Aprendendo com a Vida escrita por Daarksideofthesun


Capítulo 10
O Passado de Sakura.


Notas iniciais do capítulo

Aah gente, fiquei tão feliz com todos os reviews *-* Muito obrigada. Não sei se o capítulo ficou bom, mas eu tentei.
Eu chorei muito escrevendo.
Espero que gostem.
Leiam as notas finais.



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-VOCÊ! – ela gritou.

-O que você está fazendo aqui?- Sakura perguntou, seus olhos demonstravam pânico e medo.

- Você achou que poderia fugir assim de mim tão facilmente? – ele perguntou com sarcasmo.

-Você esta me machucando – disse ela, se referindo ao braço o qual ele ainda não havia soltado.

-Solta ela! – eu gritei.

-Qual foi Sakura, não sabia que andava com patricinhas metidas, mas ela até que dá um caldo – disse ele apertando meu rosto, fiquei com medo.

 O cara era totalmente do mal, ou parecia ser. Ele era bem alto, meio forte e um pouco barrigudo. Usava uma corrente de prata no pescoço e uma toca meio estilo maloqueiro, era meio moreno, um tom meio alaranjado. Seu bafo era horroroso. Eu tinha 1,70 de altura, Sakura tinha 1,68, ele deveria ter uns 1,87 mais ou menos, era alto mano.

- Você entendeu o recado muito bem não é? – disse ele, olhando feio para Sakura. – ontem eu fui muito claro, e se eu não fui acho que hoje eu poderia deixar marcas bem maiores – disse ele, a respeito das marcas que se encontravam no rosto da Testuda.

 Então foi ele que fez aquelas marcas? Mas afinal, quem é ele?

 Olhei para Sakura assustada, tentando entender. Ela não demonstrava reação, estava meio em choque e paralisada, o homem estava nervoso já por ela não falar nada.

-Sai daqui, ela não quer falar com você – gritei, ele me olhou feio, medo –n.

-Sakura, se sua amiga não sabe como se deve tratar um homem direito, você paga – disse ele, e a jogou em plena calçada, empurrou-a com tudo.

Abaixei-me rapidamente para ver se ela estava bem.

Vejo um vulto se aproximar rapidamente, Sasuke.

- O que está acontecendo aqui? – perguntou ele alterado – Sakura, tá tudo bem? – agora ele a olhou, preocupado.

- Anw, que bonitinho, o príncipe veio ver como ela esta – disse ele com sarcasmo – Então tu tá avisada não é garota? E fala pra tua mãe que qualquer dia eu passo lá pra ver se ela ainda continua gostosa – disse ele com desdém, e saiu.

 A expressão de Sakura era de espanto, ela estava branca como papel, Sasuke ajudou-me a levantá-la.

- Quem era ele?- perguntou Sasuke olhando para mim.

- Eu não sei – balancei a cabeça negativamente e olhei para Sakura.

- Droga – ela murmurou baixinho.

- Você está bem? – Sasuke perguntou a olhando intensamente nos olhos.

 - E-eu estou sim, vamos entrar – disse ela.

Sasuke foi conosco até o colégio, faltavam apenas alguns metros. Nenhum de nós pronunciou uma só palavra, ninguém – exceto a Sakura – sabia quem aquele homem misterioso era.

Era aula de Química, sentei com Sakura na bancada da janela, vi Gaara chegar atrasado e tomar uma bronca de professor. Ele me viu e mandou um beijo e foi sentar no fundo.

Sakura passou a aula inteira com a cabeça baixa fitando a mesa, outrora fitada o outro lado da janela, olhando o nada.

Bastou o sinal tocar e arrastei Sakura para atrás da quadra, ela precisava me contar o que estava acontecendo.

-Sakura, preciso que me conte o que está acontecendo, pra eu poder tentar de ajudar – disse a olhando, preocupada.

-Eu não preciso de ajuda – disse ela olhando para o chão, com a cabeça baixa.

-Mas eu quero te ajudar, você é importante pra mim – disse eu, e ela me olhou.

-Ok, mas a história é longa – ela suspirou, e começou a me contar.

_ _ _ X_

   - FlashBack on  - POV Sakura.

 Era meu aniversário, meu quarto aniversário de vida.  Mamãe estava em casa preparando o brigadeiro e vovó estava arrumando meu cabelo, estava doendo, ela apertava muito forte.

- Sakura! Pare quieta! – resmungou minha vó.

 Ela fazia tranças em meus cabelos, tranças desde a raiz. Meu cabelo sempre foi de cor exótica, rosa.

 O Telefone tocou, mamãe correu para atendê-lo.

 Sua aparência começou a ficar branca, ela resmungava coisas no telefone das quais eu não conseguia entender. Ela sentou no sofá, o qual era ao lado do telefone, e com o mesmo na mão, seus olhos começaram a ficar marejados, depois a jorrar inúmeras lágrimas enquanto perguntava algumas coisas para a pessoa da outra linha.

- Não, isto não pode ser verdade...não – ela chorava enquanto falava.

 Minha vó foi perguntar o que havia acontecido, eu estava estática no meu lugar, paralisada de medo, meus olhos estavam arregalados, tentando assimilar o que estava acontecendo.

 Mamãe e vovó foram para mais longe, para que eu não pudesse ouvir o que as mesmas diziam. As duas se abraçaram, depois vieram para a cozinha.

 Eu estava sentada na cadeira da cozinha quietinha como vovó havia pedido. Mamãe veio, agachou-se em minha frente, segurou minhas mãozinhas e com a voz mais doce do mundo, meio embriagada pelo choro, disse-me:

- Meu amor, às vezes as coisas acontecem quando menos esperamos, coisas que acontecem e nós não temos controle sobre elas. As pessoas viram estrelinhas sabia? Elas viram estrelinhas lá no céu e fecham seus olhos aqui na Terra. Elas dormem um sonho muito bonito para nunca mais acordar, e quando elas se transformam em estrelas, rezam para que nossas vidas se tornem únicas e realmente espetaculares – ela fez uma pausa para respirar – Seu pai, Sakura, ele dormiu hoje, e virou uma estrela lá no céu, e vai cuidar de você todos os dias, até quando você estiver velhinha – ela sorriu, tentando frustradamente ignorar as lágrimas que rolavam por sua face – meu amor, eu sei que você é muito pequenininha para entender, mas o papai vai cuidar de você de lá de cima, tá bom? – dito isto ela me abraçou.

 Meus olhos continuavam arregalados, em choque. Quando voltei a realidade, tendo uma reação, esta foi muito ruim.

- NÃO MAMÃE, ELE NÃO PODE – gritei, eu soluçava, meu choro era alto, soltei-me do abraço dela – mamãe o papai não “podi” dormir pra sempre, quem que vai “levar eu” pro parque? – disse, em tom baixo agora.

 Tendo eu me acalmado um pouco, mamãe levou-me até um lugar muito branco, parecia ser um hospital. Entramos em uma sala e paramos em frente a uma cama com um pano branco coberto por cima do que havia em baixo (?).

 Pouco a pouco a moça que estava ao lado da cama puxou o pano, revelando ali um corpo.

- PAI ! – gritei o mais alto que pude e corri ao seu encontro – MÃE O PAPAI TA MACHUCADO, ELE TA DORMINDO, ACORDA ELE – dizia aflita, gritando. Mamãe chorava e olhava para baixo, eu estava nervosa demais, eu sacudia seu rosto para ver se ele acordava, mas nada acontecia – PAI ACORDA – eu comecei a correr pela sala procurando algo que eu pudesse usar que fizesse barulho suficiente para que eu pudesse acordá-lo, voltei para onde ele se encontrava – PAI A MÃE FEZ BRIGADEIRO, EU SEI QUE “VOXÊ” GOSTA – eu falei atordoada, esperando uma reação dele – PAI, SE VOCÊ ACORDAR EU PROMETO QUE NUNCA MAIS BRIGO COM VOCÊ, QUE EU VOU PARAR DE BRIGAR PRA COME “VEDURA(verdura)” – eu batia em seu rosto levemente para ver se ele tinha reação – PAPAI “VOXÊ” TEM QUE ACORDAR LOGO, PRA “MI” LEVAR NO PARQUE, JUNTO COM A MAMÃE – eu já estava perdendo minhas forças – PAPAI SE VOCÊ ACORDAR EU TE PROMETO QUE EU SEREI UMA FILHA MELHOR – ele não se mexia, eu, cansada, deixei meus braços caírem da cama e voltarem para o lado do meu corpo.

 Mamãe me olhava, sem reação, sua expressão era vazia, tentando ignorar o que estava acontecendo.

 Eu voltei para perto dela, evitando qualquer tipo de contado físico. Ela não merecia nenhum tipo de conforto, ela não fez nada para acordá-lo (pelo menos era o que eu prensava naquele dia) ela não fez nada para ajudar-me.

-VOCÊ É MUITO ”MAU”, “VOXÊ” NÃO O ACORDOU! – gritei com ela, esta, por sua vez, não falou nada, ficou quieta me ouvindo – eu “estar” muito chateada com “voxê”.

_ _ _

 Eu estava no auge de meus treze anos, minha mente estava muito mais aberta, eu entendia tudo, e não precisava de explicações medíocres para saber o que havia acontecido com meu pai. Ele estava morto, e nunca poderia tê-lo em meus braços, contar-lhe meu dia, andar com ele pelo parque, segurando sua mão e vendo as folhas caírem. Meu pai sempre fora meu tudo, meu mundo, e que foi retirado de mim muito cedo, com apenas quatro anos.

 Agora eu aceitava muito bem, estava até me dando bem com minha mãe, desde a morte dele, depois de que minha raiva havia passado, eu estava extremamente ligada a ela, e ela a mim.

 Eu estava sentada no parapeito da janela, vendo o movimento na rua. Eu morava em uma casa de classe média alta, em Tóquio.

- Sakura, desça aqui – minha mãe gritou do andar debaixo.

 Desci as escadas e dirigi-me até a sala. Encontrei um homem bem alto, com uma cor morena, mas era um moreno meio alaranjado sabe? Ele era meio barrigudo.

- Sakura, quero que você o conheça, ele é o Ronald, meu namorado – disse ela, se juntando a ele.

- Oi – disse eu, e voltei para meu quarto.

 Ouvi minha mãe falando algo de eu ser apenas uma adolescente, e outras coisas do gênero.

_ _ _

 As coisas estavam ficando difíceis. Ronald foi morar aqui em casa, e ele bebe muito. Minha mãe faz todas as suas vontades e às vezes, quase sempre, ele a trata mal.

 Tivemos de nos mudar para um bairro menos privilegiado porque ele usou quase todo o dinheiro da mãe em bebidas e jogos.

 Estou com quinze anos, acabei de completar, e cada vez sinto mais saudades do meu pai. Ele era um homem bom, gentil, e Ronald, bem ele é muito mal.

 Esta noite Ronald chegou todo alterado, brigou com minha mãe e bateu nela, ele gritou muito, eu fiquei só ouvindo da porta do meu quarto.

 Resolvi tomar uma atitude, então fui até o quarto DELA, porque eu não o considero como morador desta casa, mesmo ele sendo.

- Você é um idiota – gritei na cara dele – mãe você tá bem? – perguntei, juntando-me a ela.

- Você é uma vaca, igualzinha a sua mãe – ele falava tudo embolado, estava muito bêbado, cambaleando.

 Ele foi me bater, mas minha mãe entrou no meio.

- Nela você não encosta nem um dedo – gritou ela, chorando.

_ _ _ X_

   - FlashBack off  - POV Sakura off .  Ino narrando.

- Depois disso ele saiu de casa, e ontem ele voltou de noite. Eu não tenho culpa, minha mãe o ama, eles voltaram fazia uma semana, mas ontem ele ultrapassou os limites. Chegou muito bêbado em casa, bateu em minha mãe, aí eu gritei com minha mãe “ Se ele não sair desta casa, eu saio “ Aí ele me bateu no rosto, ela me olhou, olhou para ele e saiu, ela havia escolhido o. Saí de casa com meu material de escola e o que mais coube na bolsa, ele me seguiu e eu fugi e acabei me perdendo, aí o resto da história você já sabe – disse Sakura, deixando suas lágrimas rolarem por sua face.

 Eu nunca imaginaria que ela já tivesse sofrido tanto na vida, e também perdido o pai tão cedo. Fiquei muito mal por ela, agora sim eu a entendia.

 Abracei Sakura, ela era a minha única amiga. Eu tinha Naruto como amigo, mas com ele eu não me abria assim, eu não era tão ligada a ele como a Sakura, eu confio nela.

- Eu vou estar aqui para o que você precisar – disse e sorri, ela soltou do abraço e enxugou as lágrimas.

 Nossa conversa foi interrompida por Sasuke, que chegou onde nós estávamos.

- Sakura, posso falar com você? – disse ele, com um tom preocupado.


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Notas finais do capítulo

O que Sasuke queria falar com ela ? Acontecera algo ? Só no próximo capítulo.
Anw gente, depois do ultimo suspense perfeito do ultimo capítulo não tinha como eu fazer algo melhor, mas aguardem que no próximo capítulo terá muitas emoções.
Esperam que tenham gostado.
ANW UMA RECOMENDAÇÃOZINHA ? PLEASE *-*
Gente, muito obrigada mesmo, amo vocês.
Deixem Reviews *-*