Meu Lado Negro. escrita por Kaah_1


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, mesmo este capitulo estando um HORROR.
Ah, e Holly26 ... Obrigado pela recomendação. NHAC :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/148480/chapter/8

Cinco dias. CINCO DIAS sem matar ninguém, nem sequer uma formiguinha. Sabe o que é isso pra alguém como eu? É torturante. Matar é meu vicio. É como uma droga, algo do qual você precisa se alimentar.

Me sentei no sofá, abraçando minhas pernas e encostando meu queixo em meu joelho. Eu tremia, estava tremula querendo sair por ai pra matar qualquer pessoa. Eu era louca, e estava delirando mais ainda em não matar alguém. Porque não estou fazendo isso? Nem ao menos eu sei. Eu e Justin saímos por esses dias e eu não pude sair pra realizar meu hobbie. Eu não posso matar alguém enquanto ele está por perto. Ah, e também tem a aposta com a minha irmã. Ela me mandou os 600 reais, e disse que mandará mais 600 se eu ficar ao menos uma semana sem matar, se eu perder, vou ter que dar 200 reais a ela. Bom, minha irmã não está aqui pra me espiar, mas, ela me liga todos os dias, três vezes ao dia, eu poderia mentir a ela, mas, por incrível que pareça, não consigo mentir a minha irmã. E eu precisava muito de dinheiro.

Ouvi meu celular tocar, estiquei minha mão até a mesinha de centro onde ele estava, ainda tremendo.

– A-alô? – gaguejei, batendo os dentes.

– Como está irmãzinha? – Molly começou a rir do outro lado do telefone.

– Muito bem e você?

– Estou ótima. – ela riu novamente. – Ainda cumprindo sua parte da aposta? Ou já matou alguém?

– Claro que estou... Não me subestime irmã querida, que quando esse trato acabar eu vou ai e vou matar seu marido. – falei normalmente, logo após soltando uma curta risadinha.

– Ah, sim... Esqueceu que eu sou do FBI?

– Droga. – murmurei. E nós rimos ao telefone. – Vou desligar. Se falamos mais tarde, querida.

Não a esperei responder e desliguei o celular, o jogando novamente na mesinha de centro. Eu ainda estava delirando, querendo sair daqui e matar a primeira pessoa que eu visse pela frente. Essa era a primeira vez em alguns anos que eu ficava tanto tempo sem... Matar. Eu fiquei ao Maximo três dias. Mas, cinco?

– Saía. Vá. Mate. Acabe com todos. – Fancy, aquela da minha imaginação, estava parada na minha frente de braços cruzados, com um sorriso sarcástico. Maldoso.

Eu não sou fácil de se manipular, mas, quando duvidam de mim, eu tenho que fazer algo. Eu sempre acho que tenho que mostrar as pessoas o que sou capaz. Principalmente a minha irmã. Sei que ela falava bem comigo, mas, no fundo ela tinha vontade de se vingar, por eu ter matado nossos pais aos quais ela tanto amava.

Flashback on/

– OH, MEU DEUS! MAMAE E PAPAI ESTÃO MORTOS! – minha irmã gritava enquanto eu continuava sentada no sofá fitando a TV com um sorriso cínico.

– Estão? – me virei pra ela lentamente.

Ela se sentou ao meu lado. A fitei e ela chorava, muito mesmo. Seus olhos estavam vermelhos e seus cabelos bagunçados.

– Eu... Eu... Fui até o quarto deles e... Tem... Sangue pra... Todo lado! – ela disse em meio a soluços. – E seus corpos estão... Em pedaços.

– Ah. Trágico. – falei normalmente logo após rindo.

– Você... Você fez isso? Não! Você não pode ter feito isso! Eu chamei a policia, mas... POR FAVOR, DIGA QUE NÃO FOI VOCÊ, SUSAN! – ela olhava pra mim com uma expressão preocupante.

Eu apenas me virei pra ela e abri um sorriso maior do que planejava. Já estava feito e não me sentia arrependida por aquilo. Eu faria de novo. Me sentia um pouco triste por minha irmã estar chorando descontroladamente em minha frente, mas, não pelos meus pais.

– Susan... OH, MEU DEUS! NÃO ACHEI QUE VOCÊ FOSSE CAPAZ... VOCÊ... VOCÊ... – ela gritava, chorava, se descabelava e eu só a olhava atenta. – Você, pode ir pra, eu sei lá onde! Pode ser presa ou ir pra uma clinica... -

– Cala boca! – dei um tapa na sua cara. – Se você contar pra alguém vai acabar que nem os seus pais. Morta. – falei mais fria do que esperava, e Molly me olhou com seus olhos inchados de tanto chorar e assentiu.

Um silencio repentino reinou. Até ser quebrado por murros na porta e policiais pedindo para a abrir. Agora, eu só tinha algo a fazer, fingir estar triste. Molly continuava a me fitar com um olhar reprovador, ela era minha Irma mais velha, e não parecia ainda acreditar.

Flashback of/


Lembro-me que fui levada a um orfanato, mas, fugi de lá um mês depois, fiquei na rua por um tempo, até começar a usar minhas poucas habilidades. Morei com minha irmã por um tempo. Minhas lembranças foram cortadas quando percebi que alguém batia na porta. Ah, não... Eu não podia atender! Estava em transe, poderia matar a pessoa que estivesse ali. E eu perderia a aposta.

– Atenda, Susan... – Fancy me dizia lentamente. – Você tem que atender. Vamos lá. Ou você é fraca demais pra isso?

Me levantei rápido e quando ia dar um soco em Fancy, ela sumiu, fazendo com que eu acertasse a parede. Respirei fundo e então, andei lentamente até a porta. Destranquei a fechadura e virei a maçaneta lentamente. Quando abri a porta, para minha surpresa, era Justin.

– Justin?

– Eu estou bem, obrigado. – ele riu.

– Como... Como achou minha casa?

– Oh, não foi fácil. – ele disse. Tentei fechar a porta, mas, ele colocou o pé na frente. – Hey, será que posso entrar?

– Fazer o que. – ergui as sobrancelhas e dei um espaço a ele pra entrar.

Olhei ao redor de meu pequeno apartamento... Não estava muito bom. Estava cheio de folhas e coisas quebradas pelo chão. Havia roupas por todo canto e resto de comida. Olhei pros lados e não vi Fancy por ali, acho que eu só a via quando estava sozinha.

– Legal seu apartamento. – Justin foi meio irônico. Riu e se sentou no sofá.

– Está meio bagunçado. – me sentei ao seu lado.

– Estou vendo. – ele pegou um de meus sutiãs que estava em cima do sofá.

– Hey! – tomei dele e lhe dei um tapa, jogando o sutiã do outro lado da sala. – Eu moro sozinha, então, não preciso de muita arrumação.

– Entendo. – ele disse visualizando cada canto do meu pequeno apartamento bagunçado.

Um silencio reinou. Eu fiquei apenas fitando uma das pequenas facas que estava em cima da mesinha de centro. Era como se ela me chamasse, clamasse por meu nome, querendo que eu a enfiasse no coração de Justin. Tentei me conter, fechei os olhos com força. Oh, não... Vou morrer.

– Entao, o que te trouxe aqui? – perguntei tentando puxar assunto e o fitei.

– Ah, você não foi ao colégio... Vim ver se estava bem.

– Gentil da sua parte, mas, acho que você deve ir. – minha respiração estava um pouco acelerada e aquela faca na minha frente não me ajudava nada.

– O que foi? Não vou te morder. – ele riu ao ver que eu estava... Um pouco nervosa. – Só se você pedir.

– Idiota. É sério. – fui tentando ficar mais calma, estava sendo difícil.

– Vamos conversar. Quero saber mais sobre você. – ele se virou pra mim.

– Pode perguntar. – tentei sorrir.

– Como é que seus pais morreram?

– Porque quer saber disso? – o fitei rápido. Ah, Justin... Fui eu que os matei. – Morreram num acidente de carro.

Ele ergueu as sobrancelhas e ficou calado por mais um momento. Eu estava em transe, querendo pegar aquela faca e matá-lo, aliás, eu não fazia isso a muito tempo e estava delirando. Minha respiração já estava mais acelerada, bem mais que antes, eu estava começando a suar.

– O que você tem hoje, Susan? – ele aproximou seu rosto do meu, segurando meu queixo.

– Você... Você me deixa... Nervosa. – aquilo foi uma das coisas mais idiotas que eu já tinha dito.

– Sério? Não está parecendo você mesma hoje, Su. – ele riu. – É bom saber disso.

Tentei sorrir. Sentia sua respiração bater em meu rosto, o que me deixou ainda mais nervosa. Isso era horrível. Ele estava muito perto, mas, eu não conseguia me afastar. Senti seus lábios encostarem de leve nos meus, eram macios e quentes, me estremeci por inteira. Seu beijo tinha um gosto doce, era tão bom que me fazia esquecer os problemas e de quem eu era. Eu não tinha beijado muitas pessoas, sou solitária. Não procuro isso. Senti sua língua pedir passagem e eu a dei, elas brincavam em sintonia, enquanto eu me esquecia do que estava acontecendo ali. Ele fez com que eu me deitasse no sofá, e ele deitou por cima de mim. Suas mãos grandes e quentes passeavam pelo meu corpo enquanto eu puxava de leve seus cabelos loiros. Eu tinha que me distrair um pouco, só isso. Ele era minha distração. Eu precisa de dinheiro e precisava dele e de seu... Amor. Quando percebi que suas mãos foram até a barra da minha blusa e estava pronto para tirá-la, eu o empurrei. Aliás, sou Susan Taylor, e eu já teria o matado se ele não fosse o único na face da terra que mostrava se preocupar um pouco comigo.

– Ta pensando o que garoto? – falei rápido, o ajudando a levantar do chão. Ri um pouco.

– Desculpa? – ele riu e ficou em minha frente.

– Não! Já pra fora do meu apartamento! – me levantei e fui até a porta a abrindo. Eu comecei a rir e ele também.

– Tudo bem, até depois. – ele abriu um sorriso e me deu um selinho, logo após saindo pela porta e acenando levemente.

Fechei a porta e me joguei no sofá, enterrando meu rosto sobre uma almofada e dando um grito abafado. Eu precisava sair. Precisava matar. Precisava.

– Demorou demais para perceber, Susan? – era a voz de Fancy. – Vá e mate quantos passarem por sua frente.

Senti minhas mãos gelarem. Eu ainda precisava do dinheiro de Molly. Mas, precisava esquecer. Não posso me envolver com alguém. Tudo isso já foi longe demais. Ou talvez não.

– Aceite Susan, você gosta dele e sabe disso... Só não aceitou ainda.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

TA HORRIVEL NÉ? SEI BEM DISSO. COMENTEM AMORES E ME DIGAM O QUE ESTÃO ACHANDO......... TA UM LIXO =[[