Into Your Arms escrita por QueenLovato


Capítulo 3
03


Notas iniciais do capítulo

então peeeeeeeeeeeople of my coração, eu estou de férias, então eu estou postando com mais frequência, buuuuuuuut na segunda minhas aulas voltam, então, obviamente a frequência com que eu posto os capítulos irá diminuir. sooooooo, espero que gostem, nhac :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/148474/chapter/3

- Vem, Melanie. - Falei enquanto subia as escadas. Ela me seguiu e chegamos até o meu quarto.

- Uau. - Foi a primeira coisa que ela disse assim que entramos.

- Que foi?

- Eu nunca imaginei que um garoto pudesse ser tão organizado assim. - Ela deu de ombros.

Ri fraco.

O silêncio tomou conta do local. Mas não era um silêncio bom, era um silêncio constrangedor.

- Então... Como vai você? - Perguntei quebrando o silêncio. Ela me olhou estranho, mas mesmo assim respondeu.

- Eu vou levando... E você?

- Vou bem. Como assim "vou levando"? - Perguntei sentando na cama, e estendendo o braço para que ela escolhesse um lugar para se sentar. Ela se sentou na poltrona que ficava ao lado da tv.

- Olha, você não precisa ser legal comigo só porque o Scoo... Só porque o meu pai pediu.

- Mas eu sou legal com você porque eu quero, não por causa do Scooter.

- Ah, por favor né, Bieber! Ele provavelmente te contou dos problemas, das brigas, da cadeia e da minha mãe. E eu também percebo o jeito como você me olha, é o mesmo olhar que todos têm. "Olha essa garota, olha como ela se veste estranho, olha a quantidade absurda de maquiagem que ela usa". Então, você não está sendo legal comigo porque quer. Ou você tem pena, ou muita consideração pelo Scott. - Ela me olhou séria.

Sabe, ela tinha bons argumentos.

E além de argumentos, ela tinha razão.

Eu nunca falaria com uma garota como ela por querer, pelo amor de Deus, né!

Em parte eu tinha pena dela sim, mas acho que maior parte vem por consideração ao Scooter.

E novamente o silêncio tomou conta do local. Eu não sabia o que dizer, não sabia o que fazer.

- Olha... - Suspirei.

- JUSTIN, MEL, O JANTAR TÁ PRONTO! - Minha mãe gritou lá de baixo.

Melanie se levantou em silêncio e desceu as escadas, fui logo atrás dela.

Fomos até a sala de jantar e nos sentamos. Me sentei na cadeira que ficava em frente a dela.

Mel olhou pra comida, fez cara de nojo e olhou pra mim. Fiz o mesmo e olhei pro Scooter. Ele fez o mesmo e olhou pra minha mãe.

- Ah, por favor gente! Tá com uma cara ótima! - Mamãe disse e comeu um pouco da gororoba que estava no prato. - Ok, vamos pedir uma pizza. - Ela disse e se levantou, pegando o telefone que estava em cima da bancada.

- Mel, acho que você deixou seu iPod no carro. Quer ir lá pegar? - Scooter perguntou tirando as chaves do bolso.

- Claro! - Seus olhos brilharam.

Assim que ela saiu o Scooter começou com o interrogatório.

- Justin, o que você disse pra ela?

- Hã?

- Ela desceu as escadas com uma cara péssima. Qual foi a merda que você falou dessa vez?

- Dessa vez?

- É. - Falou e eu olhei pra ele, bravo. - Ah, venhamos e convenhamos não é, Bieber? De 200 palavras que você fala, 201 são merda. - Revirei os olhos

- Mas dessa vez eu não disse nada! Ela que falou algo sobre eu só ser legal com ela por pena ou muita consideração à você.

- Man, é sério, você precisa levar um cursinho básico de atuação, porque né... - Revirei os olhos novamente. - Por favor, tenta se aproximar dela, tenta virar amigo dela, tenta trazer a antiga Mel de volta. - Ele tentou fazer uma carinha de cachorro abandonado, comecei a rir e ele riu junto comigo.

- Pai, tá aqui a chave. - Mel chegou entregando as chaves pro Scooter. Ele me olhou e começou a balançar a cabeça indicando que eu deveria levá-la até a sala de tv.

- Então Melanie... Você quer vir comigo até a sala de tv? - Perguntei. Ela me olhou estranho, depois repetiu o olhar, só que dessa vez pro Scott, que deu de ombros, se levantou e saiu.

- Cla...ro. - Respondeu com insegurança.

Quando chegamos ela sentou no sofá vermelho, botou os fones de ouvido e ligou o aparelho. Colocou no último volume, logo reconheci a música; Into Your Arms, do The Maine.

- The Maine? - Perguntei.

- Aham. - Ela assentiu e tirou um dos fones.

- Hum... Ok, você ainda não me respondeu.

- Não respondi o que?

- Como assim "vou levando"?

- Eu. vou. levando. - Ela disse pausadamente. - Não sei como deixar mais claro.

- Mas como assim vai levando? O que há de errado? - Perguntei e ela revirou os olhos.

- Sabe senhor-estrela-pop, quando eu tinha 14 anos minha mãe morreu. Eu a vi morrer aos poucos, mas eu tinha que me manter forte, pelo menos na frente dela. E foi aí que começaram os cortes. Está vendo essas cicatrizes? - Ela me mostrou o braço, nele tinha algumas marcas, como se alguém tivesse passado a faca lá. Aparentemente tinham sido cortes profundos. - Então, quando a doença dela apareceu eu comecei a me cortar, na tentativa fracassada de aliviar a dor emocional que eu estava sentindo. Está vendo esse corte aqui? - Ela apontou pra um que ficava bem no meio, o pior de todos, o maior. Assenti com a cabeça. - Então, eu fiz esse logo quando ela morreu. Eu queria morrer, não aguentaria viver sem a mulher que me deu a vida. E foi aí que meus avós apareceram. Eles me acolheram, me levaram pra Nova York, me deram tudo que eu precisava. Amor, casa, comida e roupa lavada. Eu sorria pra eles tentando demonstrar confiança, mas eu sabia que não era bem assim. Mudei completamente meu estilo, não via porque continuar me vestindo de princesinha. Passei um ano estudando naquele inferno. Sofri bullying. Fui vítima de xingamentos, olhares tortos e já cheguei até a apanhar de algumas pessoas. - Suspirou. - E foi aí que eu cansei, contei tudo pros meus avós. Eles me tiraram de lá e eu passei a ter aulas particulares em casa. Quando as coisas estavam aparentemente começando a ir bem, eu conheci o Luke, a Amber e o bando deles. Eles era ladrões, roubavam, usavam drogas e bebiam até perder a consiência. Um ano tendo aulas particulares eu voltei pro colégio. Mesmo sendo um colégio diferente eu sofri bullying novamente. Me meti com brigas, - Ela levantou um pouco a blusa e me mostrou uma marca roxa que ela tinha na barriga. - E numa saída com o Luke ele e a Amber roubaram uma loja de bebidas, eu não fiz nada, mas como estava com eles também fui incriminada. Depois de tantas merdas feitas, meus avós decidiram que seria bom pra mim passar um tempo com o Scooter. Decidiram que era bom que eu mudasse de ambiente, conhecesse pessoas novas. E então eu vim passar um tempo com meu pai, acho que eles esperam que eu volte a ser a mesma Melanie de antes. Bom, eu vim pra cá e deixei em Nova York as únicas pessoas que foram tudo que eu tive durante um bom tempo. Agora que eu já te contei a minha história e o porque de eu estar levando a vida, e de porque não estar "tudo bem", você já pode parar de fingir que se importa. - Terminou de falar e colocou o fone novamente.

- Sabe, minha história lembra um pouco a sua. - Ela revirou os olhos e tirou o fone novamente. - Eu e minha mãe éramos pobres, morávamos num dos mais pobres bairros de Stratford, eu tocava na porta de um teatro para ajudá-la com as despesas. Também sofri bullying, também fui vítima de xingamentos, olhares tortos e também já apanhei de algumas pessoas. - Falei e ela me olhou incrédula.

- Você quer realmente comparar nossas histórias? Por favor, né. Tenha pelo menos o mínimo de bom senso.

- O ponto em que eu quero chegar é: Eu sofri isso tudo, e olha só onde eu estou agora? Não é querendo dar uma de metido, mas eu sou um dos cantores mais famosos do mundo. Eu venci minhas dificuldades, e se eu fiz isso, você também pode fazer. - Me sentei ao seu lado e olhei nos seus olhos, eram lindos. Verdes e brilhantes, pareciam um grande baú de histórias e segredos nunca revelados. Ela hesitou por um momento, parecia pensar antes de dizer alguma coisa. Ficamos em silêncio por alguns segundos, era a primeira vez que ficávamos cara a cara.

- Mas você teve uma ajudinha chamada Scooter Braun, não é? - Ela desviou o olhar rapidamente.

- E você vai ter uma chamada Justin Bieber. - Falei e ela me olhou surpresa. - Olha, eu sei que nossa primeira conversa não foi das melhores, mas você é filha do meu empresário e pelo visto nós vamos nos ver muito por aí. Então eu acho que pode ser legal manter o bom relacionamento. Eu te ajudo, você me ajuda, e assim a gente vai levando... - Dei um sorriso de canto.

Sabe, eu esperava qualque coisa. Que ela colocasse o fone de novo e fingisse que nada tivesse acontecido, que ela me batesse ou até mesmo que ela se levantasse e fosse embora. Mas ela apenas sorriu e disse algo como "É, eu acho que isso pode dar certo".

Ela ficava mais bonita sorrindo, disso eu já tinha certeza.

- E então, quer ver um filme? - Sugeri. Ela sorriu e balançou a cabeça murmurando um "Sim".

- Escolhe um. - Falei e estendi o braço, indicando que ela poderia ir até a estante completa e totalmente entupida de filmes e escolher um.

- Não, eu acho melhor você fazer isso. Eu não vejo muitos filmes, não sei muito sobre eles. - Ela sorriu sem mostrar os dentes.

- Então ok. - Me levantei e fui até a estante.

Bom, ela conseguiu contar a história da sua vida sem derramar uma única lágrima, aparentava ser uma garota forte. Eu poderia escolher um filme de terror, mas isso era algo esperado demais. Avistei um dvd com a capa clarinha; Touché.

Voltei com o dvd e entreguei para que ela pudesse olhar a capa.

- Titanic? - Ela me olhou, aparentava estar segurando o riso.

- É. Vamos ver se você é realmente uma garota forte. - Ela não aguentou soltou uma gargalhada.

- A lógica não seria você escolher um filme de terror ou algo do tipo?

- Exato. Isso era óbvio demais, então, eu escolhi um romance que é um tanto... Dramático.

- E como isso vai provar alguma coisa?

- E quero ver se você consegue ver o filme inteiro sem chorar, ué. - Dei de ombros, peguei o dvd da mão dela, fui até o aparelho de dvd e coloquei o disco nele.

- Então bom... Hoje você vai se convencer de que eu sou uma garota forte. Não costumo chorar assim tão facilmente, Bieber. - Ela disse e sorriu vitoriosa.

- E quando a tua mãe morreu? - Deixei escapar.

Eu e minha boca enorme. Sério, eu tenho que me controlar.

Ela olhou pra baixo, mexeu no iPod e tirou o único fone restante.

- Melanie, me desculpa, não foi essa a intenção, não era pra eu ter dito isso, é que eu deixei escapar, droga, meleca, eu sou muito idiota! Me desculpa mesmo, eu prometo não fazer isso nunca mais, por favor, me perdoa... - Tentei me justificar e implorar por perdão, ela levantou a cabeça, forçou um sorriso, colocou um dos cachos que caía em seu olho atrás da orelha e disse:

- Não, não... Tá tudo... Tá tudo bem. - Olhei para ela e sorri de canto.

Me sentei ao seu lado e passei meu braço em volta do seu ombro. Dei um beijo em sua cabeça e inalei o cheiro maravilhoso que vinha dos seus cabelos. Aquilo era... Morango? Não sei explicar bem, só sei que era um cheiro bom, um cheiro viciante.

- Me desculpa, tá legal? - Sussurei pra ela.

- Que que cê tá fazendo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

então, aqui foi mais um capítulo pra vcs. espero que tenham gostado. acho que nele vocês entenderam um pouco mais sobre a história da Mel, coitadinha, aw ): mas enfim, espero que tenham gostado. e é como eu vi numa fic um dia desses aí:leu + gostou = reviews, haha.booooooooooom, agora eu estou com sono, é.boa noite a tdx vcs, SOÇDHOSDLYSDHJ, eu doida, ignorem, flws? u_u bgs, chuchus :* aw