1000 Meere - 30 Segundos de Ausência escrita por seethehalo
Notas iniciais do capítulo
Ééé, dia de volta ao reformatório, digo, escola.
Coloquei RBD de novo porque NÃO TINHA o que traduzisse melhor. Enfim ~
Não vou enrolar muito por aqui hoje porque o capítulo tá bom! HAHAHAHA ~
Just enjoy (:
O calor do meu corpo que se eleva quase sem controle
Só por te ver
Começa pelas minhas mãos e termina no meu coração
Quando sinto sua falta
Partículas de amor que nadam no meu interior
Pretendem incendiar o gelo do seu coração
Fuego - RBD
*-*-*-*-*
Mas bom, nas férias aí ela vai lá pra casa e agora eu já tenho o meu plano infalível; é só aguardar a oportunidade certa de colocá-lo em prática.
Não vamos ter muito o que fazer nessas férias (eu espero), então eu vou usar o meu tempo livre pra conquistá-la de uma vez.
POV MARIA
D. Silvíe viajou com Brenda e ficou combinado que eu ficarei na casa dos Kaulitz o resto das férias. Estamos na metade de julho e eu vim pra cá hoje. D. Simone queria desmontar o estúdio deles e transformá-lo de volta num quarto para mim, mas eu disse que não tinha necessidade e que poderia dormir no quarto de um dos gêmeos sem problemas. Então Bill prontamente me convidou (digo, quase me intimou) a me instalar em seu quarto. O dia terminou tranquilo; vemos tevê e fomos dormir. A sexta passou rápido; quando eu fui ver, já era noite de novo.
Acordei no sábado com vontade de passar o dia na cama (ou nesse caso, no colchão), mas antes de abrir os olhos lembrei que tinha prometido aos gêmeos que ia ajudá-los a lavar o quintal.
Espreguicei-me, dei um bocejo, abri os olhos e achei ter tido uma ilusão de ótica quando vi o Bill seminu deitado ao meu lado.
- Bom dia.
Levantei-me de um salto e puxei o lençol para junto do corpo.
- Bill!! – gritei. Estava calor, então eu dormi com uma camisola. Não é propriamente transparente, mas suficientemente curta para mostrar um pouco demais (e mostrava mais ainda devido aos meus movimentos na cama).
- Pra que esse lençol? Já deu pra ver quase tudo mesmo. Essas roupas de dormir de mulher são um perigo, hein.
- Seu dissimulado! Você teria alguma moral pra dizer isso se estivesse usando alguma. – olhei-o de cima a baixo para enfatizar o sarcasmo.
- Me medindo? Eu acho que você tá fazendo isso tudo pra me provocar.
- E eu acho que você tá querendo apanhar.
- Confessa, alguma coisa você tava querendo pra dormir com essa roupa.
- E você tá querendo uma bifa por dormir sem roupa.
Ele começou a rir.
- Quê que é?!
- Você fica ainda mais linda com essa expressão de raiva com vergonha.
Eu ia dizer alguma coisa, mas preferi erguer a mão a fim de lhe dar um tapa para deixar os cinco dedos marcados. Percebendo a minha intenção, ele levantou e entrou correndo no banheiro.
Mordi o lábio pelo elogio torto e pela cena; apesar de magro e branquelo, ou talvez por causa disso, Bill tem... o corpo sexy. Balancei a cabeça furiosamente para os lados, eu estava com raiva! E já que já tinha dado a cara a tapa de qualquer forma, deixei o pudor pra lá e fui para a cozinha.
Um dos sonhos de infância de Tom, segundo o próprio, era limpar a chaminé da lareira, como sempre fazia o pai aos fins de semana. Como havíamos combinado, Bill e eu lavaríamos o quintal e ele limparia a lareira, como os pais tinham saído para comprar os novos guarda-roupas dos gêmeos. Contrariamente ao que parece, Tom gosta de acordar cedo quando tem alguma coisa importante pra fazer, para ter mais tempo. Olhei no relógio da cozinha – dez horas. Tom já devia estar no telhado.
Sentei-me à mesa para tomar o desjejum. Dali a dois minutos, Bill apareceu, vestido (só com uma calça, mas vestido). Sentou-se na minha frente e perguntou:
- Dormiu bem?
- Sim.
- Acordou bem?
- Com você me secando do lado.
- Qual é. Eu só tava te observando.
- Hãhã. Não sou trouxa, Bill. Você anda muito... como vou dizer... cretino.
- E você anda muito fresca.
- Ah, você fica fazendo brincadeira imbecil comigo e eu é que sou a fresca? Tem que ver isso aí.
- Tá é se esquivando de mim. De besta. Também tem que ver isso aí.
- Ah, me poupe da sua infâmia. Nem tomar meu café eu posso mais!
- Para de disfarçar que tá olhando pra mim. – ele disse com um sorriso safado e lambendo a borda da xícara.
Como ele sabe que eu tô olhando pra ele? Ele tinha que vir pra mesa sem camisa?!
- Vá te catar! – respondi apenas.
- Só pra ficarmos quites... Se é que você me entende... Eu vi você, e você me vê... A diferença é que você já viu um pouco mais, sacas?
- Bill, cale a boca. Posso terminar meu desjejum sem as suas abobrinhas.
- Você tá se segurando. Para de disfarçar, Maria.
Como terminara de comer, levantei-me da mesa com “dá licença”. Ele levantou também e se colocou na minha frente, barrando a passagem.
- Suas palavras negam, seus olhos te entregam.
Prendi a respiração pra não perder o controle. Afastei-o com um leve empurrão e fui para o quarto me trocar. Vesti-me calmamente e saí no corredor com a leve impressão de que estava sendo observada.
- Podemos lavar o quintal agora, Dom Juan? – perguntei.
- Claro. Vou só pegar a minha camiseta.
Quando saímos no quintal, Tom nos viu e gritou de cima do telhado:
- Achei que não iam sair da cama! O que estavam fazendo?
- Você nem imagina! – disse Bill.
Prendi o cabelo, peguei uma vassoura e avisei, ignorando a provocação:
- Vou começar varrendo lá na frente. Você limpa a bagunça do Scotty, e depois a gente lava a fonte. – e fui para a frente da casa sem dizer mais nada.
Enquanto varria devagar, ouvia a conversa dos gêmeos via gritos para que um escutasse o outro. Quando cheguei de volta aos fundos, Bill regava as plantas com uma mangueira. Então Tom disse alguma coisa que o outro não gostou e Bill resolveu molhar o irmão com um jato da mangueira – mas não sei se por erro de cálculo, desastre ou problema de visão quem levou o jato d’água fui eu.
- BILL, puta merda! – gritei. – Essa blusa tava limpa!
- Põe pra secar; é água, não suco de uva.
- Mas que audácia você também! – falei largando a vassoura e andando em sua direção – Você tá atentado hoje, hein!
- Até parece que você não sabe por que eu tô assim!
- Não, eu não sei! E não tô achando a menor graça nessa sua brincadeirinha estúpida!
- Estúpida? Coitada! Se liga, Maria, você não é besta!
- Então o que diabos o senhor seguro de si quer de mim?!
Ele deu um passo a frente, puxou o elástico do meu cabelo, deixando-o solto, e respondeu:
- Você inteira. Mas parece que você não tá mesmo dando a mínima. Já se acomodou? Eu só tô querendo chamar a sua atenção, sua tonta.
- Não, não me acomodei. Só acho que você não precisa ser tosco pra chamar a minha atenção. Porque caso não tenha percebido, guri, você conseguiu bem o que queria. Eu quero ficar contigo, seu cretino. Tá feliz?
- Feliz? Surpreso. Explodindo. Tsc, o que eu tô falando? – ele me puxou pela nuca e me beijou. Cinco segundos depois Tom começou a gritar do telhado:
- UHUUUL! Até que enfim, hein! Hahaha!
Soltei o Bill para olhar pro empolgado, mas só tive tempo de ver o gêmeo mais novo erguendo o dedo médio para o irmão. Com o próprio rosto, me puxou de volta e me beijou outra vez.
Tom tinha descido do telhado fazia tempo quando nós dois terminamos de lavar a fonte e entramos em casa reclamando de fome.
- E a mãe e o pai, Tom? – perguntou Bill.
- A mãe ligou tem uns cinco minutos, disse que já estão vindo.
- Que bom, tô morrendo de fome. E também preciso apresentá-los à minha namorada, né.
- Já sou sua namorada, é? – perguntei.
- Se você quiser, sim. Quer ser minha namorada, chérie?
- Ai que irmão piegas que eu tenho – reclamou Tom.
- Vai tomar no cu, Tom. E você, responde.
- E lá precisa perguntar, Dom Juan? – respondi rindo.
- Aaah, vão pro quarto vocês dois!
- Não – disse Bill. – Vamos esperar aqui mesmo no sofá. Você que saia daí se quiser.
Tom fez uma careta e virou a cara pra tevê, mas não saiu. Bill e eu ficamos quietos, um brincando com a mão do outro.
MARIA OFF
A mãe e o pai logo chegaram. Colocaram as caixas dos guarda-roupas no meio da sala e fomos almoçar. E quer melhor hora para se dar uma notícia boa do que depois do almoço? Foi com esse pensamento otimista que fui para a mesa junto com Tom e Mari. Não sei se por culpa da ansiedade, fui o primeiro a terminar de comer – mas também, pra abrir a boca e contar a novidade, cadê a coragem?
Quando todos terminaram, pedi socorro com os olhos para o meu irmão – pena que ele não soubesse como (ou não quisesse) me ajudar. Mamãe estava para se levantar da mesa quando, num impulso, falei:
- Espera, mãe. Eu... preciso contar uma coisa...
- Ok. Pode falar.
- É que... er... eu... quer dizer, a gente... bom... A Mari... e eu... nós estamos juntos. Pronto, falei.
- Juntos? Como assim? – mãe parece que gosta de ver os filhos sofrendo numa tortura psicológica.
- Juntos, é... Porque... eu pedi a Maria em namoro e ela aceitou. – PROCURA-SE BURACO ONDE ENFIAR A CARA.
- Ah, mas que bom! – comemorou ela. – Fico feliz pelos dois. Já não era sem tempo.
- Só eu aqui tenho a impressão de que perdi alguma coisa? – perguntou meu pai.
- Depois eu te conto a história, Gordon. Realmente ganhei o dia com essa notícia.
- Bom, de qualquer forma também estou feliz por vocês. Apesar de que, se não os conhecesse e os visse na rua, diria que são primos.
Nada mais de muito interessante aconteceu durante as férias. Na metade de agosto, voltamos à escola (oitava série, que feliz); Mari e eu sem querer alardear sobre o nosso relacionamento.
Ela passou a noite aqui em casa depois da festa da escola. Estava tão linda que eu podia varar a noite apenas observando-a. Depois que começamos a namorar, minha mãe implica sobre dormirmos no mesmo quarto; não sei se de brincadeira ou se realmente desconfia que vamos fazer alguma coisa. O fato é que eu não escondo. Tem só um mês que estamos juntos; mas a intimidade, que só faz crescer a cada dia, é bem antiga. Resolveu-se então que eu estou proibido de trancar a porta durante a noite, especialmente se a Maria estiver aqui.
Acontece que, esta noite, já estava todo mundo dormindo quando chegamos – e eu, que não sou bobo nem nada, além de trancar a porta, deitei com ela na cama. Tive que aprender a usar pijama, já que a Mari não se acostuma de jeito nenhum com o meu hábito de dormir só de boxer.
Já tínhamos terminado de tomar café quando o telefone tocou e Tom foi atender. Dali a dois minutos, entrou na cozinha com cara de lunático, ainda com o telefone na mão, e disse:
- Bill, você vai PIRAR quando souber quem era no telefone.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E NÃO ERA O QUE TAVA TODO MUNDO QUERENDO? ~~~~~
Vão todos correr em círculos no meio da rua agora #apanha
Curiosidade #01: Eu ando com perda de memória recente. Também teve uma parte desse capítulo (~adivinhem qual~) que eu escrevi no bloco de notas no celular. Inclusive é de quando eu ainda escrevia GF, logo depois que eu "consolidei" a ideia dessa fic eu já comecei a imaginar ~
Curiosidade #02: Ainda não consegui escanear meus desenhos, mas vou contar a segunda parte disso logo. Eu imaginei e criei a casa em que coloquei os Kaulitz pra morar com base numa PÉROLA que eu fui ver uma vez. Tava na casa de uns amigos de infância, fomos n sei onde e achamos uma casa À venda que tava em exposição. Aí a gente entrou pra olhar, né. PENSA NA CASA: no andar térreo eram duas salas (uma com lareira), quatro quartos (TODOS suítes e um deles com direito a closet, hidro e varanda), uma cozinha com direito a despensa, e uma garagem que devia caber uns seis carros na frente. No subsolo, mais duas salas (e mais uma lareira), uma adega, quarto de criado, PISCINA E CHURRASQUEIRA. Contando com os banheiros dos quartos e os lavabos espalhados pelas salas, tudo somava ONZE BANHEIROS. E no subsolo ainda tinha espaço pra mais dois carros. Jurei que um dia faria aquela casa de cenário - dito e feito, apesar de eu ter feito uma adaptação.
Então é, por hoje é isso.
E vcs que leem a fic mas não deixam review, Deus tá vendo u-u Q-
Até semana que vem, galerinha do mal!