1000 Meere - 30 Segundos de Ausência escrita por seethehalo


Capítulo 5
Enséñame


Notas iniciais do capítulo

EEEEU VOOOOLTEEEEEI (8) /parei
De volta a Sampa e já tô trabalhando de novo (tds pula e dá um soco no ar), só não fui pra minha casa ainda porque minha mãe só chega amanhã e não me deixa ficar sozinha.
MAAAS enfim.

É é é RBD, eu ainda ouço de vez em quando ok. E não tinha MESMO uma melhor que traduzisse o que eu quis expressar nesse capítulo, que aliás vai agradar a muita gente (aeaeaeaeae)
No último capítulo eu disse que não tinha escrito mais nada no bloquinho de notas do celular. Só que na mesma madrugada, tive um lampejo e saquei o celular pra escrever. HEHEHEHEHEHEHE
Agora eu quero voltar pra minha casa terminar de escrever esta e escrever mais [a][a][a] (sou escritora compulsiva, é.)
Curis nas notas finais.
Enjoy (:



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Longe de pensar

Que estou me expressando mal

Tenho que reconhecer

Que tudo isso tem me saído mal

Por isso, vou aprender, vou viver

Vou te abraçar mais e mais

E não quero e não devo e não posso

Deixar de te ver

Porque você vive em mim, junto a mim

No meu interior neste coração confuso

Por isso, te peço por favor

Ensine-me a te querer um pouco mais

E a sentir contigo

O amor que você me dá

Enséñame - RBD


*-*-*-*-*

     Decidido a tentar, mais uma vez, dobrá-la e tirar os fatídicos motivos pelos quais ela se mantém distante, na aula vaga que tivemos na sexta-feira, puxei assunto.

     - Mari... Posso te fazer uma pergunta?

     - Oi?... – disse ela, tirando os fones dos ouvidos. Ela estava deitada no banco, no mesmo que eu estava sentado, com a cabeça voltada para mim.

     - Posso te fazer uma pergunta? – repeti. – Meio indiscreta?

     - Claro. Pode falar.

     - Você já namorou, Maria?

     - Uma vez. Ele era irmão do cunhado da mãe de uma amiga da minha prima. Estudava na sala ao lado. Nos conhecemos quando eu fui na festa de aniversário da minha prima junto com ela. Ele gostava de mim, e eu dele. Ficamos juntos por uns oito meses.

     - Por que terminaram?

     - Enjoamos. A gente sempre se deu bem, nunca quebramos o pau sério, mas né... Não tava dando certo, cada um foi pro seu canto.

     - Hm. – pausa estratégica. – Quer namorar comigo, Mari?

     - QUÊ?! – ela levantou de um salto – Bill, eu sei como você se sente, te respeito e gosto muito de você, mas você sabe muito bem que...

     - Tá, tá, tá; sei muito bem que na presente situação você não quer se envolver com ninguém, muito menos comigo e blablablablablá; mas o fato é que eu quero saber o porquê diabos disso. Sem querer apelar pra pressão, você diz que preza muito a nossa amizade, por que não me conta qual é o seu problema? Porque, a menos que esteja escondendo alguma coisa, a história que você contou não me parece indicativa de nenhum trauma.

     - Ah não, Bill, de novo isso?

     - De novo isso. Eu só quero saber. Te entender. Qual é o problema?

     - Eu não gosto de falar disso.

     - E eu não gosto de ficar enchendo o seu saco com isso. Por que não desabafa comigo logo de uma vez e acabamos com isso?

     Ela baixou os olhos e suspirou.

     - Tá. Você venceu. Se quer tanto saber... Primeiramente, eu não sou daqui. Não ia ser legal eu acabar me apegando e ficar o resto da vida na fossa da distância somada à possibilidade de não nos vermos nunca mais. Isso não seria bom nem pra mim nem pra você. Já falei que eu respeito os seus sentimentos e eu ainda não sei onde enfiar a cara toda vez que você me joga uma indireta; eu percebo, só faço de conta que a carapuça não serviu.

     - Você percebe, é? – dei um sorriso malicioso.

     - Claro, né, Bill. Não sou besta. – pausa. Ela se aproxima de mim, afasta a franja dos meus olhos e emoldura meu rosto com a mão. – Eu não quero te magoar. Não quero ferir seus sentimentos, Bill. Eu realmente gosto de você, é por isso que eu me policio.

     Virei o rosto, peguei sua mão e a entrelacei com a minha.

     - Você já me magoa o bastante não tendo um motivo decente pra me repelir.

     - Eu tenho medo, Bill – disse ela com os olhos lacrimejando -, de que você se apegue demais a mim e deixe de viver a sua vida. Você tem a banda, e com ela, o mundo pela frente...

     - Tarde demais. A banda sempre foi minha prioridade, e continua sendo, mas me apegar a você... qual é, isso eu já sou faz é tempo, e não estou morto ainda. – breve pausa. – Mari, você não tem motivo pra continuar fugindo de mim.

     - Você que pensa. – ela virou o rosto.

     - Hey. Olha pra mim. Eu amo você. E estou disposto a entrar aí dentro dessa armadura.

     - Escuta, Bill...

     - Quieta. Desista. Vem cá. – abracei-a – Chega de medo. Não fuja mais. Eu quero te provar que não há nada do que ter medo aqui.

     - Ok. Eu arrego. Eu vou tentar. Eu acho mesmo que não te dou o valor suficiente pelo que você é pra mim.

     POV MARIA

     Acabei por ceder a Bill. Ele não tem culpa da minha condição e da minha neurose. Resolvi me dar essa chance... até porque eu não resistiria a ele.

     Depois de dois minutos nos encarando, pus a franja dele de volta no rosto. Ele mexeu no meu cabelo e deixou todo bagunçado. Soltei pra arrumar e ele disse:

     - Você fica mais bonita com o cabelo solto.

     - Dá um tempo, Bill. – falei voltando a deitar no banco.

     - É verdade. E se você não desse a mínima, não teria deixado solto.

     - Eu não disse que não dei a mínima.

     - Eu sei. Só falei isso pra ter uma desculpa.

     - Pra que quer uma desculpa?

     - Fecha os olhos. – disse ele se aproximando e fazendo-se ver.

     - Pra quê?

     - Fecha os olhos. Só abre quando eu mandar.

     Obedeci. Ele reforçou a minha cegueira colocando a mão nos meus olhos. Dez segundos depois, senti sua boca tocando na minha. Bill me beijou de ponta-cabeça, tão suave e irresistivelmente que foi impossível não corresponder. Me envolveu tanto que quando ele se afastou eu fui quase atraída como um ímã por ele.

     - Não abre os olhos. – ele pediu e logo depois tirou a mão dos meus olhos. Assim fiquei.

     Meio minuto depois perguntei:

     - Posso abrir os olhos agora?

     Sem resposta.

     - Bill? – chamei. Nada. Abri os olhos e levantei do banco. Bill tinha sumido.

     - Bill! – chamei ao vê-lo encostado na porta falando com Tom.

     Ele fingiu que não me viu e saiu andando para a nossa sala, que é mais adiante. Apertei o passo e segurei-o pelo braço quando ele passou pela porta.

     - Vem cá. O que deu em você?

     - Legal se fissurar numa pessoa e vê-la desaparecer no intervalo de uma piscada, né? – disse ele, sádico. – Mas não foi com a intenção de te fazer beber a própria cachaça que eu te beijei e saí correndo.

     - Quer um megafone? Os saturnianos não te escutaram.

     - Eu só não sabia como olhar na sua cara pra fazer isso e depois de fazer isso.

     Fiquei sem o que dizer.

     - Fui palhaço, né? – ele pôs as mãos nos bolsos e soprou a franja.

     - Um pouco. – aproximei-me e sentei na mesa ao lado dele. – Na verdade, eu... – então eu vi a Sabine entrar na sala e achei bom não por lenha na fogueira – Você entendeu a última lição de matemática?

     - Quê?! Mas quem entende de matemática aqui é você! – exclamou, decerto sem entender a mudança brusca de assunto.

     MARIA OFF

     Cumpri o martírio de não me virar para a cadeira de trás e perguntar à Maria o que ela ia dizer q por que desconversou a aula inteira. Ao ouvir o sinal do fim da aula, não esperei que ela se mexesse, levantei e indaguei:

     - Vem cá, o que deu em você?

     - Essa fala é minha.

     Segurei o riso ao constatar que tinha dito a mesmíssima coisa que ela.

     - Que seja. O que você ia falar no começo da aula?

     - Nada importante. Depois te conto.

     - Bom, se não é nada importante, pode falar.

     - Nada com que você tenha que se preocupar ou tenha que roer unhas por causa.

     - Não roo minhas unhas.

     - Eu sei. Vamos embora?

     Fingi esquecer por ora, mas fiquei meio com a pulga atrás da orelha.

     - As férias estão aí – falei enquanto andávamos na rua. – O que você vai fazer?

     - Não sei, Bill. Talvez a D. Silvíe viaje e... é, eu realmente não sei.

     - Vai lá pra casa. – sugeriu Tom como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

     - É, Mari. Você pode passar as férias com a gente.

     - Vamos ver. – ela respondeu apenas.

     Tenho que cuidar de ter um plano infalível para cumprir a promessa feita à Maria antes das férias. Estou meio de mãos abanando, na verdade não tenho a mínima ideia do que posso fazer. Talvez eu até acabe deixando rolar, mas não me agrada muito a ideia de ir à luta sem uma estratégia de batalha.

     Não se pode negar que de um tempo pra cá nós ficamos até mais íntimos do que de costume. Mari agora recebe minhas investidas com bom humor e uma resposta pronta. Eu, claro, não deixo por menos e reajo à provocação à altura.

     Aí no dia 30 eu tive a infeliz ideia de abraçá-la por trás e sussurrar em seu ouvido “I’m just waiting for the day when you’ll be mine”. Ela se soltou de mim, fechou a cara e disse:

     - Maneira, né, Bill. Não é assim que vai conseguir alguma coisa. Então segura tua onda, tá?

     - Tá. Foi mal. – o fora pelo menos serviu pra eu aprender que ela não gosta de surpresinhas.

     Mas bom, nas férias aí ela vai lá pra casa e agora eu já tenho o meu plano infalível; é só aguardar a oportunidade certa de colocá-lo em prática.


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Notas finais do capítulo

BILL VAI DAR UMA DE CEBOLINHA ~~~ -nn
Eu adorei escrever esse capítulo *O*

Esqueci o que eu ia colocar de curiosidade hoje #apanha
*meia hora depois* Ah, lembrei.
Ando dando pistas da fic e spoilers disfarçados nas respostas dos reviews. Lalalalala ~

Er, tinha mais coisa, mas como eue squeci MESMO, deixa pra próxima. Q-



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