Seven Days a Week escrita por Jojo Almeida


Capítulo 4
Saturday News


Notas iniciais do capítulo

Hey gente!
Nem reclamem, não demorei tanto dessa vez!
Capitulo dedicado à todos que ´deixaram reviews no ultimo. Serio, você não imaginam como um me sinto quando leio o que escreveram!
Falo mais lá em baixo.



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          - Katie... Kay... – Katie acordou com uma voz aparentemente desconhecida a chamando em tom calmo.

            Calma, ela pensou. Aquele cheiro... Grama. Ela estava no chalé de sua mãe, que tem o agradável cheiro de grama. Certo. Acampamento. Noite na fogueira. Clarisse, Juliet, Mary, Lana, Harley, Anna, Junne.  Chalé número quatro. Dormir.

            É, Katie se lembrava da noite anterior. Mas isso não explicava porque aquela voz, agora levemente familiar, a chamava ao mesmo tempo em que seu corpo era chacoalhado por um par de mãos.

            - Hãnhun... – Katie murmurou tentando voltar para a confortável bagunça de lençóis que era sua cama, sem ao menos se dar ao trabalho de abrir os olhos.

            A voz suspirou.

            - Eu disse que não daria certo. – Uma segunda voz disse meio entediada. Essa voz... Juliet. Essa voz era a voz de Juliet. Certo.

            - E o que você sugere? – a primeira voz perguntou, e Katie a achou ainda mais familiar.

            - Hun... – Juliet murmurou e Katie quase que pode sentir que ela vinha em sua direção. – KATIE GARDNER, LEVANTE SUA BUNDA GORDA DAÍ AGORA MESMO!

            Kay deu um pulo surpreso com o grito nada delicado da irmã. Ela tentou se levantar rapidamente para falar alguma coisa bem pensada para Juliet sobre as normas de perímetro de espaço pessoal. Tentou. Katie abriu os olhos tão rápido que mal teve tempo de se acostumar com a luminosidade e, zonza pelo sono e a luz, caiu pesadamente no chão, em um emaranhado de lençóis.

            - Juliet! – Katie ralhou com o máximo de dignidade que conseguiu reunir, se levantando ainda meio cambaleante e esticando a camiseta com as mãos. Na noite anterior, havia constatado que seus pijamas haviam acabado junto com as camisetas do acampamento e, sorrateiramente, roubara uma camiseta antiga de Jonatah para dormir. “California Rest in Peace” ela dizia em alegres letras azuis sobre sua cor cinza, citando o nem tão alegre verso da musica de Red Hot Chilli Peppers. Ironicamente ou não, Jonatah era da California.

            - Eu? – Juliet perguntou docemente, sorrindo de uma forma inocente para ela.  Katie notou que ela parecia ter desistido de vez de roubar roupas e usava uma camiseta do acampamento azul turquesa.

            A sua esquerda, Kay escutou um riso infantil. Jessie. Ela estava sentada na cama de Katie e usava uma camiseta branca com um short jeans escuro. E, aparentemente, era a dona da gentil primeira voz que tentara acordar Katie.

             - Você perdeu o café da manhã. – ela informou ainda rindo da irmã. Katie corou um pouco envergonhada e tentou abaixar um pouco mais a barra da camiseta de Jonatah que, na verdade, estava usando como uma camisola.

            - É, florzinha. Melhor você se apressar. Arco e flecha com Quiron. Tipo, agora. – Juliet disse meio divertida, andando até a porta e sendo acompanhada por uma alegre Jessie. -  Só para avisar.

            Katie pensou em responder alguma coisa, mas já era tarde de mais. Com aquelas ultimas três palavras que foram praticamente cantaroladas por Juliet, as duas saíram do chalé e a deixaram sozinha novamente.

             Dormir, pelo visto, estava fora de questão. Katie se arrumou para a aula, dessa vez vestindo uma blusa estampada branca e verde com um short jeans escuro e seus all stares de couro preto. Prendeu o cabelo em um rabo alto, encarando a imagem refletida no espelho. É, nada mal.

            Saiu do chalé sem pegar nada, já que não tinha arco e flecha e sempre usava os do acampamento para treinar. Assim que seu pé tocou a grama fofa que havia em frente ao chalé, Katie percebeu que estava com fome. Uma quantidade maior do que o razoável de fome.

            E, naquela hora, só havia duas formas de conseguir comida no acampamento. Sendo que uma delas estava fora de questão, uma vez que Katie nunca conseguia trocar mais do que duas palavras com as naides.

            - Connor? – Katie disse indecisa, em frente a porta fechada do chalé número 11, sem saber se devia entrar ou não e imaginando se ele estaria ali.

            Ela ouviu um farfalhar de panos e um banque surdo de algo pesado sendo derrubado.

            - Harley eu já disse que.... Ah, oi Kay. – Connor disse abrindo a porta. Seu cabelo loiro estava completamente bagunçado e seu rosto meio ameaçado. Sem precisar olhar para ele de novo, Katie podia informar com toda certeza que ele acabara de acordar e se levantara apenas para abrir a porta. – Algum problema?

            Connor franziu o cenho para ela, coçando a cabeça desleixado.

            - Não, não. – Katie respondeu de prontidão, levemente indignada. – Nossa! Porque todo mundo acha que eu só dou noticia ruim?!

            - Deve ser algo na sua áurea, ou sei lá. Verde de mais, quem sabe. – Connor respondeu rindo. Kay fez uma careta e deu um leve tapa no braço dele. – Hey! Achei que já tínhamos decidido que eu sou o Stoll errado!

            - Ha-há. Muito engraçado. – Katie ironizou revirando os olhos, então baixou levemente o tom de voz, como se estivesse prestes a contar um segredo à ele. – Connor... Eu preciso de um favor.

            - Hãn? – ele murmurou levemente confuso pela mudança de humor da garota.

            - Um favor. Eu acabei perdendo o café hoje e... Bom, eu queria saber o que chalé de Hermes podia me oferecer.  – Ela continuou um pouco envergonhada, baixando o olhar para o chão.

            - Você? Katie? Katie Gardner? Katie Gardner a filha de Demeter? Katie Gardner a filha de Demeter quer comprar algo do nobre chalé de Hermes? – ele repetiu surpreso, franzindo o cenho.

            - Eu mesma. – Katie respondeu revirando os olhos, impaciente. – E rápido de preferência. Tenho aula com Quiron agora mesmo.

            - Nossa! Essa é uma oportunidade única na vida! – Connor exclamou brincalhão. – E então, o que vai ser? Temos de tudo... Eu quase. As filhas de Afrodite gostam daquelas barrinhas nojentas de nozes para emagrecer, mas temos outras coisas também...

            - Eca! – Katie respondeu com uma careta. Mesmo sua mãe sendo a deusa da agricultura e ela gostar de cereal, ela simplesmente odiava barinhas de cereal. Só o cheiro já a deixava enjoada. – Você não tem nada melhor não? Uma laranja ou algo do tipo?

               - Hun... Você podia falar com as naides se realmente quer frutas ou algo do tipo. – Connor sugeriu e Katie não conseguiu reprimir outra careta. – É, tem razão. Serezinhos verdes detestáveis, aquelas. Nada como o bom e velho chalé de Hermes. Vou ver o que consigo para você...

               Connor começou a se virar para entrar no chalé novamente, mas se deteve com se uma grande ideia o atingisse.

               - Hey! Espera! – ele disse coçando a cabeça, pensativo. - Você é filha de Demeter! Não era mais fácil só pensar algo do tipo “Frutas cresçam!” e você teria quantas laranjas quisesse?

            - Anda logo, Stoll. – Katie respondeu revirando os olhos. Connor riu e entrou no chalé novamente. Antes que Katie pudesse segui-lo, o garoto fechou a porta atrás de si, privando-a dos mistérios do chalé de Hermes.

            Katie bufou frustrada, pensando se realmente não teria sido mais fácil produzir a própria comida.

            - Isso é tudo que eu tenho – Connor anunciou saindo pela porta novamente e jogando algo em sua direção. Levemente distraída Katie apanhou o objeto no ar por reflexo, ao mesmo tempo em que constatava que era uma maça verde.

              - Como...? – ela começou a perguntar analisando a fruta. Aquela não era época de maçãs verde e, mesmo se ela quisesse, nunca conseguiria fazer algumas delas crescerem por sua vontade. Mas ali estava, uma maça verde de aparência deliciosa fornecida pelo chalé de Hermes em pleno julho.

            - Hã-hã-han. – Connor a interrompeu balançando a cabeça. – Sem perguntas.

            - Claro. – Katie murmurou revirando os olhos e achando a política do chalé de Hermes altamente incomoda. – Quanto eu te devo?

            - Levando em conta que presenciei um fato único na história do universo... – ele respondeu tentando parecer pensativo, mas soando apenas como brincalhão. – Nada.

            - Estou falando serio, Stoll. – ela disse meio que o repreendendo. – Tenho que pagar por isso. É o certo.

            - Deuses Kay, é apenas uma maçã. – Connor murmurou revirando os olhos para ela e se reencostando no batente da porta. – Mas, se você insiste, digamos que você fica me devendo um favor.

              -  Não gosto disso nem um pouco, mas... – Katie resmungou, apesar de já ter se dado por vencida. – Que seja. – Concluiu dando de ombros. – Te vejo mais tarde, Stoll.

            Ela começou a descer as escadas da sacada do chalé número 11, mas se deteve no primeiro passo, se lembrando dum pequeno detalhe que havia lhe passado por despercebido.

              - Onde está Travis? – perguntou se virando para encara-lo.

              - No bosque, dando uns amassos com Ashley, aquela garota loira e irritante do chalé de Afrodite. – Connor respondeu ironicamente, revirando os olhos. – Não faço a mínima ideia. Porque eu saberia?

               - Sei lá. – Katie admitiu dando de ombros. - Você... Poderia manter isso – ela indicou a maçã. – apenas entre nós dois, certo?

                - Por quê? Algo errado em pedir ajuda ao nobre chalé de Hermes? – ele revidou parecendo levemente indignado e meio magoado.

               - Não. – Katie respondeu meio envergonhada, se encolhendo. – Só... Prefiro que ele não saiba disso. Tenho meus motivos.

               - Tudo bem. – Connor concluiu dando de ombros e voltando a entrar no chalé. – Te vejo mais tarde, florzinha.

                A ultima parte ele disse sem ao menos se dar o trabalho de se virar para olha-la, e quando Katie deu por si, encarava a madeira da porta fechada do chalé número onze. Ela balançou a cabeça, e jogando a maçã no ar para depois agarra-la, começou a andar em direção ao arco-e-flecha.

                - Tente mais para esquerda. – Katie sugeriu a Jessie dando uma mordida em sua maçã.

                Jessie realinhou o arco, tentando manter a flecha no lugar. De fato, era uma cena meio engraçada. Jessie não era exatamente alta para a sua idade e, mesmo se fosse, isso não impediria do arco ser quase do seu tamanho. Ela estava tentando lutar com o arco desde que chegara ali, o que não é pouco.

                Katie, por outro lado, nem se preocupou muito de pegar um arco para ela. Apenas se sentara em uma espécie mureta que cercava a área e começara a comer a maçã. Quiron não parecia ter notado já que, à alguns metros dali, ele estava ocupado demais tentando explicar a Rod e Jonatah que a principal finalidade de um arco não é joga-lo na cabeça das outras pessoas durante um discussão. Ainda mais se a pessoa em questão é seu meio-irmão.

                Jessie lançou a flecha meio cambaleante, que, como Katie constatou logo em seguida, se cravou exatamente o centro do alvo.

                - Como você sabia? – Ela perguntou impressionada, se virando para a irmã. Na verdade, Jessie não podia ser taxada como ruim naquilo. Mesmo antes da sugestão de Katie, todas as flechas que lançavam acertava, no mínimo, a área amarela, muito próxima à vermelha que marcava o centro. Certamente, com o arco certo e algum treino, Jessie logo poderia ser confundida com uma filha de Apolo por suas habilidades.

                Katie deu de ombros em resposta.

                - Pode ser que namorar um filho de Apolo tenha lá suas utilidades mais tarde. – disse com um sorriso. – Não que ele sejam exatamente fieis.

                Jessie olhou para ela meio que na interrogativa, mas resolveu não perguntar nada. O que, na verdade, Katie achou bem oportuno. Nunca ia conseguir encontrar as palavras para explicar a uma garotinha de oito anos que a dois anos atrás encontrara seu namorado aos beijos com uma certa piranha do chalé de Afrodite.

                - É o que eu diga. – Juliet concordou rindo, próxima às duas.

                - Juliet! – Quiron chamou do outro lado. Katie percebeu que em suas mãos havia um envelope preto que parecia ter acabado de ser entregue por Jenna, do chalé de Hermes.  Ela não sabia o que isso significava, mas não lhe parecia muito bom.

                Juliet revirou os olhos para ele, reeconstando o arco de qualquer jeito e indo em sua direção.  Katie teve a estranha sensação de que Juliet não havia notado o envelope preto nem fantasiado sobre o seu conteúdo como ela.

                - Ah, meus deuses... – Katie ouviu Juliet murmurar quando entrou no chalé número quatro. Apesar de Juliet ter saído assim que pegou o envelope com Quiron e trocou algumas palavras com ele, ela fora obrigada a ficar lá e terminar aula. – Nem acredito nessa droga!

                Só que, o que Juliet disse não foi exatamente “droga”.

                Katie se sentou nos lençóis arrumados de sua cama, com um leve suspiro. Obviamente, não era nada grave. Toda sua preocupação fora a toa. Na verdade, o que esperava encontrar quando chegasse ali era Juliet as lagrimas e soluços, se apoiando na parede de sua cama e abraçando o travesseiro, como fazia toda vez que recebia uma noticia ruim. Certo, Juliet não estava exatamente calma naquele momento, mas era inegável que Juliet sempre é meio dramática em relação à... Bem, a tudo.

                - Calminha aí, Juliet. – Katie disse gesticulando com as mãos, e Juliet se sentou pesadamente ao se lado. – Agora respira e me conta o que Hades aconteceu.

                Juliet suspirou dramaticamente, revirando s olhos para ela.

                - Victorie vai fazer ‘Swett Sixteen’. -  ela anunciou irritada.

                Victorie-Anne Ferrier. Prima de Juliet Ramona Ferrier. É, Katie a conhecia. Loira, rica, irritante, metida a superior, filhinha do papai, fútil e mesquinha. Victorie não era exatamente uma pessoa agradável, digamos assim. Ainda mais quando, como Juliet já havia feito você liga para o 911 porque ela resolve dar uma mega festa na piscina escondido de seus pais, que estavam viajando, e uma garota desmaia após bater a cabeça no deque.

                - E Paul disse que eu simplesmente tenho que ir, goste disso ou não! – Ela acrescentou alterada, jogando o convite na cama. Quando estava realmente irritada, Juliet se recusava a chamar seu pai de “papai”. Nessas horas, ela só aceitava chama-lo de Paul, se não Paul Sipper Ferrier.

                Katie esticou o braço e pegou o envelope, retirando o convite dele. Lá estava Victorie, sorrindo para a câmera em um foto preta-e-branca claramente profissional, usando um longo vestido antigo de baile, com direito até mesmo a um corpete, e segurando uma mascara sobre o rosto com as mãos cobertas por luvas brancas. Como sempre, seus cabelos caiam perfeitamente encaracolados sobre os ombros e, mesmo a foto sendo em preto-e-branco, Katie poderia dizer com todo certeza que podia enxergar perfeitamente a cor azul-bebê dos olhos gélidos dela.  Ao seu lado, as palavras “Sweett Sixteen” flutuavam em cor prateada, levemente em relevo.

                - Eu sei! – Juliet exclamou como se concordasse com ela, mas Katie teve a sensação de que ela não sabia. – Também achava que Victorie estava acima disso. Baile de Mascaras. Humpf. Que coisa mais careta!

                Novamente,  o que Juliet disse não foi exatamente “coisa”.

                - Ah, meus deuses, Juliet! – Katie a repreendeu. – Deixa de ser exagerada! Não pode ser tão ruim assim! É só uma noite! Aposto que lá vai ter tantas pessoas que vocês duas não vão mal se esbarrar! Uma foto na entrada, e uma na saída. É tudo que você precisa para provar que esteve lá, certo? Seu pai não está em Chicago desde maio ou algo do tipo? – ela checou o convite. – A festa é em Manhattan! São quase cinco estados de distancia! Ele não vai estar te fiscalizando ou algo do tipo!

                Juliet a encarou, estática, sem saber o que dizer. Um segundo depois concluiu o que havia escutado e piscou fortemente olhando para Katie.

                - KAY! – ela exclamou pulando na irmã para um abraço totalmente inesperado. – Você é demais! Não acredito que não tinha pensado nisso antes! Mas... é uma pena que eu não vá conhecer ninguém lá. Vou estar totalmente sobrando! A não ser... Ah, Kay isso ia ser demais! Você tem certeza que não que ir comigo na festa? Seria incrível! Assim pelo menos eu vou conhecer alguém alem daquele amigo irritante de Victorie e suas amiginhas falsas.... Nós podíamos até pedir ajuda para o chalé de Afrodite! Mary arrumaria o vestido perfeito para a gente antes de sequer pensarmos nele! Você viu o que ela fez...

                Foi a vez de Katie piscar confusa. Sua cabeça já estava girando. Isso geralmente acontecia quando Juliet começava a falar rápido, rápido e mais rápido. Por isso ela simplesmente parou de escutar um pouco, se perguntando se tinha dito a coisa certa.

                - Juliet! – Kay exclamou segurando a irmã pelos ombros e a fazendo parar de falar imediatamente. – Repira. Calma. Eu vou com você na tal festa. Só ligue para o seu pai antes para ver se ele concorda, ou sei lá.

                Juliet concordou com a cabeça, pegando um dracma em sua mesinha de cabeceira e saindo do chalé para começar as tentativas de criar um arco-íris.  Katie deixou seu corpo pesar em seu travesseiro, agradecida pelo silêncio. O que não durou muito, pois, em quase dois minutos depois, Juliet voltou para lá com um sorriso enorme no rosto que, pela segunda vez, fez Katie acreditar que ela teria algum problema no rosto se continuasse a sorrir desse jeito.

                - Pode ir se preparando, Cinderela. – anunciou feliz, sem deixar o sorriso oscilar em seu rosto nem mesmo levemente. – A abobora saí  na quarta-feira, ás nove.

                Connor chutou uma pequena pedrinha que estava no caminho.

                Ele não sabia exatamente aonde ir.  Acabara de se levantar e, ainda com sono, descobriu que não possuía nenhuma aula naquele dia. Bom, pelo menos nenhuma em que valesse a pena comparecer. Então ele estava simplesmente andando sem rumo até que, quando deu por si, estava na arena. Em plena aula do chalé de Atena.

                - Desculpe. – ele murmurou quando sem querer topou em Annabeth e os dois caíram no chão. Ajudando-a a se levantar e fantasiando sobre como estava se tornando estranhamente comum ele trombar com garotas acidentalmente o tempo todo e derruba-las, ele viu algo cintilar no chão. Sem conseguir se conter, esticou o braço para e depois levantou para poder analisar na luz.

                O pequeno objeto cintilante era, na verdade, uma corente de ouro branco. Connor tinha certeza que era ouro branco e não prata. Harley tinha uma corrente de ouro branco, exatamente igual aquela, só que com duas serpentes enroladas em um caduceu, o símbolo de Hermes, como pingente. Na ponta desta meio longa corente de ouro branco descansava um pingente em forma de coração, daquele tipo que se abre para revelar uma pequena foto cortada em seu formato, adornado por minúsculos cristais brancos e azuis. Não era exatamente uma característica que alguém se daria à um colar, mas Connor o achou estranhamente gélido.

                - É seu? – ele se viu perguntando a Annabeth. Na púnica vez que Harley perdera o colar dela, entrara em tanto pânico que Connor precisou de quase duas horas para acalma-la, mesmo depois de já ter revira o acampamento inteiro e acha-lo com sucesso. Connor podia até fazer o tipo irmão protetor, mas naquele dia ele havia se dado conta que não desejava aquilo à garota alguma. Porque, aparentemente, alguns colares contam mais história do que se pode imaginar.

                - O que? – ela perguntou confusa, voltando sua atenção à ele. – Ah, não. É de Marie.

                Annabeth esticou a mão e pegou a corrente da mão dele em um gesto desconfiado e delicado ao mesmo tempo.

                - O que isso faz aqui? – ela perguntou franzindo o cenho.  – Você não...?

                - Claro que não. – Connor respondeu antes que ela concluísse sua pergunta. – Estava ali não chão.

                - Claro. – Annabeth murmurou sem parecer muito convencida. – Eu vou devolver para a verdadeira dona. Pobre Marie. Deve estar louca atrás dele.

                - Huhun. – Connor concordou.  Do outro lado da arena, o nome de Annabeth foi chamado em alto e bom som. Percy havia acabado de entrar ali, com cara de que estava esperando por ela a um bom tempo.

                - Droga. – Annabeth murmurou baixinho, olhando para si mesma e, quase que inconscientemente, tentando afanar um pouco da poeira que havia ficado presa em sua blusa com a queda no terreno arenoso da arena. Então ela olhou para Connor como se fosse a primeira vez que o notasse ali. – Não acredito que vou fazer isso, mas... Você não pode devolver isso à Marie?

                - Claro. – ele disse dando de ombros.

                - E nem pense em...

                - Pode deixar. Onde eu a encontro?

                Inexplicavelmente, Annabeth olhou para o sol, analisando sua posição.

                - Tente no bosque, ou no nosso chalé.

                - Sim senhora. – Connor concordou, meio que para o vazio. Annabeth já havia saído em direção ao namorado.

                Ele suspirou, e começou a andar em direção ao bosque


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Notas finais do capítulo

Dramático né?
hahahhahaha.
Mentira.
Podem esperar que a festa de Victorie vai ser fantástica.... Mas acho que vão ter que esperrar um pouco! Meio que vai demorar para chegarmos na sexta...
Não se esqueçam dos reviews okay?
Estava me perguntando porque tenho tantos leitores mas não recebo reviews de todos...
Sem timidez em galera?
Quanto ao tamanho dos capitulos... Ainda estou meio em duvida! Acho que meio que estou esagerando né? Talvez deva diminuir um pouco, não sei...
Beijos!
Jojo