Chama Branca escrita por kamis-Campos


Capítulo 13
Eu devia a ter escutado!


Notas iniciais do capítulo

Mais um pra vocês, fofuxas!
Boa leitura!



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Capitulo 13 – Eu devia a ter escutado!

Pov Bella

Faz um mês que Edward se foi. Fazia um mês que eu havia encontrado meu porto seguro, meu pequeno Miguel. Nome perfeito, me sentia mal em colocar seu nome de EJ, e na verdade, isso não era nem um nome. Achei Miguel, um nome de um arcanjo, que protege, e ele me protege.

Miguel crescia rápido, pelo que Nahuel me falara, híbridos homens têm seu crescimento mais acelerado do que as mulheres. Tanto pelo fato de terem uma grande parte vampira em seu corpo. Agora, ele tinha a aparência de dois anos, um lindo homenzinho. Até fala e anda, daqui a pouco estará correndo e saindo como todo garoto!

Como Renesmee, sabemos que ele tem algum poder... Mas, parecesse ter se ocultado! Simplesmente, sabemos que existe, mas não se manifesta. E isso não é o único problema, quem dera fosse. De alguma forma Edward sumiu das visões de Alice, como se não existisse.

Isso me angustia, fora a parte que não sei onde aquele homem está. Se corre perigo, se ainda está vivo... Eu não sei! Mas, eu sentia na minha alma que as coisas podiam ainda piorar, muito mais do que eu queria.

- Renesmee vem pra cá? – perguntou Rosálie mimando Miguel, que brincava com os seus brinquedos no chão da sala.

- Sim. – concordei com a cabeça, sorrindo para o meu pequeno.

- Será que ela está chateada conosco? – Rose perguntou, me olhando preocupada. A olhei do mesmo jeito, encolhendo meus ombros.

- Eu não sei. Renesmee é muito impulsiva, ainda mais com a ida do seu pai... – eu dizia tudo muito corriqueira. Havia duas semanas que não via minha filha, desde o dia que eu apresentei Miguel a ela. – Sinceramente... – dei de ombros. – Renesmee pode ser uma caixinha de surpresa até mesmo pra mim. Não se o que aconteceu!

- Será que ela ficou chateada? – perguntou evasiva. Ponderei por um segundo.

- Eu não acho. – neguei, ainda pensando. Renesmee havia recebido a noticia muito bem, na verdade, foi o que deixou parecer. Mesmo buscando ser racional! – Talvez ela esteja com problemas ou... Não tivesse tempo!

- Será? – perguntou Rose novamente, eu a olhou recriminatória.

- Rose! Para com isso! – briguei. – Pare de desconfiar de sua sobrinha.

- Eu não estou desconfiando de ninguém, nada a ver! – ela disse quase que ofendida. Revirei os olhos. – Mas, estou só sendo um pouco realista, Bella!

- Tá bom. – eu disse. – Agora, fique de olho no Miguel pra mim? Eu vou dar uma passadinha lá no chalé. – me levantei, ajeitando meu vestido branco de seda e renda. Eu queria um tempo só!

- Deixa comigo. – ela começou, levantando uma sobrancelha logo depois. – Mas... Bella, porque ainda continua naquela casa? Não há nada que você possa fazer, querida! Desculpe, mas, ele não vai voltar. – disse simplesmente a grande verdade, que eu tanto não queria enxergar.

Eu tinha ainda uma pequena fagulha de esperanças. Mesmo eu sabendo que é uma questão improvável, eu ainda queria vê aqueles olhos e seu sorriso torto que tanto amo, mesmo que só de longe. Eu o queria ali... Eu o queria pelo menos sob minhas vistas. Assim, eu não sofria tanto e não me angustiava tanto.

- Eu sei, Rosálie. – confessei abaixando o olhar e virando-me para sair da casa. – Eu sei.

- Se quiser, o quarto dele e os de hospedes estão vagos. – ela murmurou bem consciente de eu ouvia. – Será muito bem-vinda! – Mas, eu não queria! Eu me sentia mais leve e menos acabada sob o teto de nossa cabana, eu me sentia segura de qualquer dor ali.

Desci os degraus, não deixando que a dor apoderada em meu centro gravitacional se expandisse e me derrubasse no chão. Agora eu tinha uma pequena vidinha dependendo de mim, e é nisso que tanto me agarro.

Pulei o rio que cortava o caminho até o chalé no meio do bosque próximo. E reconheci que aquilo foi o que se transformou minha misera existência. Como se o chão entre meus pés se abrisse em uma fenda, que não parava de crescer e crescer, transformando-se cada vez em um vale, cada vez mais em um abismo.

Eu tinha que escolher que lado pular ou... Cair no abismo que se abria embaixo de mim. Fui rápida e me agarrei à primeira coisa que vi na frente, minha família e o meu pequeno novo integrante dela. Escolhi o lado que mais fez sentido e que está me salvando da tão dolorosa perda.

Edward era essa perda. Eu sempre seria eternamente grata por ele, seria eternamente apaixonada por ele. Prometi o amar por toda eternidade. E isso era uma conseqüência, não? Quem dera eu mandar em algo tão infinito e tão predominante.

Suspirei, enquanto me encontrava em frente a nossa pequena casinha. Eu tinha que parar com essa fixação maníaca, mas... Meu vicio não tinha cura. Não havia instituição hospitalar que desse conta.

Parei por um momento, disposta a esvaziar minha mente daquele que a povoa. Como se fosse fácil! Fiquei relembrando do momento em que Renesmee encontrou a coisinha mínima de seu irmão. Foi engraçado!

Flash Back on

Estava com Miguel em meu colo. Ele tinha a aparência de um menininho de quase um ano, já falava e até arriscava a andar sozinho, ele sorria empolgado por causa de Renesmee. Finalmente ele iria conhecer sua irmã mais velha. Ele estava curioso e queria a todo custo abraçá-la.

Houve uma movimentação na porta da frente, estavam todos sentados no sofá da sala. Carlisle os recebeu e eles entraram sorrindo, claro Jake era o que mais sorria ali, seu sorriso de sol irradiando a sala, mas Nessie parecia fazer certo esforço para não deixar transparecer a melancolia em seu rosto. Ela ainda sofria pelo o que Edward fez, seu pai parecia que havia sido morto ou alguma coisa. Na verdade, para ela, ele havia sido morto!

Seus olhos chocolates como um dia os meus foram pousaram no pequenino em meus braços e os dois paralisaram ainda na porta. Eu apenas a olhei em expectativa, encarando seu rosto a procura de alguma fagulha de aversão... Estava inabalável, sem reação. Só choque!

Ninguém se atrevia a falar nada, então foi ai que Miguel soltou-se de meus braços, alheio a tudo e correu em direção aos dois. Ele abraçou as pernas de Renesmee, docemente, levantando sua cabeça sorridente.

- Oi, irmãzinha! – ele exclamou, deixando suas covinhas aparecerem. Irresistível! Renesmee mesmo perplexa, o pegou no colo e sorriu pra ele. Ela voltou-se para mim, confusa.

- Irmã? – perguntou balançando a cabeça. – O que aconteceu aqui? Quem é ele? – Jacob ainda permanecia em choque, na saia de sua boca. Rezei para que eles não implicassem com Miguel, não poderia ter mais problemas.

- Ei, não me ignore! – Miguel fez bico, cruzando os braços. – Eu ainda estou aqui, sabia?

Começamos a ri da sua carinha ofendida. Ele fechou ainda mais a cara, enquanto todos abaixavam a guarda. Até Renesmee e Jake, já riam aos poucos.

- Ah é? – Jake se aproximou dele, cruzando também os braços e rindo. Menos mal, estava esperando que ele criasse problemas com o meu pequeno. Eu sabia que ele ia entender, ele tinha que entender. – Então, qual é o seu nome, baixinho?

- Sou o Miguel! – meu pequeno desfez o semblante emburrado, sorrindo com sua voz de bebê. – Ah, e não ligue pra mim, sou meio bipolar. – disse, arrancando gargalhadas de todos.

- Bipolar? – perguntou Jake rindo. – É isso que Bella anda te ensinando? Palavras difíceis...

- hahaha muito engraçado! – eu disse sem humor. - Culpe a convivência com Carlisle!

- É, e pelo menos, ele é mais educado que você, pulguento! – Rosálie implicou, fazendo Jacob a ignorá-la e revirar os olhos, fazendo Miguel ri.

- Vem cá, Miguel! – Jake abriu os braços para ele, que foi de bom grato. – Quer que eu te conte umas piadas de loira? – ele perguntou, arrancando um rosnado de Rosálie. Miguel concordou. – Lá vai! O psiquiatra perguntou pra loira: - Costuma escutar vozes sem saber quem está falando ou de onde vêm? - Sim... costumo! - E quando isso acontece? - Quando atendo o telefone!

Eles começaram a ri descontroladamente, enquanto revirávamos os olhos. Emmet começou a gargalhar, mas Rose o bofeteou na cabeça, fazendo os outros rirem mais. Ela correu em direção de Jake, que colocou Miguel no chão e os dois saíram correndo em direção ao jardim. Rosálie os seguiu, enquanto Renesmee aproximou-se de mim.

- Mãe, o que foi isso? – perguntou ainda sem entender.

- Filha, o encontrei na floresta ainda em suas primeiras horas de vida, eu tive que fazer alguma coisa, não podia simplesmente abandoná-lo. – expliquei.

- Mas, ele é hibrido, como eu?

- Sim. – concordei e ela arregalou os olhos, desviando para o jardim, preocupada, onde Jake, Miguel e Rosálie brincavam. – Não se preocupe, ele pode ser venenoso e ter sede, mas... É um doce de criança, filha! Dê uma chance a ele.

- Claro. – abaixou o olhar, mas logo sorriu. – Posso? – perguntou empolgada, olhando para porta.

- Vai lá! – eu disse feliz. – Tenho certeza que ele vai adorar brincar com sua irmã mais velha.

Ela sorriu, indo para o jardim, brincar com Miguel e os outros. Eles riam e se divertiam, enquanto eu apenas observava. Afinal, ele só precisava de uma chance...

Flash back off

Sim, Miguel teve essa chance e soube utilizá-la como se bem entende. Ele cativou a todos, como também a irmã. Que tenho certeza, estava mais do que feliz de ter um irmão. Afinal, poderia ser até filho, porque Miguel não era só meu, era de todos. Nosso pequeno talismã.

Entrei no chalé de madeira escura, desabando no sofá de em frente  a lareira, onde tive incontáveis noite amor. Eu sentia falta daquele tempo e sinceramente, eu não sabia onde tudo mudou...

Em Thera...

Greta Agnes estava em Thera, tentando ocupar sua cabeça com algo que valesse em realmente a pena do que o arrogante Edward. Ela estava pouco se lixando para o Sr.tudo de bom, ela tinha amor próprio e não ia ficar se rastejando por ai como uma coitadinha desesperada para sair do encalho.

Ela estava em alguma praia longe da pequena cidade, era isolada e tinha a atenção focada na vegetação rasteira e úmida do lugar. Estava mais do que acostumada a passar horas analisando e buscando novas pesquisas, quem sabe não encontraria assim algo que realmente lhe tirasse aquele estranho da sua cabeça?

Sentiu alguém se aproximar lentamente por trás de si, mas ela não se moveu, preferiu ignorar quem quer que fosse, só não imaginou que fossem tampar seus olhos. Ela reconheceu aquelas mãos cheia de pulseiras e braceletes. Eram as mãos de Krishna, sua prima que há anos não via.

Ela devagar afastou as mãos para frente, virando-se para encarar uma Krishna, sorridente. Levantou-se rindo.

- Ah qual é, Kris, nada a ver o que você fez. – revirou os olhos, tentando irritá-la. Krishna fez bico, mas logo fez careta.

- Nada a ver é isso que você está fazendo, prima! – ela disse zombando. – Cara, você veio para cá para passar férias! Não estudar. Por lord Ganesha! Toda vez que a vejo, está estudando ou trabalhando.

Sua prima indiana por parte de pai, claro, mexeu suas mãos no ar em repreensão, fazendo tilintar suas pulseiras. Greta estava começando a imaginar que sua mãe não estava brincando quando disse que iria reunir toda a família. Afinal, o que sua prima que mora lá pelos cantos da Índia fazia ali?

- Certo, o que diabos você faz aqui, prima? – perguntou colocando as mãos na cintura.

- Cansei de adorar vacas e dançar todos os dias... – Krishna pausou e elas riram como se fossem crianças. Era sempre assim quando se reencontravam. – Brincadeira! Na verdade, estava pensando em tirar umas férias...

- Que novidade prima! – exclamou sem animação Greta, sarcástica. Krishna revirou os olhos.

- Deixa eu terminar, por favor? – perguntou e nem esperou pela resposta. – Certo, estava pensando e foi quando recebi a noticia que você vinha pra cá! – balançou os ombros, sorrindo.

- Esse povo fofoca, viu? – Greta começou a ri. – Mal chego e você já está sabendo de tudo! Porque isso não me assusta?

- Pior! – elas se sentaram na areia, conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo. O tempo escurecia, estava próximo do crepúsculo e já fazia um pouco de frio na praia. As primas ainda conversavam, enquanto se permitiam a relembrar os momentos de infância, então o celular de Krishna toca.

- Prima, tenho que ir! – ela disse, se levantando e limpando a areia do short. – Você não vem?

- Vai na frente, vou ficar só mais um pouquinho aqui e já volto pra casa. – Greta olhou para a prima, que abraçava o próprio corpo pelo frio, olhando para os lados, ansiosa.

E na verdade, não era bem pelo frio. Ela sentia que alguma coisa as vigiava, sentia olhos nela e em sua prima. Tinha receio de deixá-la sozinha, mas seu pai a esperava para irem jantar. Respirou fundo, sentindo um pressentimento avassalador a preencher, queria poder avisar a sua prima.

- Greta, é melhor a gente ir. – ela insistiu em quase um suplico. – Vamos, por favor! Tenho medo de te deixar sozinha.

- Que nada, Kris. – Greta negou com a cabeça. – Não demoro, eu juro!

- Jura que não demora? – Kris perguntou temerosa, observando o bosque ali próximo. Sombrio e perigoso.

- Eu juro! – Greta sorriu confiante para ela, que retribuiu com um sorriso amarelo. Kris pediu que ela tomasse cuidado e deixou o lugar, rezando para que os deuses protegessem sua prima querida do que quer que tenha nas árvores ali próximo. Ela sentia que não era algo bom... Tinha cheiro de maldade!

Greta continuou na praia, que escurecia enquanto a noite caia. Sua prima parecia pressentir alguma coisa, ela mesma parecia pressentir, mas não queria ser intimidada por uma sensação besta e idiota. Era o medo da prima, isso sim!

Sentiu passos e galhos se quebrando, levantou-se de supetão, as mãos trêmulas e o corpo tenso. Estava escuro, não dava para vê nada na direção do bosque. Sabia que vinha de lá o som de passos. Devia ser sua prima querendo meter medo nela!

- Quem está ai? – berrou para o vazio, a sensação de olhos nela a preenchendo e causando-a calafrios. – Kris? É você?

Um riso gutural a fez pular para trás em um grito abafado. Seu coração na mão, ela sentiu-se desesperada a sair dali. Se fosse a Kris, era uma maldita brincadeira de mau gosto.

Então, seus pés automaticamente se moveram em direção a sua casa, mas no meio do caminho viu-se sendo jogada no chão, foi tão rápido que mal deu tempo de reagir. Ela viu-se a frente de um vulto de um homem, os seus dentes arreganhados em um sorriso.

Ela retraiu-se com aquilo, arrependendo-se de não ter escutado sua prima e seguido-a. Ela tomou um pouco de coragem e perguntou:

- Quem é você? – sua voz saiu em um fio, como se tivesse sido estrangulada. Ela devia a ter escutado!

- Pergunte para Edward Cullen! – e a escuridão a tomou por completo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Bem, foi meio dificil escrever esse cap, minha inspiração está em baixa! Foi isso.
Antes q eu esqueça... Claro q não esqueci, brincadeira! Quero agradecer a Lauren e a Bella por recomendarem minha fic, obrigada meninas! E claro a todos vocês que acompanham minha fic e que comentam, sou muito grata a vocês!
Bjos!