- Gaara? – perguntei, perplexa.

 Deveria ser miragem ou algo do tipo, ele estava sentado ao lado de um homem que aparentava ter uns 48 anos mais ou menos, parecido com o Gaara, os mesmos traços, tinha olhos iguaizinhos aos dele, cabelo castanho meio-termo, e parecia ser alto, mas não dava para ver direito, pois estava sentado.

 A pergunta que eu fiz foi em baixo tom de voz, ninguém no recinto a ouviu, apenas eu.

 Logo eles notaram minha presença, pude ver o grande susto de Gaara ao perceber que era eu, provavelmente ele também não sabia.

-Ino, venha cá – chamou meu pai. Os três se levantaram.

 Anw, meu amor estava tão lindo de calça jeans preta, um All Star vermelho, uma blusa azul escura e com o cabelo meio bagunçado, e pelo o que sei, ele deve ter brigado com o coroa dele pra ele poder vir aqui assim, e tenho certeza de que seu pai tentou convencê-lo de usar um smoking, ou algo do tipo, mas não obteve sucesso.

 Meu pai virou para falar algo com o homem, e eu fiz sinal para o Gaara para que ficasse quieto, deixa que esse assunto conversaremos em outra ocasião.

-Então Sr. Sabaku, esta é minha filha, Ino – disse meu pai.

-Oi – sorri.

-Ela é muito bonita – disse o Sr. Sabaku (futuro sogro).

 Vi que Gaara olhou-o como se fosse fuzilá-lo, anw tenho culpa? –qq.

 Sorri novamente.

 Sentamos ao sofá e conversamos por algum tempo até que o meu amado pai (até este momento) teve a grande ideia de fazer este pequeno comentário:

-Então, Gaara está estudando aonde? Ino estuda em um colégio muito bom, porém é meio longe – disse.

-Pai, Gaara estuda comigo – disse eu, meio baixo.

- Sério? Nossa não sabia – disse meu pai, me olhando.

 Quando o senhor Sabaku iria dizer algo, Maria adentrou na sala anunciando que o jantar seria servido.

 Ah Maria, que belezinha você é *-*.

O jantar foi servido e nossos pais ficaram conversando sobre negócios, o prato estava uma belezinha, mas eu não senti fome /mentira. Eu senti sim, comi duas garfadas daquele prato e disse já estar satisfeita, meu pai perguntou o porquê de eu não estar comendo, disse a ele que eu já havia comido um sanduba antes /mentira.

 Os dois ficaram na sala e eu disse a meu pai que iria conversar com Gaara para deixa-los a sós.

 Roubei meu gato até o meu quarto.

- Você não comeu nada – disse ele, me segurando pela cintura.

- Eu comi antes com a Sakura – disse eu, forçando um sorriso e olhando para baixo.

 Ele me agarrou e me beijou mais ferozmente, ele foi vagarosamente indo em direção a minha cama, e eu percebi suas reais intenções, ele levemente pôs-se sobre mim e começou a subir minha blusa.

- Gaara, eu n-não estou pronta, ainda n-não – disse eu corada, afastando-o.

- Ok, não tem problema, isto irá acontecer quando você estiver pronta – disse ele e piscou pra mim. GAATO *-*.

 Ele me beijou e ficamos bastante tempo assim, abraçados. Tivemos de voltar pra sala antes que eles fossem atrás de nós.

 Acho que vocês devem estar se perguntando o porquê de eu não o apresentar pro meu pai, mas acho que isso poderia atrapalhar o negócio dos dois.

 Gaara foi embora com seu pai, os dois não disseram nada entre eles, era um clima tão tenso. Sinto que Gaara tem problemas com ele.

_ _ _ X _

Era madrugada, ouço o celular tocar , olhei no visor e era a Sakura.

Linha on.

- Oi testuda – disse eu.

- Porquinha –“ – ela respirou fundo.

- Hunm, porque você me ligou essa hora? Agora são três e quinze da madrugada – disse eu com voz de sono.

- Você pode me fazer um favor? Eu to sem computador aqui, preciso saber onde estou, acabei me perdendo – disse ela, seu tom de voz era de quem já havia chorado.

- Sakura? Aconteceu alguma coisa? Pode falar o nome da rua que eu procuro aqui pra você – disse eu me levantando da cama e indo para o pc de mesa, que se encontrava ligado.

 Ela disse-me o nome da rua.

 - É muito longe da sua casa Sakura, e nessa hora não tem nenhum ônibus por ai- disse, e ouvi-la suspirar do outro lado da linha – Sakura, espera aí um pouquinho que eu estou indo pra aí – disse eu, tirando meu pijama e colocando uma roupa.

- Não – ela berrou – não precisa vir, eu dou meu jeito de voltar.

- Que isso, fica quieta e espera aí, senão eu ligo pro Sasuke e digo que você ficou babando por ele – disse eu, rindo. Já estava completamente vestida, passei a mão pelo meu cabelo, ele estava solto e ia até mais da metade de minhas costas.

 - Eu nem fiquei babando por ele – disse ela com a voz diferente.

 - Ok então, espera aí um segundo, não sai daí que eu já estou chegando 0 disse e desliguei, nem dei tempo para ela responder.

 Pedi um Taxi e sai, meu pai não liga que eu saia a noite, acho que ele nem ouviu o taxi chegar :X

 Em vinte minutos cheguei onde ela estava, não era perto da minha casa, mas a avenida estava muito pouco movimentada então chegamos rápido.

 A rua era muito escura e iluminada somente por um poste de luz, o qual a deixava piscando e fracamente funcionando.

 Pedi ao motorista que esperasse um pouco, encontrei Sakura sentada em um banco que tinha ali, era bem difícil vê-la de longe, pois estava muito escuro. Seu rosto estava vermelho e ela estava um pouco machucada.

- Sakura você esta bem? – perguntei, preocupada com ela.

 Ela se levantou e me abraçou, ela chorou muito. Quando ela se soltou, perguntei o que havia acontecido.

- Muitos problemas – disse ela olhando para baixo.

- Quer que eu vá até sua casa com você? – perguntei.

 Ela olhou para baixo.

- Eu não posso voltar para casa – disse ela.

- Então você vem comigo – disse eu, puxando-a pelo braço. Não perguntei a ela o porquê dela não poder voltar para casa, mas previ que não seria nada agradável perguntar.

 Entramos no taxi e meia hora depois chegamos em casa. Subi para meu quarto com ela, ela olhava tudo.

Peguei um colchão e arrumei-o.

-Sa, ta tudo bem mesmo? – perguntei preocupada a fitando, ela estava sentada na beirada da minha cama.

-Tá sim- disse ela forçando um sorriso.

 O rosto dela estava um pouco machucado, seus braços também.

-Você quer ir pro banho? Tem milhões de pijamas aqui que servem – disse eu.

 Ai estava me cortando o coração ela estar toda machucada e não poder ir para a casa.

 Ela tomou um banho depois dormiu, eu peguei no sono também.

_ _ _X_

 MERDA DE DESPERTADOR, PORQUE VOCÊ EXISTE, eh esqueci que fui eu quem programou você /fail.

 A Testuda também acordou, agora com o dia claro dava pra ver que o rosto dela tinha alguns grandes arranhões, roxos e alguns pontos avermelhados.

- Hoje é que dia? – disse ela enfiando a cara no travesseiro.

- Terça ou quarta, nem lembro – disse eu rindo.

 Levantei, ela também fez isto, e começou a arrumar o colchão.

- Nem precisa arrumar não, daqui a pouco a empregada arruma.

- Claro que não, onde já se viu cama é dever nosso arrumar e não dos outros – disse ela.

 Bronca logo de manhã não é uma coisa boa.

 Tomei um banho e me vesti.

- SAKURA, você não vai assim pro colégio não, hn – olhei o look dela, caramba.

 Esta era a roupa que ela tinha na bolsa na qual ela carregava, onde haviam seus materiais de colégio e esta peça de roupa.

- Quer que eu vista o que então? – disse ela me olhando com uma cara fuziladora.

-Hn, me deixa ver aqui – disse, abrindo meu closet.

 Nem preciso descrever a carinha da Sakura ao eu abri-lo.

-ACHEI! – gritei.

Estava calor, e venhamos, todo lugar é importante, então para todo lugar se deve usar o tipo certo de roupa, haha.

(roupa da Testuda)

 Descemos para tomar café, eu mostrei a ela onde ficava a cozinha, e disse-a que iria ver um negócio lá fora, que eu não estava com fome e não queria comer.

 Meu pai desceu e perguntou quem era ela, eu disse ser minha amiga e os dois conversaram um pouco, se deram bem –q. Antes de ir para escola, fui até o escritório dele e expliquei uma boa parte da história, ele ficou comovido e deixou-a sem problemas ficar aqui *-*.

 O motorista já havia chego e estava esperando-nos para nos levar.

 Mais quarenta minutos até o colégio /lê-se: inferno.

 Pedi a ele que parasse uma quadra antes porque a rua do colégio estava cheia demais, e porque eu precisava falar com a Sa *-*.

 Nós descemos do carro e fomos rumo ao colégio, estávamos conversando muito alegremente –qq. /lalala.

 Voltando, estávamos conversando quando alguém por trás puxa Sakura com muita força pelo o braço e faz-a fita-lo.

 -VOCÊ! – ela gritou.