Andando pelo corredor, com Sasuke ao meu lado, nem preciso dizer que o Gaara está vindo atrás, oh ciúme, Kami-sama!

 Estávamos dirigindo-nos a quadra. Ali era mais calmo e o que eu precisava estava ali.

 O portão da quadra estava fechado, abri-o e pedi ao Sasuke que esperasse ali.

 Caminhei até o lado esquerdo da quadra, onde se encontrava uma porta trancada. Abri-a, pois eu era a única das lideres de torcida que tinha a chave. Entrei e comecei a procurar uma pasta vermelha com alguns papeis dentro. Eram os horários e as chaves (é tipo quem joga contra quem todo o campeonato, até as finais, é a “chave” ou a tabela, como preferirem) dos jogos.

 - Kuso! – resmunguei baixo – Onde está essa coisa – disse, olhando na estante.

 Até que enfim achei a pasta, quando viro encontro Sasuke encostado na porta.

 - Vai demorar muito ainda? – perguntou ele, dando um sorriso de canto.

 - Não não, eu já achei – disse, sorrindo.

Aproximei-me dele para lhe entregar os papeis, mas não deu tempo, em um segundo vejo Sasuke levando um soco, depois massageando o rosto e o garoto qual lhe dera um soco estava com raiva, PERAI, ERA O GAARA.

 - O QUE VOCÊ ACHA QUE ESTÁ FAZENDO? – perguntei indignada e não entendendo nada, fui ao encontro do Sasuke para ver se ele estava bem – Ta bem? – perguntei encarando-o.

 - Sim, mas o que esse idiota acha que esta fazendo? – disse ele encarando o Gaara.

 Encarei-o, esperando uma resposta.

 - O que esse idiota está fazendo com você, aqui, sozinho, dentro dessa sala? – HÁA, EU DISSE, CIÚMES, CIÚMES, CIÚMES. HÁ!

 Eu sorri não me segurei, haha.

 - Droga, você tá rindo? – disse Gaara não entendendo nada.

 - To – respirei e parei de rir – você entendeu tudo errado, bocó. Sasuke é novo na escola e a diretora pediu-me que mostrasse o colégio a ele, como ele era do time de basquete do outro colégio dele, ele vai entrar no time de basquete do nosso colégio. Eu fui pegar os horários pra ele, e ele foi me perguntar se eu já tinha achado. Só – disse sorrindo, virei agora para Sasuke e vi seu olho, não estava roxo, mas deve ter doído.

 Pergunto-me porque ele não revidou, mas eu acho que ele não tinha motivo pra revidar mesmo.

 Fui tirada de meus devaneios pela Sakura, que entrou falando, ela é assim mesmo, já acostumei.

 - INO, FEZ UMA FESTA E NÃO ME CHAMOU? – ela iria continuar a frase, mas parou estática, olhando o garoto dos obres pretos.

Haha, se ela visse a cara de bunda que ficou ela se assustaria. Vi que o clima ali não ficaria muito agradável então resolvi ajuda-la.

 - Ei, testuda – disse eu a chamando, e a vi voltar a si e ficar completamente vermelha, balançou a cabeça e me encarou, esperando que eu continuasse a falar – é, shopping?

Shopping não é o lugar preferido dela, também não está na lista dos “vinte lugares que vou de vez em quando “, eu sei que ela odeia ir a Shoppings, e que seu lugar preferido é bibliotecas, mas venhamos, umas comprinhas fazem bem a qualquer ser existente na terra.

- Eer, vamos – é ela disse isso pra sair daquele clima que ficou no ar. Com certeza Sasuke-kun percebeu o olhar nada discreto da rosada.

- Querem ir? – perguntei, os olhando.

- Não, tenho que entregar ainda hoje na diretoria alguns documentos e ir para uns lugares com meu pai – disse Sasuke.

- Shopping? Eu? HAHHAHAHAHHA – Gaara, sínico. Agora me digam, porque garotos odeiam tanto Shoppings? Muito tenso.

- Bem, eu tenho que ir, bom shopping pra vocês- disse Sasuke, e saiu.

Vi Sakura suspirar novamente, mas seu “ momento de apreciar aquele pedaço “ foi literalmente interrompido por seu celular.

 “ [ começa a tocar Toxic ( versão Glee u_ú )] “

- Droga, aonde está você – disse ela revirando a bolsa – achei !

Linha on.

Sakura: Alô.

Pessoa: Olá Sakurinha, como estás querida?

Sakura: Você denovo? Já não tinha te mandando nunca mais me procurar?

Pessoa: O que é isso, calminha querida, eu estava com saudades de você.

Sakura: Eu já não havia lhe mandado morrer?

 - Sakura se afasta um pouco dos dois presentes para poder falar melhor ao telefone –

Pessoa: Este seu mau-humor irá passar, me aguarde.

Sakura: Queime no mármore do inferno logo, coisa ruim.

Pessoa: Toda esta grosseria terá volta, não se preocupe meu bem, eu vou cuidar bem de você (?).

 E o Telefone desligou.

Linha off.

 Sakura voltou para o meu lado e o de Gaara, meio pálida.

- Quem era? – perguntei, curiosidade não mata não, faz bem para a pele!

- Ninguém – vi-a virar o rosto – Mas e aí, vamos? – perguntou ela.

- Sim, senão nós não iremos aproveitar nada – o meu micro comentário vai agora: Ainda são duas e meia da tarde, temos até de noite para fazermos compras, mas tempo nunca é suficiente, aprendam!

Vi duas gotas formarem na cabeça do meu palito de fosforo ambulante *-*

Dei um beijo BEM demorado no meu namorado e o deixei.

Sakura e eu dirigimo-nos até o ponto de ônibus. NÃO, JÁ MANDEI PARAR COM ISSO, É SÉRIO, ÔNIBUS DENOVO NÃO, POR FAVOR, NÃO.

- Sakurinha – chamei-a, e literalmente puxei-a com tudo pelo braço – vamos chamar um taxi – disse, momento sorriso Colgate (musiquinha macabra de fundo “ X” ).

- Porque não ônibus Ino? – disse ela me olhando com cara de interrogação (?).

 - FlashBack on.

 Quando passa um carro em alta velocidade e joga toda a lama da poça da rua em mim.

-AAAAARGH! – disse eu, quase chorando- Poxa Deus, o que eu te fiz hoje? – exclamei, olhando para o céu.

 - Quer ajuda? – perguntou um garoto, estendendo-me sua mão.

 - Quero – olhei seu rosto para ver quem era. PERAI, para tudo, é o garoto grosso senhor “FuckYeah”, agora deve estar querendo zoar com a minha cara, mais um pouco.

 Aceitei a ajuda e levantei-me, estava Completamente suja de lama, dos pés à cabeça.

 - Qual foi? Vai zoar com a minha cara? – perguntei a ele.

 - Não, vim te ajudar. Mas saiba, se eu tivesse uma câmera nesse exato momento você iria virar famosa no youtube e em todas as outras redes sociais- disse ele, sorrindo.  Só agora eu percebi o quanto ele é bonito. É alto, tem os olhos profundos, pretos. É muito forte, ruivo, e está usando xadrez.

 Parei de olhar ele e olhei para mim, minha calça estava suja de lama, porém minha blusa muito mais. Agora que ferro! Nenhum Taxi vai querer levar uma garota imunda e sujar o banco do carro.

 - Ai meu Deus, to ferrada – disse eu, exclamando com cara de choro.

- Nenhum Taxi vai querer você como passageira- disse ele, sínico.

- É eu sei – disse, com cara de tacho.

- Vai de ônibus? – perguntou ele, olhando para a rua.

- Não sei que ônibus pega pra ir até o centro, e outra, não posso chegar em casa suja de lama assim, vou ter que passar em alguma loja comprar alguma coisa. Se meu pai me vê assim, ah, to frita. – Disse eu.

 - Hunm. Se quiser eu posso ir até lá com você – disse ele, evitando me olhar.

- Tá, mas vamos passar no centro antes, quero comprar qualquer coisa pra vestir. – disse eu, sorrindo.

- Que seja. – falou ele.

 O ônibus chegou, subimos, pagamos e entramos. O único problema, talvez seja o maior, é que o ônibus, estava mais ou menos assim: a multidão de um maracanã lotado dentro de um fusca. Nós fomos sugados literalmente para dentro. Oh meu Deus, o que eu fiz pra merecer isso?!

 Meia hora depois, eu já exausta de ficar de pé, exprimida e cheirando as axilas de muitas pessoas, finalmente chegou nosso ponto. Fomos literalmente empurrados para fora.

 - Uau, essa é uma experiência da qual nunca mais quero viver. – disse eu, olhando o ônibus se distanciar.

- Flashback off.

Lembrei de tudo aquilo, e era óbvio que eu não iria contar a ela uma coisa do tipo, imagine só, eu, Ino Yamanaka, pegando ônibus toda suja de lama. Imagine se todo mundo souber? Ah, melhor nem imaginar –qq.

 -Er, por nada não - disse e peguei meu celular, discando para o número do Taxi, eu sei, pergunta básica que não quer calar, como eu tenho o número do Taxi no celular? Ele está na discagem rápida, haha.

O Taxi não demorou a chegar, e também a ida até o shopping foi rápida, o que não seria nada rápido eram as compras, eu tinha um jantar para ir esta noite e precisaria usar algo bonito, coisa que no meu guarda-roupa anda faltando. Estava pensando em comprar algum vestido roxo, porque não é nada de outro mundo, meu pai apenas irá levar um sócio para jantar lá em casa, e eu não sei seu nome, mas não tem problema, esses jantares de negócios, já estou acostumada, se resume assim: Eles chegam, nós fazemos sala até o jantar chegar, eles ficam conversando coisas de que eu não faço a mínima noção, o jantar chega, nós jantamos, eles bebem um pouco e eu fico no canto, na mesa, mexendo no Ipod. Alguns até chegam e me dizem “Nossa, como você cresceu, quando eu te vi você era deste tamanho” , isso é comum, aí eu sorrio e espero outra pessoa mudar de assunto, fato.

 Fazia meia hora que estávamos rodando as lojas à procura de algo decente, Sakura parecia entediada, mordia o canudinho da sua Coca-Cola e olhava pacientemente para as vitrines, com o pensamento longe.

 - Olha que lindo – disse eu parando e olhando a vitrine na qual se encontrava um vestido roxo simples, porém perfeito – Gostou Sakura? – perguntei.

- É lindo – disse ela, mas passou para a vitrine do lado, na mesma loja – Olha esse azul bebe aqui – disse ela apontado para um vestido, era realmente muito bonito, mas não fazia muito meu tipo, era muito comportado –qq.

 Entramos e eu provei o vestido roxo, Kami-sama, ficou maravilhoso, modéstia parte.

- Sakura, não vai provar o azul? – perguntei a encarando.

- Acho melhor não– ela abaixou a cabeça um pouco, fitando o chão.

 Entendi, era um vestido caro, e bem, o resto da história vocês entenderam.

 Chamei a vendedora.

- Moça, traga-me aquele vestido azul bebe ali fazendo um favor – disse a ela sorrindo.

- Ino, não! – disse ela me olhando.

- Fica quieta e prova logo – disse eu estendendo-a o vestido.

 Ela provou, nossa, ficou lindo demais mesmo.

 Paguei os dois, mesmo com a testuda me enchendo para que não levasse o vestido azul. Vê se pode! Aprendam: Presente não se recusa, principalmente quando é lindo e caro.

 Passeamos mais um pouco no shopping, ela tomou dois sundaes e ficou me torrando a paciência para que comesse algo – eu estava com fome, mas a vontade de ficar bonita para o próximo jogo do campeonato era maior, e venceu, então é greve de fome total – e eu não aceitei é claro, senão que dieta maluca seria essa?

 Dirigimo-nos até minha casa. Convidei-a para entrar, mas ela não quis, disse que teria que encontrar sua mãe em meia hora, agradeceu e foi embora.

 É, já está escuro, são sete de noite, as oito eles chegam, então é melhor eu começar a me arrumar.

 Tomei um banho de banheira, vesti-me com o vestido que já lhes mostrei, usei uma maquiagem nada forte e um brinco de prata muito pesado, mas eu jaja acostumo.

 Droga olhei no relógio – 20h15min – eles já haviam chegado, eu estava atrasada. Desci para sala antes que meu pai ficasse uma fera comigo por atrasar tanto.

 Olhei-os e tive que esfregar meus olhos para ver se era verdade.

- Gaara? – perguntei, perplexa.