Apaixonada pelo Meu... Pai? escrita por Bug


Capítulo 4
Capítulo 4 - Anjo


Notas iniciais do capítulo

Estou tão feliz com os cometários de vocês sobre a fic, vocês que me motivam a continuar escrevendo (:
Muito obrigada pelo apoio!
Espero que gostem mais desse capítulo.



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No outro dia quando acordei estava sozinha na cama, me espreguicei e levantei aos poucos, fui até a suíte e tomei um banho quente, depois escovei meus dentes, penteei o cabelo e coloquei uma de minhas roupas novas.
Desci e encontrei o Justin tomando café.
-Bom dia! – sorri.
-Bom dia, dormiu bem? – perguntou colocando o copo na mesa.
-Sim... Obrigada por tudo. – agradeci sentando-me ao seu lado na mesa.
-Farei quantas vezes for preciso! – ele me deu uma piscadela, corei levemente.
Depois de tomarmos café Justin me disse que à noite jantaríamos na casa do empresário dele, diz ele que quer que todos me conheçam. E onde eu enfio a vergonha?
Como combinei na noite anterior fui até a frente de casa, e encontrei Abigail, a minha vizinha.
-Bom dia! – disse ela toda sorridente.
-Bom dia... – ri.
-Tudo bem vizinha? – perguntou-me.
-Sim, e você?
-Ótima! – ela respondeu toda sorrisos. – Onde você vai estudar Destiny? – perguntou.
- Na Southside High School! – pelo menos foi o que o Justin disse.
-OMG! É onde eu estudo! – disse ela toda empolgada.
-É legal lá? – perguntei.
-Eu só tenho um amigo chamado Jared, mas sei que você vai adorá-lo!
-É acho que sim... – ri sem humor – Mas porque você não tem amigos?
-Lá você saberá... – fez mistério. Odeio isso!

-Então ta né?!
-Vou ter que entrar... – ela chutou uma pedra longe.
-Tudo bem! – dei uma piscadela.
-Até amanhã no colégio! – sorriu.
-Até! – ri pela incrível felicidade daquela garota.
Voltei para casa, fui até a área da piscina e fiquei ali apenas com os pés emergidos na água.
-Fez novas amizades? – ouvi uma voz masculina, me virei e vi Justin sentado em uma espreguiçadeira com um copo de suco na mão.
-Conheci a menina da casa ao lado... – dei de ombros.
-A Abigail? – perguntou.
-Sim! – respondi sem olhar para trás.
-A mãe dela é uma gata! Coroa, mas gata... – disse suspirando.
-Até você tem um lado galinha? – perguntei.
-Sou homem e estou vivo né?! – respondeu como se fosse óbvio.
-Eu devia suspeitar que não existissem homens perfeitos... – resmunguei baixo.
-Disse algo? – perguntou parecendo distraído.
-Não... Nada! – bufei.
-Quero você bem linda hoje! – ele falou empolgado.
-Como se fosse possível... – balancei a cabeça negativamente.
-Me desculpe, é realmente impossível você ficar mais linda do que já é... – disse com espontânea e a voz mais sexy que eu já ouvi em toda a minha vida. Talvez a única.
-Calado! – adverti séria.
-Me desculpe. – ele se calou. – Está animada para amanhã? Seu primeiro dia hãn?
-Oh, você não faz idéia... – respondi sem ânimo algum.
-Animação contagiante Lizzie! – Justin fez piada.
-Vou subir para o meu quarto! – falei levantando.
-Aconteceu algo? – ele perguntou.
-Não... Só estou um pouco cansada... – subi correndo, abri a porta do quarto e a fechei batendo. Joguei-me na cama e abracei o travesseiro, comecei a chorar sem motivo, completamente sem motivos.

Pensei em toda a minha vida, desde o dia em que a mesma mudou de cabeça para baixo, o dia em que eu entrei no orfanato. Apanhava das meninas maiores, me apaixonei por um garoto que era doente e que no fim mesmo assim foi adotado, e o quão sem esperanças vivi ali vendo que todos saiam menos eu. Nunca a pequena Lizzie, tudo que eu precisava era uma chance, apenas uma, para dessa vez ser feliz.

Eu consegui essa chance, no dia em que vi Justin descendo a enorme escadaria do saguão. A vida sorriu mais uma vez para mim.

Talvez eu tenha achado a peça que faltava no meu quebra-cabeça, a única peça que se encaixava naquele espaço minúsculo do meu coração. Justin é como um anjo, um anjo sem asas e sem roupas brancas, um anjo de cabelo bagunçado, que usa tênis com terno, um anjo que troca voar por andar de carro com todas as janelas abertas sentindo o vento no seu rosto. Um anjo de brilho diferente, que mesmo sem ser mágico sabe como arrancar um sorriso. Um anjo fora dos padrões do céu.

Eu gosto de como me sinto ao seu lado, é uma sensação que antes eu apenas podia imaginar, mas hoje que eu sinto.

Descobrir que ele tem seus defeitos foi difícil, sempre é difícil ter seu príncipe idealizado, virar um enorme sapo, mas mesmo sendo um sapo continua tendo seu chame da realeza.

Uma grande boba eu... Tola, a grande palhaça de todos os tolos. Mas nesse mundo insano e injusto quem liga?

Tenho medo de cruzar a porta daquela escola amanhã, minha única conhecida será Abigail, mas mesmo assim, totalmente estranha aos meus olhos ainda.

-Lizzie, vamos almoçar? – ouvi a voz de Justin, me virei para ele limpando com a costa das mãos os meus olhos inchados e avermelhados. – Você estava chorando? – perguntou sentando-se ao meu lado.

-Não, foi apenas um cisco... – ri sem humor.

-Você tem certeza disso? – ele perguntou.

-Não... – ri – Vai me achar uma boba...

-Então vamos fingir que eu sou um bobo maior ainda, agora você pode me contar? – perguntou fazendo cara de cachorro sem dono.

-Você joga baixo Senhor Bieber, muito baixo! – mostrei a língua, mas depois fiquei séria. – Eu só estou com medo! – dei de ombros tentando fugir do olhar curioso dele.

-Medo do que? – perguntou de impulso.

-De não ser bem aceita na escola... Você sabe... Ser ignorada, não ter amigos, não me enturmar...

-Ah, duvido muito que isso aconteça! – disse com certeza.

-È o que eu espero! – suspirei.

-Vamos almoçar pequena. – ele se levantou e ficou em pé frente a mim, estendeu as mãos e quando eu as segurei ele me puxou, fazendo-me sair da cama.

-Vamos, comida sempre me anima! – ri.

-Você deve ser minha irmã gêmea, só pode... – ele balançou a cabeça.

-Justin, eu ainda preciso de cadernos, canetas, lápis, e uma mochila, não querendo ser mal agradecida, mas...

-Vamos comprar depois do almoço, eu já estava me esquecendo... – deu um tapa em sua própria testa.

Justin não soltou a minha mão, descemos até a sala de jantar de mãos dadas, o que fez os empregados nos olhar com outros olhos.

Enquanto almoçávamos não trocamos muitas palavras, apenas um olhar daqui, outro de lá.

Depois fui tomar banho e me arrumei para sairmos comprar meus materiais, Justin já estava me esperando no carro quando desci, quando chegamos no centro de Atlanta e fomos procurar por uma papelaria em uma das galerias de lojas, fomos surpreendidos por várias pessoas com câmeras nas mãos, nos bombardeando de fotos, as luzes me cegaram, eu senti minha cabeça rodar, meu estomago estava ficando todo embrulhado, aos poucos a vista foi escurecendo, senti uma enorme dor de cabeça, podia jurar que havia caído.

Abri meus olhos lentamente, me deparei com um lugar completamente branco, eu estava com uma agulha no braço, e um líquido transparente descendo por um fio também transparente conectado a agulha.
Entrei em desespero, tenho pânico de agulhas e lugares fechados, onde eu estou? Observei cada canto do tal lugar, eu estava deitada em uma maca, eu tenho certeza que isso tudo é um quarto de hospital. Jesus! O que aconteceu comigo? Senti um enorme alívio ao ver que Justin estava sentado em uma poltrona cochilando.
-Justin! – o chamei.
Ele acordou aos poucos, e quando me viu teve uma reação que me deixou morrendo de medo.
-Você acordou! – gritou alegre pulando da poltrona.
-O que acontece comigo? O que eu estou fazendo aqui? – perguntei ainda confusa.
-Você desmaiou no meio do centro de Atlanta quando fomos bombardeados por um bando de paparazzi. Esta se sentindo melhor? – perguntou.
-Sim... – respondi apalpando meu corpo.
-Lizzie, me diga uma coisa... Por acaso você comia direito lá no orfanato? – perguntou.
-Eu? È claro que sim Justin. – respondi tentando parecer indignada, ele não poderia saber, quer dizer como ele descobriu?

-Você tem certeza? – perguntou – Sabe que pode confiar em mim... – veio até meu lado e pegou em minha mão começando a acariciá-la.

-Eu vomitava! – suspirei.

-Lizzie, isso é uma doença!

-Justin, eu tenho problema de estomago... E eu me aproveitava disso...

-Como assim Lizzie? – ele perguntou com uma expressão brava.

-Desde pequena tenho problemas de estomago e eu usei desse problema para tentar emagrecer como aquelas outras meninas do orfanato, quem sabe assim alguém não sentia dó de mim e me adotava?

-Eu não acredito que você fez isso Lizzie! – Justin me olhava descrente balançando sua cabeça negativamente.

-Me desculpe Justin... Eu parei com isso, juro que parei! – tentei me explicar.

-Me prometa nunca mais fazer isso! – ele pediu segurando minhas mãos com força.

-Eu prometo! – assenti.

-Justin, você acredita em anjos? – perguntei olhando fixo em seus olhos cor de mel.

-Acredito, mas porque da pergunta? – ele parecia confuso.

-Nada... – balancei a cabeça – É que eu estou começando a acreditar. – ri.

-Vou chamar o médico meu anjo. – ele deu um beijo no topo de minha cabeça e saiu.

Continuei cada detalhe daquele quarto, era desesperador. E muito incomodo. Logo Justin entrou ao lado do médico.

-Tudo bem Destiny? – o homem vestido com um jaleco branco por cima das roupas também brancas perguntou.

-Sim! – respondi.

-Querida, você teve uma queda de pressão e por isso veio parar aqui.

-Quando poderei ir embora? – o interrompi.

-Logo, só precisará ficar em observação por mais umas horas e logo já lhe darei alta.

-Ok doutor...

Depois disso ele me deu algumas instruções sobre alimentação e coisas assim. Horas passadas pude ir embora, Justin me disse que já havia comprado meus materiais, quer dizer mandado seu segurança comprar, ele mesmo não saiu do meu lado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, me deixem reviews, e se puderem uma recomendação seria muito felizzz *-------------*
Bom, beijinhos até os reviews e o próximo capítulo s2s2