Meu Lado Negro. escrita por Kaah_1


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! Espero que gostem desse capitulo (:



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– Susan? Onde está? E o nosso trato? – ouvi a voz de Molly do outro lado da linha.

– Tudo sob controle. – minha voz saiu tremula, enquanto eu observava os três corpos na minha frente.

– Susan... Tem certeza que ta tudo sob controle? Eu te conheço bem! – sua voz parecia querer me dar um sermão.

– Tudo bem... Foi mal irmãzinha. – soltei uma risadinha sarcástica.

– O que você fez? – sua voz ecoou do outro lado da linha, me fazendo rir.

– Nada demais... Só três pessoas tolas esfaqueadas a minha frente. – eu ri. – Sabe o que é bom? Consegui seus 200 reais com elas, não são bondosas?

– Eu poderia te entregar a policia.

– Mas não vai. Sabe que eu te mataria quando saísse de lá.

– Susan... Eram pessoas inocentes!

– Isso é o que dá deixar uma psicopata como eu sem fazer seu hobbie por cinco dias! FOI CINCO DIAS, MOLLY!

– Mas, você podia... – não a deixei terminar e desliguei o telefone.

Fiquei observando bem meu trabalho. Cinco corpos esfaqueados, não é lindo? Awn, sei que é. Sabe, às vezes acho que sou tipo um vampiro. Não agüento ficar sem sangue, essa é a coincidência entre mim e os vampiros. Adoramos sangue. Matar é um vicio pra mim. Assim como beber sangue, é para eles. Bom, eles matam pra sobreviver certo? Acho que comigo também funciona assim. Base de sobrevivência. Faço o bem à humanidade. Acho que se vampiros existissem, poderíamos ser amigos não é?

Senti o sangue quente entre meus dedos, era uma sensação boa. Tão boa. Sentir seu cheiro, seu gosto... Sangue era bom. Sei que é errado, mas, no fim do dia, quem é perfeito? Quem está certo? Ninguém. Eu fiz um favor a esses pobres coitados, a vida é uma tragédia, é horrível, é um sofrimento. Eu só os tirei do sofrimento sabe? Aliás, o inferno é aqui, é a terra. Eles vão pra um lugar melhor. Quem sabe um dia. Peguei a carteira de cada um deles, eu precisava de dinheiro, não é? Quem sabe eu achasse. Dei um sorriso sarcástico, antes de me retirar, peguei minha faca. Ouvi um gemido quando estava saindo. Como um deles ainda estava vivo?

– O-o-o q-q-eu você ff-ez? – o homem falou com total dificuldade. Só pode ser burro né? Perguntar isso? O que eu fiz? Que cara idiota.

– Fiz um favor a você. – dei mais um sorriso sarcástico e peguei um galho e enfiei no seu peito. Acho que isso daria certo.

Acho tão engraçado... Ás pessoas só sabe perguntar “Porque me matar? Por quê? Por quê?” Blá, blá, blá. Porque eu quero! Mais que droga!

– Belo trabalho, Susan. – Fancy. Sim ela. Apareceu na minha frente. – Só retirando o lixo certo? Muito bom. – ela abriu um sorriso.

– Obrigado. – sorri de volta. – Mas, espera... Seu trabalho não era me fazer parar de matar?

– Vi que não posso fazer isso. Ainda não.

– O que quer dizer com ainda não?

Ela ficou ali parada por um tempo. E em um piscar de olhos, sumiu. Vai saber... Cada coisa. Eu sou realmente louca. Sempre fui. Mas, acho que ainda não tinha visto pessoas assim. Eu acho que nunca tive alucinações tão reais como a Fancy. Tenho até medo disso.

Saí dali e comecei a andar rumo ao meu apartamento. Dei uma olhada no visor do meu celular, vendo as horas. Já era 4h30 da manhã. Ual, eu com certeza não iria a escola de novo amanha. Já fazia praticamente uma semana que eu não ia à escola, e não tinha a mínima vontade de ir até lá. Eu odiava aquele lugar e todas aquelas pessoas que estavam ali. Era horrível.

Quando cheguei a minha casa, peguei minha faca e joguei na pia, logo após jogando meu celular no sofá. Fui pro meu quarto e me joguei na cama do jeito que estava, logo após dormi rapidamente.

[...]

– Foram encontrados três corpos no meio da floresta ontem, ainda não se há suspeitas de quem possa ser o assassino, mas... – desliguei a TV rápido e sorri sarcasticamente. Eu teria matado mais pessoas ontem, só que não achei mais que essas três.

Suspirei e olhei no relógio. Marcavam 3 horas da tarde. Eu não havia ido ao colégio. De novo, claro. Estava exausta e havia acordado há uns cinco minutos. Decidi que iria ao supermercado, comprar algumas coisas com o dinheiro que Molly mandou. Eu não tinha nada pra comer nos meu armário. Nada mesmo.

Ouvi a campainha tocar no mesmo momento em que me levantei para pegar o dinheiro e sair. Fui até a porta e a abri, lentamente. Lá estava Justin. Esse garoto me assombrava.

– O que você ta fazendo aqui d... – é. Ele não me deixou terminar. Entrou na minha casa rapidamente, fechou a porta e me encostou na parede, começando a me beijar urgentemente. Esse garoto achava o que? Depois de um tempo confusa, eu retribui o beijo. Suas mãos apertavam a minha cintura. Minha vida estava tão bagunçada agora. Sempre foi bagunçada, mas, agora estava bem mais. Aliás, eu descobri que tenho sentimentos. E isso é estranho pra alguém como eu. Eu ficava pensando... Porque será que Justin se aproximou assim de mim? Tem tantas outras melhores do que eu.

– Desculpas, mas, é que... – ele começou a falar depois que se afastou um pouco de mim.

– Ok. Não precisa explicar. – levantei meu rosto para fitar seus olhos. Coloquei as mãos em seu ombro e lhe dei um selinho demorado. Eu sei lá por que. Sou tão estranha.

– Tava com saudades. – ele abriu um sorriso.

– Acho que não. – eu ri. Qual é, se ele realmente me conhecesse, duvido que gostasse de mim assim.

– Bom, desculpa aparecer assim e... Bom, sabe, né. – ele riu. – Mas, eu precisava te ver. – senti ele passar seu dedo polegar em meus lábios.

– Você é doido. – empurrei seu peito e me afastei dele. Indo até a mesinha de centro e pegando meu dinheiro. – Vou ao supermercado. Não acredito que vou dizer isso, mas... Quer ir junto? – soltei uma risadinha e Justin sorriu, mais uma vez.

– Podemos ir no meu carro.

Apenas assenti. Fechei meu apartamento e saímos dali, indo até o estacionamento ou sei lá onde estava o carro do Justin. Eu não sei exatamente no que eu estava pensando. Eu era uma garota tão estranha, com manias tão estranhas, com segredos tão estranhos... O que seria se ele descobrisse? Eu não queria me iludir. Se ele soubesse que eu era uma assassina, com certeza nunca mais apareceria na minha frente. Me esqueceria.

– E então, gosta de musica? – ele esticou o braço até o som e o ligou.

– Eu gosto. – sorri

A musica que cantava no radio era calma e lenta. Não gosto muito mas, adorei ver Justin cantando junto. Foi tão engraçado. Que comecei a rir.

– Gosto de ver você rindo. – ele disse, me acompanhando.

– Ah, cale a boca! E rio de um jeito idiota, qual é.

– Claro que não.

– Idiota. – o fitei.

– Linda. – ele olhou pra mim e riu.

– Tudo bem! – ergui os braços. – Apenas finja que gosta de mim, ta legal?

– Eu não preciso fingir. – o vi fitar a estrada e sorrir.

Como alguém poderia gostar de alguém como eu? Tão perturbada. Eu não sou normal.

O caminho até o mercado continuou silencioso. Apenas se escutava a musica tocando e às vezes Justin cantando junto com ela, o que me arrancava algumas risadas sem sentindo. Logo chegamos no mercado.

Peguei um carrinho e comecei a andar pelos compridos corredores. Justin me acompanhava. Fui colocando no carrinho o que me vinha pela frente. Bolachas, cereal, leite, suco, toddy, chocolates, muitos chocolates, salgadinhos, doritos, refrigerante e claro que peguei algumas bebidas. Uma vodka talvez, tequila... Enfim, fui colocando minhas guloseimas. Doces. Frango. Carne. Macarrão. Miojo.

– É isso que você compra? – Justin disse olhando pro carrinho quase cheio.

– Sim, por quê?

– Só porcarias. E bebidas alcoolizadas. – ele riu,

– E qual o problema? Essa é a graça de se morar sozinha. – o fitei ergui as sobrancelhas. – Você pode comprar o que quer e fazer o que quer. – sorri um pouco.

– Hum... Então, você passa o mês comendo porcarias e se embebedando? – ele riu.

– Praticamente isso. E não é bom?

– Ah, claro. – senti ele segurar meu rosto e dar uma mordidinha em meu lábio, e depois os selou rápido.

– Hey! – me afastei e dei um tapa no seu ombro. – Nós não somos namorados e por isso você não tem o direito de me beijar quando quer, ok? – coloquei as mãos na cintura.

– Quem disse que você não é a minha namorada?

– Eu. – falei rápido. Ele fez uma carinha triste e eu ri. – Ainda não. – completei rindo. O que eu estava fazendo? Não posso ter nada com ele.

– Então, quando vai ser?

– Ai, não vamos falar sobre isso! – falei um pouco auto, talvez irritada e empurrei o carrinho procurando por mais alguma coisa.

– Ok... Você tem que pelo menos comer algo saudável. – o vi colocar umas maçãs e saladas ali no carrinho, eu acho. – Não quero vê-la doente. – ele disse e eu apenas sorri.

– É fofo fingindo que se preocupa comigo.

– Eu não finjo, Susan. – ele revirou os olhos e sorriu depois. – Sei como é viver assim... Sozinha.

– Não preciso que ninguém tenha dó de mim.

Ele me fitou e riu. Gargalhou.

– Não é dó... Eu só, tenho uma necessidade enorme de cuidar de você e te ter só pra mim, entende? – o fitei enquanto ele dizia isso de um modo tão estranho e sorridente. – Eu acho que eu... Eu te amo.

Respirei fundo e fechei os olhos por alguns segundo. Não. Ele não me amava. Senti um nó na minha garganta. A tanto tempo eu não ouvia aquilo. Quem poderia amar um monstro como eu?

– Bom, acho que temos que ir embora. – falei quando abri os olhos e vi o sorriso dele se desmanchar. Eu ainda não podia dizer que eu o amava. Eu nem sabia se o amava. Apenas sorri a ele e arrastei o carrinho pelos corredores em direção ao caixa.


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Notas finais do capítulo

E então... Ta muito ruim?? ):
Mereço reviews? ME deixem felizes com seus comentarios divinos. Me digam no que eu tenho que melhorar e pá... Enfim, me digam se gostaram!
NHACCC