Worlds Crash escrita por The_Stark


Capítulo 42
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

AEEEE, cabou! Agora o epílogo, apenas para que vocês saibam qual foi a idéia de Dumbledore e como ficaram as coisas depois da Grande Guerra. E, bem... Eu gostei de escrever essa história - foi a primeira que escrevi, mas achei que ficou legalzinha -, então estou seriamente pensando em fazer uma Temporada Dois, já estou até pensando na história e enredo... Caso queiram uma nova temporada, digam nos cometários por favor! Mas, voltando ao epílogo, espero que gostem!



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               Três meses após a Grande Guerra...

               Silena caminhava pelos campos de Hogwarts como se estivesse a passeio. E bem, de fato,  estava. Era isso ou ter aulas com McGonagall, e os Deuses saberiam como é chata aquela aula. Assim sendo, ela preferia simplesmente andar por aí. Alguns dias, tinha até mesmo a sorte de encontrar Charles Beckendorf – também gazeando aulas – e os dois podiam ficar juntos.

               O que não era o caso de hoje, logicamente. Quíron a havia incumbido de uma missão – se é que se pode chamar isso de missão... Ela tinha que encontrar os ex-Escolhidos e avisar-lhes que o centauro queria falar com eles, assim como Dumbledore. Agora que ela pensava no assunto, era tão estranho ter dois diretores, um do colégio e um do Acampamento. Definitivamente, ainda não se acostumara com a idéia.

               Encontrou Harry, Rony e Hermione tendo aulas com Snape. Pediu licença aos professores e tirou-os da sala de aula. Rony, mais do que ninguém, parecia aliviado de estar perdendo a aula de Severo.

               - Fale rápido – instruiu Hermione – Estamos perdendo aula!

               Rony olhou com cada de "você não existe, Hermione. Não é real..."

               - É exatamente por isso que você deve falar tão pausadamente quanto puder, Silena – instruiu o ruivo – Leve o tempo que quiser.

               - Ah, não vou me demorar – admitiu a filha de Afrodite com um sorriso meigo – Só vim avisar que Quíron quer falar com vocês, sim?

               - Agora? – perguntou Harry.

               - Sim...

               E ela saiu. Agora sim, ela iria andar pelos campos de Hogwarts sem um rumo, somente para perder as aulas de Minerva. Hermione deu um tapa de leve na cabeça de Rony.

               - Ai! Por que isso?

               - Pensa que eu não vi o jeito que você olhou para aquela filha de Afrodite?

               - Mas eu olhei normal...

               - Normal como, Rony? Eu vi tudo, não tente me enganar... – disse a garota fazendo biquinho.

               - Sabe, Hermione. Nem todas as filhas de Afrodite estão tentando me roubar de você, sabe... – por mais que isso pudesse ser divertido. Pensou ele. Mas só pensou.

               - Ah, então você de admite que tem algumas filhas de Afrodite tentando te roubar, não é? Eu sempre soube! Ser filha daquela Deusa não podia terminar em coisa boa...

               Rony suspirou. Hermione podia ser bem ciumenta as vezes.

               - Não que eu queira interromper – disse Harry – Mas acho melhor irmos encontrar Quíron... Se ele está chamando agora, deve ser urgente.

               Os três saíram caminhando pelos corredores de Hogwarts. O colégio estava com bem mais gente – e bem mais alegre, diga-se de passagem – desde que os campistas haviam se juntado aos bruxos. Tudo idéia de Dumbledore, é claro.

               O diretor havia interligado Hogwarts e o Acampamento Meio-Sangue com lareiras, para que se pusesse usar pó de flu. Assim, os estudantes e campistas poderiam se locomover livremente de uma escola para a outra. Não obstante, as lareiras de Hogwarts apenas levavam ao Acampamento Meio-Sangue, e as do Acampamento, por sua vez, somente levavam a Hogwarts. Isso impedia que os alunos terminassem fugindo e indo parar em outros lugares...

               E qual a vantagem dessa conexão? Dumbledore pensou em tudo. Como Thalia descobrira no final da Grande Guerra – e confirmara as suspeitas do diretor – os semideuses possuíam um pouco de magia dentro de si. Essa magia, bruta, precisava ser treinada e modelada, para que pudesse se desenvolver. É lógico, nunca chegaria ao nível dos bruxos, visto que eles tiveram milhares de anos para aprimorar essa prática, mas os semideuses conseguiam aprender várias magias e usá-las num nível bastante aceitável.

               Além disso, como eles corriam constantemente o perigo de serem atacados por monstros, quem ousaria dizer que a magia era inútil? Qualquer tipo de poder, forte ou fraco, poderia fazer a diferença entre a vida e a morte numa luta. Assim, os semideuses agora tinham aulas básicas sobre magia em Hogwarts, com todos os professores.

               Eles, de certa forma, seguiam o horário normal de todo bruxo, com todas as matérias, os professores apenas pegavam um pouco mais leve com eles. Os bruxos por outro lado, haviam descoberto durante a Guerra que somente magia não era suficiente. Eles tinham que ter força, agilidade, destreza.

               Agora que sabiam da existência de monstros – que não usam feitiços, mas ataques brutos – eles precisam aprender a se defender contra isso também. Um feitiço seria inútil, caso você tivesse uma dracaenae apertando-lhe o corpo e impedindo-o de mover os braços. Assim, agora, era natural que os bruxos tivessem aulas práticas com os semideuses, no  Acampamento Meio-Sangue. Além de aulas práticas, também tinham um pouco de teoria sobre a Mitologia Grega, para que soubessem o que estavam enfrentando exatamente.

               Igualmente, também nunca ficariam tão fortes ou tão velozes quanto um semideus – pois estes tinham o sangue dos Deuses. A força e velocidade deles eram sobre-humanas. Mas ainda assim, os bruxos podiam melhorar bastante o seu físico no Acampamento. Não é preciso dizer que Hermione não gostou nada dessas novas aulas.      

               Os três chegaram até a Sala das Lareiras – recentemente instalada, como sugere o nome, era um sala com apenas lareiras.  Em frente a essas lareiras, havia janelas que permitiam que a luz do dia entrasse e mostrava a todos a beleza da Inglaterra.

               A sala tinha um fluxo constante de pessoas, a todo momento haviam pessoas entrando e saindo dessas lareiras. Em vários aspectos, esse fluxo se parecia com o Ministério. Rony foi o primeiro, pegou um pouco de pó de flu e falou

               - Acampamento Meio-Sangue, Long Island – e desapareceu no meio de chamas verdes.

               Hermione e Harry o seguiram.

               A luz do sol bateu fortemente nos olhos dos três quando chegaram ao Acampamento.

               Por mais irônico que isso seja, a "Sala das Lareiras" dos semideuses ficava na floresta, perto dos chalés. Quíron mandou que abrissem buracos nas maiores árvores que havia e agora todos a utilizavam como lareiras.

               - Oi, Connor – cumprimentou Harry – Beleza?

               - Não – respondeu ele carrancudo – Tenho aula com o Snape agora. Falando sério, como vocês agüentaram isso por seis anos? Eu estou a três meses e acho que vou pirar!

               - Ah – Hermione tentou animá-lo – Ele melhora com o tempo. Está apenas tentando assustar os alunos novos.

               Connor olhou para Rony que acenava negativamente com a cabeça. Em outras palavras, não, não ia melhorar nada. Snape era Snape, afinal de contas.

               - De qualquer forma, desejem-me boa sorte. Se eu não conseguir fazer aquela bendita poção de novo, ele vai me mandar ficar e lavar os caldeirões da turma toda.

               - Faremos uma oferenda aos Deuses por você – disse Harry, antes que o garoto sumisse nas chamas verdes da lareira. Quando o garoto desapareceu – Para quem faremos uma oferenda? Quem é que vai ajudar com poções?

               - Hm – Hermione estava pensativa – Podemos tentar Hécate... Ela é a Deusa da Magia...

               - Ou podemos ir falar com Quíron – lembrou Rony – O que acham?

               - Também é uma boa idéia... – complementou a garota.

               Assim, os três começaram a atravessar o Acampamento. Cumprimentavam as pessoas que já tinham tido tempo de conhecer e apenas acenavam para aquelas que não conheciam. Clarisse disse-lhes um gentil "oi", quando passaram por ela, no campo de treinamento. Após a Guerra, ela tinha estado estranhamente – pelo menos para ela – amigável. Provavelmente, salvar o mundo ao lado de outras pessoas criava os mais fortes laços de amizade que um ser humano podia querer – ou quase isso.

               - Bom dia, Senhor D. – cumprimentou Hermione tentando ser respeitosa quando entraram na Casa Grande.

               - Ah! São bruxos novamente. Estou vendo muitos bruxos e com muita freqüência para o meu gosto... O que querem? – bom, infelizmente o Senhor D. e estava em um péssimo humor e não foi tão respeitoso.

               - Falar com Quíron.

               - No escritório dele... Ao lado daquele outro bruxo... Bruxos! Céus!

               Cruzaram o corredor com um passo apressado e bateram a porta bem elaborada do escritório do diretor do Acampamento.

               - Entrem!

               Fizeram como era pedido.

               Do lado de dentro, puderam avistar primeiramente o centauro Quíron sentado atrás de sua mesa. Numa cadeira em frente a ele, estava Dumbledore, trajando um espécie de robe de cetim roxo. Além desses dois, estavam todos os outros ex-Escolhidos. Provavelmente eles estavam tendo alguma aula no Acampamento e por isso, quando foram chamados, chegaram primeiro.

               - Dae, Harry! – falou Percy erguendo-se para cumprimentá-lo. Foi seguido por Nico, que também cumprimentou Rony e os dois beijaram Hermione na bochecha. Todos os outros presentes na sala também foram devidamente cumprimentados.

               - Bom – começou Quíron – Duas coisas fizeram com que eu e Dumbledore pedíssemos para que viessem aqui...

               - E seriam...? – incentivou Thalia.

               - A primeira – disse Dumbledore com um sorriso simplista – é curiosidade. Os dois mundos já foram unidos a três meses. O que é que vocês estão achando de tudo isso? Queixas? Elogios?

               - Beeem – Hermione foi a primeira a tomar a palavra – Eu estou simplesmente amando todas essa aulas sobre Grécia, mitologia grega, grego antigo e tudo mais... Porém, acho que devia ter uma opção para que os alunos que não quisessem aulas práticas ficassem liberadas delas...

               - Negativo – Dumbledore foi duro e seco, mas depois abriu seu sorriso usual – Sinto muito, Srta Granger, mas não... Essas aulas, por mais que você desgoste delas, pode ser que lhes sejam úteis no futuro.

               Hermione suspirou. Bom, não custava nada tentar.

               - É muito maneiro aprender magia! – exclamou Nico animado – Vocês não tem idéia. É claro, eu podia fazer algumas coisinhas com o Mundo Inferior, mas isso? Vejam isso!

               Ele ergueu sua varinha recém comprada acima da cabeça, o que fez com que todos se agachassem e se tentassem se esconder atrás de algum lugar. Digamos que as habilidades mágicas de Nico – ou a falta delas – era bastante conhecida...

               - Lum...

               - Expelliarmus! -  Gina conseguiu lançar antes que Nico terminassem seu feitiço, fazendo com que a varinha do garoto voasse até colidir com a parede. Quando Nico lançava um feitiço, somente Hécate era capaz de prever o que sairia de lá...

               - Nico – tentou Thalia -, você sabe que te adoro... Mas, vamos ficar apenas na luta corpo-a-corpo, por enquanto, tá? Apenas até conseguirmos alguma coisa decente com mágica...

               Thalia não era tão ruim quanto Nico, é verdade. Mas estava tentando fazer o filho de Hades se sentir melhor. Bom, nenhum semideuses nunca ficaria tão bom em mágica quanto um bruxo – da mesma forma como nenhum bruxo nunca ficaria tão bom em luta quanto um semideus -, ainda assim, eles podiam utilizar essas novas capacidades para alguma coisa.

               Nico foi até a parede e recolheu sua varinha. A varinha dos semideuses era ligeiramente diferente da dos bruxos. Olivaras levara quase um mês fazendo pesquisas, até conseguir encontrar um tipo de varinha que se ajustasse a filhos de Deuses. Elas tinham aproximadamente metade do tamanho da dos bruxos, e eram ligeiramente mais finas também.

               - E então? – incentivou Quíron – Alguém tem mais alguma coisa a acrescentar?

               - Bom – disse Annabeth – Eu também estou gostando bastante de magia, mas devo dizer, é algo bastante difícil. Prefiro lutas corpo-a-corpo...

               - Também... – admitiu Percy – Mas as pessoas em Hogwarts são super legais, exceto por aquele professor de poções... Ele é... Sombrio...

               Todos estremeceram quando pensaram em Snape.

               - Bom, se era só isso que vocês tinham a dizer – continuou Quíron – vamos a segunda parte: uma missão.

               - Uma missão? – perguntou Rony desconfiado.  

               - Sim, mas não qualquer missão – complementou Dumbledore – Essa será a primeira missão oficial que irá enquadrar bruxos e semideuses. Unidos. Achamos que vocês, por terem se saído tão bem trabalhando em equipe durante a Grande Guerra, gostariam de ter a honra de ser a primeira equipe.

               Os olhos de Annabeth e Thalia brilharam. Ambas sempre estava ansiosas por missões, e ser a primeira a fazer uma missão com bruxos... Era simplesmente uma sensação indescritível.

               - Thalia – disse Quíron – Já falei com Artemis, ela disse que não se importa se você for nessa missão com eles.

               - Certo! – disse a garota sorrindo.

               - E qual é a missão? – perguntou Percy curioso.

               - Pouquíssima coisa, na verdade – esclaresceu Dumbledore.

               - Encontrar uma semideusa e trazê-la para o Acampamento.

               - Apenas isso? – perguntou Thalia incrédula, já com metade do sorriso.

               - Bem... Sim... Mas tem algo de estranho acerca dessa garota... Não sabemos o que é, mas podemos sentir que ela é poderosa... Estranhamente poderosa...

               - Uma filha de um dos três Grandes? – sugeriu Nico.

               - Não seria impossível – concordou Quíron – Mas acho bastante difícil. A energia dela é diferente da de você, Percy e Thalia. É algo estranho, como disse... Nunca senti nada assim antes...

               - Seja como for – concluiu Dumbledore – A missão é encontrá-la e trazê-la para o Acampamento, são e salva.

               Todos assentiram.

               - E onde ela está?

               - Nova Iorque.

               - Quando partimos? – perguntou Rony.

               - Se vocês não se importarem, imediatamente. Estão todos dentro?

               - Vocês não me tiram dessa missão por nada – disse Thalia ficando de pé e indo em direção a porta.

               - Claro – concordou Hermione.

               - Vocês sabem que sim – disse Nico

               E pouco a pouco, todos os Oito – ou ex-Oito – caminhavam em direção à saída. No campo, Quíron e Dumbledore lhes deram as ultimas informações a cerca da garota e eles simplesmente se foram.

               Em busca de uma nova missão. Em busca de um novo amanhã.


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Notas finais do capítulo

Bom, já disse da idéia da temporada dois. Se vocês forem a favor e quiserem algo assim, favor votem a favor nos comentarios. Caso sejam contra e acharem que uma nova temporada irá estragar a história, votem contra. Depois, criarei um novo capítulo como agradecimentos e explicações sobre a possibilidade - ou não - da segunda temporada... E, bom, a história acabou. Independente se vai ter uma segunda temporada depois ou não, comentem o que achou da história, enredo, personagens (sim, eu fiz algumas mudanças no caráter de alguns personagens, como Gina, diga o que acharam!), reviravoltas. Diga qualquer coisa que queira dizer sobre Worlds Crash, essa pode ser sua última oportunidade! Até mais!