Beyond The Moon escrita por Nicoly


Capítulo 5
O Invasor.


Notas iniciais do capítulo

Postei o mais rápido que pude.
Quero dedicar esse capítulo a Nessie_Cullen por ter me ajudado.
Boa leitura!



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           Vejo vultos ao meu redor, não consigo entender o que eles estão falando, querem dizer algo, o que será?

            Abro os olhos e percebo que aquilo tudo não passava de um pesadelo. Eu estava completamente exausta, não me lembrava de nada do que tinha acontecido ontem de noite.

            Virei-me para ver que horas era:

            - Rebimboca das parafusetas! O que você está fazendo aqui Balthazar? - O malandro estava no meu dormitório. Que safado.

            - Eu que deveria te perguntar, não é? – Falou uma menina que estava ao seu lado. Seu cabelo era da cor vermelha, simplesmente eu não conhecia o ser. E se fosse a namorada dele? Eu matava.

            - Desculpe pela grosseria, essa é minha irmã. – Ele apresentava.

            - Prazer, Rebecca. – Sentei-me na cama. Pelo menos ela não era namorada dele. – Então quer disser que eu dormi em um dormitório de uma pessoa que eu certamente não conheço? – Acho que um E.T me transportou enquanto dormia, só pode.

            - Essa pessoa tem nome. Chamo-me Charity Grindelwalt, pode me chamar só de Chary.

            - Agora que vocês já se conheceram, vou levar a Srta. Oliviens para Riverton. – Balth afirmava.

            - Para tudo. – Precisava entender o que estava acontecendo. - Primeiro de tudo você vai me explicar como eu vim parar aqui, o que aconteceu ontem de noite, que eu não me lembro de porcaria nenhuma. Segundo o que agente vai fazer em Riverton, e onde é isso?  Terceiro por que eu estou com essa roupa?

            - Primeiro: ontem você ficou bêbada, falando besteira, parecia uma perereca tonta, se isso é possível. – Ele ta me chamando de perereca tonta? Perereca tonta é a sua mãe meu filho. – Segundo: pode ir se acalmando que não fui eu que troquei sua roupa, a minha irmã botou uma roupa dela, pois a sua estava encharcada, e eu não vi nada ta? – Bom mesmo. Rezo para que a Charity não seja lésbica. – Terceiro: Quase todo final de semana nós vamos a Riverton, estou te convidando para ir comigo, quer? É aqui pertinho.

            O que? Eu estava completamente pasma depois de tudo isso que ele me contou. Nunca tinha ficado bêbada e a minha primeira vez foi na escola. Ai meu santo da cachaça. Não me lembro de simplesmente nada. Será que eu falei alguma besteira?

            - Cadê minhas roupas? – Coitado, eu deixei Balth de lado. Mais eu não estava a fim de sair, preferia ficar dormindo.

            - Já mandei lavarem. – Falou à menina que parecia mais nova que seu irmão. Tinha uma carinha meiga, ai que fofinha, cute, cute, cute...

            - Ta você que ir comigo ou não? – Ele estava insistindo. Não tinha como rejeitar um gostosão daqueles.

            - Ok, eu vou. – Me levantei. – Falei algo errado ontem? – Mordi o lábio inferior preocupada com a resposta.

            - Acho que você conhece os bêbados. – Riu.

            - Meu pai. Desculpe se aconteceu alguma coisa errada. Não era minha intenção, podre crê.

            - Sei...

            - Mais primeiro me explica tudo o que aconteceu ontem? – Perguntei tentando entender mesmo o que havia acontecido.

            - Você estava com Raquel bebendo, até que passaram um pouco dos limites. Então, você teve a horrível idéia de pular no lago, a Watson que não é nem um pouco certa resolveu ir atrás de você. – Eu fazia expressões estranhas, como se não estivesse acreditando no que ele falara.

            - E daí... ? – Zelei para que só fosse isso mesmo. Eu já era uma louca, imagina bêbada? Não, não imagine.

            - E daí que vocês cantaram, nadaram, dançaram grotescamente. – Riu.

            - E por que eu dormi aqui e não no meu dormitório?

            - Por que você e a sua amiguinha dormiram lá na festa. – Eu estava totalmente incrédula. – Eu e Lucas com nossa força de super-homem, pegamos vocês e trouxemos para cá. – Certo, Balthazar não se achava nem um pouco.

            Observei ao redor á procura de Raquel. Ela não estava em nenhuma parte. Logo perguntei para Balthazar:

            - E cadê minha amiga?

            - Já foi se arrumar para ir á Riverton.

            - Hum... Então irei me arrumar.

        Saí do quarto de pijama, bom, eu acho que era um pijama, parecia mais uma calcinha e um top. Aquilo era realmente muito curto, e eu estava com ele na frente do maravilhoso do Grindelwalt! Tudo bem andar pelo corredor com aquilo, era a torre das garotas mesmo, mais na frente daquele gatinho? Não é possível, minha perna sensual e branca, OMG.

           Eu estava frustrada por Charity ter trocado de roupa em mim. Nem conheço a guria. É muito estranho. E se a menina fosse lésbica? Ok, vou parar de pensar nessa idéia horrorosa.

            Abri a porta do meu quarto com esperanças de que Patrícia não estivesse ali, assim eu poderia dar uma espiada em seu diário. Primeiro eu iria ver a roupa que iria para Riverton, depois tomaria meu banho e, enfim, iria descobrir o mistério de Duerre.

           Fui procurar alguma roupa para vestir. Abri o roupeiro, só tinha calça jeans, moletons, blusas de manga curta. Minhas roupas eram muito simples, precisava renovar. Foi então que me lembrei que estou presa nesse colégio até o fim de minha vida e vou ter que usar essas roupas até eu morrer.   

            Resolvi pegar uma roupa básica, a de sempre: um all star branco, uma regata branca, um moletom azul, pois estava friozinho e uma calça jeans.  Era meu estilo de roupa predileto.     

            Botei tudo em cima da cama, peguei meu roupão e fui para o banheiro.

            Tranquei a porta e entrei na ducha. Estava frio, bom, deveria ter deixado a janela aberta. Continue mesmo assim meu glorioso banho.

          Já tinha se passado alguns minutos quando ouvi o barulho da torneira da pia aberta.

            - Patrícia? – Perguntei assustada. Quem era o pervertido que tinha entrado pela janela, pois eu tranquei a porta e não tinha nenhum buraco a mais ali sem ser a janela. Só se saiu da patente ou do ralo da pia. E se fosse Duerre, minha futura descoberta não iria ser descoberta.

            Já que ninguém respondeu, desliguei o chuveiro me enrolei na toalha e abri lentamente o boxe.

            - AH, seu idiota. O que você está fazendo aqui? – Peguei o desentupidor de vaso e ameacei-o. Ok, eu fui idiota, mais quem era aquele pervertido, tarado, retardado e demente?

            - Se acalme amorzinho. Abaixe essa arma. – Ele olhou-me da cabeça aos pés.

            - Você pensa que é quem? Vaza daqui. – Aquilo estava completamente tenso. Ele tinha cara de psicopata e eu estava quase nua com aquela toalha em volta de meu corpo.

 Eu não poderia sair correndo pela porta, por que aquele desconhecido estava ali fechando minha passagem e certamente eu não poderia pular a janela, chegaria lá embaixo pelada, não seria nada legal.

            - Ah, desculpe, esqueci de me apresentar, mil perdões. Sou Erich Butler. – O ser foi chegando mais perto de mim e estendendo a mão.

            - Olha só meu querido, eu estava tomando banho e você chega assim do nada? O que você quer comigo? – Foi chegando mais perto.

            - Que menininha calma você é. As outras ficavam berrando que nem galinhas perdidas. – Pelo menos eu não era uma galinha.

            Isso me deu uma idéia brilhante. Berrei o mais alto impossível que consegui. Até meus tímpanos estouraram.

            - Florzinha, desculpe mais ninguém irá te escutar. Essas paredes não deixam. – Fez um sorriso malicioso chegando ainda mais perto.

            - Florzinha é a sua avó seu loiro azedo. – Peguei a minha ‘’ arma desentupidora de privada’’ e com toda minha força bati naquelas bolas, que agora, eram duas azeitonas roxas.

            O cara vociferou um bocado de palavrões enquanto abaixava o tronco. Resolvi sair correndo e trancar a porta, deixando-o preso. Graças ao meu santo a toalha foi firme e não caiu.

            De repente aparece um turbilhão de coisas na minha cabeça: Erich aparecendo misteriosamente pela janela, segredos no diário de Patrícia, vultos... Vultos? Lembrei-me do que acontecera ontem á noite, os vultos. Tenho certeza que ainda não estava bêbada quando os vi. Eles me rodeavam querendo alguma coisa. Fiquei desconfiada com tudo. Tinha alguma coisa que eu não sabia, algum segredo escondido.

            Já com o roupão reserva fui bisbilhotar o diário de Duerre, para ver realmente se tudo o que estava acontecendo comigo tinha haver com seu segredo. Não estava mais embaixo da cama. Deveria estar em seu roupeiro, ou em alguma gaveta de sua cômoda. Procurava em todo canto, e nada.

            Toc Toc Toc

            - Rebecca?

            - Droga. – Gritei tentando organizar tudo para que ela não desconfiasse de nada.

            - Rebecca?

            - Já vai porcaria. – Estava estressada por não ter achado o diário.

            Abri só uma fresta da porta, o tamanho certo para minha cabeça ver Patrícia:

            - Está escondendo algo? – Ela perguntava desconfiada enquanto empurrava a porta do quarto.

            - N-não... – Tentei disfarçar. – Só ia trocar de roupa. Algum problema?

            - Nada. Vim perguntar se você já estava pronta, mais como você ainda irá se vestir, eu lhe espero lá embaixo, ok?

            - Eu vou ir com o Balthazar, licença? – Agora eu estava me achando por sair com um gatinho.

            - Courtney jurava que ele estava esperando ela. Então, é por você que ele está esperando lá embaixo preocupado?

            - Sério? – Eu não podia estar tão atrasada!

            - Sim. Só falta você meu amor. – Saiu do quarto me deixando sozinha.

            Fui me vestir as pressas. Botei uma maquiagem básica, penteei o cabelo, peguei o que era necessário e saí o mais rápido possível, pois eu precisava falar com Balthazar. O que eu faria com aquele guri que estava trancado no banheiro? Ele poderia me atacar de novo, então teria que chamar meu super-herói, Grindelwald.

            http://www.polyvore.com/cgi/set?id=33519712&.locale=pt-br

            Chegando lá embaixo, na frente do colégio, tinha vários ônibus escolares, estes que iriam nós levarmos para Riverton. Dirige-me até a direção de Balth, que parecia estar me esperando preocupado, assim como falara Patrícia.

            - Por que tanta demora?

            - Você pre-e-e... – Não consegui terminar de falar, pois reconheci ao longe uma pessoa que me dava arrepios.

            - Rebecca?

            - E-erich. – O rapaz que me encarava seriamente era Erich. Estava em choque.  Teria ele pulado a janela novamente daquela alta torre e estar ali em pé, como se nada estivesse acontecido?

            - O que ele fez? – Parecia que Balthazar já sabia de tudo.

            - Tem alguma coisa estranha acontecendo. Vocês estão escondendo alguma coisa de mim? – Falei com raiva. Minha cabeça estava um nó.

            - Calma, vamos tomar uma água, daí você me conta o que aconteceu.

            - Água merda nenhuma. Erich invadiu meu banheiro com a porta trancada, como isso aconteceu?

            - Merda. – Falou baixo, mais consegui entender a palavra pelo seu lábio. Agora Balthazar que estava com raiva.

            - Vocês estão escondendo alguma coisa de mim. – Falei tentado olhar nos olhos de Grindelwald.

            - Rebecca, são coisas complicadas. Vamos para Riverton se divertir, quando voltarmos você dorme e amanhã agente conversa, ok?

            Bufei, eu estava cansada de todos falaram a mesma merda de sempre, de deixar tudo para depois. Mas como eu precisava me divertir também, fiz o que o grandão mandou.

            Minha curiosidade estava quase explodindo. E se ela explodisse todos iriam ter que escutar, e muito.  


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Acho que vocês vão gostar ainda mais do próximo, ahaha.
Percebi que estão curiosas com o que está escrito no diário, e o que eram aqueles vultos, né? No próximo vocês verão.
Beijos e até.