Harry Potter e a Princesa Serpente escrita por Alesanttos, Safira Michaelis Black


Capítulo 25
Quadribol, detenção e lágrimas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, época de provas é um saco. ¬¬
Mas espero que gostem desse capítulo. Muitas pessoas tem dúvidas quanto ao nome da fic,mas eu garanto que não irá demorar... muito.
Bem é isso. Aproveitem o capítulo e não leiam muito perto do computador (se bem que eu faço isso) ;)



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Ponto de vista da Safira

Hoje vai ter um grande jogo entre a Grifinória e a Sonserina, e devo admitir que eu estava eufórica. A coisa que mais me chamou a atenção nesse dia foi o chapéu de leão que a Luna fez, e devo admitir que achei bem legal.

Enquanto todos estavam nas arquibancadas esperando os jogadores, Lina não parava quieta do meu lado.

- Lina, calma. – eu disse.

- Desculpa. Mas esse jogo vai ser muito importante.

- Todo jogo contra a Sonserina é importante. – eu disse, traduzindo o que seus olhos diziam.

- É verdade. Mas você não faz ideia do quanto eu quero que os jogadores da Sonserina sejam atingidos pelos balaços bem na cabeça, ou pelo menos caiam da vassoura.

- Você me dá medo.

Ela simplesmente seu de ombros.

E antes que eu percebesse os jogadores já estavam em campo. Meus olhos ficavam a maior parte do tempo em Rony por ser o primeiro jogo dele, e não havia como ele estar mais nervoso. Eu percebi que todos os alunos da Sonserina começaram a “cantar”: "Weasley não pode salvar nada, ele não pode bloquear um aro, é por isso que todos os sonserinos cantam: Weasley é o nosso rei.".

Harry virou a vassoura para o lado oposto, mas não parecia estar vendo o pomo de ouro.

- O que ele tá fazendo? – eu perguntei em voz baixa. E então percebi que  Harry estava vendo Rony. Mas pouco tempo depois foi marcado o primeiro gol, para a Sonserina.

 "WEASLEY NASCEU NUMA CESTA, ELE SEMPRE DEIXA A GOLES ENTRAR...". A música ficava cada vez mais alta.

Angelina Johnson finalmente gritou com o Harry para ele prestar atenção no objetivo dele, pegar o pomo.

"WEASLEY É O NOSSO REI, WEASLEY É O NOSSO REI..."

- Bando de infelizes. – eu quase gritei quando o volume da música aumentou ainda mais.

Quando o jogo estava quarenta a dez para a Sonserina parecia que Harry havia finalmente encontrado o pomo, pois ele fez um mergulho assustador e parou a poucos pés do chão.

- VAI LÁ, HARRY! – gritava Lina do meu lado, quase me deixando surda. – VOCÊ CONSEGUE. PEGA O POMO! PEGA!

O desejo dela se tornou realidade. Depois de uma disputa acirrada Harry conseguiu capturar o pomo de ouro, e nós ganhamos.

Eu comecei a comemorar junto com todos, mas logo houve um motivo para eu parar Harry caiu da vassoura depois de ser atingido por um balaço, e não se levantou.

- Harry!

Eu desci correndo para ver se ele estava bem. Enquanto eu chegava mais perto não pude deixar de amaldiçoar Grabbe, o responsável por jogar o balaço na direção do Harry.

Para meu alivio ele estava perfeitamente bem e comemorando junto com seus colegas de time. Enquanto eu me aproximava escutei uma voz presunçosa.

-... Nós não pudemos encaixar em perdedor inútil também, para o seu pai, você sabe... – era Draco Malfoy.

Harry o estava ignorando, mas eu percebi do que se tratava quando Fred e Jorge, na metade do caminho, enquanto apertavam a mão de Harry, se firmaram, olhando para Malfoy.

- Harry! – eu disse, me aproximando dele. – Meus parabéns, foi uma grande captura.

- Obrigado.

- Mas você gosta dos Weasley, não gosta Potter? – disse Malfoy, zombando. – Passa as  férias lá e tudo, não passa? Não posso imaginar como você aguenta o fedor, mas eu suponho quando você tem que ser levado para os trouxas, ainda assim a cabana dos Weasley cheira ok...

Jorge, que estava do meu lado estava avançando no Malfoy, e teria conseguido se Harry não o tivesse parado. Katie, Alicia e Angelina estavam segurando o Fred.

- Ou talvez - disse Malfoy, olhando com malícia enquanto saía de perto - você pode se lembrar de como a casa da sua mãe fedia, Potter, e o chiqueiro dos Weasley fazem você se lembrar...

- Harry, não. – eu o segurei. – Não vale a pena.

Para meu alivio Lina apareceu para segurar o Jorge.

- Está defendendo o seu namorado Stevens? – disse Draco. – Devia saber que Potter só poderia encontrar alguém do seu nível. A mãe de vocês deve ser da mesma laia, duas Sangue-ruins, que só servem para infectar o mundo dos bruxos. – “Ele não disse isso”, eu pensei. – Eu soube que sua mãe morreu há muito tempo também. Eu acho que deve ter sido melhor assim, afinal, ela não devia passar de...

- CALA A BOCA! – eu gritei – NÃO FALA DO QUE NÃO SABE.

Eu queria muito quebrar a cara desse filhinho do papai, projeto de Barbie metido a besta. Aquele...

Não, eu queria fazer bem pior que só soca-lo, bem pior. Mas Lina veio me segurar e, consequentemente, Jorge estava livre e ele e Harry começaram a bater no Draco, um prazer que eu não tive. Lina estava com um vitorioso sorriso na cara. Só percebi que estavam escorrendo lágrimas dos meus olhos quando Madame Hooch veio para separar os três e mandar Harry e Jorge falar com a professora McGonagall.

Enquanto ela levava Draco para a Ala Hospitalar, eu o fuzilava com os olhos, e para a minha surpresa e prazer, pareceu que ele teve um leve arrepio na espinha.

Eu fui direto para a Sala Comunal, sabendo que se eu ficasse lá mais um segundo, eu correria atrás do Draco para acabar o que Harry começou. No caminho eu percebi uma coisa: eu era fraca. Porque eu fujo das coisas, eu faço o que o “inimigo” espera que eu faça. Eu dou a ele o gosto da vitória.

Todos os dias da minha vida eu fujo do meu passado, eu tento, com todas as minhas forças, esquecer o dia que a minha mãe morreu. Mas eu sei que isso faz parte de mim, e eu tenho que aceitar. Mas eu simplesmente não conseguia. Eu fugia.

“Não tem problemas.”, eu pensei, “Um dia eu vou ser forte. E vou aceitar quem eu sou”. 

Fiquei feliz ao ver que o lugar estava vazio, a maioria das pessoas ainda estavam no campo de Quadribol. Depois que eu sentei na poltrona comecei a enjugar minhas lágrimas furiosamente.

- Safira. – era Lina. – Não ligue para o que o Malfoy disse. Ele não sabe... – ela olhou atentamente para o meu rosto. – Safira, seus olhos estão vermelhos.

Eu devo ter chorado mais do que eu pensei, e institivamente eu passei as costas da mão neles.

- Posso te perguntar uma coisa?

Eu acenei com a cabeça.

- Porque você nunca fala da sua mãe?

- Como assim? – minha voz estava rouca.

- A única coisa que eu sei é que ela morreu em um incêndio, e mais nada.

- Eu não gosto de tocar muito no assunto.

- Somos amigas não somos?

- É claro.

- Então.

- Tudo bem.

Depois que eu tomei folego eu disse para Lina tudo que eu havia falado para o Harry, só omitindo as partes que envolviam o Sirius, ela não precisava saber disso... por enquanto.

Quando eu terminei Lina só ficou me encarando por um tempo e quando me dei por mim, as pessoas estavam voltando para o Salão Comunal.

- Sinto muito. – foi tudo que ela disse.

- Sem problema. – era muito engraçado ter pessoas sentindo pena de você. Mas devo dizer que esse é um sentimento perigoso.

Pouco tempo depois Harry e Jorge voltaram.

- Então? – eu perguntei. – Como é que foi?

- Esse é um dos piores dias da minha vida. – disse Jorge, e Fred apareceu do meu lado sem que eu percebesse.

- Vocês ficaram em detenção? – ele perguntou.

- Pior. – disse Jorge.

- Umbridge nos baniu do time de quadribol. – disse Harry. – E o Fred também.

- Banidos. – disse Angelina numa voz profunda, tarde da noite na sala comunal.

- Banidos. Sem apanhador e sem batedores... O que é que nós vamos fazer? – disse Katie.

- Mas o Fred nem tocou no Malfoy. – eu disse.

- Até parece que aquela cara de sapo se importa. – disse Jorge.

- Mas até que você teve sorte. – disse Harry.

- Eu? Como assim?

- Umbridge quer te colocar em detenção com ela. Ela disse que você teve um: “comportamento extremamente violento e que poderia ser uma má influencia para os outros alunos”.

Tenho certeza que meus olhos ficaram arregalados. Eu sabia o que ela fazia com o Harry nas detenções, e não queria que ela fizesse o mesmo comigo.

- Como eu disse, você teve sorte.

- E COMO ISSO É SORTE?

- A professora McGonagall conseguiu intervir por você. Ela não conseguiu te livrar das detenções, mas vão ser com ela.

Eu dei um suspiro de alivio.

- Eu vou para cama. – disse Angelina, levantando-se lentamente. – Talvez isso tudo mude como se eu estivesse tendo um sonho ruim... Talvez eu acorde amanhã e descubra que nós ainda não jogamos...

Era uma esperança vã. Ela foi logo seguida por Alicia e Katie. Fred e Jorge foram para cama algum tempo depois, olhando furioso para todos que passavam, e Gina foi logo em seguida. Eu e Lina também subimos e Harry e Hermione ficaram para trás, perto do fogo.


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Notas finais do capítulo

Então. O que acharam? Espero que meus leitores leais me mandem reviews, e que os novos também mandem. Elogios, criticas, qualquer coisa é bem vinda.
Até a próxima.