-É melhor você subir e tomar um banho. – Justin disse jogando-se no sofá, já estava noite, e provavelmente o jantar já havia começado ou logo começaria.

-Estou indo... – subi as escadas desanimada, eu ainda me sinto fraca e um pouco tonta.

Quando entrei em baixo do chuveiro foi o mesmo que descarregar um enorme peso das minhas costas, como se toda a carga que eu estava carregando havia sido pega por outro.

Depois de um ótimo banho sequei meu cabelo e coloquei minha roupa íntima, peguei um dos vestidos que Justin comprou e uma jaqueta, coloquei-os com um tênis.

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Arrumei meu cabelo em um rabo de cavalo, logo desci depois de passar um perfume.

-Justin, você já está pronto? – perguntei descendo.

-Sim Lizzie! – ele se virou frente para mim, e todos os meus músculos se paralisaram somente nesse instante notei o quanto os olhos dele brilham, o quanto sua pele parece ser do mais puro veludo, o quanto o seu cabelo jogado para cima pode enlouquecer.

E o sorriso? Não há mais lindo, não há o que mais tire o fôlego de alguém, eu deveria estar no céu, e se não estivesse – devo dizer – estou o mais perto possível.

Justin estava com uma calça pouco justa jeans e uma camiseta branca que era coberta por uma camisa xadrez em tons de azul, branco e preto, seu cabelo caia leve pela testa de forma perfeita, e em seus pés um par de all star cinza.

-Você está linda! – ele sorriu.

-Falar sobre você é gastar saliva com o que todas as suas fãs acham... – ri.

-Boba... Um elogio seu é melhor! – ele deu uma piscadela.

-Ok, você está lindo de morrer! – fiz uma voz escandalosa.

-Obrigado! – ele jogou a camisa.

-Mas é convencido... – dei ombros indo até a porta.

-Vamos logo, já estamos atrasados. – ele deu um pulo e correu até a porta.

A casa do tal empresário ficava há uns trinta minutos da casa do Justin. Quando chegamos um homem veio nos cumprimentar.

-Biebs! – ele deu um soco no braço do Justin.

-Fala Scooter! – Justin sorriu.

-Você deve ser a Lizzie! – ele veio até eu e me abraçou.

-Sim! – sorri.

-Lizzie, esse é Scooter, meu empresário! – Justin nos apresentou.

-É um prazer. – disse.

-É todo meu... – ele assentiu – Vamos entrem! – todos estão loucos para te conhecer! – Scooter me puxou.

Depois de ser apresentada para meia festa eles me deixaram a vontade. Quando estávamos parados sentados no sofá, um menino ruivo desceu as escadas, seu estilo era parecido com o do Justin.

-Jared, apresente-se para a Lizzie! – Scooter pediu.

-Olá! – o garoto sorriu tímido.

-Olá! – retribuí.

-Lizzie, esse é Jared meu filho, ele tem a sua idade, dezessete! E pelo que o Justin me contou você vai estudar na escola dele! – Scooter se intrometeu, eu ri.

-Legal...

-Jared, porque você não mostra a piscina e o jardim para a Lizzie? – Scooter perguntou.

-Tudo bem... – o garoto fechou seu sorriso e me focou. – Vamos? – perguntou.

Eu levantei e o segui.

-Então seu nome é Lizzie? – perguntou colocando suas mãos para trás enquanto andava.

-Destiny Elizabeth... mas pode me chamar de Lizzie.

-Eu sou Jared, Jared Braun, mas acho que isso meu pai já disse! – ele revirou os olhos. – Então quer dizer que você vai estudar na minha escola?  - perguntou.

-Acho que sim... – ri timidamente.

Ele se sentou em um banco de balanço e fez sinal para que eu me sentasse ao seu lado.

-Hey você conhece uma Abigail? – perguntei, lembrando do nome que Abigail havia me dito.

-Sim... Ela é minha melhor amiga... Você a conhece? – assustou-se.

-Ela é minha vizinha.

-Estou achando que nos veremos muito! – deu ênfase em “muito”.

-Pode apostar! – ri.

-Eu nunca te vi com o Justin... – comentou. – Você o namora?

-Não... Faz alguns dias que ele me adotou... Só isso... Sou como filha dele. – expliquei, Jared apenas observava o longe enquanto me ouvia.

-Você morava em um orfanato?

-Sim... Desde o cinco anos. – suspirei.

-Eu sinto muito... – ele me olhou de forma triste. – Posso te contar um segredo? – perguntou.

-Pode claro... – respondi.

– Só a Abigail sabe disso... Mas eu também fui adotado... Quando eu era recém nascido... – suspirou.

-Eu sinto muito. – me comovi.

-Mas sinceramente nem tenho curiosidade de saber quem são meus verdadeiros pais...

-Por quê? – perguntei.

-Porque meus pais são eles...

-Eu já nem posso mais ver meus pais...

-Porque? – ele perguntou.

-Morreram, por isso acabei indo parar no orfanato...

-Eu sinto muito mesmo.

-O Justin é como um anjo que caiu do céu na minha vida.

-Imagino!

-Lizzie, Jared entrem, está frio! – Justin apareceu na porta nos advertindo. Levantamos-nos no mesmo momento e entramos na casa, depois do jantar Justin logo quis ir embora.

-Vamos Lizzie, você ainda não se recuperou totalmente. – disse sério.

-Tudo bem... Tchau Jared! – deu um beijo em sua face angelical.

Despedimo-nos de todos e Justin me arrastou até o carro.

No caminho Justin não deu uma palavra.

-Justin aconteceu algo? – perguntei preocupada.

-Não. Por quê? – perguntou indiferente.

-Você de repente ficou sério... – comentei.

-Impressão sua... – deu um sorriso forçado, pude ter certeza.

-Não foi nada... Me desculpe anjo! – Justin segurou meu rosto com suas mãos quentes enquanto entrávamos em casa, me puxou para perto dele e beijou o topo da minha cabeça.

-Certeza? – perguntei.

-Eu sou um bobo... Não se preocupe. – riu.

-Tudo bem... Já vou dormir! – me despreguei dele.

-Boa noite! – sorriu.

-Pra você também. – enquanto ele fechava a porta subi correndo até meu quarto, coloquei meu pijama e me joguei na cama. Será que aconteceu algo com o Justin? Dormi me martelando com essa pergunta.

No outro dia fui acordada pela incrível voz doce da Rose.

-Querida acorde. – senti meu corpo ser chacoalhado.

-Oi... Rose? – abri aos poucos meus olhos.

-Vamos antes que você se atrase... – ele me alertou.

-Ok... Logo pulei da cama e corri para o chuveiro.

Depois que sai do banho fiz uma rabo de cavalo em meus cabelos dourados encaracolados e coloquei minha roupa (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=32341284&.locale=pt-br )

Achei tudo tão lindo, estando pronta desci e o café já estava posto, enquanto eu tomava café perguntei pelo Justin.

-O Justin não vai tomar café? – perguntei.

-Acho que só mais tarde querida... Ele sempre dorme até tarde. – Rose explicou.

-Ah... Desapontei-me achei que ele fosse me levar no meu primeiro dia de aula.

-Fica calma meu amor... Ele gosta muito de você, só não é muito fã de acordar cedo! – ela riu. Tentei fingir que ri também.

-Entendi...

-Bom dia mulheres da minha vida! – ouvi a voz do Justin. Logo me virei para a escada.

-Mas acho que você é uma exceção! – Rose sussurrou. E no mesmo momento pude notar que um sorriso havia brotado em minha face.

-Nossa, acordou cedo Justin! – Rose comentou enquanto arrumava o lugar dele.

-Estou mais disposto hoje... – ele disse se sentando. Apenas fiquei ouvindo enquanto tomava meu café.

-Animada para aula? – Justin perguntou.

-Muito! – sorri.

-Que bom! Faço questão de levá-la no primeiro dia! – sorriu.

-Certeza? – perguntei.

-Claro, sou seu pai... – a palavra pai quebrou meu coração em pedaços, será essa a forma como ele me vê?

-Aham... – desconversei dando ombros.

Depois de terminar o café subi escovar os dentes e voltei correndo, Justin já estava me esperando no carro, peguei minha mochila e corri até ele.

-Pronta? – perguntou.

-Sim! – sorri colocando o cinto.

-Você está linda...  – ele comentou parecendo ser da boca para fora.

-Obrigada! – agradeci.

-Sexta você gostaria de sair comigo novamente? – perguntou.

-Eu? Ah pode ser... – dei de ombros, não cairei ao incrível charme do Justin, não mesmo!

-Que bom! – ele sorriu enquanto prestava atenção no trânsito.

Quando chegamos na porta de entrada muitos adolescentes ficaram olhando eu descer daquele incrível carro preto do Justin.

-Tchau Justin! – sorri abrindo a porta.

-Boa sorte Lizzie! – Justin beijou minha bochecha com seus lábios macios.

-Vou precisar. – sussurrei batendo a porta do carro, e vendo todos aqueles olhares voltados para mim, puxei a toca do meu casaco e a coloquei em minha cabeça, tudo o que eu queria era me esconder de tudo e todos. Não suporto a idéia de ter todas as atenções voltadas à minha pessoa.

 Caminhei em passos rápidos até dentro do prédio escolar, procurei pela direção para ser informada dos meus horários. Feito isso fui até meu novo armário guardar alguns livros, nem se passou vinte minutos que eu estava dentro daquele lugar e já comecei a ser insultada.

Enquanto eu arrumava meus livros no lugar senti alguém bater no meu armário.

-Oh me desculpe! – uma garota alta, loira, com o corpo quase sumindo de tão magra e com aqueles uniformes de líderes de torcida que só se vem nos filmes pediu com uma voz extremamente, como posso dizer? Fanha?

-Não foi nada! – ri de maneira falsa.

-Escuta aqui garota, nada de risinhos sínicos comigo. – a garota segurou na minha blusa e me prensou no armário. E não é que a magrela é forte?

-De... Desculpa! – gaguejei.

-Aqui só tem lugar para uma rainha. – disse cuspindo as palavras em minha cara.

-E quem disse que eu quero ser uma bonequinha falsificada? – perguntei a encarando, ela me pressionou com mais força contra o armário.

-O recado está dado! – disse me soltando e saindo rebolando.

-Cuidado que o bumbum cai! – gritei.

-Lizzie! – ouvi um grito, me virei e vi a loira quase ruiva mais legal que eu já conheci.

-Abigail! – sorri, ela me abraçou.

-Tudo bem? – perguntou.

-Sim e você? – perguntei.

-Menina como você ta bem depois de levar uma prensa da Claire?

-Claire? È esse o nome da Barbie de farmácia? – perguntei.

-Sim, ela é a líder de torcida mais chata e azeda existente no mundo!

-Bom pra ela.

-Menina cuidado... – Abigail erguei uma sobrancelha – O que ela está falando com o Jared? – se perguntou.

-Não sei... – dei ombros.

-Oi Lizzie, oi Abigail! – Jared apareceu sorrindo.

-Você a conhece? – Abigail entrou na minha frente assustada.

-Nos conhecemos em um jantar... – Jared me deu uma piscadela, eu sorri.

-Porque você não me contou? – Abigail virou-se me perguntando.

-Eu só o conheci ontem à noite! – revirei os olhos.