Um Casal de Dois escrita por Liz03


Capítulo 8
Porque é melhor não vomitar na pia


Notas iniciais do capítulo

Título de capítulo bem idiota mas que, enfim, é um conselho válido, experiência própria (=O). Bem...a trilha sonora que eu indico é "Prima che esci" Laura Pausini (escutem!)



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Levi veio em sua direção, parou em sua frente e mirou o chão por alguns instantes, voltou a mirá-la, ela corou, sentiu o rosto queimar. Ele mostrou um sorriso desajeitado de canto de boca. Segurou seu rosto com as mão e beijou-lhe a testa. Ela sentiu um arrepio percorrer o seu corpo. Tinha graça isso? Parecia uma menina com seu primeiro namorado...Ele riu mais uma vez, estaria lendo os pensamentos dela? Envolveu o tronco dela com seus braços, a barba dele roçou em suas bochechas, Cecília respirou freneticamente o cheiro dele, como uma droga. Nunca tinha percebido que ele era bonito, cabelos castanhos cuidadosamente despenteados. Olhos castanho- acinzentados. Ele afrouxou os braços um pouco para olhá-la novamente. Obrigado Cessi. Sussurrando isso , ele pressionou suavemente os lábios dela com os seus. Obrigado, minha Cessi. Ela sorriu, acariciou a nuca dele. Não era ele o homem de que ela tinha medo, não era ele o homem que como um menino que para tudo dependia dela, não. Era apenas Levi, beijando-a de novo, e de novo, e de novo....

- Dona Cecília... - Uma mão a tocava cautelosamente - Tudo bem...?

Ela abriu os olhos, estava  nas já conhecidas poltronas azuis. Sim, estava bem. E ele como estava? O doutor iria falar-lhe. Ela levantou com um certo esforço, a barriga já proeminente dificultava o movimento. O médico disse que de maneira “impressionante” ele havia se recuperado, as células neurológicas eram de difícil regeneração mas, “milagrosamente” ele estava bem. Aparentemente sem danos. Ficaria apenas em observação e depois poderia ir para casa. Gostaria de vê-lo? Sim, disse imediatamente, queria vê-lo e fazer cafunés como nas manhãs de X-men, mas depois percebeu o que “volta ao normal significava”, volta da dor, da humilhação. Disse ao médico que não se sentia bem. Ajuda? Não, só precisava  de um pouco de água. Correu ao banheiro, pensou em como tudo era antes, as surras, as palavras duras.Vomitou. Sentiu o chão sumir por uns instantes, acariciou a barriga institivamente.

Você pode viver toda uma vida com sede mas, a partir do momento que você bebe um gole de água, um mísero gole, você já não consegue mais conviver com a sede. Fugiria, estava decidida. Disse a enfermeira que iria para casa. Chegou certa em arrumar suas poucas coisas e partir já. Carmem estava na cozinha. Ele estava bem? As lágrimas escorriam tímidas como um chuvisco primeiramente, mas quando a amiga se aproximou e ofereceu-lhe o ombro, a tempestade de lágrimas não se  conteve. Ele havia piorado? Não, ele estava bem. E a correnteza transbordou, ela já não queria ou podia segurar qualquer sentimento.


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Notas finais do capítulo

Como está? E a música, gostaram? Acho que a fic termina essa semana, então não tenham preguiça de comentar. Bjokas. Ah...pode passar twitter e etc por aqui...?

ps: psss! @liz_vm e o tumblr é jacamole , não vou usar muito quando as aulas voltarem, esse terceiro ano me mata. Mas...nada. Era só, Bjokas de novo.