Hidden Magic. escrita por Graah_Caah


Capítulo 2
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem gente...



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Capítulo I

Dois anos havia se passado, Alitzah e Peretz já estavam acostumados com a vida que levavam no castelo, como servos.

Ariadinna cuidava dos dois gêmeos, os escondendo de tudo o que poderia dar errado, já que havia prometido à mãe deles antes de ser queimada viva.

Hoje era apenas mais um dia, todos se levantando cedo para fazer o capricho do Rei Richard e do Príncipe, David. Os dois irmãos odiavam aquela vida, odiavam o Rei e odiavam terem que ser inferiores a ele. Mesmo assim, eram gratos por estarem respirando a cada dia, a cada hora, minuto ou segundo.

E eles se levantavam agora mesmo, aos gritos de Ariadinna.

— Acordem, garotos, temos trabalho a ser feito. - disse ela.

Os gêmeos se reviraram na cama, querendo mais do que tudo, apenas mais uma hora de sono. Também, ficaram realizando as tarefas que lhes foram dadas pelo Príncipe, até tarde! Ah, como era metido aquele David! Não se cabia em si de tanto orgulho, só por ser filho do Rei... Daquele Rei que fazia mal aos outros. Mas, ele também tinha um bom coração, puro.

Alitzah levantou-se, ainda um pouco confusa, mas seu primeiro pensamento foi dirigido ao irmão, Caleb, que nunca fora encontrado. Ah! Na época ele era tão pequeno! Imagine, somente onze anos, mas ela também não era uma adulta, tinha apenas quatorze.

Balançou a cabeça, querendo dispersar os pensamentos que tanto a faziam sofrer, mas também como poderia esquecer-se do irmão que tanto amava? Não, era impossível.

― Ah, Não! De novo não! - bufou Peretz, que odiava acordar cedo tanto quanto Alitzah.

 ― Não reclame meu irmão, vai ver, logo estaremos na cama novamente.  - exclamou Alitzah cruzando os dedos das duas mãos.

― Eu espero. - sorriu Peretz enquanto terminava de se vestir. - Vou indo, tenho que cumprir as tarefas que “Vossa Alteza” deve me pedir.

Com isso, o garoto saiu do quarto deixando um leve sorriso nos lábios de Alitzah com seu sarcasmo.
Logo Ariadinna entrou no quarto com um enorme cesto de roupas vazio.

― Bom, senhorita. Pronta para suas tarefas? - Ariadinna disse entregando o cesto para Alitzah.

― Claro, e eu posso negar? - Alitzah olhou para Ariadinna com um leve sorriso.

― Não! Você e Peretz são servos do Príncipe, não eu.

Alitzah bufou.

— Eu queria que ele fosse servo por um dia, assim, veria o outro lado da vida, o lado que tem que pegar tudo o que os outros deixam. - disse ela, revoltada.

— Sim, mas isso não é possível e as coisas são como são. Melhor aceitá-las e não reclamar, ainda é muito, o que temos. - disse Ariadinna.

— Eu sei, infelizmente, eu sei da realidade.

A garota virou-se em direção ao armário, indo trocar suas vestes.

— Já estou indo. Só vou me trocar, Ariadinna. - falou a menina.

— Não demore. Sabe como o Príncipe... - ia dizendo, mas Alitzah a cortou.

— Sei como são os modos daquele riquinho. Não vou demorar-me, serei breve para que depois Vossa Alteza, o Príncipe, não possa reclamar de nada.

— Certo. Se, realmente, for breve poderás tomar o café da manhã. - Ariadinna saiu do quarto.

Sozinha, Alitzah procurou um vestido simples que mantinha desde seus quinze anos. Não era sempre que os jovens podiam comprar roupas novas, sendo plebeus.

O vestido era simples, branco com uma saia leve, porém rodada, não tendo nenhum detalhe mais adornado, como tinham os vestidos das meninas burguesas. Colocou um sapato qualquer e penteou-se.

Seus cabelos eram escuros, quase negros, como seus olhos. A pele era alva, os lábios vermelhos e carnudos, prontos para um beijo que a despertaria desse pesadelo, levaria-a para de volta ao seu irmão.

Ela e seu irmão podiam ser pobres, não ter quase nada, mas aquilo que lhes pertencia, era cuidado. Pode-se ver isso pelas roupas, mesmo sendo antigas, não possuíam nenhum remendo.

Alitzah que lavava as roupas, tendo suavidade em seus movimentos. Ela sabia que não poderia estragar um vestido, pois não tinha o desfrute de comprar outro.

A menina suspirou, abandonando o espelho, virando-se em direção à porta de seu humilde quarto, que dividia com o irmão. Mesmo a casa deles sendo pequena, também era bem cuidada, sempre limpa, por mais que fosse necessário esfregar, para deixar tudo lustroso.

— Pois bem, estou-me aqui. - disse ela, chegando à cozinha, que tinha cheiro de café.

Seu irmão já comia.

Peretz, tal como a irmã, tinha cabelos quase chegando ao negro, olhos desta cor, pele alva, lábios vermelhos e carnudos. Era lindo, chamando a atenção onde quer que passe.

Ele já estava vestido, tinha trocado-se rapidamente, logo após o despertar. Suas vestes eram compostas por uma calça simples, uma camiseta branca e um suspensório cinza. Os sapatos também foram escolhidos ao acaso.

— Bom dia, minha cara irmã. Tal como os outros dias está belíssima! - falou.

— Bom dia, Peretz. Obrigada, o mesmo elogio serve para você. - disse ela, sorrindo.

— O Príncipe com certeza a elogiará mais. - disse Ariadinna.

Alitzah torceu sua bela face em uma careta, e revirou seus olhos.

— Não gosto dos elogios do Príncipe. Não gosto da família real. - falou.

— Tens sorte pelo Príncipe a bajular, Alitzah. - disse Peretz. - Tenho certeza que ele lhe daria tudo o que lhe fosse pedido.

— Ora, não quero nada dele. - falou a irmã. - O que mais queria me foi tomado: minha família.

As faces de todos murcharam na cozinha.

— Estou com você. - disse Peretz, lembrando-se da mãe e do irmão.

— Sei que está. Sei também que temos Ariadinna, mas não é a mesma coisa. Antes éramos completos.

Alitzah estava certa. Já não bastava ter perdido a mãe, tão jovens, perderam também o pequeno irmão. Oh, Caleb! Como os gêmeos protegiam aquele menino!

— Esqueçam esse assunto. - cortou Ariadinna. - Deixem o passado nas sombras, não o tragam para o presente e, consequentemente para o futuro. E acho melhor, você comer Alitzah, antes que tenha que ir.

A garota assentiu, sentando-se à mesa.

O café não era requintado como os dos burgueses ou os das famílias que viviam na Corte. Apenas pão amanhecido, leite e café, o que para todos ali, já era um banquete.

Peretz acabou primeiro, saindo logo a seguir. Como todos os dias, sua tarefa de agora era a de escovar os cavalos reais.

Alitzah saiu logo depois, mal tocando na comida, estando farta daquela vida.

Ora, que direito tinha o rei de lhe tirar tudo o que mais prezava? Nenhum.

Ah! Mas, ela sabia que iria ter troco. No fundo de seu coração virginal, ela sabia.

Ela suspirou, seguindo para os aposentos do Príncipe. Teria que acordá-lo e depois arrumar tudo em seu quarto.

— Ah, como amaldiçoo essa vida. - sussurrou, subindo as escadas em espiral, que a levariam para os aposentos reais.

Sorte que ninguém a ouviu, ou então, seria acusada de traição, perdendo sua cabeça, afinal, o Rei era absoluto, não queria saber que lhe falassem mal.

Ao fim, abriu sorrateiramente a porta do aposento do Príncipe, e suavemente, deslizou as cortinas, deixando a luz do sol invadir o quarto.

 — Vossa Majestade? - perguntou, aproximando-se do corpo que jazia dormindo na cama. - Tens que acordar, meu lorde.

Ela continuou o chamando, até que por fim, ele despertou.

— Oh! Bom dia, Alitzah. - disse, bocejando.

— Bom dia. - respondeu, cabisbaixa.

— Bom, separe minhas roupas e depois traga meu café. — Disse ele já entrando atrás do provador de roupas, para se trocar. Alitzah bufou e se dirigiu ao armário de David.

Colocou um muda de roupas aos pés do provador do Príncipe, que já havia sido arrumada e saiu do quarto, se dirigindo a cozinha real buscar o café de David.

Voltou com os mais variados tipos de pães, sucos e frutas. O cheiro a fazia encher sua boca d’água, mas não pegou sequer uma migalha. Não era uma ladra e não estava necessitada.

— Aqui está, Vossa Alteza. - disse, entrando no quarto com a pesada bandeja.

— Deixe em cima da cama. - murmurou ele, a observando atentamente.

David era bonito, cabelos loiros, olhos castanhos brilhantes, pele caucasiana e lábios carnudos, que agora sorriam enquanto a observavam.

Alitzah corou e colocou a comida em cima da cama.

— Ah, sempre tão bela, Alitzah! - exclamou ele.

— Gentileza a sua. - murmurou a menina, desconsertada. - Sou tão humilde...

— Podes trajar roupas simples, sem nenhum entalhe, mas sua beleza clama para ser vista. - disse ele, ainda sorrindo.

— Obrigada, Vossa... - David a cortou.

— Podes chamar-me pelo nome, já lhe disse isso antes. - sim, ele já dissera, mas ela ignorara.

— Não é correto...

Não é correto, não ouvir meu nome saindo de teus lábios.

Ela corou mais ainda de vergonha.

O Príncipe não era tão cretino quanto o pai, era um bom rapaz, só um pouco mimado. Ah, sim, e ele amava Alitzah desde que a jovem apresentou-se ao Rei.

— Certo, David. - disse ela, atendendo a ordem dele. - Aprecie a refeição. Volto daqui a pouco...

— Por que não comes comigo? Não gosto de comer sozinho. - disse.

— Claro. - ela assentiu e sentou-se na beirada da cama, incrustada com dossel.

— Por favor, sirva-se.

— Já estou por satisfeita, tomei meu café em casa... - novamente, ele a cortou.

— Mas, seu café não pode ser comparado com este. Ande, sirva-se. - ele não disse aquelas palavras por mal, era apenas sua forma de enxergar os plebeus, uma forma certa.

Alitzah não demonstrou sua frustração, serviu-se de uma fruta ao acaso. Uma maçã. Mordeu a fruta delicadamente, em uma porção pequena, apreciando o gosto.

O Príncipe sorria, observando-a de esguelha. Quase não sabia se comportar ao lado dela, preferindo, somente a observar.

— Ahn, Alitzah... Hoje teremos uma excursão, a minha primeira, e eu adoraria que você me acompanhasse. - disse a certo ponto.

— Ora, mas por quê? Se me permite perguntar. - disse ela, claramente confusa.

— Simplesmente, é de meu desejo. - ele falou, sabendo que teria que ser concedido.

— Sendo desse jeito, é claro que o acompanharei. - murmurou.

— Ótimo! Sabes cavalgar? - perguntou e ela assentiu. - Então, mandarei que lhe prepare um cavalo.

Meu irmão vai adorar! Mais trabalho para ele! - pensou ela, mas em seu rosto um doce sorriso estava aberto.

 Nenhum dos dois disse mais nada e o resto da refeição foi em silêncio total. Quando ele acabou, Alitzah levantou-se e pegou a bandeja, colocando-a mesma, em uma mesa central.

— Arrumarei sua cama, e depois levarei a bandeja. - disse.

— Certo, enquanto isso, desço e peço para prepararem um cavalo para você, e para seu irmão.

Alitzah ficou surpresa, mas nada disse. Fez apenas uma pequena mesura.

A garota se apressou para arrumar a cama de seu senhor, e logo que terminou pegou a bandeja que estava na mesa e se direcionou para a cozinha real.

Lavou os pratos e rapidamente se apressou para vestir-se.

Colocou sua capa negra, em seus ombros, e lá se foi para o estábulo.

Aquele não estava sendo um dia tão ruim ou desanimador, a menos que ela se lembrasse de seu irmão que se foi junto com sua mãe.

Chegando ao estábulo, viu todos os cavalos prontos e bem cuidados, e para sua surpresa não era seu irmão que estava fazendo tudo, e sim Johan um dos servos do Rei.

David e Peretz já estavam em seus cavalos, assim como todos os outros cavaleiros.

Johan trouxe um belo cavalo branco, que encantou Alitzah, que logo o montou.

Não demorou muito para todos estarem longe, no meio da floresta.

Alitzah ficou quieta a viajem inteira, pois era a primeira vez que ela saíra da segurança dos muros do reino, e a imagem que ela via não era boa, pois era o mesmo lugar que Caleb foi deixado e esquecido.

Peretz estava animado, também era sua primeira vez fora do reino, e Caleb para ele, era apenas passado, no qual ele havia jurado a si mesmo jamais relembrar. Sim, causava-lhe dor lembrar-se do irmão, e ele estava cansado de sofrer.

A floresta foi ficando escura quieta e sombria, mesmo estando de dia. Os barulhos não iam além de passos e ou de galhos sendo partidos.

O coração de Alitzah travou em sua garganta sentindo a tensão de todos em sua volta.

De repente, em um piscar de olhos flechas já estavam atravessadas no peito de alguns cavaleiros. Alguns estavam guerreando com homens imundos e sorrateiros.

― Bandidos! - Gritou Peretz já tomando o rumo para ficar na frente de sua irmã, protegendo-a de possíveis ataques.

David, rápido, também tirou sua espada de sua cintura e, golpeou um por um.

Vários outros homens saíram das sombras projetadas pelas árvores.

Enquanto David, se ocupava com três homens grandalhões, mais cinco o cercavam por trás.

Alitzah se desesperou, algo de dentro dela queria sair. E não era um grito de aviso.

Ela se sentiu forte, pela primeira vez em sua vida.

Fechou os olhos e se concentrou, tentando encontrar um meio de ajudar David.

De repente, a árvore que se encontrava ao lado de David começou a estalar e se partir, caindo em cima dos bandidos e ajudando David, que ainda olhava confuso e aliviado, pensando ser um milagre.

Alitzah suspirou aliviada, mas não sabia como ela tinha conseguido fazer aquilo com a árvore. Mesmo assim estava feliz em poder ter salvo a vida de seu Príncipe.

David estudou os corpos jazidos no chão, olhando-os com pesar.

 ― Vamos voltar. – disse ele. – Ou então, estamos arriscados a sermos atacados novamente.

Todos assentiram. Alitzah, horrorizada com os corpos, fez uma rápida prece, segurando sua delicada corrente com uma cruz.

Na volta ao reino Alitzah e Peretz se entreolhavam assustados, com várias dúvidas.

Peretz havia percebido o que a irmã fez para salvar o Príncipe, e ele sabia o que era. Magia.

Ela ficara mais atrás, junto de seu irmão, e ele logo começou a conversar sobre o assunto, com todas as palavras sendo sussurradas.

― Você sabe o que fez, não é? – ele perguntou.

― Não, eu não fiz nada. – disse ela, totalmente confusa.

― Fez sim. Você fez aquela árvore se partir e sabe como fez isso. – disse.

― Está louco, meu caro irmão? - as sobrancelhas dela se arquearam. – Foi sua imaginação...

― Não, foi magia. – ele cortou-a. – E você sabe disso.

Alitzah ficou quieta, pois ela sabia que era verdade.

Ela, naquele momento queria que aquela árvore caísse para ajudar David.

E o ocorrido foi exatamente seu desejo, e não uma mera coincidência.

Enfim, os gêmeos estavam em casa, em seu pequeno refúgio. Longe de problemas, mágoas e perigos.

Peretz ainda olhava Alitzah com um sorrisinho nos lábios.

― Você consegue repetir? – Peretz a encarava, pensativo.

― Não sei irmão, não sei nem como consegui fazer aquilo.

― Será que eu consigo também? – havia esperança nos olhos do garoto.

― Não sei, é provável, você é meu irmão... – a garota ficou olhando fixo o chão, pensativa. – Será que Caleb também tem...?

Peretz desviou seus olhos de sua irmã.

― Você sabe que eu não gosto de escutar esse nome. – exclamou, balançando a cabeça, tentando cortar suas lembranças.

― É tão ridículo, ele é seu irmão também. – Alitzah disse, indignada.

― Ele está morto, e você sabe disse tanto quanto eu.

Os olhos de Alitzah se encheram de lágrimas, que logo escorriam de seu rosto.

― Não diga isso, Peretz. – falou ela, rispidamente.

― É a verdade! – ele insistiu. – Você tem que saber disso, tem que aceitar.

― Nunca vou aceitar, porque não é verdade. – ela secou as lágrimas. – E você pare com isso, agora!

Alitzah elevou sua voz na última palavra, e Ariadinna que estava na cozinha ouviu.

― Algum problema, Alitzah? – perguntou.

― Nenhum. – falou a menina.

― Eu vou me deitar. – falou Peretz e se foi, deixando as duas sozinhas na cozinha minúscula.

Alitzah não disse nada, as lágrimas ainda escorriam pela sua face.

A garota decidiu igualmente ir dormir, havia tido um longo dia e uma nova descoberta que era difícil, já que naquele Reino a Magia era proibida. Enquanto Ariadinna ficou na cozinha, confusa terminando de lavar a louça.

A noite não foi fácil e nem tranquila para Alitzah, que sonhou com seu irmão caçula. Caleb.

Estava escuro, a única luz era a de sua mãe sendo incendiada.

A floresta parecia um borrão preto, com a corrida ao castelo em busca de segurança.

Mas, Caleb cai e é deixado para trás, dos seus olhos desce uma lágrima pedindo ajuda.

Alitzah tentou acudi-lo, e só nesse momento percebeu a ausência de Peretz, como se ele não tivesse existido.

Apenas ela, sozinha não conseguira ajudá-lo, os outros da aldeia a puxaram para dentro.

A face de Caleb não existia mais.

Mas seus gritos ecoavam na mente da garota. Gritos que nunca seriam sairiam da memória dela.

Alitzah acordou, assustada e suada. Não fora apenas um sonho o que ela tivera, fora uma recordação, de tempos melancólicos.

Percebeu que ainda era noite, e que não havia dormido por mais do que duas horas. O cansaço a esgotava, mas ela tinha medo que voltasse a sonhar.

Mas seu cansaço foi maior, ela recostou-se no travesseiro e novamente dormiu, acabando tendo o mesmo sonho, com a mesma coisa. Ainda assim, quando acordou novamente já era de manhã.

Mais um dia de trabalho.

E mais um dia de outra surpresa.


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Notas finais do capítulo

E ai pessoinhas que amo muito?? Reviews?