Jogo de Amor escrita por DaMa_DM


Capítulo 21
Capítulo 19 - parte I




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-Só estou dizendo que esta oficialmente comprovado que as mulheres não são seres racionais. Num dia elas estão sorrindo e no outro correndo atrás de você pela casa com uma frigideira na mão. 

Naruto parecia uma criança resolvendo um problema de quem vai contar primeiro no pique esconde, e Sasuke realmente não estava interessado naquele papo, tentava se concentrar no computador a sua frente mas estava ficando difícil.

-Naruto seu baka, você chamou a mãe dela de loca! –Esbravejou Sasuke, mas o loiro fez cara de quem não entende onde está o erro.

-Não disse menos do que a verdade! É sério Sasuke a mãe dela não deixa ela sair no sábado a noite nem se eu estiver junto. Parece até que a Hinata é uma boneca de açúcar que se molhar estraga.

Sasuke levou a mão direita a testa, e segurou-se pra não bater no loiro que ficava debruçado na poltrona no quarto do Uchiha enquanto o mesmo remexia algumas coisas na internet.

-O problema é justamente por que VOCÊ VAI JUNTO! Não é possível que não consiga entender uma coisa assim. –Sasuke bufou, impaciente. –Quer saber Naruto, vá pra merda!

Naruto ficou vermelho de raiva. Sempre que Sasuke tinha um problema ele escutava. Quer dizer, se o Uchiha fosse de contar seus problemas o loiro escutaria, mas como não era, não custava nada escutar os problemas do Uzumaki.

-Ah, qual o seu problema em? Desde a festa da Ino que você não tá legal! –Disse Naruto, e Sasuke no mesmo instante mudou sua expressão facial, e o Uzumaki não conseguia entender o por que.

Sasuke não quis mais saber, deixou o loiro lá com os problemas dele e saiu de casa.

Pensou em ir caminhando pelos lugares assim colocaria os pensamentos em ordem mas decidiu que apenas ficaria irritado por ter que andar e acabou pegando o carro da garagem.

Ficou andando por ai por um bom tempo. Colocou os pensamentos em ordem e foi bom ficar sozinho um pouco. A voz irritante de Naruto não fazia bem a faculdade mental do Uchiha –fato-. Sasuke já estava ficando mais controlado quando viu alguém que não queria sentada numa cafeteria. Estava numa mesa que ficava no passeio e ele revirou os olhos quando pensou em ir até lá e falar com ela, mas estava fora de cogitação. Não queria conversa, muito menos depois de tudo, só que o destino ainda tinha muitas peças pra pregar

Sasuke ficou preso no semáforo, e percebeu quando a garota se levantou deixando algum dinheiro na mesa e indo pra beirada do passeio, pronta a chamar um taxi.

“Se ela não te ver sai correndo e finge que não a viu!” –Pensava Sasuke, mas foi no mesmo instante que ele encontrou os olhos de Sakura sobre si.

“MERDA” –Pensou de novo. Ela o tinha visto, e agora ele não podia fazer diferente de oferecer-lhe uma carona.

-Ei, Sakura! –Chamou ele baixando o vidro da janela.

Assim que ela o escutou a chamando preferiu que Sasuke não a tivesse visto, mas fez cara de indiferente e forçou um sorriso fraco. Andou até ele no carro.

-Entra! –Disse ele simplesmente, então ela deu a volta e entrou no banco da frente.

O semáforo abriu alguns segundos depois, e ele seguiu.

-Ei, Sasuke, como está tudo? –Perguntou ela. O mesmo ficou um tanto irritado com a tentativa idiota dela de puxar assunto, por que eles simplesmente não podiam seguir quietos e fingindo que não estavam se vendo?

-É, bem! –Disse finalmente. –Pra onde vai?

“Eu estou bem também, obrigada por perguntar Sr.Educação!” –Pensou ela.

-Pra casa da minha mãe, vou ficar por lá de novo .... enquanto estiver por aqui! –Disse ela pensando duas vezes se deveria mesmo ter falado o final ou não.

Sasuke se assustou mas logo voltou a expressão inicial de indiferença quando escutou o “enquanto estiver por aqui”.

-Então vai embora de novo? –Perguntou ele apenas para confirmar, no fundo já sabia que ela não ficaria por muito tempo.

-É. –Disse fitando o chão. –São muitas coisas pra resolver e o Idate tem família lá, então... – Ela realmente pensou no que estava dizendo e acabou decidindo que aquela “conversa de amiguinhos” decididamente não estava dando certo. –Olha, Sasuke, eu não estou fugindo de novo tá legal? –Disse rapidamente e um tanto brava. –Eu só não tenho mais por que ficar aqui. E além do mais, lá eles ACREDITAM em mim.

Ela enfaseou a palavra Acreditam, fazendo o moreno se lembrar da ultima vez em que se viram antes dela decidir ir morar com o pai.

Foi no dia em que o pesadelo dela começara, e a gravação da cena de sexo com Itachi fora apresentada a todos no campo de futebol durante a partida. Sasuke lembrou-se de quando ele a encontrou depois de ver o vídeo e da forma como a tratou, ele nem mesmo quis ouvi-la, e Sakura também se lembrava muito bem disso.

-Bom pra você. –Disse com indiferença de novo, não querendo demonstrar o quanto tinha a dizer a ela.

-Você é inacreditável! –Disse ela brava. –Nós... você... –Você nem mesmo quis me ouvir, nem me deixou explicar, o que queria Sasuke? Que eu voltasse depois de quase dois anos e implorasse seu perdão?

Ela se controlou pra não pular do carro, mas lembrou-se que ainda estavam em movimento, e agora que ela o provocara estavam indo ainda mais rápido.  Só que para a sorte da rosada, eles já estavam quase chegando na casa da mãe dela.

-Sinto muito Sasuke, mas se for pra alguém pedir desculpas, que seja você.

O silencio reinou dentro do carro, e isso incomodava muito a rosada, que brigava feio com as lágrimas, vencendo por pouco.

Sasuke estava atônito também, mas respirou fundo e agradeceu a Deus por ela ter ficado quieta, deixando-o com seus próprios pensamentos e podendo pensar em alguma coisa mais decente do que ela pra dizer.

-Estou te ouvindo agora não estou? –Disse ele, calmo.

Sakura segurou o banco com força, sofrendo pra não chorar, por fim, acalmou-se também, e fez com que as lembranças fossem embora, enfim controlando-se.

-É uma longa história! –Disse ela, e decididamente explicar tudo a ele, desde a sua briga com Ino quando descobriu que a loira iria embora, até o que a levou a fazer sexo com Itachi seria uma coisa muito longa pra se explicar numa simples carona.

-Você quis que eu te escutasse... – Sasuke iria dizer : “Você quis que eu te escutasse e agora não quer falar!” , mas ela completou a frase pra ele.

-... mas quando eu quis falar você não quis ouvir. –Disse com voz calma, e olhou pra ele, Sasuke por sua fez não retribuiu o olhar.

-Nós já chegamos! –Disse ele a fazendo perceber que eles já tinham estacionado de frente pra casa dela, e sabe-se lá a quanto tempo. Mas ela estava entretida na conversa.

Sakura respirou fundo.

-Eu só não queria deixar tudo do mesmo jeito. Se você pudesse engolir esse seu ego enorme por um instante, veria que essa briga é ridícula.

Disse ela já pronta pra sair do carro, mas ele a puxou de volta, fazendo com que ela caísse no colo dele. Ficaram se encarando por um tempo, ele estava com expressão normal, ela porém, parecia brava com o feito.

-Você o ama Sakura? –Haruno entendeu no mesmo instante o que ele quis saber, o problema é que ela não sabia a resposta.

-Você teve sua chance, mas acabou com tudo no momento em que não acreditou em mim. Melhor dizendo ... você é o idiota da vez!

Ela levantou-se do colo dele, o deixando imerso em pensamentos e se perguntando como aquela garota se atrevia a falar com ele daquele modo, mesmo assim ele não reagiu, apenas viu quando ela desceu do carro e entrou em casa.

(...)

Ino, Hinata e Sakura se divertiam como nunca.

Numa manhã de sábado elas riram, brincaram, correram, se divertiam, conversaram, fizeram compras, saíram do regime, fofocaram, e fizeram tudo o que uma tarde de verão tinha direito, era como se fosse o primeiro ano da faculdade, em que tudo era só brincadeiras e elas tinham tempo pra se divertirem juntas, tirarem as fotos com as poses mais ridículas e colocarem as piores legendas. Lembravam-se dos momentos engraçados dos primeiros anos juntas.

Foi tudo perfeito, mais do que isso, foi tudo feliz, mas era uma tarde de despedida no final das contas, e Sakura tinha de ir pro aeroporto.

-Sakura, meu amor, temos que ir. –Pediu Idate indo até elas no sofá da sala

-Ah, não! A Sakura disse que vai ficar e que não quer mais saber de você, seu mala! –Disse Ino, brava com Idate.

-O que? –Perguntou desorientado.

As três riram.

-Não é nada. –Disse Sakura com voz doce. –Pode pegar minha mala lá em cima enquanto falo tchau pras meninas, por favor? –Pediu carinhosa.

Idate abriu um sorriso no rosto, como negaria algo a aquela garota? Principalmente quando lhe era pedido daquela forma. Caminhou até ela e a deu um celinho rápido, logo subiu a procura das malas.

-Então é isso garotas! –Disse a rosada com voz triste.

-Vai voltar não vai? –Perguntou Hinata levantando-se e indo abraçar a amiga.

-Assim que possível! –Respondeu ela, pouco sabendo quando seria isso.

-Promete? –Perguntou Ino levantando-se do sofá e juntando-se ao abraço das duas.

-Sim. Vocês não vão ficar livres pra me substituir tão facilmente. –Disse a rosada.

-Substituir? Nem tinha pensado nisso. –Confessou Ino. –Acha que a Karin dariauma boa amiga Hinata? –Perguntou, e acabou levando um bom beliscão.

-Nem se atreva. –Disse a rosada.

Elas riram.

Logo Idate chegou com as malas. Sakura se despediu da mãe e nossa, como era difícil dizer adeus a aquelas mulheres. Por fim não conseguiu se segurar e acabou chorando, mas sabia que não tardaria a voltar, pelo menos não tanto quanto antes.

Depois de algumas boas horas eles já estavam na mansão Haruno novamente.

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-Filha, seja bem vinda de volta! –Disse o pai assim que viu Sakura adentrando em seu escritório e indo em sua direção , dando-lhe um beijo na lateral da face.

-Obrigada! –Disse. –O que é isso? –Perguntou olhando para alguns documentos importantes que o pai analisava com cuidado.

-São as melhores noticias da semana. Nossos advogados conseguiram encontrar o numero da conta pra qual o dinheiro da empresa foi desviado, já estão analisando os números e poderemos encontrar um nome ainda amanha.

Sakura sorriu feliz com a novidade, seria bom poder retomar a quantia perdida, colocar o culpado atrás das grades, e quem sabe assim, dar por encerrado o seu trabalho na empresa do pai? Quem sabe, até mesmo, voltar pra Avallon.

-São ótimas noticias mesmo! –Disse ela toda feliz.

-Sim! Por isso amanha estarei ocupado o dia inteiro, e quero que você me cubra na empresa. Já deixei tudo avisado e todos estão sabendo que você ficara no comando de tudo amanha bem cedo. Tudo bem pra você?

-Claro que sim! Com o maior prazer papai! –Disse, e abraçou-o de novo. Estava feliz por ele, e ainda mais com a expectativa de poder dar boas noticias a suas amigas em breve.

(...)

-Entre! –Gritou a rosada depois de escutar alguém batendo na porta.

-Senhorita Haruno, seu pai lhe espera na sala de jantar para a refeição! –Disse o mordomo do lado de fora do quarto.

-Diga a ele que espere só mais alguns minutos e que já desço. –Pediu ela. O mordomo foi fazer o que lhe fora mandado.

-E então, vai me ajudar amanha na empresa? –Perguntou a rosada a Idate que se colocava deitado por baixo dela na cama.

-Ah meu amor, sabe que eu gostaria de ficar com você o dia inteiro, mas tenho algumas coisas pra resolver.

O olhar de Sakura passou de feliz a decepcionado, ela não sabia exatamente como proceder no comando geral da empresa, isso era tarefa do seu pai e ela sabia que teria de ser muito responsável e séria, mas esperava que Idate pudesse orientá-la em algumas coisas.

-Tudo bem! –Mentiu.

-Então vamos! –Disse ele beijando-lhe a boca e logo em seguida levantaram e foram jantar.

No dia seguinte.

-Carmem, pode trazer os papeis dos gastos do mês pra que eu possa revisar por favor? –Pediu Sakura ao telefone, onde sabia que Carmem, a secretaria de seu pai, poderia escutá-la.

-Agora mesmo, senhorita Haruno! –Respondeu a mulher do outro lado da linha.

Alguns minutos depois os papeis já estavam na mesa de Sakura.

-É só! Obrigada! –Disse a secretária que assentiu e deixou-a a sós.

Sakura revisou os papeis uma vez,  mas algo dentro de si dizia que ela tinha deixado algo passar. Revisou de novo e não encontrou nenhum erro. Mesmo assim, a idéia ainda martelava em sua cabeça.

Já tinha revisado cinco vezes, e já estava desistindo de fazer todos os cálculos novamente quando achou, finalmente, o que estava fora do lugar.

Havia uma clausula faltando.

Os números estavam corretos e a soma também. Mas havia um nome faltando. Todos os gastos eram ordenados em : Nome do lugar em que foi gasto o dinheiro, a quantia, e o total.

Mas havia, na lista de nomes, uma quantia de dinheiro que faltava.

Correu e pediu a Carmem que lhe enviasse imediatamente todos os recibos, na ordem que foram adquiridos. Carmem achou os recibos pouco sabendo pra que eles serviriam agora, e agradeceu por não tê-los jogado fora como de costume.

Ordenou todos pela data das compras que constava nos papeis e mandou a Sakura.

Ela revisou todos os recibos na mesma ordem que constavam na lista, e quando chegou com décimo achou o local onde o dinheiro tinha sido gasto.

-Aeroporto de Kioto, onze e meia da manhã, destino a ....! –Era parou de ler no mesmo instante.

Era o recibo de compra da passagem dela e te Idate de volta a cidade onde a mãe morava, um dia antes do aniversário de Ino. Mas aquela passagem, fora o pai quem comprara, então  por que ele teria escondido a compra no formulário de gastos da empresa?

Sakura decidiu que precisava falar com o pai, mas especialmente hoje , ele ficaria fora o dia todo, investigando o numero da conta que tinha sido encontrada pelos advogados da empresa, então ela teria de esperar até a noite pra poder resolver a questão do roubo.

DROGA! Estava tão perto de resolver tudo, tão perto de achar o culpado, de poder se ausentar da empresa e voltar pra casa, mas agora teria de esperar, e sentiu-se inútil novamente, por que era a única coisa que ela podia fazer. 


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