Chama Branca escrita por kamis-Campos


Capítulo 14
Será que posso começar a gritar?


Notas iniciais do capítulo

Oi!Oi!
Vou justificar minha demora. Estou de férias, mas eu tenho estudado para um seletivo que será daqui a uma semana, então venho me focando nisso, ok? Mas, nada que me faça parar de postar, isso nunca. Só demorarei um pouquinho, mas prometo que quando essa loucura terminar, voltarei ao normal!
Boa leitura!



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Capitulo 14 – Será que posso começar a gritar?





Que diabos foi aquilo?

Em um momento estava na praia... Num outro estava sendo atacada por um sujeito estranho, agora não sei onde estou e aonde vim parar. Estava tudo errado. Tudo muito confuso! Não entendia o motivo de não enxergar... Oh sim! Havia uma venda tampando minha visão. Tentei mexer minhas mãos, qual foi minha surpresa delas estarem atadas por uma corda. Não era só as mãos, os pés também estavam presos.

Droga, sempre me ferro nessa merda! A cadeira onde me encontrava balançou quando tentei me contorcer e me livrar daquelas amarras. Tentei mais uma vez, já me desesperando, estava em apuros, algo me incitava ao perigo. Tentei gritar, mas algo comprimia minha boca e impedia-me de falar ou gritar. Tentei mas não vi escapatória!

De tantas formas de morrer, tinha que ser daquele jeito? Eu podia vê facilmente a cena do meu ‘suposto’ fim se desenrolar na minha mente. O maldito seqüestrador ligando para minha mãe e pedindo uma alta quantia em do meu salvamento. Claro, que eles deviam saber que minha família não era lá as das mais ricas e bem-sucedidas.

Não teriam como pagar, então Adeus, Greta! Aff, de tantas ricaças e madames cheias da grana no mundo, de tantas em Thera, tinha que ser eu? Eu nem parecia uma, eu era algo muito próximo de um mendigo peba. Eu não tinha nada de atrativo, nem que levasse a grana, eu era só normal. Então, por quê?

Bom, isso não importava agora. Eu não queria morrer... Eu não queria passar por nada traumatizante o bastante, mesmo que isso já estivesse sendo. Pensei nas palavras do homem esquisito antes de apagar. “Pergunte para Edward Cullen”.

O que aquele arrogante lindo tinha a ver com isso? Porque tudo era relacionada a ele? Se fosse um pesadelo, eu queria acordar AGORA mesmo!

Tentei desesperadamente me soltar outra vez, a cadeira rangia a cada movimento, parecia prestes a partir no meio. Respirei fundo empurrei minhas pernas, de modo que ela esticasse as cordas, mas foi em vão. Em vez disso, a cadeira na qual sentava tombou comigo para o lado e então senti uma mão em meu braço segurando-me junto ao assento.

Retraí-me com o contato, enquanto ele me ajeitava ereta. Ouvi uma risada leve e sombria, enquanto eu tentava me afastar daquela mão fria e dura, que apertava meu braço. Ele apertou mais e o gemido de dor que saiu da minha boca, foi abafado pelo pano nela.

Ele não parava de apertar meu braço e tudo que eu fazia era tentar ignorar a dor. Sabia que ficaria um grande hematoma. Respirei fundo para conter uma lágrima que ameaçava cair. Ainda não tinha chorado, nem nada do tipo. Não poderia dar esse gostinho a ele! Chorar, pra que? Pra vê se ele tem pena de mim e me deixa viva? Se me solta?

Prefiro ser torturada a chorar por medo. Isso que eles queriam, depois do dinheiro. O medo das vitimas. Pena que comigo não terão nenhum vestígio.

– Bem, muito bem. – uma voz de um sonoro badalar de sinos soou bem ao pé do meu ouvido. – Eu não tenho muito tempo... Então, vamos ao que interessa! – sua mão ora no meu braço, foi de encontrou ao meu queixo levando-o. Senti a amordaça ser retirada de minha boca e a venda também.

Minha visão estava turva e sentia as paredes de um velho galpão rodar, para logo se fixarem novamente. Balancei a cabeça atordoada, até que recuperei o foco e meus olhos capturaram um par de órbitas como rubis cintilantes. De impulso, fui pra trás com o susto e novamente as mãos frias me seguraram.

– Da próxima vez, vou deixar que caia. – ameaçou sorrindo torto. Era um homem, de aparência de uns trinta anos. Realmente, era muito bonito com a pele pálida como de Edward e seu amigo Benjamin. Mas, tinha um tom sedoso quase como seda. O cabelo em um tom saudável e brilhante, pretos como corvos, lambido para trás. Engoli em seco, tinha um jeito selvagem como seus olhos encaravam-me. Como se tivesse com sede, como se tivesse prestes a drenar-me.

Um arrepio percorreu minha espinha e realmente, foi inevitável não sentir medo. Ele parecia sentir meu temor irradiando pelos meus poros e sorriu convencido.

– Eu não sei por que Edward tem tanta afeição por humanas. – ele disse pensativo. E me sobressaltei. Humanas? – Bom, pelo menos tem bom gosto. – ele acariciou minha bochecha e para fugir, virei meu rosto. – Então, Greta, qual foi sua primeira reação ao descobrir que seu querido Cullen não é humano?

– O que? – indaguei confusa e assustada. Esse cara não é normal! – Não sei do que você está falando, seu psicopata! Me solte! – gritei com raiva. Como sabia meu nome? De onde eu o conhecia? E meu deus, o que Edward tem haver com isso?

– Não vai me dizer que não sabia que ele é um vampiro? – perguntou com uma descrença e ironia na voz. Seu rosto próximo ao meu, de forma ameaçadora. Eu o encarei séria, sem paciência. – Ele não contou, não é? – afirmou de modo exagerado. Apenas o olhei sem entender do porque de tudo aquilo.

E de novo aquele papo de vampiros. Aquilo estava começando a me irritar profundamente. Caramba, onde fui me meter? E alguma coisa me dizia que isso tudo é culpa minha por dar bola a Edward Cullen e do mesmo, por existir.

– Claro que não! – gritei furiosa. Se não tivesse com minhas mãos presas, estaria as levantando para o alto. – Eu mal o conheço, idiota! E pra que ele contaria? Isso não existi, débil mental!

– Ah, não seja tão ingênua, minha cara. – falou de modo enjoativamente doce. Ah, como eu queria dar uns tapas nesse cara! E em Edward, por me meter nisso. – É claro que existe. Se não existisse, eu não estaria aqui e provavelmente você não estaria passando por isso, não?

– Olha cara, qual é a sua, hein? Vá se tratar. – queria dar um basta nisso. Se isso não for por dinheiro, então pelo amor de Deus, que não seja uma brincadeira de muito mau-gosto. Se for Edward, ele se verá comigo, ah se vai. – Se for alguma pegadinha, eu quero que pare agora! Tá ok?

– Que petulância! – exclamou, afastando-se rindo igual o louco que ele era. – Eu pensava que fosse mais esperta, jovem! Até mesmo para vê a verdade que está diante de seus olhos. – do que ele está falando?

– Se acha tão esperto, então porque você mesmo não me explica? – repliquei. Ele me olhou por um instante e com puxão de mão, sentou-se a uma cadeira na minha frente. Ele inclinou-se seu corpo em minha direção.

– O que quer saber? – perguntou, arqueando uma de suas sobrancelhas.

– Quem é você? – eu tinha que saber com quem eu estava lidando. Aquele cara só devia ter saído de um hospício, tal como aquele os outros dois (Edward e Benjamin). Eu ainda não tinha me esquecido da conversa super-estranha deles no cais em Atenas.

– Sou Amun. – disse de forma casual, voltando a se recostar na cadeira. – Sou líder de um clã egípcio e seu amiguinho, Benjamin, é meu filho. – ah claro, tudo em família! Droga, como eu saio dali?

– Certo. – revirei os olhos, aquilo estava se tornando ridículo. Era pra ele estar me interrogando, não eu. – E o que quer comigo? Ok que eu conheço seu filho e o Cullen, mas só isso. Sou nada além de uma conhecida, não chego a ser amiga, moço!

– Eu sei disso. – balançou a cabeça. – Mas, o que quero de você não é nada a mais que o silêncio. – Certo, ele vai me matar! Só que eu não sei de nada, não presenciei nada, caramba!

– Olha só, antes que me afogue ou me degole, sei lá! – eu disse extremamente nervosa. – Antes que me mate, eu quero que saiba que eu não fiz nada! Merda, eu só conheci seu filho ontem. Juro que não vi nada de suspeito que possa comprometer seus planos e tal. – eles só podiam ser contrabandistas ou de uma facção criminosa. – E se isso for porque eu os conheci, tá ok, fico de boca calada, tá? Vou esquecer tudo, que conheci vocês, desse episódio, de tudo! Mas, me solta, por favor! Eu juro que não falo nada pra ninguém.

Naquele momento eu já gritava, não sei qual foi o momento que comecei a implorar. Ridículo! Estava com pena de mim mesma, eu sempre fui forte, então porque agora isso acontece?

Amun começou a ri descontroladamente. Talvez pela cena deplorável que eu fazia. Até mesmo em um seqüestro eu sou estúpida.

– Ah minha querida, você não sabe nem da metade da missa. – riu consigo mesmo. – Eu só quero que fique caladinha, viu? – pegou meu queixo e eu cuspi em sua cara. Ele se limpou e riu, como se nada fosse capaz de atingi-lo. Ele moveu-se para uma mesa de ferro enferrujado ali perto, havia um isqueiro ali e eu ainda não sabia por que daquilo.

Porque eu?

Então uma pergunta veio a minha mente como abelhas, enxames. Respirei fundo antes de abrir a boca.

– O que Edward tem haver com isso? – eu perguntei desconfiada. Amun que estava de costa pra mim, sorriu sobre o ombro. Um sorriso maldoso e cheio de rancor.

– É culpa dele. – ele apenas disse isso, o que me deixou mais intrigada.

– Que culpa ele tem? – persisti e vi o corpo dele retrair com a tensão. Eu o vi se preparar para falar, e eu esperei pacientemente. Eu não sabia de onde vinha tanta calma de mim, eu devia estar em desespero, mas eu não via necessidade.

– Teve um tempo em que Edward, principalmente, ele e sua família precisaram de ajuda e eu estava lá para eles. Não fui de bom grado, devo admitir. Mas, fui convencido por meu filho que era o certo, então me aliei a eles. – sua voz era grave e soava verdadeira. – Vencemos e saímos vivos do julgamento, mas... Agora, fui apunhalado pelas costas. E quero vingança.

– Eu ainda não entendi. – balancei a cabeça, tentando assimilar as coisas. – O que ele tem haver?

– Ele tomou meu filho de mim! Colocou meu único e talentoso filho contra mim, que sou seu próprio pai. – ele explodiu e senti um pouco de medo, eu podia vê a fúria ardendo em seus olhos vermelhos vivos. Aquilo é lente? Cara eu quero uma. – Eu só estava do lado da razão e fui condenado. Se não fosse por tais situações, Benjamin estaria ao meu lado na nossa casa, nosso lar com minha esposa, nossa família. E eu digo de quem é a culpa... Edward Cullen. – deu de ombros. – E Tia, mas essa eu já dei partido e arde no inferno.

Meu coração começou a acelerar, no mesmo momento em que cheguei a conclusão de que não sairei viva dessa. Aquele homem era um assassino, eu sabia disso, mas eu não sabia qual a minha utilidade naquela situação toda.

Eu não conseguia assimilar as coisas direito. O culpado é Edward, então porque eu estou aqui? Não deveria ser ele ali? Ele que tinha que estar em meu lugar, não eu. Uma grande raiva, injusta, mas foi quase instantânea de Edward se afloreceu em mim. Se não fosse por ele, eu passaria longe por aquele lugar e de Amun.

– Então, o que eu tenho haver com isso? – retruquei sentido meu sangue ferver. Eu não tenho culpa! Amun me olhou de esguelha e sorriu torto, começando a brincar com seu isqueiro, abrindo-o e fechando-o.

– Você é minha isca perfeita. – declarou simplesmente. Engasguei com a afirmação e xinguei tudo e todos mentalmente. – Quando Edward souber que tenho sua amiguinha humana como refém, na foice da morte, ele e Benjamin virão em seu resgate. – sua expressão de rancor substituída pelo orgulho. – Então, eu farei uma troca justa! Sua vida pela deles. Perfeito! – finalizou dando o fim na conversa.

Eu sabia que não era bem assim que isso terminaria. Edward e Benjamin não se importam comigo a ponto de vim me resgatar. Eu não passo de uma louca que vive seguindo ambos. Isso resultará em minha cova.

Então, o negócio sobre vampiros veio em minha mente e sem querer, comecei a juntar os fatos, para mim, Amun parecia mesmo estar falando a verdade. Uma vez, só por curiosidade, fiz uma pesquisa sobre esses seres e se eu me esforçasse, saberia muito bem descrevê-los.

Vampiros... Pele pálida; prestei atenção em Amun e lembrei-me de Edward, a pele deles não tinha um tom nada normal, sem falar que um deles vinha do Egito, África. Verão quase todos os dias, no mínimo pele bronzeada. Pele fria; lembrei-me do toque de ambos e eu já não contive meu nervosismo, eles pareciam não ter circulação de tão frios que são.

Força; bastaria olhar para o meu braço que eu não teria duvidas. Beleza extrema; devo dizer que são os próprios donos da beleza, parecem deuses. E sede por sangue... Ou no caso, pelo meu sangue. Meu deus! Não isso é ridículo! Eu não deveria nem cogitar a idéia... Não!

Não... Eles não são vampiros! Eles não são vampiros! ELES NÃO SÃO VAMPIROS! ELES NÃO SÃO!

Eu gritava como mantra na minha mente, tentando não pensar de que eu possa estar à frente de um vampiro sedento a alguns metros de mim, e eu estando aqui a mercê dele. E que provavelmente, eu seja seu lanchinho da tarde.

– Vampiros não existem... Você vai ficar bem. – eu sussurrava pra mim, tentando sem sucesso me acalmar. Oh Deus, eu só queria que as coisas voltassem ao normal! Eu só estava esperando o momento que eu surtasse e começasse a gritar.

Amun riu e seu riso era como badalar de sinos. Isso me assustou. – Acho que você finalmente encontrou a razão!

– Não, estou a perdendo. – neguei fielmente. Estava louca! Acho que isso era apenas um pesadelo que logo acabaria se eu me beliscasse, mas não acabou. Eu já ia começar o meu mantra novamente. – Vampiros...

– Existem! – Amun me interrompeu aproximando-se de mim como um felino. – E você está a frente de um. – ele abriu um sorriso branco e eu senti a minha respiração pender.

Será possível desejar que um meteoro caía em sua cabeça? Bom, eu queria morrer assim, não nas mãos de alguém que acha e, eu também desconfio que seja um vampiro. Respirei fundo, enquanto ele apoiava a mão nos dois lados da cadeira e ficava a centímetros do meu rosto.

Agora você pode começar a gritar! Ordenei a mim mesma, sabendo que mesmo que eu queira, não sairei viva. Afinal, quem se importa comigo?







*Gente, talvez vocês queiram ter uma noção de como é a Greta. Então, vou mandar um link a vocês.*

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Notas finais do capítulo

E ai! Mereço reviews, ou não?
Bjos!