Dear Diary: I Am Going To Sweden escrita por Rocket_Queen


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo, só pra aquecer!



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Sábado, 12 de março, 20h

Querido Diário

Sério, não sei por que estou fazendo isso, nunca tive um diário na minha vida, nem quando eu era criança. Tudo bem, é uma situação especial, esse é talvez o melhor momento da vida e eu queria fazer um registro disso.

É melhor eu começar me apresentando, mesmo não tendo muita noção se apresentar para um pedaço de papel. Meu nome é Emma Larsson, tenho 19 anos, moro em Newcastle upon Tyne, no norte da Inglaterra, antes que me perguntem eu não sei o que eu quero fazer da vida, umas das minhas grandes paixões são a fotografia e o cinema, mas não sei se quero fazer delas uma profissão. Minha família é tradicional, me dou bem com todos eles. A família da minha mãe é sueca, os meus bisavós imigraram de lá para a Inglaterra. Não os conheci, mas os meus avós falam muito da lá, já moraram na Suécia por um longo tempo.

Agora eu cheguei na questão principal ,como eu fui criada ouvindo os meus avós falarem da Suécia, em sueco, comecei a me interessar demais tanto pela história dos meus antepassados quanto a do país natal deles. E nesse presente momento recebi uma carta da embaixada sueca falando que toda a papelada que eu mandei pra lá foi aprovada, dentro de uma semana vou embarcar para Estocolmo onde irei trabalhar como au pair. Eu sei que não é a melhor forma de ir para outro país, mas eu vou poder ter contato com suecos de verdade e eu adoro crianças. Estou pulando de alegria por conta disso, vou conhecer o país que eu ouvi falarem tanto nos últimos 19 anos!

Só quero ver a reação dos meus pais, eu ainda não contei nada sobre isso para eles, vou contar amanhã no tradicional jantar em família que acontece todo o domingo à noite.

Pedaço de papel sem vida que eu chamo de diário, me deseje sorte.

Emma fechou o seu mais novo “diário” de capa preta, por que estava fazendo isso? Muito provável ela desistir de escrever nele em uma semana. Ela poderia fazer aqueles vídeos-diário que tantas pessoas filmam e depois colocam no Youtube, mas claro que ela não colocaria os seus vídeos no Youtube. Emma adorava filmar as mais diversas coisas, mas quando se tratava de filmar a si mesmo... Não, obrigada!

Pegou novamente os papéis que havia recebido pelo correio naquela tarde, era bom demais para ser verdade. Ela ainda precisava contar para a sua família, quase podia prever: os seus avós iam ficar felizes e não iam parar de dar conselhos a ela, seu pai ficaria em silêncio e sua mãe ia começar a reclamar como sempre e falar que ela não foi criada para trabalhar de babá. Mas quer saber? Fodasse! Ela ia fazer o que ela queria e como queria, já era maior de idade, não aguentava mais a sua família super protetora sobre ela.

Embarcaria na sexta-feira, dia 18 de março, ás 11 horas da manhã. Estava tão perto, mas ainda parecia que faltavam milênios para a viagem. Queria começar a preparar sua mala imediatamente, o que precisava levar? Ia ficar na Suécia durante um ano, levava roupas para todas as mudanças de temperaturas ou comprava lá? O que ela precisava mesmo era conversar com sua vó.

Emma se dava melhor com sua vó do que com sua mãe, claro que ela amava à ambas, mas sua mãe era mais rígida, ela sabe que ela é assim para o seu bem, mas não podia evitar  comparar as duas. Sua vó era tão adorável, meiga, naturalmente calma. Que nem dizem, as vós são mães açucaradas.

Ela transitava entre a alegria extrema e o nervosismo, claro que morar em outro país era uma experiência incrível, iria adquirir bagagem cultural, maturidade, responsabilidade, era um novo desafio, estava saindo da sua zona de conforto. Ficava a imaginar como estaria dali a um ano, quando voltasse para a Inglaterra. Ela seria uma Emma totalmente diferente? Mas e se não se acostumasse? Se ela não se dar bem com as pessoas para quem ela vai trabalhar? Ia ficar um ano morando com pessoas que não gostavam dela? Sentia vontade de gritar por ajuda.

Deu mais uma olhada nos papéis que recebeu da embaixada, lá continha o endereço da casa. E se ela se perdesse? Não conhecia nada. Ela ia de táxi, ônibus, metrô? Tantas perguntas estavam fazendo ela ficar apreensiva, mas não tinha pensado nos detalhes, no dia em que ela foi até a embaixada com todos os documentos exigidos era tudo um impulso. Será que ela podia desistir?

Não, não faria isso. Todos diziam que ela nunca terminava o que começava, mas não dessa vez. Precisava disso, precisava crescer, foi protegida durante toda a sua vida, nunca teve que lutar duro por nada, nunca teve um grande projeto sozinha. Muitas jovens na sua idade faziam coisas incríveis sem ajuda nenhuma.

Passou os olhos pela terceira vez pelos papéis até que encontrou o que queria: Richard London Winqvist, 4 anos, filho de Isabel Lestapier Winqvist e Peter London.

Esperava mesmo que tudo desse certo.


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Notas finais do capítulo

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