Capitulo quatro

                                                A surpresa  

  O cenário era macabro, as plantas eram rasteiras. Mesmo sendo dia, não havia luz e, sim uma escuridão densa. As arvores eram enormes, camuflavão quase tudo das montanhas. Suas terras eram molhadas, a grama estava fresca. Como era inicio da montanha a fertilização era muito boa ali, mas ao chegarem um pouco mais à frente, aonde se encontrava a montanha, já se dava para perceber que não havia muitas plantas.

  Júlia e Thayná param para ver melhor o que iram encontrar. Depois de acordar cedo para chegar rapidamente aqui, elas estão um pouco exaustas pela longa viagem. O caminho não era curto, tinham que pegar um táxi para chegar na floresta e depois caminhar ate aqui, isso demorou duas horas para ser acabado. Elas olham uma para outra, Júlia acaba com o silencio, dizendo:

  - Bem, pelo menos chegamos, – ela dá uma bufada – agora temos que subir para ver aonde estão os farejadores.

  - Você não consegue ter uma visão e ver mais ou menos aonde eles se encontram?

  - Não, ainda não descobrir como telá-las. Ainda por cima, temos que tomar cuidado, porque tudo diz que o lugar aonde tivera aquela visão teve as mesmas características daqui, à qualquer momento podemos ser atacadas.

  - Exatamente, agora iremos juntos ou separadas?

  - Bom, tecnicamente seria separadas, mas como estamos apenas em duas, seria insensato fazer isso. Então creio que seria melhor irmos juntas.

  - Então vamos, não quero ficar muito tempo aqui, ainda mais com um monte de coisas que precisamos fazer, em questão dos meio-homens.

  - Exato, vamos – elas começam à andar rumo à montanha. Seu terreno não é dos melhores, há muitos galhos soltos pelo chão das arvores. Não é muito plano o chão e, sim muito curvado para cima. É tão insensato o caminho que elas tomaram que não dá para acreditar tantos pensamentos banais, vindo de mentes tão poderosas. – precisamos chegar em algum farejador ate o anoitecer.

  O caminho é longo, podem achar qualquer coisa pelo caminho, inclusive o que Júlia viu em sua visão. Ao longo do trajeto, elas avistam seres macabros, mas como não se parecem nada com farejadores, ela continuam à andar, para que a visão de Júlia não se concretize. Elas terão que andar muito, já que não sabem aonde possam estar os farejadores, às vezes param para descansar, em outras ocasiões continuam à caminhar para não perder tempo.

  Depois de muitas horas de andando, Júlia para aflita. Ela esta tendo outra visão, mas não fala nada ate que Thayná fale alguma coisa: - Júlia, o que você esta vendo?

  - Eu... não sei muito bem... espere um pouco. – ela faz uma longa pausa ate completar de dizer: - nós temos que ir para a direita, lá terá um farejador, só que não sei o que acontecera, tudo diz que terá uma batalha incluindo nós. Mas não vejo quem será nosso adversário.

  - Bom, então teremos certeza que isto acontecera depois de seguirmos este caminho dito por você, então teremos que estar preparadas.

  - É claro, como não pensei nisso! – Júlia abre um longo sorriso em seu rosto, depois dizendo: - Eles estão preparando uma emboscada para gente. Eles concerteza já devem estar sabendo de nossa presença na montanha. Então eles saberão a hora exata de nos atacar. Putz, como não pensei nisto antes?

  - Como assim Júlia? Como você chegou à esta conclusão? Sendo que você não conseguiu ver o nosso adversário?

  - Não vi ele, mas vi o suficiente para saber o que eles podem estar fazendo. E é claro se preparando para lutar. Olhe bem aqui, temos que usar todas nossas forças e inteligência, ah  e o mais importante – ela faz uma pausa ante de falar: - tentaremos conversar primeiramente antes de lutar. Temos que sermos gentis e sutis, para que não haja muita briga, ouviu bem?

  - Sim, entendi. Mas temos que ter uma plano em mente, para que não sejamos mortas.

  - Agora vamos. – elas começam à andar, mas agora por outro caminho. Elas terão que ter muita força para combater o que esta por vir, já que elas não têm muitos poderes sutis para este tipo de situação.

  A escuridão ainda esta densa, não se pode ver muita coisa com a nevoa que transpassa em suas cabeças. Mas elas estão com absoluta certeza que estão com uma sensação sobrenatural em seus peitos.cada vez mais as arfadas das garotas ficam mais fortes.

  Elas começam à andar para o caminho indicado por Júlia. Elas andam 2 km, ate chegar em sua batalha contra o desconhecido.

  - Júlia, este é o cara quem você viu? – Thayná pergunta para Júlia.

  - Não sei, ele esta muito longe. Teremos que nos aproximarmos mais. – O adversário das amigas esta um pouco longe. Mas dá para ver um pouco, ou seja, conseguem ver que ele quer atacá-las.

  - Por favor, saiam daqui. – o homem diz para as garotas.

  - Como assim? Precisamos de um farejador, não sairemos ate conseguir um. – Thayná fala para ele.

  - Se eu fosse vocês não ficariam. – ele retruca.

  - Por que? Você ira nos atacar? – Júlia implica com ele.

  - Vocês não estam entendendo. Haverá uma grande batalha aqui, não queremos que esteja gente de fora. Vocês podem morrer.

  - Como assim? – Thayná pergunta.

  - Por favor, saiam o quanto antes que a divisão chegue. – ele fala, mas rapidamente completa: - desculpe-me, não haverá nenhuma divisão, confundi os nomes. – Thayná e Júlia, não se importam com o que ele fala depois de pronunciar a palavra divisão.

  - Júlia, o que você acha. A divisão estará mais forte ou não? – Thayná pergunta.

  - Não sei, só que tenho certeza que ficaremos aqui ate que eles cheguem. – Júlia esta com a voz determinada.

  O cara na frente delas fala: - Bom, depois não dizem que não avisei. – ele sai, deixando as duas ali.