Viva por mais 90 Dias escrita por Amis


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas, estou muito feliz com os reviews..
hum sorry por nao comentar, mas estou com muito trabalhos
mais um cap para voces fofas
enjoy



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Restante: 88 dias – quarta feira.

Tamborilei meu dedos impaciente na mesa, enquanto minhas costas doíam constantemente. Estava irritada esperando minha chefe vir conversar comigo. Havia se passado dois dias desde que descobrira meu problema, e percebi que com os plantões e aquelas loucuras eu nunca conseguiria realizar meus desejos de pessoa viva.

E meu humor ficava muito negro quando coisas como essas aconteciam... Me pegava várias vezes fazendo piada sobre minha morte. Será que além de doente estou ficando louca?

Provavelmente.

Mas de qualquer forma, eu estava naquela sala fria e com cheiro de éter com a finalidade de pedir férias. Elas estavam pendente e pelos meus direitos, eu tinha quatro meses seguidos para requerer. Ainda bem que só aproveitaria três deles.

Viu, meu humor estava muiiito negro!

Escutei a porta abrir e me endireitei na cadeira.

Minha chefe, uma mulher idosa e bondosa, me olhou com olhos alegres e se sentou em sua poltrona. Cruzou seus braços sobre a mesa e me olhou por cima de seus óculos de leitura, me fazendo lembrar de Dumbledore.

-O que posso fazer por você, Hermione? – perguntou docemente.

Eu sorri lembrando de meus pais. Ela me fazia lembrar deles e as vezes ocupava o vazio pela morte de ambos meses após a guerra. Me afastei destes pensamentos.

-Queria pedir minhas férias pendentes, senhora Fighte. – disse calmamente.

A senhora sorriu e pegou um papel de sua gaveta.

-Claro querida, tão nova, já deveria ter me pedido isso antes. Afinal, eu na sua idade aproveitava muito com meu noivo meu tempo livre. – disse piscando maliciosamente para mim.

Sorri de volta enquanto via ela assinando o formulário para minhas férias. Agora eu tinha que convencer Ron de reivindicar as férias dele também.

-Aqui está sua liberdade. – disse me estregando o papel e sorrindo. – Entregue para minha secretária e até daqui a quatro meses, Hermione.

Agradeci e comecei a sair da sala. Antes de fechar a porta, a senhora Fighte me chamou.

-Hermione, pegue! – e me jogou um pacote de camisinhas. Peguei e sai rindo da sala.

Porém minha risada foi abafada pela tontura repentina. Antes que eu pudesse me apoiar, tudo rodou em minha volta e eu senti outra vez meus sentidos irem embora.

*_*

Escutava Harry conversando com Draco, mas ainda não tinha controle da minha própria mente. Não sei quanto tempo fiquei assim, mas depois de algum tempo consegui obrigar meus sentidos a trabalharem ao meu favor e abri os olhos.

No começo só consegui distinguir formas escuras, depois percebi que estava outra vez em um quarto de hospital.

Ri internamente, pois aquilo já era uma rotina um pouco chata.

Consegui ver Harry saindo do quarto, enquanto Ron andava de um lado pera o outro no corredor do hospital. Vi Draco me observar de uma cadeira, alternando seu olhar a um livro de medicina postado em seu colo e a mim. Parecia que ele comparava alguma coisa. Forcei minha visão para ler o título do livro e percebi que era um livro de medicina trouxa. Não entendi a razão do livro, mas sabia que aquilo não era bom, aquilo não era nada bom.

Pigarreei alto, obtendo a atenção da doninha.

-Eu desmaiei. – disse o óbivio. – Mas quem chamou Ron e Harry?

Draco sorriu torto.

-Quem? Oras Hermione, eu! – disse com um certo tom de arrogância que eu já tinha aprendido a ignorar. – Ou você queria que eu passasse mais um tempo na colônia de férias chamada Azkaban? – perguntou sarcástico, se referindo ao seus dias na prisão antes de ser inocentado. – Se eu não fizesse isso, teria férias beeeem longas...

Suspirei.

-Mas...

-Quando você contaria a eles? – disse me cortando.

Fitei aqueles olhos cinzas, fingindo estar um pouco confusa.

-O que exatamente? – perguntei me fingindo de inocente.

Malfoy riu. Agora eu havia entendido o livro de medicina trouxa. Ele estava estudando meu caso, ele tinha descoberto. Maldita doninha albina!

-Que você está com câncer?

Olhei para porta entreaberta antes de responder. Não queria que um deles ouvisse a nossa conversa.

--Quando eu morresse Draco. – disse calma, pois já tinha quase que me acostumado com a ideia. – Ou queria que eu chegasse do hospital trouxa e entregasse uma taça de champanhe ao Ron, dizendo que ia morrer? – perguntei com sarcasmo.

Malfoy suspirou.

-Não faça tanto drama, Hermione, no livro está escrito que tem tratamento e cura. – ele disse com sua voz tipicamente arrastada.

Sorri sem humor.

-Não quando o câncer é no pâncreas e no estado avançado que se encontra o meu. Não vou fazer tratamento, Draco, não quero sofrer seis meses seguidos antes de morrer.

Os olhos dele se arregalaram, percebendo a situação preocupante na qual eu me encontrava.

-Quanto tempo? – perguntou com a voz baixa e preocupada. Por incrível que pareça, mas desde quando começamos a trabalhar juntos e eu o ajudei com Astória, nos tornamos amigos quase que próximos.

-Agora, com sorte, 88 dias. – respondi indiferente.

-88 dias? Como assim, Hermione? – disse exasperado, se aproximando de mim. – Eu sei que odeio o Weasley e não sou muito fã do Santo Potter, mas isso é um absurdo. Eles deveriam saber, se preparar...

-...e chorar durante esses meses que me restam? Talvez me obrigarem a sofrer todas as dores de uma quimioterapia? Para ter uma luz no fim do túnel? – despejei as palavras, o cortando. – Francamente, Draco, você é muito idiota em pensar que eu vou deixa-los sofrer por todo esse tempo, quando eu posso evitar isso. EU quero ficar feliz nesses últimos meses, realizar meus sonhos, Malfoy.

Ele assentiu, mesmo aparentando não concordar com minha decisão.

-Mas você não espera que eu esconda isso dos dois, espera? – perguntou.

Eu sorri da melhor forma que pude.

-Mas é claro que você vai fingir que eu não tenho nada Malfoy, aliás, você vai me dar um diagnóstico de anemia profunda. – respondi surpresa com minha rápida solução para o fator: dever explicações ao Ron e fugir do hospital acompanhada dele.

Ele escancarou a boca surpreso.

-Eu não posso fazer isso, é contra lei e...

-Malfoy, você foi um comensal da morte que tentou matar Dumbledore, quer mais infrações da lei além destas? – perguntei descrente. Draco Malfoy com medo de infringir a lei? Essa é nova.

Ele suspirou resignado, mas não querendo me dar razão.

-Mesmo assim...

Suspirei. Era hora de jogar sujo.

-Draco, você me deve muito por eu ter sido a testemunha que te inocentava no seu julgamento, além do Harry. – disse, sabendo que aquilo era jogar sujo, mas naquele momento, minha felicidade estava contada, uma vez que meus dias também.

Ele riu.

-Uma grifinória chantagista? Nunca pensei em viver para ver isso. – disse com sarcasmo.

-Aprendi com certos sonserinos... – respondi fria. – Agora pegue essa droga de papel e me faça um diagnostico de anemia profunda.

-Ou então...? – perguntou desafiador.

Sorri malignamente.

-Ou então eu retiro meu testemunho no ministério. Sabe que posso fazer isso em um período de 10 anos, certo? E se eu fizer isso, você realmente vai passar umas férias em Azkaban. – ameacei.

Draco suspirou.

-Eu farei esse diagnóstico falso, mas certifique-se que vai deixar em seu testamento a explicação de minha inocência sobre isso, certo? – exigiu, me encarando com um olhar frio.

Assenti.

-Faça um voto perpetuo, se quiser. – ofereci, porque, no final das contas, morreria de um jeito ou de outro.

Draco assentiu e apontou a varinha para nossas mãos unidas.

O juramento estava feito.

E sinceramente? Eu poderia quebrá-lo pois de qualquer maneira eu morreria.

Viu? Meu humor andava muito negro!


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Notas finais do capítulo

Bom, eu amo o draco, mas essa vai romione..RRSRSRSR
deixem reviews..
e bem que tal uma recomendação?
juro que posto mais rápido se me mandarem um alinda recomendação
xoxo