Meu Lado Negro. escrita por Kaah_1


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

geeeeente, me perdoem pela demora! eu fiquei totalmente sem ideias e só consegui escrever algo agora... espero que gostem :)



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(...)

– Ahn... Alô? J-Justin? – falei um pouco nervosa ao telefone, enquanto eu segurava uma faca ensangüentada em uma das minhas mãos e fitava um dos corpos que matei, atirado no chão, em meio a “floresta”.

Susan? Onde você está? Fui te buscar para irmos à escola e não te achei... – ele disse calmo do outro lado, sua voz era um pouco preocupada, na verdade.

– Eu já estou a caminho da escola... Resolvi, fazer uma paradinha. – deixei a faca cair de minhas mãos, cravando no chão, na grama.

Tudo bem. – suspirou do outro lado da linha. – Te vejo daqui a pouco. – parecia sorrir e acabei sorrindo junto.

– Ok. Até.

Desliguei o telefone e deixei a bolsa que estava em meu ombro, jogada no chão. Fitei por alguns segundos a mulher na minha frente. Pálida, jovem... Na verdade, ela parecia cheia de vida. Aparentava ter 25 anos e que estava a caminho do trabalho, com seu uniforme toda animada, antes de eu arrastá-la até a floresta, a dizendo que tinha algo por aqui e estava com medo, logo após a apunhalei pelas costas, batendo uma pedra na sua cabeça e ela desmaiou. Depois? A esperei acordar, e depois de cortar alguns de seus dedos, enfiei a faca em seu peito, vendo seu olhar ficar vazio e seu rosto totalmente úmido, por ter chorado tanto antes por conta dos seus dedos cortados.

Agora, eu me via sentada, encostada em uma arvore, abraçando minhas pernas e praticamente chorando enquanto fitava a mulher morta. Eu nunca tinha tido algum remorso em matar alguém, mas, era como se eu estivesse começando a ter sentimentos novamente. Era como se eu tivesse desligado todas as minhas emoções por um tempo e que agora, elas estavam voltando novamente, cheias de vida e de lagrimas. A mulher ruiva cheia de sangue a minha frente, tinha uma vida toda pela frente, parecia noiva pelo anel em seu dedo, iria se casar, ter filhos, uma casa, uma profissão, ia ser feliz... E eu realmente tirei tudo isso dela.

Acho... Acho que eu não consigo ser feliz e exatamente por isso, tiro a vida dos outros. Sempre pensei, que se eu não posso ser feliz, não posso ter uma vida perfeita, ninguém pode. Mas, eu nunca procurei ter uma vida perfeita ou feliz. Pra começar, matei meus pais, o que me deixou afastada de minha irmã e de todo o resto desconhecido da minha família. Era pra eu ser diferente. Ser feliz. Mas, ninguém quer um monstro ao seu lado. Eu sempre terei esse lado negro, e sempre terei que escondê-lo.

Me preparei para ir embora, tirei minhas luvas e as guardei na minha bolsa jogada no chão e antes que eu pudesse me levantar, ouvi passos. Oh, meu deus, não!

– Aqui! Eu encontrei! – ouvi uma voz grossa e me encolhi, corando mais.

Depois de alguns segundos, pude ver um policial, com um radinho na mão, falando com alguém e vendo a mulher, certificando de que ela estava realmente morta. Ele arregalou os olhos ao me ver ali, encolhida.Eu parecia uma pobre menininha indefesa aos seus olhos.

– Você viu o que aconteceu aqui, garota? – eu balancei a cabeça negativamente. Droga, eu estava encrencada. –Viu quem fez isso? Explique-me! – dizia ríspido, um pouco nervoso ou irritado.

– Eu... Eu... – fui eu quem fez isso. Porque não me entregar pra policia de cara? Pensei comigo mesma e o homem continuou a me fitar, esperando respostas.

– Droga, Phill... Mais um assassinato. Toda semana tem mais de três pessoas mortas, temos que pegar logo esse assassino! – o homem falou com alguém no radio, e uma voz logo o respondeu, eu não entendi direito.

Ei, acho que a sua assassina está aqui, senhor policial. Dei um discreto sorriso sarcástico e me levantei, limpando as poucas lagrimas e fingindo estar totalmente aterrorizada com o corpo ensangüentado a minha frente. Acho que deu certo.

– Menina, você precisa me dizer o que viu, é importante. – o homem chamou minha atenção e puxou um bloquinho de notas do seu bolso e uma caneta.

Droga. Eu precisava inventar algo... Ou realmente admitir que foi em quem fiz isso? Não... Tantos anos de pratica, sem ser pega... Não posso jogar fora.

– Eu... Eu... Bom... – gaguejei, tentando pensar em qualquer merda.

– Sei que deve estar aterrorizada, mas, entenda... Preciso saber. Conhecia a vitima? – perguntou, atencioso.

– Eu... Eu não conhecia. – suspirei, enquanto pegava minha bolsa do chão e ajeitava sobre meu ombro.

– O que aconteceu? – insistiu.

– Bom... Eu... Estava... Indo pra escola e... Ouvi gritos. Vindo... Daqui. – isso era a coisa mais idiota que estava acontecendo a mim. Dar um “depoimento” a policia. – Então, eu fiquei preocupada e resolvi vir até aqui ver o que era... Mas, eu só achei essa mulher... Morta. – apontei pro chão. – E vi um vulto, correndo pra longe, mas, não consegui ver direito como era ou pra onde estava indo, porque eu realmente fiquei, paralisada ao ver essa corpo... Aqui. Assim. – tentei fazer uma voz fraca e fingir chorar.

Eu não era boa em mentiras. Essa havia sido a única merda que veio na minha cabeça. O homem parecia anotar tudo. Droga, eu a matei. Eu não sei por que, mas, matei. Eu deveria começar a pensar nas conseqüências de matar e o porquê de eu realmente fazer isso. Eu sou tão... Estranha.

Enquanto o homem anotava e falava algumas coisas no radio, com alguém, eu resolvi sair correndo antes que ele fizesse mais perguntas. Corri pela floresta como ninguém. Eu devia estar atrasadíssima pra aula, não que eu me importasse com isso. Corri muito, muito mesmo. Saí daquela floresta sombria e horrorosa e andei pelas ruas da cidade, já que a escola não ficava muito longe. Pelo menos, eu acho que não.

Dei uma paradinha, na frente de um bar ou sei lá o que pra tomar fôlego. Eu estava exausta. Olhei pros lados, certificando de que não havia nenhum policial ou algo do tipo atrás de mim. E pra minha sorte, acho que o policial havia me perdido de vista.

– Ta perdida, gracinha? – ouvi uma voz masculina e me virei. Vendo um cara alto, forte e moreno, me fitar com um sorriso malicioso.

– N-não... Eu... To ótima. – tentei sorrir, sem parecer nervosa. E o cara gargalhou.

– Vem... Eu te mostro o caminho que precisa. – riu maliciosamente, se aproximando de mim.

– Se afaste de mim! – puxei um canivete do bolso da minha calça.

– Acha que pode me machucar com isso? – ele deu um sorriso debochado. Cara, eu odiava esse bêbados de bar! Poderia matá-lo, se não tivesse até que bastantinha gente em frente ao bar..

– É o que vamos ver! – falei, um pouco baixo e passei o canivete por seu rosto. Bom, tentei.

O cara deu um pequeno grito e pude logo ver o corte, até que grande no seu rosto, perto do olho. Ele logo colocou o mão no lugar, vendo que saí sangue. Eu sorri sarcástica. Já ele, me fitou com raiva e eu logo vi que estava encrencada. Tive que sair correndo de novo, não sabia se ele estava vindo atrás de mim, apenas corri. Rápido.

(...)

Depois de ficar correndo por certo tempo, que até fiquei com as pernas fraquejando, tentando despistar o cara, consegui chegar à escola. É, como se diz... Saí da frigideira, pra entrar na fogueira. Corri até meu armário, pegando as coisas pra próxima aula e deixando minha bolsa ali. E pro meu dia ficar pior, trombei com a vadia da Mandy.

– Ahá... A nossa querida Susan apareceu... – ela sorriu sínica. – Aonde estava? Eu tive que cuidar daquela merda de radio da escola sozinha na primeira aula! – ela praticamente gritou. E só ai eu me lembrei do nosso... Castigo.

– Foi mal vadi... Quer dizer, Mandy. – eu ri e ela me olhou com raiva. – Eu tive alguns... Probleminhas no caminho. – ergui os ombros.

– A policia quase te pegou, é... Assassininha de quinta? – fez uma voz meio fina, e eu quase dei um tapa na sua cara.

– Vai dar pra alguém e vê se me deixa em paz, ok? – me desviei dela e voltei a andar.

– Vai você! Dar pro seu namorado! – a ouvi gritar. Claro que é pra ele, pelo menos tenho namorado né!

Mas, resolvi não falar nada.

Fui andando até a sala da minha segunda aula, que pelo visto, já havia começado a um tempinho. Ou a um tempão, né. Vai saber. Nem ligou pra horas.

Abri a porta, sem ao menos bater e vi todos me olharem. Que droga. Pelo menos essa minha aula era junto com o Justin e pude vê-lo no fundo olhando pra mim e parecia falar “porra, onde você estava?” Eu apenas ri.

– Senhorita Taylor... Além de chegar atrasada tem o prazer de atrapalhar a minha aula? – ouvi o professor dizer e o fitei rápido. – Queira se sentar, por favor. – ele disse, um pouco calmo, um pouco nervoso.

Eu apenas assenti e me sentei na carteira, atrás de Justin. O professor voltou a falar algumas coisas que eu não entendi. E eu, abri meu caderno pra poder fazer alguns rabiscos. Eu sempre ficava rabiscando e nunca, nunca mesmo prestava atenção nas aulas. Principalmente nessa aula chata de matemática. Eu acho que era matemática, sei lá. Enquanto folheava o meu caderno, vi um papelzinho praticamente voar de dentro dele e o peguei. Estava dobrado e logo o abri.

“Tem cara de inocente, mas, não é nada disso, certo, Susan Taylor? Acho que está na hora de alguém aqui pagar pelos seus pecados. Isso não irá demorar muito, querida. ”

Terminei de ler aquilo e soltei uma alta gargalhada. Alta mesmo. Fazendo todos me fitares. Essa pessoa só podia estar de brincadeira, sério mesmo. Que merda de bilhetes são esses?

– O que tem de engraçado na minha aula, Susan Taylor? – fitei o professor que estava de braços cruzados, me olhando.

– Não... Nada... Eu só tava... Pode continuar, professor. – tentei sorrir e ele apenas deu de costas e voltou a escrever alguma coisa no quadro.

Esse professor era outro que eu teria que por na minha lista de assassinatos. Acho que matá-lo seria bom. Ele sempre implicava comigo. Acho que ele me odiava. Tipo, eu tinha certeza disso.

– Susan, você ta bem? – Justin se virou, me fitando.

– Sim, por quê? – praticamente sussurrei.

– O que aconteceu? Chegou tarde e esta... Esquisita. – sussurrou em resposta.

– Tive alguns probleminhas no caminho. Minha... Minha irmã achou coisas sobre nossos pais, sabe... – ergui os ombros. Que mentira mais esfarrapada.

– Sobre... Seus pais? Como assim? – ele deu uma risadinha curta.

– Depois eu te explico, na aula... Não.

– Tudo bem... Que tal almoçar lá em casa hoje.

– Quem sabe... – ri.

– Combinado. – Justin se inclinou, me dando um selinho rápido.

Isso me fez rir.

– Ei... Ei... A aula não é lugar de namorar! – o professor gritou, me olhando com raiva. Ok, definitivamente... Ele tinha um ódio indescritível por mim.

– Se sua aula fosse menos tediosa... – Justin se virou pra frente, erguendo os braços e eu ri.

– Eu odeio essa aula. – sussurrei pra ele, que riu e murmurou um “eu também” em resposta.

– Gostariam de sair da sala, namoradinhos? – o professor nos fuzilou.

– É o meu sonho. – eu disse enquanto Justin balançava a cabeça negativamente a minha frente.

Ouvi algumas risadinhas e cochichos, mas, não me importei.

– Se saírem, vai pra diretoria. – ele disse ríspido, enquanto arrumava seus óculos.

– Ahn... Então, eu to bem aqui... Não quero mais castigo. – falei normalmente, me ajeitando na cadeira.

O resto da aula... Foi um tédio. Eu e Justin trocamos alguns bilhetinhos uma vez ou outra e riamos sem querer no meio da aula, fazendo o professor ficar puto da vida. Ele realmente devia nos odiar. Resolvi não ligar pros cochichos que deveriam ser sobre mim e nem pro bilhete da pessoa louca e misteriosa. Apenas... Relaxei na aula e ri. Justin e eu até zoamos com o professor ou algo assim. Ter ele como namorado e melhor amigo... Era... Divertido. Aliás, antes de ser seu namorado, ele tem que ser seu melhor amigo, certo?



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Notas finais do capítulo

Não deu muito tempo de revisar direitinho. Desculpem por algum erro. Espero que tenham gostado. Me digam se gostaram ok? Acham que deve melhorar algo? COMENTEM, POR FAVOR?
O que acham de uma recomendaçãozinha, minhas divas?
kkk , muito obrigado por tudo . adoro os reviews de vocês divas :33 kisses, e até o proximo. vou tentar escrever melhor o proximo e postar mais rapido, prometo.
NHACCC :33 kkkk