Chama Branca escrita por kamis-Campos


Capítulo 12
Amuleto de problemas


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora, amores, mas estive viajando e quando voltei fui bombardeada por provas, então resumindo, fui engolida pelos estudos! Mil perdões...
Bom, aqui está quentinho pra vcs, um cap novinho em folha!
Boa leitura!



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Capitulo 12 – Amuleto de problemas

Pov Edward

Ataquei...

Desferi um chute em Amun, o que o fez voar de encontro a uma árvore próxima. O vampiro que antes segurava Benjamin, partiu para cima de mim com um soco. Fui mais rápido, vendo por antecipação em sua mente seu ataque e desviei, para só empurrá-lo de encontro ao chão e parti um dos seus braços ao meio.

Ele uivou de dor, segurando o pedaço que restara de seu braço. Benjamin já se recuperava então em um salto começou a dar partido de Amun, que agora revidava com mais agilidade. O grisalho se levantou outra vez, com os dentes amostra e os olhos em um tom de vermelho cintilante.

Notoriamente, era um recém-criado e muito bem adestrado. Amun estava mesmo decidido levar Benjamin. Mas, eu não iria deixar.

Em um momento de fúria, arranquei a cabeça do vampiro, jogando-a para longe o bastante para que ela não voltasse ao tronco novamente, que estava desfalecido aos meus pés, dando-me tempo. Fui em direção a Amum, que se encontrava nas mãos de Benjamin, mas um descuido nosso ele se livrou e afastou-se a tempo.

- Como mundo dar voltas, não? – disse debochado. – Você aqui Edward? O que foi, se arrependeu de ter transformado sua frágil humana?

- Cala a boca! – rosnei para ele, contendo-me em não avançar em seu pescoço. – Você não sabe de nada.

- Ah não sei? – espremeu os olhos em uma fenda, rindo diabolicamente. – Convenhamos, nesse nosso mundo as noticias se espalham rápido, meu caro! O povo aumenta, mas não inventa.

Não contive o rosnado que crescia em meu peito com o seu desdenho. Não gostava do rumo que suas palavras tomavam. Dei um passo à frente, mas Benjamin me segurou pelo braço.

- Amun, vá embora enquanto tem chances. – disse já calmo, mas ainda podia aperceber a fúria em sua mente. – Será que não vê que essa sua perseguição obsessiva acabou? Aliás, sua companheira deveras estar muito preocupada.

- Claro, claro. – afirmou, ainda continuava em seu lugar, imóvel. Ele não iria tão fácil assim. Para ele ainda não acabou, só estava começando. Isso era preocupante. – Só não pense que deixarei a deriva o que você me deve, Benjamin.

- Não lhe devo nada. – trincou os dentes.

- Não esqueças de que salvei sua vida, garoto. – focou em um murmuro sombrio. – Te dei uma família e se não fosse por mim, os Volturi estariam te fazendo de escravo. – deu as costas e por cima do ombro continuou. – Não se esqueças do quanto me sacrifiquei! Voltarei para pegar minha recompensa por todos esses anos... Ah, vem com juros. – riu consigo e foi-se floresta adentro.

Ficamos ainda imóveis, focados no ponto exato que Amun desaparecerá no bosque, esperando qualquer tipo de ataque. Mas nada veio, somente o arrastar de algo. Viramos para encontrar o tronco do recém-criado se arrastar de encontro a sua cabeça, com alguma dificuldade.

Torci o nariz e logo, com ajuda de Benjamin, o desmontei por completo e junto com cabeça, joguei-os em uma fogueira improvisada. Depois disso, não percebi que Benjamin já distanciava cabisbaixo, pelo lado oposto da casa. Segurei seu braço antes que avançasse mais.

- Aonde vai? – perguntei com as sobrancelhas unidas. Em um solavanco ele se soltou de mim, emburrado.

- Para um lugar longe de todos. – murmurou desviando o olhar do meu, sua face retorcida em remorso. – Você não vai querer um amuleto de problemas ao seu lado! – não entendi muito que ele quis dizer, mas logo completou em pensamento. Não quero prejudicá-lo com os meus problemas! Pensou amargurado. Senti-me mal por isso, não queria que ele fosse pensando que é um encosto. Aliás, ele tem sido um bom amigo desde o inicio e havia quase se tornado um irmão.

- Então, terá que me levar junto... Se não, vou pendurado em suas costas. – disse forçando um meio-sorriso, em uma tentativa frustrada de fazê-lo ri. Benjamin não o fez, ele apenas levantou o rosto sombrio e me encarou como se eu tivesse dito a coisa mais idiota que ele já ouvira.

- Isso é sério, Edward. – trincou os dentes. – Eu não me importo se quiser vir comigo, sinceramente, não me importo. Mas... – apertou os lábios e soltou. – Eu não quero ser responsável pela morte de ninguém ou pelos problemas que sei que virão. Não quero vim ter que ficar as suas custas, enquanto...

- Você não está nas minhas custas, Benjamin! – o cortei antes de tudo. – Tudo que eu fiz por você é nada mais e nada menos que um agradecimento por tudo que fez por mim e por... Minha família... – tive que forçar minha voz a não sair quebrada. – Você nos ajudou muito com os Volturi e quero que saiba também que tê-lo aqui me faz bem.

- Desencana, Edward! Eu não quero ser o menininho amedrontado que o pai tem que ir a escola, porque apanhou dos valentões. – afundou suas mãos no bolso, fitando seus pés. – Não quero ter que te fazer de escolta... Sei me cuidar!

- Quem foi que disse isso? – sobressaltei um pouco espantado com seu tom sarcástico. – Eu não sou segurança de ninguém, nem de você! Sei que pode se cuidar sozinho, mas todo mundo precisa de ajuda.

 - Eu não! – disse em um sussurro. – Às vezes nossos problemas têm que ser resolvidos por nós mesmos.

- Se bem que precisamos de um incentivo sempre. – insisti e ele bufou percebendo que minha insistência demoraria até eu desistir dele.

- Edward, você não entende! Eu quero superar isso sozinho. – grunhiu levando as mãos para sua cabeça. – Eu quero ter que viver minha existência sem a ajuda de alguém, como sempre não fiz. Sempre me apoiei em algo e isso me tornou fraco, agora tenho que ter que enfrentar isso como um homem que sou e não um... Nada que fui.

- Certo. – concordei sorrindo de lado. – Está certíssimo. Mas lembra-se que um herói sempre tem um parceiro a quem confiar, certo? Como o Batman e o Robbie. – dei um soco de leve nele.

- Você é um otário! – riu um pouco, logo depois seu sorriso morreu e ele engoliu em seco. – Mas, você viu o que Amun disse, eu o conheço bem. Ele não descansará até que tenha o que quer. – deu de ombros. – você viu na mente dele, não? Amun é um ser que não desisti fácil.

- Eu sei. – arqueei a sobrancelha em condolência. – Só que você quer mesmo isso? Ele só vai conseguir o que quer, se você der o braço a torcer. – o cutuquei e ele estreitou os olhos em minha direção, bufando em seguida.

- Você não vai me deixar em paz, não é mesmo? – sabia que ele já havia desistido com isso. Sorri vitorioso.

- Não. – balancei a cabeça rindo. – Então, vai vim comigo ou quer passar a noite correndo pelo mato?

- Está bem. – rimos e voltamos para a casa, que parecia uma zona de guerra. Ele me pediu desculpas e logo estávamos colocando-a nas ordens. Como bem ele disso, somos um amuleto de problemas!

5 dias depois...

Estava bem nublado em Oia, as nuvens pesadas impediam que os raios do sol chegassem até o pequeno vilarejo. Isso era um bom presságio. Uma boa oportunidade de sair em público, até porque ninguém agüenta ficar tanto tempo preso, nem um vampiro.

Dito isso, eu e Benjamin decidimos ir a feira livre da cidade, ali por perto. Estávamos andando pelas barracas e tendas de artesanatos, a maioria das vezes parávamos, porque Benjamin parecia querer ficar com todas da feira. Ele já estava um pouco recuperado depois do incidente com Amun.

Ele parecia se recuperar de novo aquele seu bom humor irritante e isso era bom, pelo menos não ficaria preocupado por causa de sua depressão eminente. Amun nunca mais deu as caras, mas eu percebia seus pensamentos ferverem nas redondezas da cidade, mas nunca que se aproximavam. E isso nos preocupava, nunca sabemos quando vai atacar, sempre indeciso.

Estávamos perto do cais de Oia, Benjamin dava em cima de uma turista ali ao nosso lado e eu atento a mente de Amun, quando tudo foi pro espaço. Os pensamentos de todos sumiram e fiquei a deriva, atordoado. Já estava até acostumado com aquilo, que nem pareceu me assustar, só fez com que a raiva se aflorasse em mim.

- Bom dia, Edward. – uma voz que me irritava ainda mais, se fez perto de mim. Respirei fundo várias vezes, contendo um rosnado. Essa garota não, de novo não! Mas, algo me intrigava, porque sempre que ela está por perto, sempre meus pensamentos somem e essa sensação se aflora em mim?

- O que é, Greta? – perguntei com cara de poucos amigos, virando de frente a ela. Greta sorriu sarcástica.

- Olá pra você também! – revirou os olhos. – Então, resolveu sair da toca, anti-social!

- Ah sim! – disse imitando seu tom de voz. – E você? Resolveu sair de seu castelo mal-assombrado onde o inferno habita? – sorriu amargo com a sua carranca.

- Você é um...

- Não vai me apresentar essa linda dama, Edward? – perguntou Benjamin ao nosso lado, sorrindo para Greta. Ela corou, mas permaneceu em sua pose irônica.

- Sou Greta Agnes, e você? – perguntou sorrindo encantadoramente para Benjamin. Pude vislumbrar um brilho no olhar dele, logo que depois pegou sua mão estendida e a beijou.

- Sou Benjamin. – ele disse e ela riu um pouco envergonhada. Estou segurando vela, percebo! Pensou comigo mesmo. – Então, me digam, o que conversavam?

- Falávamos do quanto Edward é educado. – ela me lançou um olhar divertido, rindo com Benjamin. – Ele sabe mesmo como interagir com as pessoas. – Benjamin me olhou de soslaio, ele havia ouvido boa parte da conversa e sabia de tudo, sorriu com minha cara.

- Claro.

- Bom, se nos dá licença Greta, temos mais o que fazer. – me dirigi a ela, sem olhá-la. Puxei Benjamin dali, só pra constar que ele não se envolva com aquela ali. Tudo que eu menos quero é essa garota freqüentando nossa casa. Já não basta ela me perseguindo.

- Até mais, Greta! – Benjamin gritou pra ela, que acenou.

- Até.

Saímos dali o quanto antes, e logo que tomei uma distância considerável dela, meus poderes voltaram como cometas. Como isso é possível?

***

Amun corria o perímetro do pequeno vilarejo. Ele não se conformava com aquela barbaridade, aquele insolente não podia se atrever a confrontá-lo, não depois de tudo que ele fez a ele. E saber que tudo por causa daquela vampira traidora de uma figa da companheira de Benjamin. Que ela arda no fogo do inferno!

Agora ele estava com aquele outro vampiro do clã vegetariano, o Edward. Idiotas, como ousam fazer isso com ele? Depois que salvou a pele de ambos dos Volturi? Se não fosse o testemunho dele, nenhum deles estaria vagando pelo mundo. Resolveu segui-los e os encontrou no cais, perto de uma feira livre.

Havia uma garota com eles, sorriam como se conhecessem há anos. Nunca que conseguiria capturar Benjamin com Edward ao seu lado. Teria que elaborar um plano rápido, primeiro destruir Edward, depois Benjamin. Ambos se despediram da garota, o qual o nome era Greta e se foram, ela ficou lá suspirando para o nada. Parecia bem encantada com eles, tudo que Amun precisava estava ali a sua frente. Ela seria uma boa isca.

Não bastaria meia hora para que atraí-la. Assim teria seu plano em ação! Greta seria sua arma secreta.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Sei que pode parecer um pouco "cru" mas culpe-me e culpe a pressa pra postar! Mereço pelo menos três reviews?
Beijos!