Viva por mais 90 Dias escrita por Amis


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Bom, adorei cada review que vcs deixaram..
um cap novinho para vcs...
adoreie screver esse cap
enjoy



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Restante: 86 dias. –  quinta feira.

“Queria ter um dia só de amigos como tinha com meus amigos trouxas quando criança. Ir ao shopping, correr por ele, fazer guerra de balões de água, chorar assistindo algum drama da Disney, qualquer coisa.” ( lista de desejos, capitulo 6)

-Ronald Weasley, eu não quero saber se você precisa ir ou não nesta maldita missão, você vai mandar uma carta, um patrono, ir pessoalmente ou mandar o próprio capeta dizer que você vai tirar 3 meses de férias! – berrei para ele, sentindo minha cabeça, minhas costas e meu estomago doerem insuportavelmente. Eu ainda não tinha tomado meus malditos remédios, estava desde a hora que acordei discutindo com Ron sobre as férias.

-Mione, entenda, tem que ser depois dessa missão. Eu o Harry temos que partir para França essa semana e bem...

-Quanto tempo de missão? – perguntei, o interrompendo.

Ron suspirou.

-Um mês e meio.

-O QUÊ? – berrei com todo o ar que tinha em meus pulmões. Um dia, aceitável. Uma semana, até que vai, agora um mês? PUTA QUE PARIL, eu estou morrendo, não tenho um mês e maldita duas semanas!

Ron sentou no sofá, escondendo a face entre as mãos, nervoso.

-Mione, os vizinhos...

-Os vizinhos o caramba, Ron. Eu tirei férias para passarmos juntos, não para mofar nesse apartamento! Deixe que o Harry vá com outro auror, ele vai entender...

Ron me fitou incrédulo.

-Essa missão é perigosa, Mione, não é justo deixar o Harry ir sozinho!

Eu ri sarcasticamente. Harry não precisava de ajuda.

-Francamente, Ron, Harry matou Você-sabe-quem, ele não precisa de ajuda para cumprir uma missão dessas... – desdenhei.

Ron ficou vermelho e se levantou.

-Eu vou com o Harry, Mione, e como diz sua amiga: reclame com o papa! – disse e aparatou.

Soltei milhões de palavrões e antes que eu tivesse que enfrentar a polícia no meu apartamento, decidi fazer algo.

*_*

Parei em frente a mansão Malfoy, cantarolando baixinho Highway to hell. Eu ainda não tinha boas recordações daquela casa, e de repente, a música se encaixava bem as minhas lembranças. Esperei um elfo me atender e me levara até o escritório do Draco. O folgado estava no seu dia livre e todo esparramado no sofá do escritório, lia um livro grosso de couro. Entrei no local e pigarreei.

Draco levantou os olhos lentamente para mim e arqueou as sobrancelhas.

-O que faz em minha humilde casa, Hermione? – perguntou com sarcasmo. Às vezes eu me pergunto como ainda ele não se afagou em seu poço de modéstia, educação e... A lista segue quilométrica.

-Vamos sair? – perguntei me sentando sem ser convidada em uma das poltronas.

Draco me fitou incrédulo.

-Sair? – repetiu duvidando estar ouvindo aquilo de mim.

-Isso mesmo! Vamos, Draco... Chame Astória, eu chamo a Gina, vamos nos divertir um pouco... – pedi com uma carinha de cachorro pidão.

Draco riu.

-E o Weasley pobretão? – ele perguntou sem muita maldade, era mais pelo hábito.

Revirei os olhos.

-Foi para uma maldita missão de um mês e meio. UM MÊS E MEIO! – disse exasperada. – E eu não vou ficar mofando em casa quando posso me divertir. Vamos sair, Draco! – pedi outra vez.

Ele suspirou em sinal de estar derrotado.

-Para onde?

-Boliche, parque de diversões, essas coisas! – disse animada, dando alguns pulinhos sob meu assento. Naquele momento eu parecia Camille, mas eu não me importava.

Draco fez uma cara de desentendimento.

-Bol o que? – perguntou.

-Boliche, um jogo trouxa. Eu pago nossas entradas, por favor! – disse juntando minhas mãos em forma de prece. Quem diria que em um futuro não muito distante eu estaria implorando para me divertir com o Malfoy e não para continuar viva.

Ele assentiu, mandando um patrono para chamar Astória e eu fazendo o meu para chamar a Gina.

*_*

Os três bruxos sangue-puro olhavam todas aquelas luzes do parque de diversão com uma animação anormal. Gina dava pulinhos felizes, agradecendo por ter uma amiga como eu, enquanto Draco e Astória arregalavam os olhos observando as montanhas russas enormes. Já eu, caminhava tranquilamente e de uma forma normal, para o boliche, guiando aqueles seres que pareciam ter dois anos.

Entramos no local com várias pistas de boliche e pegamos uma afastada, pois eu tinha medo do que aqueles três eram capazes de fazer. Peguei uma bola leve e expliquei o jogo. Eu podia jurar que Gina e Astória iam quicar no chão de tanta ansiedade se o jogo não começasse logo.

-Então, quem vai começar? – perguntei sorrindo.

Draco pegou a bola da minha mão e caminhou elegantemente até a pista. Deu um impulso com a mão e jogou a bola. Segundos depois, o loiro havia feito um Strike, não com a bola, mas com o corpo inteiro!

Segurei a risada, enquanto todos do boliche riam dele tentando caminhar de volta pela pista escorregadia, deslizando o pé de forma desengonçada e emburrado.

-Qual a parte do “ soltar a bola” você não entendeu? – perguntei, quando ele sentou na cadeira do meu lado e murmurou algo sobre os brinquedos trouxas.

-Cala a boca, Granger! – pediu se afundando mais na cadeira. –  E minha bunda está doendo! – reclamou, fazendo careta.

Astória riu e com cuidado pegou a bola, jogando-a sem ir junto. Afinal, depois daquele perfeito STRIKE, alguém tinha que aprender com o erro alheio.

Gina seguiu depois de Astória e assim foi sucessivamente, até o nosso tempo de jogo acabar. No final, quem acabou ganhando foi Gina.

Saímos de lá com Draco reclamando por ter perdido e decidimos – Isso que dizer eu decidi. – ir no carrinho de bate-bate. Como eu e Gina erámos as únicas que dirigiam no grupo, eu fui com Draco no carrinho, enquanto Gina ia com Astória.

-Se segura, OK? Geralmente ninguém morre, mas nunca se sabe... – comentei propositalmente, arrancando um olhar assustado dele.

Eu ri e comecei a perseguir Gina no espaço que tinha. Acabamos batendo em vários adultos e crianças, enquanto Draco agarrava em meu pescoço gritando “ MEU MERLIN, ME PROTEJA!”.

-Me larga, Draco! – berrei, batendo em outro carrinho.

-Isso é loucura... AÌ! – respondeu, mostrando o dedo do meio para uma menininha que batera no nosso carro.

-Draco Malfoy, você assustou ela, sua doninha albina! – disse vendo a menina parar o carro e começar a chorar no meio da pista.

O garoto deu de ombros e fuzilou a menina com o olhar, tirando minhas mãos do volante e guiando ele até a menininha. Eu tentei controlar, mas Draco sendo mais forte do que eu, me impediu, batendo em todos e perseguindo a menina, que saíra de transe e fugia dele gritando ajuda para o pai.

-Draco, para esse carrinho, pelo amor de Merlin! – berrei, tentando tirar as mãos dele do volante. Neste momento, o tempo do brinquedo acabou e o carrinho parou, me fazendo suspirar de alívio. Com Draco no comando, íamos precisar não de Merlin, mas da sua legião inteira para nos proteger!

Draco praguejou e quando ia sair do carrinho, foi impedido por um armário ambulante. Eu e ele olhamos para cima e encontramos um cara, muito forte e bombado, nos encarando maleficamente, com a pirralha que Draco perseguira em seus ombros. Ambos engolimos seco.

-Foi ele, princesa? – ele perguntou a filha, com a voz grossa me fazendo tremer de medo. Naquele momento pensei que Voldemort era uma menina vestindo um tutu de balé em relação a ele.

A menina assentiu com um sorriso malvado no rosto.

Draco fingiu de desentendido.

-Desculpa, senhor, mas há algum problema? – perguntou com uma expressão de arrogância no rosto.

Eu gelei. Queria berrar que aquele era o momento errado para se sentir superior, mas loiros pensam? Óbvio que não!

O homem riu.

-Você é o problema, Barbie de farmácia! – respondeu acertando um soco no olho dele. Draco cambaleou e caiu no chão, segurando o olho e gemendo de dor. Eu me agachei ao lado dele, tentando ver o estrago.

-Trouxa imundo! – berrou, mencionando tirar a varinha do bolso, mas eu impedi.

O homem, ao escutar a palavra bonita se referindo a ele, voltou a se aproximar de nós, de forma ameaçadora.

-Agora a casa caiu, Draco, obrigado. – sussurrei, me levantando e planejando ter uma conversa civilizada com ele. Mas sabe quando tudo dá errado? Pois é... Mau eu havia me levantado, e Gina estava lá, apontando o dedo para o peito do homem e berrando:

-ESCUTA AQUI, SEU BRUTAMONTES NOJENTO, VOCÊ É UM COVARDE FILHO DE UMA PUTA QUE PENSA QUE PODE BATER EM UM GAROTO COM A MATADE DE SUA IDADE! ENCOSTA MAIS UM MALDITO DEDO NELE E VOCÊ VAI VER QUE SUA CHAPA VAI ESQUENTAR.

Astória assentiu ao lado da Gina e o homem as encarou com se fossem um grão de areia em sua frente, as empurrando para o lado e se aproximando do Draco outra vez. Rapidamente ajudei a doninha a se levantar e gritei um simples: “Corre!” para as meninas. Nós quatro saímos correndo pelo parque, com o armário atrás de nós, até conseguirmos desaparatar na casa do Draco. Não pensamos duas vezes antes de cair na gargalhada, afinal não era todo dia que 4 bruxos fugiam de um trouxa enorme.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? adorei imaginar o draco correndo de um trouxa, amei escrever esse cap...
O próximo promete muitas coisas. Alguém tem algum palpite de que lugar será?
amei
xoxo