Worlds Crash escrita por The_Stark


Capítulo 22
A Proposta


Notas iniciais do capítulo

Nuss, esse capítulo demorou mais saiu -.-' Estou cheio de coisas para fazer e não tenho muito tempo para escrever, mas vou escrevendo quando der tempo. Espero que gostem!



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                Os gritos continuavam pela sala. Percy finalmente entendera tudo. Não sonhara com Artemis sofrendo, sonhara com Annabeth. Aquilo tudo havia sido muito bem planejado. Cronos plantara o sonho em sua mente, sabendo que ele pensaria que Artemis corria perigo. Também sabia que o garoto procuraria pela lanchonete Foods 4U e armou uma emboscada lá. Capturara Annabeth e Hermione e agora as usava como reféns para que Percy aceitasse a proposta de Voldemort, seja ela qual for.

            O semideus olhou fundo nos olhos do Bruxo dos Trevas. Tirando a esclerótica, logicamente, eram negros como a escuridão. Não havia vida naqueles olhos. O mais importante de tudo, não havia compaixão. Um pequeno sorriso sarcástico dançava nos lábios do bruxo, ele sabia que tinha Percy nas mãos.

            Por mais que o semideus quisesse pular em cima de Voldemort e espancá-lo até que fosse revelado onde suas amigas estavam escondidas, o garoto teve que se conter. Aquilo só pioraria as coisas. Tinha que ganhar tempo, embora não soubesse o que exatamente estava esperando.

            - Uma proposta? – perguntou Percy, concluindo que aquilo lhe daria alguns minutos a mais.

            O sorriso de Voldemort cresceu alguns milímetros.

            - Sim, uma proposta... – respondeu o Bruxo das Trevas – Eu a fiz a Thalia há pouco tempo, mas ela não quis aceitar...

            - Onde ela está? – perguntou Percy com os dentes trincados.

            - Não lhe interessa – respondeu Voldemort sem delongas – Ela não aceitou, ainda. Mas ela vai aceitar, não há escolha. Mas vamos nos esquecer dela por alguns minutos e nos focar em você, certo? A proposta...

            Percy estava estático no lugar, não queria respirar ou piscar, como se isso fosse fazer com que ele perdesse o momento.

            - O que eu quero é bem simples – Voldemort disse por fim – Você deve conseguir sem problemas... Eu desejo o Olimpo.

            Os olhos de Percy se arregalaram. Por que ele não pedia algo mais simples de conseguir como uma foto de Clarisse bem humorada ou, sei lá, a lua? O Olimpo? Voldemort não podia estar falando sério, Percy não conseguiria isso, não importa o quanto tentasse. Olhou para Voldermort e ele estava sorrindo.

            - Sim, eu quero o Olimpo, mas duvido que você consiga isso para mim... Pelo menos agora... Eu tenho um plano, sabe? Não pretendo dividi-lo com você, mas saiba que você está incluso nele e é uma parte importante. Se eu conseguir realizar esse plano, não somente o Olimpo, como todos os mundos, o Trouxa e o Bruxo, serão meus e de Cronos.

            - Se esse plano depende de mim, já esta fadado ao fracasso – o semideus cuspiu – Nunca irei ajudá-lo.

            Nesse momento, quase que para lembrar Percy, outro grito tomou conta da sala. Annabeth..., pensou ele. Sua amiga corria perigo. Ele sentiu algo diferente em seu interior. Era como se ouvir a dor de Annabeth lhe partisse a alma. Nunca havia se sentido dessa maneira. Mesmo assim...

            - Bom – disse Voldermort – Vamos à parte em que eu digo o que eu espero de você. Não é nada demais, como já disse, acho que você pode cumprir. Eu apenas quero que você entregue uma mensagem ao Olimpo.

            Percy olhou torto. Aquilo era possível e, bem, não iria ferir ninguém. Se fosse só isso que ele tinha que fazer para salvar seus amigos, subiria os seiscentos andares do Empire States de escada e daria a mensagem diretamente a Zeus.

            - Uma mensagem? Só isso?

            Voldemort sorriu.

            - Sim, só isso. Entenda, eu não posso entregá-la diretamente aos Deuses. Seria um pouco... Bizarro se eu entrasse lá assim, sem mais nem menos. Então pensei num mensageiro e por que não Percy Jackson?

            O garoto franziu o cenho. Tinha certeza que o Lorde das Trevas não estava contando tudo. Com certeza ele não fora escolhido assim, do nada. Devia ter algo por detrás disso tudo. Outro grito.

            - Qual mensagem?

            - Ah, é uma coisa rápida. Apenas diga a Zeus que a hora é chegada... Logo aquilo que ele temeu por milênios, desde o dia em que ele derrotou Cronos, está para acontecer...

            - O que está para acontecer?

            - Infelizmente, caro Perseu, sua participação acaba aí. É só isso. Diga isso a Zeus, ele entenderá. A mensagem deve ser entregue somente diretamente de você para ele, fui claro? Mais ninguém deve ouvir isso, ou Annabeth e Hermione sofrerão as conseqüências.

            Aquilo estava errado. Cronos e Voldemort não teriam criado toda aquela emboscada somente para que Percy fosse até Zeus lhe falar uma frasezinha. Tinha algo que o Lorde das Trevas não estava contando... Algo estava muito errado.

            - Por que tenho a sensação de que está mentindo? – perguntou Percy.

            O sorriso voltou para os lábios de Voldemort.

            - Porque sou o Lorde das Trevas. Nada mais normal do que desconfiar de mim. Mas me responda: como eu poderia mentir sobre isso? É só entregar a mensagem e terá seus amigos de volta, a participação de vocês acaba aí. Simples assim.

            Percy estava prestes a responder quando ouve um estrondo. Um barulho enorme, vindo da porta. Alguma coisa estava querendo entrar naquela sala. Outro estrondo, dessa vez a porta tremeu um pouco. Voldemort olhava fixamente para aquilo, aparentemente, ele não previra isso.

            Outro estrondo, e a porta cedeu, caindo com um baque seco no chão. Harry, Rony e Gina entraram com as varinhas em punho.

            Alguns minutos antes, Harry e Rony haviam acabado de entrar na sala que precede a Sala dos Tronos.

            - Harry... – disse Rony com os lábios trêmulos – Q-Qual deles eu d-d-desarmo?

            O bruxo engoliu em seco. Ele não tinha previsto tantos inimigos.

            - Rony... – sussurrou Harry, cuidando para não fazer movimentos bruscos – faça alguma coisa.

            - O quê? – perguntou o garoto de volta.

            Os inimigos todos olhavam silenciosamente. Nenhum deles esperava pela visita daqueles dois bruxos. Estavam surpresos.

            - Qualquer coisa.,,

            - Estupore! – gritou Rony mirando em uma Dracaenae.

            O caos começou.

            A enorme serpente foi arremessada para trás pelo feitiço. Em um segundo, todos os inimigos da sala pularam sobre o atacante.

            - Avada Kedavra! – lançou uma bruxa com cabelo preto que Harry reconheceu como sendo Bellatriz Lestrange.

            - Protego! – se defendeu Rony, dando um passo para trás.

            - Rony! – gritou Harry – Desarme um deles!

            O ruivo olhou ao redor tentando encontrar um alvo fácil.

            - Expelliarmus! – a varinha de Yaxley saiu voando de sua mão.

            Harry rolou no chão e a pegou.

            - Protego! Estupefaça! – o primeiro o protegeu dos feitiços dos bruxos, o segundo lançou os monstros gregos que se aproximavam para trás.

            Feitiços começaram a voar para todos os lados. Havia muitas cores, mais um feitiço de cor verde insistia em aparecer. Harry e Rony podiam lidar com isso facilmente, bastava um Protego. Os monstros gregos é que eram o verdadeiro problema, não sabiam como se defender disso. Disparavam Petrificus Totalus e Estupefaças sempre que possível, para retardar os bichos, mas havia muitos.

            - Harry, vai ficar só se defendendo? – perguntou Bellatriz com um risinho esganiçado – Eu matei seu padrinho no ano passado, lembra? Vem me pegar, Harry!

            Aquilo irritou o garoto. Ele pulou em direção a bruxa, mas Lobo Greyback se interpôs entre os dois.

            - Avada...

            - Expelliarmus! – a varinha do Lobo saiu voando. A besta pulou sobre Harry, mas o garoto se esquivou da mordida dando um giro para o lado.

            - Crucio! – gritou Harry cheio de ódio, mas Bellatriz aparou o golpe.

            Rony defendia a retaguarda de Harry.

            As Górgonas se aproximavam de Rony rastejando. Seus cabelos de serpente sibilavam. Felizmente, Rony já havia lido o suficiente sobre mitologia grega para saber que olhar nos olhos delas poderia não ser uma boa idéia. A primeira irmã estendeu o braço tentando arranhar Rony, mas o garoto deu um passo para trás.

            - Confringo! - gritou ele.

            O feitiço acertou a irmã de medusa em cheio. Primeiro ouve uma explosão. Em seguida a primeira das três irmãs se desfez em pó. Uma a menos.

            - Pagará por isso, seu desgraçado! – gritou medusa.

            Ela pulou sobre Rony, agarrando-o pelos braços. Ela segurou a cabeça do ruivo tentando forçá-lo a olhar seus olhos. O garoto fechou suas pálpebras para não olhar, depois se lembrou que fechar os olhos numa luta é um erro grave. Medusa desceu suas garras no garoto.

            Sangue começou a escorrer dos braços de Rony, onde Medusa cortara. Aparentemente, o corte foi profundo. Quando Medusa o soltou, Rony gritou:

            - Confringo! – mas a Górgona foi mais rápida, deslizando para o lado e desviando do feitiço. Rony viu as Dracaenae se aproximando – Estupore!

            Aquilo retardou as Dracaenae. Medusa por outro lado parecia perceber que um Confringo seria o suficiente para mandá-la de volta para o Tártaro, assim como a irmã. Não iria cair naquilo novamente.

            Nesse momento, Rony se lembrou de uma aula de Transfiguração que ele tivera no segundo ano, com a professora McGonagall... Como era mesmo o nome do feitiço? Ah, sim, ele se lembrava, mas não sabia se daria certo com monstros...

            Ele pulou sobre a Medusa. O monstro simplesmente deslizou para o lado, mas Rony conseguiu encostar sua varinha nela.

            - Petrificus! – gritou o garoto, mas a serpente desviou e atacou.

            Dessa vez, todavia, o garoto estava esperto. Agachou-se assim que Medusa passou por ele, rolando para o lado e encostando sua varinha nela pela segunda vez. Talvez desse certo.

            - Olhe nos meus olhos, garoto imundo! – disse ela.

            Rony ignorou-a e correu em direção a ela. Encostou sua varinha nela pela terceira vez.

            - Vera Verto! – gritou ele.

            Medusa parou de se mexer, não previra um feitiço. Algo estava errado. Ela se sentia mal... Sua cauda começou a encolher, seus olhos foram ficando miúdos...

            - O que você fez?! – perguntou ela.

            - Vera Verto – respondeu Rony – Transforma animais em taças. Não sabia se funcionaria em monstros, mas aparentemente funciona.

            Medusa terminou sua metamorfose, se transformando em um lindo copo dourado. Provavelmente, o feitiço não duraria para sempre, mas era o suficiente por hora.

            - Confringo! ­ - gritou Rony e a última Górgona se juntou a primeira irmã. Agora estava faltando as Dracaenaes.

            - Avada Kedavra! – gritou Bellatriz, mas Harry aparou o feitiço com sua varinha.

            - Sectumsempra!

            Bellatriz desviou da magia do garoto. A luta estava acirrada. Nenhum dos outros bruxos se atrevia a invadir a batalha de Bellatriz, sendo assim, todos se limitavam a olhar.

            Raios de luz eram disparados continuamente. Chegava a ser difícil saber qual feitiço era de quem. Harry queria vingar seu padrinho, Sirius Black, pelo que Bellatriz fizera no ano passado.

            - Reducto! – gritou Harry.

            Bellatriz aparou o golpe.

            - Petrificus Totalus!

            O golpe acertou Harry em cheio. Não tinha como ele se defender agora. Bellatriz sabia disso. Olhou fundo nos olhos do garoto e soltou uma risada eufórica.

            - É o seu fim, Potter. Avada Kedavra! – gritou ela. 

            - Protego!

            Não foi Harry quem utilizou o feitiço, pois estava paralisado. Muito menos Rony que não via nada do que estava acontecendo, pois estava lutando com Dracaenaes. A voz era feminina. Gina Weasley aparatara na sala, protegendo Harry.

            - Só por cima do meu cadáver – falou ela –, sua piranha!

            Bellatriz parecia desconsertada. Não previra aquilo e estava um tanto quanto irritada com a ofensa.

            - Avada Kedavra! – lançou ela novamente.

            - Protego! Expelliarmus!

            Uma nova luta começou. Gina contra Bellatriz. Mais raios voavam para todos os lados.

            - Finite Incantatem! – lançou Gina em Harry e o garoto agora podia se mexer livremente novamente – me desculpem por isso – continuou Gina – mas, Harry, temos que salvar todos logo, não tem outro jeito – Fogo Maldito!

            Uma enorme labareda em forma de serpente saiu da varinha de Gina. Chamas. Aquilo era fogo mágico, queima tudo o que encostar. Os olhos de Bellatriz tremeram por um segundo quando viram aquilo indo em direção a ela, antes de aparatar. Ela havia fugido do confronto.

            Mas o fogo ricocheteou na parede e começou a se alastrar para o resto da sala.

            - Gina! – gritou Harry – O que você fez?!

            - Salvei nossas peles! Nunca conseguiríamos ganhar de tantos inimigos! Agora temos que sair daqui, onde estão Percy, Annabeth e Hermione?!

            Harry acenou para a grande porta que levava para a Sala do Trono. A essa altura, quem era bruxo já havia aparatado, e muitos monstros queimavam por algum tempo, antes de serem conduzidos para o Tártaro.

            - Temos que abrir essa porta – gritou ele.

            Rony chegou correndo para perto de Gina. 

            - O que está havendo?! – perguntou ele.

            - Rony – cortou Harry -, depois. Temos que quebrar aquela porta.

            O ruivo assentiu.

            - Bombarda! – tentou ele.

            Houve um estrondo na porta. Ela tremeu por uns segundo, mas no fim, se manteve firme. Gina revirou os olhos. As chamas chegavam perto.

            - Olhe e aprenda: Bombarda Máxima!

            A magia acertou a porta. Outro estrondo. Ela tremeu por alguns segundos e, por fim, caiu. Harry, Rony e Gina adentraram a Sala do Trono. Lá encontraram Percy. Lá encontraram o Lorde das Trevas. Lá a luta continuaria.


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Notas finais do capítulo

Eae? Eu sei que você deve estar louco para comentar o capítulo não é mesmo? Não resista! Comente tanto quanto possível. E se a vontade for muito forte, você pode até mesmo escrever uma recomendação! Pensem no assunto... xD