Apocalypse escrita por DianaCK


Capítulo 3
Capítulo 1 - Parte II




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>- Não acho que tenha possibilidades disto, Charlie – ele disse.

- Por quê não? – insisti.

Quíron coçou o queixo, pensativo.

Ele ficou assim por alguns minutos.

Olhei para trás e troquei olhares com Sunny.

- Ahn, Quíron? – ela o chamou.

- Acho melhor vocês irem. Amanhã irão chegar a maioria dos campistas e é melhor vocês aproveitarem o acampamento enquanto ele está mais vazio.

- Amanhã?

- Amanhã, Sunny. Resolvemos que os campistas deveriam chegar mais cedo devidos a... a acontecimentos.

O centauro saiu de perto do sofá da Casa Grande e se aproximou de nós duas com a cadeira de rodas.

Dei um passo atrás para não ter o pé esmagado por uma rodinha da cadeira.

- Acontecimentos? – perguntei.

- Que tipo de acontecimentos, Quíron? – Sunny insistiu.

- Nada com o que vocês precisem se preocupar, meninas.

Ele colocou a mão nos nossos ombros e foi nos levando para a enorme varanda.

- E eu ainda estou procurando um novo diretor para o acampamento...

A mesa onde um ano atrás o deus do vinho, Dionísio, jogava [i]pinochle[/i] com os sátiros, agora estava vazia.

Cinquenta anos haviam se passado, ele já tinha ido embora.

Devia estar festejando e se entupindo de vinho no Olimpo.

- Você devia ser o novo diretor Quíron – Sunny falou.

- Aí você procura um diretor de atividades do acampamento.

Ele fitou o nada.

- Acham mesmo?

Assentimos.

- Bem, bem, não é má ideia. Mas primeiro vou ver se espero Spencer voltar.

- Spencer, o sátiro?

- Esse mesmo, criança.

- Ele foi buscar um meio-sangue em Nova York há sete meses, não é mesmo? – Sunny chutou.

Quíron assentiu lentamente.

- Sete meses? – repeti.

- Sim. Digamos que o meio-sangue é um tanto poderoso – disse o centauro.

- Algo como filho dos Três Grandes? – indagou Sunny.

- Não temos certeza ainda.

- Quando eles vão voltar? – perguntei, no último degrau da escada e com as mãos na cintura.

Sunny colocou um pé para trás e sua espada refletiu um brilho amarelado.

- Se dermos sorte, neste verão... – Quíron me fitou com aqueles olhos que podiam ter mil anos e já ter visto de tudo.

- Ah... – Sunny resmungou e me olhou.

- Bom, acho melhor vocês irem treinar mais, ok? E sobre eu ser o diretor do acampamento eu vou pensar, em todo o caso...

Quíron foi interrompido por um rosnado muito alto, mais como um latido mutante. Seguiram-se gritos.

- Mas... – Sunny foi falar algo, mas nos viramos e vimos que todo o barulho vinha da Colina Meio-sangue.

Quíron imediatamente se pôs a sair de sua cadeira de rodas, tomando a forma de centauro.

- Vamos, meninas! – ele gritou e apontou.

Eu e Sunny nos olhamos rapidamente e começamos a correr para subir a Colina.

Seja lá o que for que estivesse acontecendo, pra mim parecia um monstro atacando campistas, algo ou alguém, e esse alguém precisava muito da nossa ajuda.

Subimos a Colina correndo.

Eu sei que deveria estar apavorada, mas eu não deixava de estar empolgada. Finalmente iria matar um monstro de verdade. Poderia ser as fúrias, ou um enorme lestrigão.

>- Não acho que tenha possibilidades disto, Charlie – ele disse.

- Por quê não? – insisti.

Quíron coçou o queixo, pensativo.

Ele ficou assim por alguns minutos.

Olhei para trás e troquei olhares com Sunny.

- Ahn, Quíron? – ela o chamou.

- Acho melhor vocês irem. Amanhã irão chegar a maioria dos campistas e é melhor vocês aproveitarem o acampamento enquanto ele está mais vazio.

- Amanhã?

- Amanhã, Sunny. Resolvemos que os campistas deveriam chegar mais cedo devidos a... a acontecimentos.

O centauro saiu de perto do sofá da Casa Grande e se aproximou de nós duas com a cadeira de rodas.

Dei um passo atrás para não ter o pé esmagado por uma rodinha da cadeira.

- Acontecimentos? – perguntei.

- Que tipo de acontecimentos, Quíron? – Sunny insistiu.

- Nada com o que vocês precisem se preocupar, meninas.

Ele colocou a mão nos nossos ombros e foi nos levando para a enorme varanda.

- E eu ainda estou procurando um novo diretor para o acampamento...

A mesa onde um ano atrás o deus do vinho, Dionísio, jogava [i]pinochle[/i] com os sátiros, agora estava vazia.

Cinquenta anos haviam se passado, ele já tinha ido embora.

Devia estar festejando e se entupindo de vinho no Olimpo.

- Você devia ser o novo diretor Quíron – Sunny falou.

- Aí você procura um diretor de atividades do acampamento.

Ele fitou o nada.

- Acham mesmo?

Assentimos.

- Bem, bem, não é má ideia. Mas primeiro vou ver se espero Spencer voltar.

- Spencer, o sátiro?

- Esse mesmo, criança.

- Ele foi buscar um meio-sangue em Nova York há sete meses, não é mesmo? – Sunny chutou.

Quíron assentiu lentamente.

- Sete meses? – repeti.

- Sim. Digamos que o meio-sangue é um tanto poderoso – disse o centauro.

- Algo como filho dos Três Grandes? – indagou Sunny.

- Não temos certeza ainda.

- Quando eles vão voltar? – perguntei, no último degrau da escada e com as mãos na cintura.

Sunny colocou um pé para trás e sua espada refletiu um brilho amarelado.

- Se dermos sorte, neste verão... – Quíron me fitou com aqueles olhos que podiam ter mil anos e já ter visto de tudo.

- Ah... – Sunny resmungou e me olhou.

- Bom, acho melhor vocês irem treinar mais, ok? E sobre eu ser o diretor do acampamento eu vou pensar, em todo o caso...

Quíron foi interrompido por um rosnado muito alto, mais como um latido mutante. Seguiram-se gritos.

- Mas... – Sunny foi falar algo, mas nos viramos e vimos que todo o barulho vinha da Colina Meio-sangue.

Quíron imediatamente se pôs a sair de sua cadeira de rodas, tomando a forma de centauro.

- Vamos, meninas! – ele gritou e apontou.

Eu e Sunny nos olhamos rapidamente e começamos a correr para subir a Colina.

Seja lá o que for que estivesse acontecendo, pra mim parecia um monstro atacando campistas, algo ou alguém, e esse alguém precisava muito da nossa ajuda.

Subimos a Colina correndo.

Eu sei que deveria estar apavorada, mas eu não deixava de estar empolgada. Finalmente iria matar um monstro de verdade. Poderia ser as fúrias, ou um enorme lestrigão.

Paramos arfando ao lado do Pinheiro de Thalia.

Peleu cuspia fogo pelos ares, em cima do inimigo, na base da Colina Meio-Sangue.

Arregalei os olhos e os esfreguei com os punhos.

Era um gigantesco cachorro de duas cabeças com uma cauda de serpente.

- Ortro! – gritou Sunny.

O cão abriu as bocarras cheias de dentes mais afiados do que os dos tubarões e soltou latidos incrivelmente altos.

- Ele não era uma constelação? – gritei.

Olhei para trás, procurando Quíron.

Ele não estava ali.

- Cadê Quíron? – gritei para Sunlight enquanto empunhava a espada e ela fazia o mesmo.

- Eu não sei! – ela gritou de volta e correu na direção do monstro.

De Ortro fugiam Spencer e dois meio-sangues, um menino e uma menina, eles corriam Colina acima. Não estava muito atenta á eles, só sabia que eu tinha que matar aquela criatura.

- Pega a cauda que eu cuido das cabeças! – falei para Sunny, ainda gritando entre os rosnados, os latidos e o fogo de Peleu.

Ortro ignorava o fogo do dragão e quase alcançava os semideuses.

Descemos correndo a toda velocidade. Sunny contornou o cão e eu fiquei entre ele e os campistas.

- Corram – gritei olhando para os futuros campistas – Corram!

Spencer repetiu o que eu disse para eles e começou a tocar uma flautinha de bambu.

Finas raízes nasciam do chão e agarravam as patas de Ortro.

- Ei, aqui vira-latas! – chamei a atenção de Ortro.

Ele veio correndo na minha direção, eu me abaixei e rolei para o lado.

Peleu soltou uma rajada de fogo na cabeça da direita, ela fechou os olhos e choramingou.

A outra cabeça rosnou e latiu para mim, eu tentei atacá-lo mas ele desviou e começou a babar um líquido esverdeado e fedorento.

- Veneno! – disse Sunny. A cobra-cauda também babava.

Dei um passo atrás e corri para frente com a espada pronta para cravar no pescoço do animal.

Ele virou de lado e me jogou. Voei alguns metros até bater em uma árvore.

- Argh! – gemi.

Meu braço direito estava com um grande corte feio sangrando.

Minha cabeça doía e eu não duvidava que estivesse sangrando também, a pancada tinha sido feia e por dois segundos meus ossos amoleceram.

Sunny cortou fora um pedaço da cauda.

- Isso! – ouvi-a gritar em comemoração.

Ortro deu um pulo e arrancou fora uma das patas de Peleu, o dragão voou mais alto e soltou uma rajada de fogo para cima em pura dor.

O monstro arrancou a flauta das mãos de Spencer, derrubando-o, as duas cabeças brigaram por ela enquanto ele tinha uma pata em cima do sátiro que gritava em socorro. Sunny se aproximou, pronta para atacar. Ortro cuspiu fora a flauta toda desmanchada e pegou o sátiro com uma das bocas e o fez voar mais de cem metros Colina abaixo.

Ele se virou e encarou Sunny, bufando.

Ela arregalou os olhos, parecia em pânico. Ortro rosnou, latiu e enrolou a cauda em nela.

A cauda tinha crescido de novo e agora ela uma cobra do dobro do tamanho de antes.


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Notas finais do capítulo

Eu coloquei o Ortro na história, sem me lembrar de que ele já apareceu nos livros -q errinho técnico, espero que perdoem ;)