Love For Amateurs escrita por Habemus Champagne


Capítulo 4
Capítulo 4 - Sábado, Matsuda


Notas iniciais do capítulo

Bem, mais um Cap!! E bem rapidinho, viram?
É que eu to de "férias forçadas", e por isso fico vagabundeando o dia inteiro, assim, dando tempo de fazer todas as minhas histórias.
Presumo a felicidade de vocês, leitores.
Enfim, queria esclarecer umas coisas.
Me perguntaram quantos são os irmãos Souji.
R: São 4 irmãos vivos. Com o falecido Kaito, eram 5.
Me perguntaram também, de quem a Jesse era filha.
R: Do Natsu. Se bem que ela parece mais com o Noiaki, né?



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Eram 2 da manhã, e eu estava no quarto do hospital, sentado numa cadeira muito da filha da puta de tão desconfortável. Ainda não inventaram cadeiras confortáveis para parentes saudáveis no hospital. 
Eu quase fui deitar numa das macas que estavam passando no corredor.
- Doutor!!! Você acha que ele tem alguma chance de passar dessa pra melhor?!! [Disse Natsu, quase botando o pâncreas pra fora, de tanta preocupação]
 -Que isso, meu Senhor. Ele apenas teve uma leve intoxicação alimentar. No máximo, cada vez que ele se lembrar do frango, ele poderá querer vomitar. [Disse o médico, com a maior calma do mundo]
-De agora em diante quem pronunciar "aquela palavra" perto de mim, vai levar porrada. Muito sério. [Disse Renji, já com a sua roupa normal, curado e saudável, preparado para sair do hospital (é impressão minha, ou isso rimou?)]
-Que palavra? [Disse Noiaki, com um risinho de discórdia.]
-"Aquela palavra".
-Ah! Você não quer que eu diga... FRANGO?? [Disse Noikai, dando seu juízo final]
-Noia- Bhluuuuuuuurr [Semi-disse Renji, enquanto vomitava e se irritava com Noiaki, simultaneamente]
-Noiaki!! Olha o que você fez!! Agora ele vai ter que tomar outro banho!! [Disse Natsu, que no fundo, tava adorando dar vários banhos no Renji. Ele também não tava desgostando não.]
Enquanto aquilo tudo acontecia, eu resolvi dar uma voltinha no hospital.
Uma coisa que eu descobri é que eu não quero ser nem médico, nem enfermeiro e muito menos paciente. Eu odeio hospital.
Foi num desses que eu passei 3 meses da minha vida, visitando meu pai, enquanto eu o via morrer.
Ele teve um AVC, e ficou numa espécie de coma por todos esses meses. Foi bem difícil ver meu pai, que sempre foi forte e companheiro, naquela cama.
E foi mais difícil ainda, o visitar todo dia com a esperança que ele acordasse e falasse que tudo ia voltar a ser como era antes. Mas eu não me arrependo nenhum segundo que passei ao lado dele.
Afinal, ele era meu pai.
-Ei! Garoto! O que você está fazendo aqui nesse setor? [Disse um enfermeiro]
-Hun?Oh! Como é que eu vim parar aqui?[Disse eu, acordando dos meus pensamentos profundos]
-Não se faça de sonso! Você não leu na entrada, que aqui só entra pessoal autorizado?
-Ah... Claro. Tô saindo, tô saindo.
Já ia saindo do lugar "proibido para mim" quando uma mão me segura.
-Daisuke? O que você tá fazendo aqui? [Disse uma voz muito familiar]
Quando eu virei, eu me deparei com uma cara bem arrumado, de olhos-verdes,( bem atraente até) de jaleco branco, segurando uma pasta e umas folhas. Parecia um médico, totalmente desconhecido por minha pessoa.
-Você me conhece, é? [Disse eu, com minha guarda armada]
-Não devia? Eu sou seu tio, lembra não?
Foi aí, que eu fiquei mais confuso ainda. Aquele cara não era em hipótese nenhuma, meu tio.
-Há! Impossível, cara. Se bem, que como tá brotando parentes desconhecidos por aí nesses dias, eu acho que eu não duvido muito.
-Hahahah, Você tem certeza que não se lembra da pessoa que dormiu na sua coxa, é?
Peraí um minuto.
Essa pessoa estava me seguindo? Como ele sabe sobre aquela situação vergonhosa?
-Qu-quem é você??!! [Disse eu com a cara de espanto ao cubo]
-Há! É verdade, eu estava no meu modo "de folga" quando você me conheceu. Eu costumo ficar de folga nas sextas, mas eu tive que fazer uma cirurgia de urgência hoje.
-Ahn...? [Disse eu, ainda confuso ao cubo]
-Você não está me reconhecendo mesmo?? Eu sou o Matsuda Souji!!! Aquele que te trouxe pra casa, lembra?
...Espera só um minuto que a mensagem não foi decodificada ainda.
Matsuda Souji... é um MÉDICO????
Aquele Matsuda?? O mendigo-náufrago-garotinha-de-mangá-shoujo??
Isso não faz sentido nem aqui, nem no Acre.
-V-você, tá de brincadeira comigo...
-Ops, eu acho que eu tenho que ir. Tenho que fazer mais 3 cirurgias hoje. Aliais, você deveria sair desse setor. Aqui não é muito agradável não,sabe.
-Hun?? Como assim?
No momento que eu falei isso, apareceu um corpo totalmente dilacerado na minha frente, que parecia ter vindo de um filme de terror.
-uuuUUUUUUUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!! [Disse eu, quase pulando no colo do tio Matsuda]
-Bem, eu disse. Ah! Posso perguntar o que você está fazendo aqui no hospital?
-E-eu... é q-que... Renji... in-intoxicação... f-frango...[Gaguejei enquanto tentava me esquecer daquela coisa horrorosa que eu tinha acabado de ver]
-O que? [Disse Matsuda, quando alguém o chamou pra sala de cirurgia] Hun, desculpe, eu tenho que ir mesmo. De qualquer jeito, é melhor você sair daqui. Está pra vir uma mulher que acidentalmente usou uma furadeira para enrolar o cabelo...
Nem precisei de muita força de vontade para sair de lá. Afinal, eu ODEIO hospital.
Quando cheguei ao quarto de Renji, eu só vi uma enfermeira arrumando a cama bagunçada.
-Não... acredito nisso...
Sim, eles tinham me deixado para trás.
E sim, eu estava prestes a dar um ataque de raiva lá dentro mesmo. Que se dane a ética hospitalar.
-TIO NA- [Gritei, quando alguém veio e me tampou a boca]
-Sabia que é proibido gritar no hospital? [Disse o mesmo enfermeiro, que tinha me proibido de entrar naquele setor "proibido para mim"]
-Nuhn hahiha hão... [Tentei dizer enquanto ele ainda tampava minha boca]
Estava ele por acaso me seguindo?
Hospitais me dão muito medo, mesmo.
-Eu presumo que você esteja procurando o paciente Renji Tetsu, não é mesmo?
-Hun... o nome dele é Renji, mas eu nem sei o sobrenome dele ... [Eu, tendo um ataque de amnésia, por que eu sei que ele já tinha me dito o sobrenome dele... (Vide Cap2)]
-Por acaso é um idiota que teve intoxicação alimentar por comer um frango queimado?[Disse o enfermeiro, sem parar nem respirar]
- É, ele mesmo. [Disse eu, pensando comigo mesmo, o quão idiota é Renji]
-Ele saiu a um tempo. Mas parece que um dos seus parentes ficou aqui, te esperando.
-Um dos meus parentes... Ah! Deve ser o tio Natsu. Ele é o único que teria esse bom coração.
-Na verdade ele parece ter um coração muito ruim, aliais. Do jeito que ele fuma ele vai ter um ataque no miocárdio. [Disse o enfermeiro, enquanto me puxava para saída]
-Fuma? O tio Natsu não fuma! Ou fuma?
Quando olhei, eu vi que realmente não era o tio Natsu, mas sim o outro idiota do meu tio Noiaki.
-Puta merda, Daisuke. Onde tu tava? O Natsu ficou preocupado e me deixou te esperando aqui. Você sabe quantas pessoas ensangüentadas eu vi passando por aqui??
-Olha, eu acho melhor você nem me contar. Já tive minha cota de pessoas ensangüentadas por hoje.
Enquanto nós caminhávamos para fora daquele lugar horroroso chamado "hospital", eu ficava pensando o quanto eu não conhecia os meus tios.
Quem iria imaginar que aquele viado do meu tio Matsuda seria um médico, e ainda mais, um cirurgião.
-Ei, Noiaki. Eu não sabia que o Matsuda trabalhava aqui.
-Hun? Você viu ele aqui? Mas hoje seria dia o de folga dele. Aliais, hoje é sábado. Ele teria folga ontem e hoje.
-Então quer dizer que ele é mesmo médico??? Mas ele parecia um mendigo quando eu vi ele pela primeira vez!
-Ah! Verdade... ele tava no modo "de folga", sabe. É que ele trabalha no hospital de domingo a quinta, então ele tem que tá limpo e arrumado. Quando chega a folga, ele não quer saber mais de nada. Por isso ele dorme o dia inteiro, e nem se preocupa em fazer a barba e muito menos se vestir bem.
-Nossa... [Minha cara de surpresa era também, minha cara de compreensão]
-HÁ! Você sabia que ele ganhou 3 vezes seguidas o prêmio de médico mais atraente dos hospitais da região?
-Sério???
-Bem, toda nossa família foi abençoada com uma beleza insigne. [Disse tio Noiaki, dando um risinho de deboche]
-Sei... então você foi adotado tio Noiaki? [Disse eu, com um risinho de "trolleivocê"]
-Você quer levar um cascudo, garoto??
-Naaananannão!!![Me protegendo dos cascudinhos de tio Noiaki]
É, até que a companhia do tio Noiaki, não era tão insuportável assim.
Ele até que era engraçado. Na medida do possível.


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