Seven Days a Week escrita por Jojo Almeida


Capítulo 2
Frinday Mess


Notas iniciais do capítulo

HEY!
Gente desculpa, desculpa mesmo, pelo sumiço.
Eu esqueci completamente de avisar que eu ia viajar aqui!
E, como nem todo mundo que acompanha aqui acompanha minhas outras fics, você devem ter achado que eu desisti!
Mas não! Nunca!
Eu não sou do tipo que desiste!
Hãn... Dedico esse capitulo atodos que deixaram reviews no prologo. Se você ainda é um leitor fantasma, vamos segir o exemplo galera!
Espero que gostem.
Acho que o tamanho dele pode compensar um pouquinho meu sumiço.



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- Connor.....Connor?.....Connor! -  Travis sussurrava enquanto chacoalhava o irmão, em uma tentativa inútil de tira-lo de seus sonhos. Ali, no meio do escuro e bagunçado chalé de Hermes, Travis se sentia estranhamente bem.  Apesar de ter vários motivos para se sentir bem, era até um pouco estranho. Vários motivos não, apenas um. Um motivo que começava e terminava com o fato de Katie haver lhe dado um segunda, ou quinta, chance.

E ele simplesmente não ia estragar tudo dessa vez. Não, não. Dessa vez ia dar certo. Tinha que dar.

-Huuunnn... – Connor murmurou sonolento, se remexendo no meio dos lençóis e tampando a cabeça com o travesseiro.

Travis revirou os olhos, puxando o lençol em um movimento rápido, e fazendo com que um semideus muito confuso caísse no chão próximo ao seus pés. Ates que o irmão pudesse pensar em reclamar, Travis deu um forte tapa em sua cabeça e apontou para a porta, em uma mensagem silenciosa.

- É bom que você tenha um bom motivo para me acordar desse jeito a essa hora... Na verdade, eu não ligo para o fato de você ter ou não um bom motivo. Ainda é desumano acordar alguém desse jeito. – Connor ironizou, fechando a porta atrás de si e usando a outra mão para massagear a cabeça onde o irmão havia batido. Ao contrario do irmão, ele usava apenas uma calça de moleton, e não uma calça jeans e uma camiseta. Ou sapatos.

- Claro que eu tenho um bom motivo. Um ótimo motivo. – O outro respondeu sorrindo bobamente.

- Você tem cinco segundo para me convencer de que estar aqui é melhor do que estar ali.  – Connor disse revirando os olhos.

- Katie me deu uma segunda chance. – Travis anunciou feliz.

- Ótimo.- o irmão observou sarcástico. – Eu vou voltar a dormir. – falou dando meia volta.

- Nada disso. – Travis discordou segurando seu braço. – Você vai ficar bem aqui e me ajudar a bolar um plano.

- Claro, claro. Por que não? Dormir nem parece mais tão bom assim. – Connor ironizou, dando meia volta de novo, mas Travis puxou seu braço bem a tempo. – Hey! Você não manda em mim!

- Tecnicamente, mando sim. Eu sou seu irmão mais velho.

- Olha Travis, eu não sei no que você estava pensando quando decidiu trocar tocar todas as roupas de Juliet para azul, nem como me convenceu a te ajudar, mas se isso te trouxe problemas com Katie.... Foda-se! São três da manhã! Se vira! Eu preciso dormir.

-Ah, não. Você vai me ajudar. Não tem escolha. Ou você não se lembra do que aconteceu com Ashley, a filha de Afrodite? – Travis disse com um sorriso vitorioso.

- Tá, tá. Tanto faz. Eu te ajudo. – Connor murmurou a contragosto. – Por onde começamos?

- O que Hades foi aquilo com o Stoll? Eu gosto de dormir sabe? Arrg, nem acredito que Jonatah teve que atirar alguma coisa em você! Até acredito, mas o idiota podia ter jogado o tênis dele. Humpf. – Juliet, a irmã mais nova de Katie, disparou com uma bala quando ela chegou ao café da manhã. Por um segundo, Katie pensou que ela fosse filha de Afrodite, mas a semelhança entre as duas era forte de mais. – Se bem que... eu mesma teria tacado meu all star. Só que no Stoll, claro. Maldito!

Ela acrescentou alterada, gesticulando para suas roupas. Juliet usava uma camiseta do acampamento, um short jeans, uma sapatilha, e seu cabelo estava preso com uma presilha. Era, basicamente, o que Katie usava. A única diferença era... Que a camiseta e o short e a sapatilha e até mesmo a presilha tinham a mesma cor enjoativa de azul turquesa. Era como se um monstro tivesse vomitado a cor nela.

Mas foram os Stoll, e não um monstro. E aqueles dois não haviam exatamente vomitado.

- Bom dia para você também, Juliet. – Katie disse irônica, se sentando ao lado da irmã e pegando uma torrada. Juntas, as duas formavam toda a população feminina do chalé número 4.

- Porque tinha que ser azul? Podia ser vermelho, ou verde.... Mas nããão, tinha que ser azul. – Ela murmurou em resposta ignorando completamente a irmã. – Acho que nunca odiei mais azul.

- O que temos para hoje? – Katie perguntou se referindo ao quadro de horários que ficava na porta do chalé e ela se esquecera de olhar naquela manhã, resolvendo ignorá-la um pouco também.

- Hoje é sexta então... Você tem que fazer a inspeção dos chalés masculinos, e alguém do chalé de Hefesto vai fazer a dos femininos. – Juliet enumerou parando para tomar um gole de suco, e Kay concordou silenciosamente. Apesar de ser uma meio-filha-de-Afrodite, Juliet tinha uma memória incrível e, ao contrario da irmã, nunca se esquecia de olhar o quadro. – E eu vou jogar vôlei com os gatos do chalé de Apolo.

- Claro que vai. – Katie disse meio irônica, revirando os olhos e dando mais uma mordida na torrada. – E que horas são agora mesmo?

- Hun... 9:30. – a garota respondeu checando seu relógio de pulso (azul) e parecendo levemente indiferente. – A inspeção não começa as nove?

- Droga! – Kay xingou baixinho tomando um grande gole de seu café, e se levantando meio desajeitada. – Te vejo na arena!

Gritou por cima do ombro para Juliet, já correndo em direção à Casa Grande, onde passou pelo Sr.D na varando com um raio e pegou a prancheta de inspeção em cima da mesinha centro da sala. De volta para a ala dos chalés, ela analisou o que teria que fazer a seguir.

Chalé número 1. Zeus. Thalia estava com as caçadoras então... Chalé número 3. Poseidon. Subindo na pequena varando do chalé de conchas, Katie bateu na porta meio hesitante, pensando se Percy realmente estaria lá.

- Bom dia, Kay. – o filho de Poseidon cumprimentou abrindo a porta. Seu cabelo estava levemente molhado, e as gotículas que caiam dele molhavam a camiseta laranja do acampamento.

O chalé... Fazia o tipo bagunça arrumada. Estava limpo, e as coisas pareciam ter sido organizadas de uma forma apressada e estranha. A fonte do centro emitia um leve brilho, como se alguém tentara limpá-la. Sua cama, em um dos beliches mais afastados, tinha sido meramente arrumada, com os lençóis meio jogados, meio esticados.  O chifre de minotauro pendia levemente para a esquerda, assim como seu escudo.

E, assim com Percy, tudo ali cheirava a maresia.

- Annabeth esteve aqui? – ela arriscou analisando o lugar.

- Quase isso. – ele respondeu sem graça.

- Então o todo poderoso herói do olimpo não tem mais tempo para arrumar seu chalé? – Katie perguntou divertida.

- Na verdade, ele tem. Mas é mais fácil bagunçar do que arrumar, se é que você me entende. – Pers se defendeu rindo.

- Hun... Sete e meio por você ter tentado. – ele concluiu anotando a nota em sua prancheta. Ele suspirou meio aliviado e sorriu tímido.

- É. Nada de banhos frios e turnos na cozinha para mim essa semana. Te vejo na arena, certo? – perguntou. A filha de Deméter concordou com a cabeça antes de sair.

Chal é número 3... inspecionado. Isso queria dizer... chalé número 5. Ares.

- Hey, florzinha – Clarisse zombou brincalhona quando abriu a porta para ela. Antes, Katie teria visto aquilo como uma provocação, mas, de certa forma, elas haviam se tornado amigas depois da morte de Silena. Era uma dor que as duas carregavam, por serem tão próximas da filha de Afrodite.

O chalé, na verdade, esta um bagunça. Peças de armadura, lanças, escudo, punhais, espadas e algumas outras armas que Katie sequer sabia nomear estavam espalhadas por todos os lados.  As camas estavam todas desarrumadas, com a exeção das que não eram usadas e de uma que tinha os lençóis meio esticados, que ela deduziu ser a de Clarisse. Roupas estava jogadas no meio dos objetos cortantes ou meramente socadas dentro do baús e armários. Algumas migalhas de qualquer coisa estavam em um criado-mudo e a cabeça de javali que fica no centro pendia para a direita, presa apenas por uma corrente.

Era como se nem estivessem tentando.

Katie se viu obrigada a dar uma nota baixa, muito baixa, mas acabou deixando Clarisse levar um quatro. Pelo menos... ela havia tentado. E, como Katie sabia, os chalés masculinos nunca eram lá tão arrumados assim. Perfeição era coisa das filhas de Afrodite, ou Nike.

   Katie prosseguiu inspecionando os chalés. O próximo chalé foi o número 7, Apolo. Não estava tão ruim assim, se você ignorasse o fato de todos os instrumentos terem sido recolhidos para um canto de uma forma desorganizada, e as camas não estavam lá grande coisa. Mas estava limpo, e era o melhor até agora... No fim, acabaram com seis e meio, já que Jake não parava dedar cantadas em Katie. O que era bem irritante.

Chalé número 9. Hefesto. Estava arrumado, mas não muito. Algumas muitas peças de bronze estavam espalhadas ou meio juntas nos cantos, e Katie poderia jurar ter visto algo metálico subindo a parede. As camas estavam arrumadas, mas ela teve a estranha impressão que eram programadas para que isso acontecesse automaticamente. No fim, receberam um sete.

- Hey. – Travis disse simplesmente, abrindo a porta do chalé numero onze. Seu cabelo esta inteiramente bagunçado, e ele parecia ter acabado de acordar. Usava uma camiseta lisa branca, uma calça jeans gasta meio grande que teve de ser dobrada para não arrastar no chão, uma vez que ele estava descalço.

- Eu preciso ver o chalé para inspeciona-lo, Stoll. – Katie disse meio irônica, ficando na ponta dos pés para tentar ver o que estava atrás do garoto.

- Ah, claro. Esqueci desse detalhe. – ele falou com um sorriso estranho, como se soubesse algo que Kay nem suspeitava a respeito, o que ela não gostou nem um pouco. Então liberou a passagem com um gesto floreado e meio exagerado. Katie revirou os olhos e deu um passo a frente.

- Ah! – ela gritou surpresa, olhando para os lados, quase escandalizada.

Katie conhecia o chalé de Hermes. Era um lugar abarrotado, com mais beliches do que devia, sacos de dormir para todo lado, objetos espalhados ou trancados a sete chaves em armários, mochilas ou baús. Lá você mal podia ver o chão, e os lençóis sempre pareceriam desarrumados, por mais que se lutasse contra eles. Sem falar na fina camada de poeira que pairava ali, e as tabuas de madeira que rangiam quando se pisava onde não devia. Katie estava preparada para encontrar isso, porque esse era o chalé de Hermes. Era isso que qualquer um esperaria quando entrasse ali.

Não... Bom, não aquilo.

Não havia nada espalhado no chão. Os beliches estava perfeitamente alinhados, e com os lençóis devidamente arrummados. Os sacos de dormir estava recolhidos e embolados da forma certa, nos locais que os donos ia dormir. Todos os objetos estavam nos armários ou nos baús. Não havia poeira alguma. Estava tudo limpo e organizado.

O que, de certa forma, fazia com que aquele não parecesse o chalé de Hermes. Por um segundo, Katie fantasiou se não havia entrado no lugar errado, ou se estava na dimensão errada. No chalé de Hermes, aquele que ela conhecia, as palavras limpo e organizado eram uma espécie de crime.

Kay poderia até jurar que ali havia o reconfortante cheiro de madeira velha, que parecia extremamente adequado.

- O... o qu-que Ha-hades a-c-com-acontec-c-eu a-q-aqui S-St-Stoll?- ela perguntou gaguejando fortemente e olhando para os lados, confusa e desorientada.

- A fada madrinha da Cinderela resolveu nos visitar durante a noite e fazer uma limpezinha porque fomos todos bons garotos. – Travis respondeu ironicamente, se segurando para não rir da confusão dela, mas sem conter um sorriso brincalhão.

- Eu estou falando serio! – ela ralhou lhe dando um tapa fraco no ombro. – O-que-você-fez?

- Nada. Eu já disse que foi a fada madrinha. – ele insistiu parecendo se divertir muito, mas muito mesmo, com a reação de Katie.

- Isso aqui tem sua assinatura Stoll. Eu sei muito bem. – Katie disse cerrando os olhos e apontando para ele de forma acusadora.

- Calminha aí, florzinha. – ele respondeu ainda mais brincalhão, usando o apelido de Clarisse.

Katie olhou para os lados, deixando os braços caírem ao lado do corpo ruidosamente.

- Você acha que isso me impressiona certo? – perguntou andando de um lado para o outro. – Bom, você errou Stoll. De novo. Vai precisar de mais do que uma madrugada arrumando um chalé para me impressionar. Muito mais.

- Claro, eu sei disso. – Travis murmurou meio irritado. Como se esperasse que não precisasse de fazer  mais do que isso. Katie olhou para a prancheta que carregava na mão esquerda, parecendo se lembrar dela pela primeira vez desde que entrara ali.

- Eu n- ela começou a dizer mas se deteve quando seus olhos caíram sobre o criado-mudo da cama que sabia ser de Travis. Ali, em um pote de água , havia uma única margarida meio murcha.  Kay andou até lá,  e tocou as pétalas da pequena flor com os dedos. De repente era como se ela ganhasse vida. O caule pareceu mais verde, as pétalas mais brancas, e o miolo mais amarelo.

A margarida ficou menos mucha.

- Você realmente faz tudo errado, Stoll. – ela repreendeu com voz leve, levantando o pote e esvaziando parte de seu conteúdo pela janela. – Não se pode colocar tanta água. Se não você mata a flor.

Travis sorriu em resposta, quase orgulhoso. Como se disse-se “Essa é a minha garota”.

E Katie gostou disso. Gostou de verdade.

Mas então se lembrou de porque estava ali.

- Nota nove. – ela disse secamente, voltando para a porta.

- Porque não dez? – Travis a deteve antes que chegasse lá. Katie não saberia dizer se ele soava brincalhão, ou levemente magoado.

- Por que o conselheiro daqui é um idiota. – respondeu simplesmente, se desviando dele e saindo pela porta.

Katie começou a andar até o chalé de Iris, que ficava na ala masculina apesar de pertencer a uma deusa. Depois dele, restaria apenas o de Hypos e ela estaria livre para.... Seja lá o que ela quisesse fazer.

- KAY, KATIE! – Juliet gritou correndo em sua direção. Parecia ter vindo da Casa grande, e com boas noticias.

- Se você continuar a sorrir desse jeito, vai acabar dando pane no seu rosto. – Katie provocou divertida, quando a irmã parou ao seu lado. Era verdade, Juliet sorria de uma forma quase... Desumana.

- Ah, KAY! Você não vai nem acreditar! – ela disse com voz aguda, quase que pulando de felicidade. – Eu estava indo falar com Quiron, aí eu o encontro na varanda da Casa Grande com aquela coisinha linda! Ah!

- Calminha aí, Julie. – Kay falou divertida, usando o apelido que Juliet odiava. – Agora respira, e me conta o que aconteceu.

Juliet suspirou dramaticamente, antes de continuar.

- Bom, lá estava eu indo para a casa grande para falar com o Quiron , e eu encontro ele na varanda com aquela coisa fofa! Jessica, eu acho. Aí, Kay, ela é uma gracinha! Com aqueles olhões verdes e o cabelo loiro e meio bagunçado! Tão pequenininha... Quiron disse que ela tem sete anos. Sete! Acredita? Deve ser uma droga descobrir assim tão cedo! – ela disparou sorrindo cada vez mais. – Ah, você tem que conhecê-la!  Vem, vamos mostrar o acampamento para ela!

- Juliet, eu não posso. Inspeção lembra? – Katie gesticulou para a prancheta que carregava, quase rindo da irmã.

- Esquece isso! Larga esse troço aí e vamos logo! – Juliet exclamou, pegando a prancheta da mão dela e atirando na grama. Depois pegou a irmã pelo braço e começou a correr em direção a casa grande.

- Hã... De quem nós estamos falando mesmo? – Katie perguntou, cambaleando um pouco para acompanhar o ritmo dela.

- Da Jessie, bobinha. – respondeu rindo. – Nossa irmã


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Notas finais do capítulo

A Juliet é demais né?
Hahaha.
O que acharam dela galera?
Beijos e até... O próximo capitulo.
(Que eu vou tentar postar mais rapido.)