Meu Lado Negro. escrita por Kaah_1


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

heyyyyy, gatinhas.
Até que eu não demorei taaaanto pra postar dessa vez, né? hm/
Primeiro, quero agradecer. GOSH, COMO VOCÊS SÃO DIVAS *OO*
"Tata Ferezim" e "LinySwag" MUUUUITO obrigado pelas recomendações viu??? Eu tipo, AMEI. Sério, que lindas.Me fizeram sorrir awn AHSUAHUSH Capitulo dedicado pra vocês. é
E bom, eu escrevi meio rapido, entao, desculpem se ta ruim.recebi até ameaças aqui D: kkkkkkkkk n então, tentei escrever só pra nao ficar sem postar >< nhac



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– Cadê minha garotinha? – Justin gritou, abrindo os braços.

Logo pude ver Jazzy correndo até ele e o abraçando, enquanto ele a pegava no colo e beijava sua bochecha. Era incrível como Justin amava sua irmã. Quando ele a colocou no chão, pude ver que Jazzy estava vestida de princesinha. Ela usava um vestido cor de rosa rodado e uma tiarinha. Sinceramente, rosa me dava enjôo, mas, Jazzy havia ficado mesmo muito linda.

– Vai há uma festa a fantasia, Jazz? – perguntei, sorrindo, enquanto caminhava com ela e Justin até a sala de jantar onde provavelmente estaria Pattie, servindo a comida.

Ela balançou a cabeça, afirmando que sim e foi saltitando até uma das cadeiras, onde subiu, ficando de joelhos para alcançar a mesa. Pattie também se sentava lá.

– Quando eu era pequena, costumava gostar mais das vilãs. – ri comigo mesma e Justin puxou uma das cadeiras pra mim.

– Ah, é? Por quê? – Justin perguntou, sentando-se ao meu lado.

– Longa historia.

Pattie ajudou Jazzy a se ajustar na cadeira e logo pegou um dos pratos para colocar comida a pequena menina.

– Papai não veio com vocês, Justin? – perguntou a pequena com uma voz doce.

– Não, Jazz. – Justin respondeu cabisbaixo.

– Ele vai voltar? – a menina insistiu na pergunta.

– Quem sabe algum dia. – Pattie colocou o prato a sua frente, suspirando. – Agora, coma tudo querida. – sorriu doce.

Dei um olhar e um sorriso aconchegante a Pattie. O melhor que eu conseguia fazer. Justin murmurou algo a mim, dizendo: “Não tivemos coragem de contar a ela o que realmente aconteceu.” – eu engoli em seco. Um buraco se formou no meu coração. Eu faria Jazz sofreu, eu estava fazendo todos daquela família sofrer. E quando ela crescer e souber que seu pai... Morreu? E se ela ainda for minha cunhadinha quando souber realmente da verdade? Eu não agüento ser tão falsa. Mas, é preciso ser.

Vi Jazmyn balançar na cadeira, segurando seu vestidinho comprido cor de rosa de princesa e me lembrei de quando eu era pequena. De mim e da minha irmã. Dos meus nove ou dez anos. Ainda pequena, mas, não era tão ingênua assim.

Eu não fazia idéia do porque havia me lembrado daquilo. Era só uma lembrança. Uma vaga lembrança em meio a tantas. Uma lembrança tão... Idiota.

Eu nunca quis ser a mocinha da historia. Sempre achei à vilã mais convincente, mais interessante... Eu sempre torcia pra vilã. Aliás, elas são decididas, elas sabem bem o que querem, passam por cima de tudo pra conquistar o impossível e o principal, elas são frias e se caso alguém a magoá-la ela não sofrerá, pois elas não têm sentimentos, não tem um coração, sabem ignorar, sabem não se decepcionar e principalmente sabem não se machucar.

O único trabalho que o coração de uma vilã tem, é bombear sangue.

Milhões de flashbacks passavam pela minha mente naquele momento. Eu não conseguia compreender porque minha irmã sempre fora taxada como a perfeita.

“Susan, eu nunca achei que você fosse capaz de matar nossos próprios pais.” – podia ouvir a voz de Molly na minha cabeça. Lembrava-me das suas palavras, depois do enterro dos nossos pais. – “Eles nunca fizeram algo totalmente ruim a você. Eles só te batiam às vezes, como qualquer pai faz. Só queriam o seu bem.” Não Molly, não era só isso. Pra mim, era mais. Eles... Eles me odiavam. Ou vai ver, aquele ódio fosse só algo da minha cabeça.

– Susan? Su? – ouvi uma voz me chamar. – Querida... Poderia por favor, passar está faca ao seu lado? – olhei a frente, vendo Pattie apontar para a faca.

– Ah, claro. Desculpe. – balancei a cabeça, despistando qualquer pensamento.

Peguei a faca brilhante, vendo meu reflexo nela. Fechei os olhos por um segundo e respirei fundo. Eu não fazia idéia do por que de eu toda vez que pegava uma faca, tinha necessidade de matar. Porque isso? Eu realmente não entendo. Pattie me fitava, esperando que eu entregasse a mesma a ela.

“Susan... Susan... Sabe bem o que fazer.” Uma voz e uma risadinha maldosa martelavam na minha cabeça. Eu sabia o que ela estava me mandando fazer. Eu apenas suspirei e relaxei minhas mãos que tremiam e entreguei a Pattie o que ela já pedia a um bom tempo. Vi que ela começara a cortar o frango ou sei lá o que era aquilo, a sua frente.

– Está bem, Su? – Justin perguntou ao meu lado, um pouco baixo.

– Claro. Por quê? – ri, nervosa.

– Sei lá. Você tava... Tava numa espécie de transe. – ele riu.

– Eu só... Só me lembrei de uma coisa. – murmurei mais pra mim mesma.

Voltei a comer. Eu não devia estar aqui com eles, qual é... Eu não pertenço a esse mundo. Eles são fofos, educados, carinhosos... E eu sou tão... Má. Sou tão fria, impulsiva; sou um monstro. Um perfeito monstro. Eu sou a vilã da historia. Dessa historia. Sou a vilã da minha historia. Fico me fazendo de vitima, mas, eu não sou. Desde o começo eu deixei claro que não queria ser a mocinha.

Droga, o que eu to falando? To falando coisa com coisa. Ou melhor, pensando coisa com coisa. Toda vez que Justin sorria a mim, eu me sentia culpada, me sentia uma completa falsa. Sempre que eu via Jazz, eu me lembrava do quanto ela devia adorar seu pai e o quanto ela sofreria futuramente sem um pai. Me culpava pelo sofrimento de Pattie. Dava pra ver em seus olhos que ela não estava nada bem. Ninguém naquela casa estava bem.

– Deixa que eu leve estas coisas pra senhora, Patrícia. – eu disse, tentando ser educada, quando a vi levar pratos, talheres e panelas pra cozinha.

Justin me ajudou a colocar as coisas na pia e a arrumar a mesa.

Eu tinha uma divida infinita com essa família.

E então, lá estava eu fazendo uma coisa que eu não fazia há muito tempo... Estava lavando lousa. Não, no meu apartamento eu praticamente nunca lavava lousa. Então, porque diabos eu estava fazendo aquilo pra outra pessoa? Não faço idéia.

Vi que Pattie havia subido as escadas, gritando alguma coisa, dizendo que ia deitar um pouco e estava cansada.

Imagino... Ela iria chora. Sei como são as pessoas. Pelo menos, sei como são algumas delas.

– Obrigado. – Justin apareceu ao meu lado, beijando minha bochecha.

– Ah... Só tenho que te avisar uma pequena coisinha. – gesticulei com meu dedo. – Eu não sou boa nisso. – apontei pra lousa na pia.

Ele riu.

– Não faz mal, eu te ajudo. – me deu um selinho.

Era uma cena engraçada. Justin pegou uma esponja e eu também e lá estávamos nós. Lavando pratos. Eca! Isso é... Estranho. Que horror, to virando uma garota normal.

Fiquei pensando na minha vida... Nas coisas que haviam mudado, nas minhas loucuras... Eu definitivamente era anormal e mesmo assim, Justin sempre estava dizendo e demonstrando que me amava. Eu acho que ninguém, nunca me amou. Nunca demonstrou isso. Talvez eu só precisasse disso na minha vida.

Opa! O que você ta falando, Susan? Fria, decidida e calculista. Você é uma vilã, é um monstro.

Suspirei, balançando a cabeça e voltei meu olhar pro Justin. Ele passou a mão no rosto, fazendo com que ficasse com um pouco de sabão no mesmo o que me fez rir.

– Ta rindo de que? – me fitou.

– Seu rosto ta com sabão, idiota. – apontei, rindo.

– Ah, é assim é? – ele balançou as mãos, fazendo sabão ir ao meu rosto.

Dei um tapa no seu braço e em seguida ele me puxou pela cintura. Ótimo, agora eu ficaria molhada.

Selou nossos lábios. Sua língua pediu passagem e eu a dei, iniciando um beijo não muito... Comportado? Sei lá se pode se dizer assim. Eu ando ficando mais esquisita do que já sou.

Entrelacei meus braços ao redor da sua nuca, enquanto Justin me encostava na pia, apertando minha cintura. Ri pelo nariz, quando ele passou a beijar meu pescoço. Voltou seus lábios nos meus, me dando alguns selinhos e depois intensificou o beijo.

Isso tudo é fofo demais pra mim.

– Vocês não eram só amigos? – ouvi alguém murmurar e senti puxarem minha blusa.

Me desgrudei de Justin e olhei ao lado, vendo Jazmyn com uma cara inocente, nos fitar desentendida. Eu dei uma risadinha tosca e sem graça ao vê-la ali. E Justin se afastou de mim.

– O que ta fazendo aqui, Jazz? Porque não vai ver se a mamãe está bem? – Justin disse, me fazendo rir mais ainda.

– Não! Eu quero ficar aqui com vocês! – a garotinha cruzou os braços.

Eu ri do jeito de Jazzy e me virei, voltando a lavar a lousa. Justin fez o mesmo. O observei por um tempo, ele parecia falar consigo mesmo, me fazendo rir da sua cara pouco emburrada.

(...)

Cheguei em frente à porta do meu apartamento, a fitando com medo de abrir. Sinceramente, depois da noite passada, eu havia ficado com medo da tal Fancy. Seu sorriso sarcástico e seu olhar frio através do reflexo haviam me deixado com medo. E olha que eu não sou do tipo de pessoa que tem medo.

Justin havia me deixado aqui em frente ao pequeno e velho prédio e depois foi levar Jazz a uma festa a fantasia. Disse que talvez voltasse depois. Ou sei lá.

Suspirei alto e destranquei a porta, girando a maçaneta logo em seguida e abrindo a porta lentamente. Entrei no meu apartamento o vendo do modo como eu havia deixado antes, bagunçado. Com roupas espalhadas, comidas pelo chão, copos quebrados e toda essa bagunça que eu realmente não me importo. Até que gosto dessa bagunça, combina com a minha vida.

Suspirei, jogando minha mochila no sofá e fui até a cozinha. Vi a minha geladeira vazia, com quase nada e resolvi pegar a garrafa de whisky, que tinha só um pouquinho de bebida dentro. Dei de ombros, tomando um gole.

Me joguei no sofá e liguei a TV, onde passava algum seriado de vampiros. Eu acho. Fiquei lá, me embebedando com o pouco de whisky e assistindo ao seriado. Eu até que me identificava um pouco com os personagens, pois é.

Dei uma olhada ao redor do meu pequeno apartamento de três cômodos super pequenos. Fancy ainda não aparecera para me incomodar. Ufa!

– Pensando em mim? – olhei ao meu lado vendo Fancy com seu sorriso sínico no rosto e seus olhos negros me fitarem com sarcasmo.

– Porra. – murmurei, enquanto tomava um gole da garrafa praticamente vazia.

– O que há, Susan? Está com medo de mim? – deu uma gargalhada. – Sabe que não sou do mal. Não sou igual a você. – senti sua mão em meu ombro e me afastei, ficando de pé.

– Por que... Porque eu te vi ontem quando estava com Justin? – perguntei alterando um pouco a voz. Ela me encarava.

– Você sabe bem que não pode ficar com ele, querida. – ela suspirou, se levantando do sofá e se posicionando a minha frente. – Sabe que tudo isso vai acabar em lagrimas, dor e sofrimento. –suspirou mais uma vez, me deixando confusa e com raiva ao mesmo tempo.

– O que é você afinal? Prevê o futuro por acaso? – praticamente gritei, enquanto dava alguns passos pra trás. – Eu já estou cansada de você! C-A-N-S-A-DA! Eu não faço idéia do que você é, mas, por favor, me deixa em paz! – bati os pés, irritada com tudo aquilo.

Eu parecia uma louca, irritada, batendo os pés e gritando com algo a minha frente.

– Eu já disse que sou algo da sua mente. – ela deu uma risadinha rala.

– NÃO! Você não é. Não pode ser... – suspirei, colocando a garrafa de whisky em cima da mesinha de centro, que estava sumida no meio de roupas e papeis. – O que você é? De verdade... Porque aparece? Por quê? – gritei um pouco.

– Eu... Hm... Acho melhor você atender a porta. – ela apontou com a cabeça para a porta que em segundos, alguém começou a bater na mesma.

Andei calma e assustada até a porta e a abri sem presa. Logo vi Justin, que entrou rápido no meu apartamento, sorrindo e selando nossos lábios rápido. Eu fiquei parada, apenas o observando. Olhei pela sala, vendo Fancy me observar de braços cruzados.

– Ahn... Você ta bem, pequena? – ouvi sua voz e rapidamente voltei meu olhar a ele.

– Eu... Eu... – pensei bem; eu estava prestes a contar a ele sobre Fancy. – Acredita em fantasmas, alucinações ou coisas desse tipo? – mordi os lábios, o fitando.

Ele me olhou, com um sorriso debochado nos lábios. Me deixou sem graça. E eu não sou do tipo de garota que fica sem graça por qualquer besteirinha.

– Ta falando sério, Su? – riu. – Você já me perguntou isso, e sabe que não. Por quê? – ergueu os ombros.

– Perto do... Do... Do sofá. Olha. – apontei. Fancy ria debochadamente de mim, de longe.

– Sem chance, queridinha... Ele não me vê. – ouvi sua voz, me deixando perturbada.

Justin voltou seu olhar pra onde apontava, parecia tentar procurar alguma coisa. Alguma coisa inexistente aos seus olhos.

Ele me fitou novamente, desentendido, com medo... Não sei dizer. Suas mãos que antes estavam na minha cintura, foram tiradas dali e ele deu alguns passos pra trás. Eu o fitei com tristeza. Ele parecia ter medo de mim. O que ele faria se soubesse que sou uma assassina então?

– Susan, eu... Eu não vejo nada. – ele pareceu sussurrar.

Olhei novamente em direção ao sofá, vendo Fancy desaparecer.

– Acha que estou enlouquecendo? – fitei Justin, que logo me abriu um meio sorriso.

– Talvez. –deu de ombros. – Mas, saiba que são das pessoas loucas, que eu gosto mais. – sorriu, me fazendo abrir um sorriso imenso.

Acho que mudaria de idéia se soubesse o quão louca eu posso ser.



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Notas finais do capítulo

Eu achei esse capitulo ruimmmmm ): O outro vai ser melhor,euacho.
Vocês gostaram desse? O que acharam, meninas? Ah, e viram que eu mudei a capa? É, eu mudei. To pensando em voltar mesmo com a que tava antes, qual preferem? Digam, tá?
Comentem,ok? Se não comentar vou mandar a Susan ir atrás de vocês, rum u-u -NAAAU
OBRIGADO, GENTE. NHAAC. :3333