Naquele dia Hermione se perguntou novamente se era uma boa ideia eles terem aulas ilegais de Defesa Contra Artes das Trevas, e ela confessou que, mesmo sendo ideia dela, o fato de Sirius apoiar, fez ela pensar que a ideia não era tão boa assim, e ainda acusou o Sirius de tentar “viver através deles”, por estar preso no Largo Grimmauld. O que não deixou Harry, muito menos Safira, satisfeitos.

Para piorar, depois de um treino desgastante de Quadribol, a cicatriz de Harry doeu novamente e ele contou para Rony que significava, não que Voldemort estava por perto, mas que ele estava realmente zangado. O melhor acontecimento daquele dia foi que, depois de sonhar novamente com o corredor sem janelas, Harry recebeu uma visita de Dobby, o elfo-domestico, que contou para Harry que tinha o lugar perfeito para eles terem as aulas de Defesa Contra Artes das Trevas: A Sala Precisa.  

Não demorou muito no dia seguinte para que todas as pessoas que assinaram seus nomes na lista do Cabeça de Javali recebessem a noticia que Harry havia conseguido um lugar para treinarem. E foi combinado que todos se encontrariam às oito horas da noite, no sétimo andar, bem na frente do tapete onde Barnabas está sendo golpeado por alguns trasgos.

- Ok – disse Harry devagar, quando chegou ao local combinado. – Dobby me falou para caminhar entre essas paredes três vezes e se concentrar naquilo que nós precisamos.

Eles fizeram isso, passando depressa pela janela perante a enorme parede branca.

"Nós precisamos de um lugar para aprender a lutar...", ele pensou. "Nos dê um lugar para praticar... Um local onde não possam nós encontrar...".

- Harry! - gritou Hermione tremendo, conforme eles estavam dando a volta pela terceira vez. Uma porta bastante lustrada apareceu na parede. Rony estava olhando para ela parecendo desconfiado.  

Ponto de vista da Lina

- Vamos pessoal.

- Shhhh. – disse Safira, logo na frente de Gina e mais alguns alunos da Grifinória. – Lina, fala mais baixo. Não podemos deixar ninguém nos encontrar.

- Tá bom, tá bom. – eu disse de forma mecânica. – Vamos.

Quando chegamos no lugar onde Harry nos indicou, eu pensei que estava louca, afinal, eu não lembrava de ter uma porta aqui.

- Com certeza é aqui. – disse Safira, antes de se colocar de frente para a porta e bater timidamente nela. Quando a porta se abriu Gina foi a primeira a passar por ela, e o resto de nós a seguiu.

- Uau – disse Dino, olhando a sala impressionado. – Que lugar é este?

Com certeza eu nunca havia estado aqui antes. As paredes estavam enfileiras com estantes cheias de livros e no chão havia almofadas de seda bem grandes, onde Hermione estava sentada. Um conjunto de prateleiras perto do fim da sala estava carregado de instrumentos tais como bisbilhoscópios, e outras coisas que eu não tinha certeza o que eram.

Antes que Harry pudesse completar a sua explicação mais pessoas chegara.

- Hey, Harry, o que são essas coisas? – perguntou Dino, de costas para a sala, indicando o espelho quebrado e outras coisas que estavam perto dele.

- São detectores de presença maligna. – disse Harry, pulando pelas almofadas para alcançá-los. – Basicamente eles mostram quando bruxos do mal ou inimigos estão por perto, mas não contem totalmente com eles, podem ser enganados.

- Eu acho que nós devíamos eleger um líder - disse Hermione.

- Harry é o líder – falou Cho de súbito, olhando para Hermione como se ela fosse louca.

- Eu sei, mas nós devemos votar nisso propriamente. – disse Hermione sem perturbação. – Transforma a votação num ato formal e dá a ele autoridade. Então, todos acham que Harry deve ser o líder?

Todo mundo levantou a mão, até mesmo Zacharias Smith, embora sem muita vontade.

- Er... Certo, obrigado – disse Harry, que podia sentir sua face queimando. – E... O quê, Hermione?

- Eu também acho que nós deveríamos ter um nome. – falou claramente, sua mão ainda no ar. – Promoveria um sentimento de espírito de equipe e união, você não acha?

Depois de muito debater ficou decidido que nos chamaríamos AD: Armada de Dumbledore. Hermione pegou o pedaço de pergaminho onde todos escreveram seu nomes e escreveu em cima.  

ARMADA DE DUMBLEDORE  

- Estou com um mal pressentimento. – sussurrou Safira de repente.

- Sobre o que? – eu perguntei.

- Nada não.

Então como nós esperávamos, Harry pediu que começássemos com o feitiço Expelliarmus, e Zacharias Smith, como sempre, descordava dos métodos do Harry, até o mesmo dizer que foi esse feitiço que o salvou em junho.

- Tudo bem – disse Harry, sua boca ficando mais seca do que o normal com todos aqueles olhos em cima dele –, eu acho que nós deveríamos nos dividir em pares para praticar. Safira e eu nos viramos automaticamente uma para a outra.

- Quem começa? – Safira perguntou.

- Vamos ver que é mais rápida. – eu usei um tom desafiador e ela retribuiu com um olhar de satisfação.

- Certo, – disse Harry. – quando eu contar até três, então... Um, dois, três...

Nós duas só nos encaramos e ficamos em posição de ataque. Parecia que ela pensava o mesmo que eu: em um duelo de verdade, não vai ter ninguém para avisar o momento que o inimigo vai atacar. Não prestei atenção em mais nada, para mim só nós duas que existíamos naquela sala. Então eu resolvi atacar um segundo antes de fazê-lo.

- Expelliarmus.

- Protego. – Safira disse antes do feitiço atingi-la.

Ficamos nisso por um longo tempo, e consegui perceber que Harry ficou dando voltas entre as duplas para avaliar o seu desempenho. Então resolvemos dar um tempo. Eu estava exausta, nenhuma de nós conseguiu desarmar a outra uma única vez, o que era bom.

Antes que eu conseguisse tomar um pouco de folego ouvi um som auto de apito.

- Não está ruim – falou Harry – mas realmente esse feitiço precisa ser melhorado. – Zacharias Smith olhou para ele. – Vamos tentar de novo.

Eu me endireitei e comecei a me preparar para mais uma série de feitiços e defesa.

- Expelliarmus. – disse Safira, antes que eu estivesse cem por cento pronta. Minha varinha rodopiou no ar e caiu próximo de Cho Chang.

- Um a zero. – disse Safira.

- Engraçadinha. – eu disse e fui buscar minha varinha.

- Ah não. – disse Cho selvagemente enquanto ele se aproximava. – Expelliarmiou! Eu quero dizer, Expellimellius! Eu... Ah, me desculpe, Marietta!

A manga da amiga de cabelos enrolados de Cho tinha pegado fogo; Marietta o apagou com sua própria varinha e olhou furiosa para Harry como se tivesse sido sua culpa.

- Você me faz ficar nervosa, eu estava indo muito bem antes! – Cho disse a ele com tristeza.

Eu sai de perto dela o mais rápido possível. Como alguém podia ser tão ridicula?

Depois de mais alguns minutos de treino eu consegui desarmar a Safira, e ficamos empatadas novamente. Eu acho que nenhuma de nós é melhor que a outra, menos em Poções, é claro. E Trato de Criaturas Mágicas.

- Bem, meu pai apoia as ações Anti-Ministério! – disse Luna Lovegood com orgulho atrás de Harry. – Ele está sempre dizendo que não acredita em nada que Fudge diz; eu quero dizer, o número de duendes que Fudge já assassinou! E é claro que ele utiliza o Departamento de Mistérios para desenvolver venenos, que secretamente administra a quem discorda dele. E também existe seu "Umgubular Slashkilter"...

Isso me fez perceber uma coisa: o que o meu pai diria se soubesse que eu estou agindo contra o Ministério? Afinal, ele trabalha lá. Bem... acho que o melhor é ele não descobrir por enquanto.

Ouvi outro som de apito e olhei automaticamente para o Harry.  

- Bem, hoje correu tudo muito bem – disse Harry. – mas nós estamos ultrapassando a hora, é melhor pararmos por aqui. No mesmo lugar, na mesma hora na semana que vem?

- Até lá! – disse Dino Thomas, avidamente, e muitas pessoas mexeram suas cabeças em concordância.

- Vamos. – disse Safira fazendo um aceno com a cabeça em direção a porta.

Eu fui atrás dela e fomos direto para a Sala Comunal da Grifinória.