Viva por mais 90 Dias escrita por Amis


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oie, aqui eu estou de volta...
Quero reviews hein apesar de ter recebidos poucos cap passado.
Qualé gente, são 14 leitores e quase nenhum comenta..
Assim eu fico desestimulada para continuar a historia
Mas Ok, curtam..



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-Senhorita Granger, de acordo com os exames que estão em minha mão a senhora tem um tumor no pâncreas. – disse calmo, mas profissional.

Meu mundo pareceu cair naquele momento. Tumor? No pâncreas? Aquilo só podia ser brincadeira. Não tinha histórico de câncer na família, aquilo era geneticamente impossível.

-Mas é maligno? – perguntei com a voz tremula. Ainda não acreditava naquilo, ela simplesmente impossível estar acontecendo aquilo comigo.

O médico me olhou serenamente antes de dizer.

-Só posso lhe afirmar isso depois de uma biópsia.   Mas ele está grande e pelo que consta, há muito tempo em seu organismo. Pelo que conheço sobre os diagnósticos, sinto muito lhe informar, mas dificilmente este tipo de tumor é benigno. De qualquer forma, se desejar podemos fazer o exame para verificar.

Eu olhei para ele de forma triste e desesperada. Se fosse maligno o que eu faria?

-Mas doutor, se for benigno, como me tratarei? – perguntei percebendo que as lágrimas de desespero caiam livremente.

Eu olhou para mim antes de respirar fundo e falar.

-Senhorita, as chances dele ser benigno, pelo tamanho e pelos sintomas são de 0,2%. Mas independente do tipo, o tratamento será igual. Você fará radioterapia e quimioterapia para reduzi-lo, mas não tem como retirá-lo ou curá-lo. O estado dele é avançado, podemos evitar que ele se espalhe e atinja outros órgãos mais do que já fez.

Eu solucei e olhei-o intensamente.

-Quando posso fazer a biopsia? – disse tentando retomar a minha voz.

Ele olhou em uma agenda antes de lhe responder.

-Agora mesmo, mas digo que é quase que inútil, senhorita. O câncer já começou a cair na corrente sanguínea, ele é com certeza maligno. – disse friamente. Sabia que aquele era o tom profissional de todo médico, mas mesmo assim, naquela hora eu só precisava de um abraço e de palavras doces.

Rapidamente peguei meu único aparelho trouxa que usava diariamente, meu celular, e conectei-o a internet. Foram segundos antes que eu conseguisse pesquisar algo no site de busca, mas conseguindo, digitei câncer de pâncreas.

Como quase médica eu sabia que nós escondíamos algo do paciente em situações como essa. Era alguma forma de dar uma luz no fim do túnel, mesmo que ela não existisse. E eu, não sabendo nada sobre essa doença, precisava conhece-la rapidamente. Não podia ser enganada pelo médico.

Mas o que li me fez me arrepender disso. No primeiro site em que pesquisei li: “O câncer de pâncreas é altamente letal, talvez porque tem início muito insidioso e, portanto, já é tarde demais quando em geral é feito o seu diagnóstico.”

Rapidamente concluiu: eu ia morrer.

Mais lágrimas caíram pelo meu rosto antes que eu tomasse a consciência do que estava acontecendo. Eu precisava ser racional, precisava ser forte.

-Se não tem cura, vou ter um retardamento dos sintomas, certo? Vocês vão me tratar para eu viver um pouco mais. Quanto mais? – perguntei tentando ser forte.

O medico me olhou sereno. Eu não sabia o motivo, mas estava quase pegando minha varinha e jogando um Crucio nele.

-Com os tratamentos, 6 meses. – disse.

Eu arregalei os olhos. Seis meses sofrendo? Aquilo não poderia ser real, o que eu faria em seis meses de  vida? Eu não poderia fazer nada naquele mísero tempo. Era muito pouco, eu não tinha vivido metade do que eu queria viver. Não, não, não!

-E sem tratamento? – perguntei fria outra vez. Eu sabia que quem fazia quimioterapia sofria muito, não acreditaria que valeria a pena sofrer para prolongar minha vida para seis meses. Seria altamente inútil, viver seis meses sofrendo.

-Sem tratamento em torno de três meses. – respondeu. – Mas não aconselharia fazer isso, logo as dores virão e serão impossíveis de suportar. Pelo menos com a quimioterapia podemos adiar esse evento para mais tarde.

Eu me encostei na cadeira ainda em choque.

-Está me dizendo que fazendo ou não o tratamento, alguma hora ele não vai adiantar mais e eu vou sentir dor? – perguntei sentindo mais lágrimas virem.

Ele assentiu.

-Sim, uma hora começaremos a administrar sua dor com doses de morfina e depois, ela não fará mais efeito. A quimioterapia só vai estender um pouco sua vida, mas não com qualidade. Sabe que terá consequências, seu cabelo cairá, sua imunidade também, terá problemas para dormir e se sentirá fraca.

Assenti.

-E se eu não fazer o tratamento? Tem algum remédio que possa cortar os efeitos da doença durante um tempo? – perguntei enquanto minha mente trabalhava a mil por hora.

-Remédios existem para evitar que sinta dor e sinta as tonturas continuas. Mas o câncer vai se espalhar com mais rapidez e te matará mais rápido.

-Mas viverei com mais qualidade, certo? – perguntei quando consegui chegar em uma conclusão.

Ele assentiu.

Suspirei cansada. De qualquer forma eu morreria, não tinha saída. Mas havia duas formas de viver. Viver com qualidade durante três meses, ou sem, durante seis. Não precisava me perguntar como eu queria viver, seria corajosa, enfrentaria o maior inimigo do homem, a morte.

Era obvio o motivo de ninguém em St. Mungos perceber minha doença. Casos de câncer eram raros no mundo bruxo, e quando existiam, eram tratados pelos trouxas. E uma doença tão silenciosa quanto a minha? Só com exames profundos descobriria.

-Passe uma receita com os remédios que tomarei para evitar sentir dor ou tontura. – disse com convicção. – Me recuso a fazer o tratamento.

O medico assentiu aceitando e entendo minha escolha e me deu uma receita com todos os remédios que tomaria. Não havia mais saída, em torno de três meses eu estaria morta!


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Notas finais do capítulo

Sorry gente mas todos os fatos aí são veridicos sobre os tumores e a quimioterapia.
Isso é uma doença séria, e é letal. Tive pessoas em minha família que passaram por isso e é horrível.
Mas eu vou dar um toque de romance na fic, ok?
Deixem reviews..
XOXO