Juramento de Sangue escrita por -strawberry


Capítulo 3
Dreaming




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    Ele foi embora, mas eu continuei parada, olhando pelo espelho retrovisor e pensando: Ele não me reconheceu, não é possível! Vai ver ele só sorriu pra mim para ser educado, já que eu coloquei a minha cara na janela bem quando ele estava passando. Burra.

    Kath cortou meus pensamentos quando começou a gritar comigo.

    -Qual é o seu problema? Por que não me deixou sair? Ele ia passar por mim, ia falar comigo!

    - Kath... -falei antes que ela fizesse mais perguntas- Esse é o garoto do restaurante.

    Isso tomou a atenção dela. 

    -Você tem certeza? -fiz que sim com a cabeça e ela continuou- Bom, pelo menos agora sabemos que ele é de verdade, e meu Deus, se fosse eu no restaurante com certeza pensaria que estava enlouquecendo. O que um Deus daquele está fazendo na terra?!  Você o viu primeiro, ele é seu. Desculpe.

    Fiquei feliz por ela estar brincando comigo. Odiava brigar com meus amigos.

    -O que será que ele está fazendo na nossa rua? -perguntei antes que Kath pudesse sair do carro- Será que ele se mudou pra cá?

    -Duvido. -ela falou enquanto tirava o sinto de segurança. Realmente, estava ficando meio tarde, precisava ir pra casa fazer meu dever. - Você sabe como é minha mãe, ela sabe de tudo e se ela não comentou nada sobre isso é porque não existe nada pra comentar. Mas ele pode ter se mudado hoje. -ela parou um pouco, pensando no assunto, mas logo continuou. - Esquece. Não tinha nenhum caminhão de mudança e nenhuma casa estava à venda por aqui. 

    Nos despedimos e assim que ela entrou em casa, liguei o carro mas ao invés de ir para casa, resolvi dar uma volta pelo bairro para tentar encontrá-lo. Depois de vinte minutos de procura, desisti decepcionada por não ter encontrado nada.

    Quando chegue em casa, preparei um sanduíche para mim e fui fazer meu dever de casa. Incrivelmente, a casa estava vazia. Minha mãe havia deixado um recado na geladeira dizendo que ela e meu pai iriam jantar na casa de uns amigos e que só voltaria mais tarde, meu irmão deixou um recado na secretária eletrônica dizendo que estava na casa do amigo. 

    Eram 21h e eu estava fazendo meu dever de matemática quando peguei no sono.

     Eu estava no meio de uma floresta, correndo muito, fugindo de alguma coisa ou alguém. Parei quando olhei para baixo e vi que não estava saindo do lugar, como se alguém estivesse me segurando pela blusa. 

    Comecei a ficar desesperada, olhando para todos os lados, tentando encontrar alguém naquele lugar medonho, mas eu tinha certeza que estava sozinha. Em um de meus movimentos tentando encontrar alguém, notei uma vermelhidão estranha em minha blusa, descendo do meu ombro até meu peito. Sangue. Tentei gritar, mas não saía som. Desta vez, consegui correr, mas correr para onde? 

    Correndo, sem direção nenhuma, tropecei e quando olhei pra cima um par de olhos violetas olhavam para mim com um sorriso medonho. Ele colocou sua mão em meu pescoço, me sufocando e levando seu rosto cada vez mais próximo ao meu até que pude ver seus dentes, onde, no lugar de caninos normais, haviam duas coisas afiadas demais para minha satisfação. 

    Assim que ele foi se aproximando, eu senti os meus dentes, que pareciam estar tão afiado quanto os do homem que estava prestes a me matar. 

    Quando os seus caninos afiados demais perfuraram meu pescoço, eu senti a dor e comecei a gritar e tentar me libertar, mas tudo que eu escutava era uma voz doce, que eu tinha certeza de que não era a minha, em minha cabeça, dizendo: "Só vai doer mais se você lutar contra."

    Então eu tentei relaxar e deixei a escuridão tomar conta do meu corpo.


    Acordei suada, com a respiração afobada e eu jurava ter visto um par de olhos castanhos me olhando do lado de fora da janela, mas de novo, em questões de milésimos de segundos, sumiram.

    Olhei para o relógio e levei um susto, estava 30 minutos atrasada. Peguei a primeira roupa que vi em meu armário, um cachecol, minha mochila, desci as escadas correndo, peguei uma maçã e fui direto para o meu carro. Minha família já tinha ido embora.

    Cheguei à escola em cima da hora, mas pelo menos não perdi o primeiro tempo.

    Durante o intervalo do recreio, tirei meu cachecol, já que não estava mais tão frio quanto de manhã. Matt chegou e nós fomos para a cantina comprar nossa comida.

    A fila não estava tão grande, então nós logo estávamos do lado de fora junto com o nosso grupo de amigos. Parece que Kristen resolveu ir à escola hoje, ela estava contando como a mãe dela reagiu ao ver a casa e o estado dela ontem.

    Matt, que já havia escutado a história antes (ela contou pra ele de manhã), começou a beijar meu pescoço até que ele parou bruscamente, me empurrando. Ele me olhou sério, e perguntou:

    -O que é isso no seu pescoço Michelle?!


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