uma cara de impacientes, por estar demorando tanto. Então Michelle começou a chorar de novo e o médico mandou nós entrarmos. 

- Eu fico aqui com a Mich, vai lá e me fale depois no que deu. - Leana parecia assustada, então peguei a sua mão e a beijei, tentando fazer com que isso fosse uma forma de encorajá-la, mas não deu certo, suspirei. - Eu sempre vou estar com você. - ela parecia estar mais aliviada, então entrou. 

Consegui fazer Mich dormir, e agora estava angustiado, eles nunca que voltavam. Leana voltou muda e entrou no carro também muda. Deixei o bebê atrás dormindo no carrinho dele e a prendi direitinho para que não se machucasse. Abri a porta para Leana e depois entrei no lado do motorista. 

Peguei o volante e olhei para baixo, não conseguia olhar para ela. Parecia que iria chorar. Tomei coragem, respirei fundo e olhei em seus olhos, ela fez o mesmo. E por fim, revelou. 

- Você é o pai, Brian. - não esperava que essa fosse a resposta que ela iria me dar, mas cá pra nós, a menina é parecida comigo. 

- Tudo bem. Como eu disse, vou te ajudar. - comecei a dirigir o carro e o silêncio tomou conta da gente. Olhava para o espelho para ver como Mich estava e de vez em quando para o rosto de Leana. - você poderia pelo menos esconder um pouco a sua decepção por eu não ser James? 

- Desculpe, é um choque para mim. Queria que fosse James. - meus olhos começaram a ficar aguados. - Ele nunca vai te perdoar por isso. E James… Eu amo James. Queria que meu primeiro filho fosse com ele. - agora ela pegou na ferida. E eu a amava, como fica meus sentimentos? Não escondia mais as lágrimas, mas ela não percebeu. Estava cega e só sabia falar de “James, James, James” esse nome estava me dando enjoo. Parei o carro no meio da rua. Ela ficou sem entender, e quando viu que eu estava chorando ficou boquiaberta. 

- Me dê o testamento. - ela não falou nada e apenas obedeceu. Então eu peguei uma caneta e assinei dizendo que eu era o pai. - Pronto. Tá aí a assinatura, agora, pode ir correndo para o seu James e… - comecei a soluçar. - Me deixe em paz, vadia. - Não acredito que estava chorando mesmo. Mas foda-se, nada mais importava. 

- Brian, me desculpe eu… 

- CALA A BOCA! Não fale mais nada. Por que eu sei que a unica frase que você consegue falar sempre tem James no meio. Saia agora e…

- BRIAN CUIDADO! 

Tarde demais. 

-

Leana Silver;

Eu não conseguia parar de chorar. Os médicos estavam com Michelle e Brian internados, por sorte eu só destronquei meu braço, estava enfaixada. Estava chorando, parada na frente da sala de Brian e a do lado era a de Michelle. Um médico saiu da sala de minha filha e veio até mim com um ar muito triste. 

- Sinto muito. - Essas duas palavras fizeram com que eu colocasse a mão na minha cabeça e começasse a chorar demais. Não conseguia mais raciocinar. A minha menina. Viveu menos de um dia. Por minha culpa. 

- Calma minha senhora, se acalme e me disse o que aconteceu. 

- O que aconteceu? Minha filha morreu.

- Não isso. Me diga qual foi o desastre. - o médico perguntou segurando minhas mãos. 

- Eu e Brian estávamos…

- Brian seu marido? - interrompeu. 

- Não. Mas era pai dela. Bom, nós estávamos discutindo parados na rua, eu sei que foi errado, mas ele não pensou na hora, e um caminhão estava vindo na contra mão e… - não consegui mais parar de soluçar. 

- Quer ver como Brian está? Talvez você possa entrar. - Fiz que sim com a cabeça. Ele foi chamar o outro médico. E ele apareceu preocupado e eu comecei a chorar mais, não queria nenhuma outra noticia ruim. 

- Ele está acordado, pode entrar. 

Quando entrei, ele estava coberto por aparelhos e engessado, peguei uma cadeira e sentei do seu lado. Comecei a chorar. 

- A Mich… - peguei a mão dele. 

- A culpa é minha. Você nunca vai me perdoar. Eu nunca vou me perdoar. Me desculpe. Eu mereço morrer.

- Não, não. - peguei em seu cabelo - você não merece. Não se culpe. - comecei a chorar.

- Lea… - Olhei para ele e o deixei continuar. - Eu sei que você ama o James, e sempre será James. - Ele parou para virar a cabeça e olhar para mim enquanto eu chegava involuntariamente mais perto de sua boca. - Mas eu amo você. - comecei a chorar mais e apertei meus lábios contra o dele, sentindo o calor e apreciando o momento. Depois ele sorriu de lado. - Obrigado. - E adormeceu. 


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Notas finais do capítulo

E sim, para quem vê Vampire Diaries, tem uma cena que eu roubei de lá, mas não pude resistir por ela ser tão linda. =(
Eaí, o que acharam? Por favor não me matem no próximo capítulo.



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