Era para ser um dia normal na escolinha da Naty-chan. Mas, como vocês já sabem, não é possível ter um dia normal na Escolinha da Naty-chan. Alguns estavam na fonte, outros nos dormitórios, mas enfim, eles perceberam que faltava um certo baixinho entre eles.

- Cadê o Ed? – indagou Alphonse.                                         

- Deve estar brigando com alguém. – ironizou Hality.

- Ah. – respondeu o outro.

- Não se preocupe! – exclamou Lilly surgindo das profundezas.

Matt apareceu jogando um videogame, como sempre, com a uma cara de poucos amigos. Isso era extremamente raro se tratando do ruivo, que geralmente era risonho.

- O que foi? – perguntou Lilly.

- Mello gritou comigo...

- Ele sempre faz isso. - intrometeu-se Alphonse, ele já sabia disso, mesmo tendo entrado na escolinha à pouco tempo.

- HEEY!!

Era uma voz conhecida.

- Ed! Você voltooooou! – gritou Alphonse, indo em direção ao irmão, que estava com alguns hematomas roxos pelo rosto. – Ahhhhhh! O que aconteceu com seu rosto?!

- Uns rolos aí. – respondeu o outro.

- Fala!

O louro franziu a testa, como se recusasse-se a contar o que havia ocorrido. Mas Alphonse continuou enchendo o saco, e ele abriu a boca:

- Briga de escolas.

- Puutz... – falou Hality. – Você se envolveu com garotos de outra escola?

- Sim.

- Se fodeu.

Ela virou as costas, mas o louro a puxou pelo ombro.

- Só por causa disso, você vai participar da briga.

- EHHHHHHH?? EU NÃO!

- Não é legal para mocinhas brigarem. – disse Alphonse.

- Obrigada. – respondeu Lilly com os olhos azuis fechados.

- Não estava me referindo à você.

- *okay face* - fez a loura.

Matt boiava no assunto, mas pareceu muito interessado quando ouviu a palavra “briga”. Sorriu maliciosamente.

- Briga, hmm? Legal. – resmungou para si mesmo.

- Briga?! – gritou a diretora. – Isso não, pelo menos não posso permitir na minha escola.

- Quantas vezes já teve briga na “sua” escola? – perguntou Lava, se dirigindo à uma estante com várias pastas. – Enfim.

- Droga. – xingou Naty, saindo da diretoria.

Andou pelos corredores, até ir para onde o Edward estava.

- Briga, hein, pedaço de bactéria?

- NÃO ME CHAME DE PEDAÇO DE BACTÉRIA!! E sim, uma briga, com o colégio Hetalia, aqui ao lado.

- PUTA QUE PARIU, não acredito! Por que tinha que ser com eles?

O colégio Hetalia era um internato exclusivamente para garotos, mas com uma má fama de ter garotos encrenqueiros. Naty queria manter total distância deles.

- Aff... O que aconteceu?

- É que assim – começou Ed. – Eu estava indo para uma loja de convivência, e acidentalmente esbarrei em um garoto. Eu não sabia de qual escola era, por causa do uniforme, mas aí um deles me chamou de “baixinho”. Fiquei puto, você sabe, e parti para a briga né?

Naty escutava tudo com atenção.

- Tudo bem que eu apanhei, mas eu também bati, e aí eles marcaram uma briga. Com um monte de gente.

- Ah nãão... Quando?

- Amanhã, umas três horas. – respondeu Ed num fio de voz.

A de olhos verdes suspirou.

- Hality, leve-o para enfermaria.

- Yeap! Vem, Ed!

- Briga?

A pergunta partiu de Mello.

- Sim. – disse Matt. – Você vai?

- CLARO QUE EU VOU, SEU RUIVINHO! NUNCA PERCO UMA BRIGA!

- Ah.

No dia seguinte, às três horas (Leia-se: Preguiça da parte da autora, que acha que o capítulo vai ficar muito grande se deixar coisas mais detalhadas) ~

- E olhe só, eu vim. – disse Hality à Ed.

- Eu percebi que você veio.

Hality vai para o cantinho depressivo. Apareceram uns sete garotos, todos com caras de que está tudo mal pra caramba, ou simplesmente não haviam dormido o suficiente naquela noite.

- Aiii como ele é lindo! – exclamou a de óculos para Lilly, que apenas deu de ombros, murmurando algo como “Eu já tenho namorado”. – Eles são tão lindos...

Um deles olha para ela. Um garoto de cabelos castanho-escuro, com um fio encaracolado “para cima” e olhos cor de âmbar olhou para ela.

- Oii ~ - disse acenando, mas o outro apenas olhou para ela como se dissesse “Quem é você?”, e ignorou.

- Ei, ei. Você é o baixinho daquele dia, cahan, ontem.

Também era louro e tinha olhos verdes. Sorria.

- Eu não sou baixinho! – empurrando o outro.

Ele deu uns passos para trás, e sorriu mais ainda. Cutucou um garoto que estava ao seu lado, aquele de cabelo castanho-escuro.

- Ele sabe empurrar, Lovino!

- Nossa, pelo menos sabe fazer alguma coisa!

Uma enorme veia se saltou da testa de Edward. Quis dar um soco no outro louro, mas não conseguiu alcançá-lo.

- Você vai morrer, idiota.

- Ah, já chega, por favor.  – exclamou Hality, já perdendo a paciência. – Deixe-me contar... Um, dois, três, quatro, cinco, seis... Nove criancinhas idiotas brigando. Isso daria uma novela das boas.

- CALA A BOCA!!

A de cabelos negros deu um sorrisinho sombrio.

- CALA A BOCA NADA, EU VOU ESCREVER O NOME DE VOCÊS NO MEU DEATH NOTE, TODO MUNDO MORRE E PRONTO!!

*Okay face da parte de todos, menos Lilly*

- Eu nem queria vir aqui mesmo. – disse Mello, dando de ombros.

- Queria sim! – rebateu Matt. – E foi você que me puxou para cá!

Gota.

- Etto... Vão parar ou não? – perguntou Lilly. – Se não eu vou embora, não teve tanta graça quanto eu pensava que teria.

Gota maior ainda.

- Ahh, é culpa desse aí. – falou o tal “Lovino”. – Tem gente que simplesmente não saca que é baixinho, mas de qualquer forma...

- NÃO SOU BAIXINHO, CARALHO!

- Aff...

Era Naty. Uma pergunta: Como ela apareceu lá?

- Que chatice. Fiquei vendo de longe e nada, então... Ulquiorra, já pode ir embora!

Ulquiorra saiu de um arbusto e, sem dizer nada, deu de costas e foi andando em direção à Escolinha.

- Poxa. A escola de vocês deve ser ainda mais tensa do que a de nós.

Naty sorriu.

- Então, eu só vim aqui para avisar a vocês que ainda há vagas para nossa Escolinha. – deu uma piscadinha. – Interessados, só vir me chamar. Estarei a todo dispor!

- Ah. – falou Ed. – Legal conhecer vocês.

- A mesma coisa. Aliás, sou Arthur Kirkland.

- Edward Elric.

- AHHHH NOW KISS! NOW KISS! – gritou Hality, assustando os dois louros.

- O quê...?

Mas ela já estava indo à Lovino.

- Ei eiii ~ Eu vou descobrir tudo sobre você, meu irmão mais velho é Detetive. Tome cuidado comigo, posso fazer da sua vida um inferno.

- O quê...? ²

- Eu só não vou descobrir tudo sobre você se você me ligar. Aqui o meu telefone celular. Eu não tenho créditos, só para constar.

Ele pegou o papel, confuso.

Depois...

- Hm, interessante aquela Escolinha. – comentou Arthur. – Já ficou sabendo que provavelmente a nossa escola vai fechar, por que tem poucos alunos?

- Sério? – exclamou Lovino. – Então...

... Talvez a Escolinha da Naty~chan receba novos alunos.