A Relíquia Perdida escrita por letter


Capítulo 5
Capítulo 4 - Hogsmeade




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             “-Você sabe que meu pai nunca permitira – disse a garota com um suspiro abaixando a cabeça – Ele espera que eu case com algum primo para manter o sangue puro, por ele eu casava com um irmão, se tivesse.

            “- Meus pais esperam que eu me case com a Doera Black – respondeu o moreno levantando o rosto da garota com o polegar – Mas não me caso com ninguém que não seja você.

           “- Charlus... Não podemos continuar com isso.

           “- Elizabeth, eu aceito ser deserdado, aceito perder minha honra, aceito que minha família feche as portas para mim, mas eu não vou aceitar ficar longe de você.

           “- Papai nunca me permitiria ficar com um traidor do sangue que seja Grifyndor.

           “- Não escolhi me apaixonar pela descendente de Salazar Slytherin, herdeira dos Gaunt. – respondeu ele brincalhão – Vamos Lizzie – ele estendeu a mão para a garota que a pegava receosa de ser vista em público com Potter pela escola – Vai dar tudo certo, daremos um jeito, prometo”

               - Acorde, por favor – implorava Albus aflito balançando a loira pelos ombros – Por favor, vamos...

                Aos poucos a garota começou com dificuldades a abrir os olhos. Demorou alguns segundos para conseguir se focar em Albus.

               - Graças a Merlin! Céus, o que há com você – perguntou ele incrédulo.

 Aquela voz soava tão familiar em seus ouvidos. Aquele rosto, aquelas feições, mas e esses olhos?

                - Você não é o Charlus – disse ela interrompendo o exagerado falatório de Albus.

                - O quê? Não... Quer dizer... Não! – com o auxilio de Albus ela conseguiu se colocar sentada e se recostou na mofada parede, a única luz que os iluminava vinha da varinha dele largada ao lado – Você está bem?

                - Estou... Você se parece tanto com ele!

                - Com quem?

                - Charlus! Estávamos na floresta... E ele, desapareceu... E eu não o encontro – sua voz passava do espanto para agonia – Eu o procurei no castelo, na floresta, aqui, mas eu não o encontro! Quanto eu lhe vi eu pensei... Mas...

                - Ei, espere, espere, se acalma. Vamos tomar um ar fresco e aí conversamos direito, porque você não está falando coisa com coisa. Tudo bem? – Albus se levanta e estende a mão para ajudá-la. Juntos desceram as velhas escadas da casa dos gritos e sorrateiramente passaram pelo o que deveria ser um quintal e era um matagal. Depois de passarem pela cerca – que Albus julgou que fora James quem a cortou – chegaram ao vilarejo de Hogsmeade.

       A pequena vila estava iluminada por centenas de pisca-pisca postos aos redores das casas e comércios. Dezenas de barracas estavam montadas horizontalmente, todas sortidas de guloseimas, vestes, brinquedos e objetos. De tudo um pouco. Sem contar o número de bruxos que andavam admirados por entre as barracas.

             - Quer tomar algo? – perguntou Albus analisando cuidadosamente a loira – Suco de abobora, cerveja amanteigada, whisky de fogo?

             - Não obrigada – era perceptível o modo como ela estava desconfortada com a situação.

             - Então... Vamos começar do começo... Eu sou Albus...

             - Potter! – completou ela se exaltando

             - Sim. E você?

             - Elizabeth – respondeu ela com um grande suspiro, aliviada por se lembrar de seu nome – Elizabeth Gaunt. – Albus já ouvira esse nome, não se recordava de onde. Talvez ela tivesse familiares em Hogwarts, daí ele conhecia o nome, sim devia ser isso.

             - Prazer Elizabeth. Você disse que procurava alguém...?

             - Charlus! Você tem noticias dele? Estou tão preocupada... Eu procurei no castelo, na floresta, até nesse vilarejo o procurei!

              - Eu não o conheço, sinto muito – respondeu Albus querendo poder dizer algo mais, ele sentia forte impulso de consolá-la, mas como?

              - Como não o conhece? Ele é seu parente! Vocês têm o mesmo sobrenome... Talvez seu primo... Por favor, tente se lembrar! – pedia ela aflita

              - Espere um momento – Albus que andava vagarosamente com Elizabeth ao seu lado parou bruscamente no meio do caminho – Você procura por Charlus Potter? – perguntou ele sem crer.

              - Sim! Graças a Merlin, você sabe noticias dele?

              - Elizabeth, ele era meu bi...

              - Albus! Te procurei por toda parte garoto, vamos! – Rose Weasley aparecera do nada e começara a puxar Albus pelos braços.

              - Rose! Espere! – como ela era forte! Albus olhava para trás e via a confusão no rosto de Elizabeth que assustada assistia a cena sem nada fazer – Eu tenho que voltar! Eu estava...

              - Não importa! Temos que ir, Teddy está aqui!

              - Teddy? Que Teddy?

              - Teddy Lupim, é claro – Rose empurrou o primo para dentro de uma loja escura, que Albus tinha certeza que era para estar trancada – Acho que ele viu o Malfoy – disse ela baixinho olhando pela janela.

              - Onde estão os outros?

              - Eram para estar aqui... Merlin, o que me deu na cabeça aceitar vir para cá?

              - Ro, eu tenho de voltar, eu deixei alguém me esperando...

              - Uma garota? Se ela estiver a fim mesmo de você ela te perdoa por sumir assim. Quem é ela?

              - A loira que estava do meu lado – explicou Albus tentando visualizar Elizabeth no meio da multidão através da janela – Porque entramos aqui?

              - Eu não vi ninguém perto de você... Não prestei atenção, desculpe. Fala que eu sou sua ex-louca, sempre da certo – Rose se virou no lugar, olhando em volta – É a dedos-de-mel, tem uma passagem que da em Hogwarts.

              - Então vá, eu vou ficar, tenho que...

              - Não! Não vou deixar meu irmãozinho ser expulso por causa de James!

              - Relaxa, Teddy mesmo que nos visse não seria capaz de nos entregar – respondeu Albus caminhando em direção a porta.

              - Ele não, mas Victorie sim – respondeu a ruiva indo atrás do primo e fazendo cara de nojo ao mencionar o nome – Aquela veela não vale nada.

              - Ela sua prima Rose – disse Albus rindo e olhando em volta. Onde Elizabeth se metera?

              - E daí? Você também não gosta dela – deu de ombros

              - Vamos achar as crianças e ir embora – talvez Elizabeth tivesse ido embora, voltado para onde veio. E onde seria isso?

              - Rose preciso de dois sicles – exclamou Hugo correndo em direção a irmã, segurando em uma das mãos um algodão-doce azul, e na outra pirulitos de dragão – E o Scorpio está a sua procura – disse ele se virando para Albus

              - O que você quer com dois sicles? E onde estão os outros? Eu mandei vocês ficarem dentro da loja!

              - Chocolate explosivo, é promoção Rose, anda!

              - Você só pensa em comida!

              - E você só pensa em gritar, deuses, não é a toa que o papai fica tão feliz quando você embarca no trem para vir para Hogwarts.

              - É TPM Weasley? – perguntou Scorpio chegando por trás e fazendo a ruiva se sobressaltar.

              - Argh! Malfoy! Saí do meu pé!

              - É TPM – confirmou ele dando uma piscadela para Hugo que não controlou o riso.

              - Vêm Hugo – disse ela puxando o irmão pelo braço da mesma forma que fizera com Albus e caminhando até a loja – Nós não vamos ser expulsos...

              - Espere, mas e o chocolate! – entretanto Hugo não iria pegar nenhum chocolate, Rose já o empurra para dentro da loja e caminhava até os fundos dela, onde entraria no alçapão escondido que dava direto em Hogwarts.

              - Esquece chocolate... TPM – bufava ela – Donde ele tirou isso? Aquele Malfoy... TPM...

              - Onde está o Ben? – Perguntou Albus para Scorpio, andando por entre as barracas, procurando em vão alguma juba de cabelo tão loiro que chegava a ser branco, se possivel mais claros que o do próprio Scorpio. Albus perguntava por um e procurava por outro. Onde estaria Elizabeth? – E a Lily?

              - Não sei e não sei.

              - Albus! – Roxanne chegou batendo o pé no chão e parou de frente ao primo – Fala para o seu amiguinho Schuster, ficar bem longe de mim está bem? – A garota que estava com o rosto tão vermelho quanto os cabelos passou pelos meninos e foi em direção a loja por onde Rose a pouco havia passado na mesma situação.

               - Cara, suas primas são loucas!

               - O que o Benjamim aprontou dessa vez? – a pergunta de Albus foi respondida assim que se depararam com o garoto sentado em um banquinho no meio da pequena praça da vila, com Lily pressionando gelo sobre as bochechas dele.

               - Olha Al, vou te contar, sua prima tem a mão mais pesada que a da Emmie, e olha que a Emmie já deixou o Scorpio de olho roxo por uma semana – contou o menino.

               - O que? Apanhou da Parkinson Scorpio? – pergunto Lily rindo sentada ao banco.

               - Obrigado Ben!

               - Tudo bem, pode zoar ele Scorpio, a Roxy lhe meteu uma bofetada – disse Lily toda sorridente.

              - Valeu amiguinha – respondeu o moreno tirando o saco de gelo de suas mãos e lançando a ela um olhar de azedume. Que ela respondeu com outra melodiosa risada.

              - Eu nunca vi a Roxy nervosa – disse Al colocando as mãos dentro dos bolsos – O que você aprontou com ela?

              - Nada! Sua prima é louca!

              - Ele a beijou – disse Lily em meio a alegria de ver Ben sofrer, e a decepção de que todos beijavam menos ela.

             - O que? – responderam Albus e Scorpio em uníssono, deixando os maxilares caírem.

             - Lily! – ralhou Ben, a ruiva deu de ombro e se levantou do banco.

             - Vamos... A Victorie está por aqui, não quero que ela nos veja – disse ela puxando Albus, ainda pasmo, pelas mãos.

             - Ele beijou a Roxy, mesmo?

             - Uhum... Por onde vamos voltar?

             - Dedosdemel, mas temos de achar a Lucy e a Molly primeiro, não posso deixá-las aqui.

             - Maninhos! Se divertindo? – Perguntou James passando o braço pelos ombros de Albus – Vamos, Teddy quer ver vocês.

             - James! A Victorie está aqui! – disse Lily incrédula olhando para o irmão

             - Louis colocou vomitilhas no suco dela e agora ela está em alguma enfermaria por aí –deu de ombros.

             - Eu pagava pra ver! – disse a ruiva rindo, imaginando a cena – Teddy! – Lily se soltou das mãos de Albus e correu para os braços do primo que a pegou e a levantou no colo em um apertado abraço.

             - Oi minha pequena, que saudades! – respondeu o rapaz de cabelo cor de chiclete dando um beijo na bochecha de Lily e a colocando no chão – Albus, e aí? – cumprimentou ele num abraço menos apertado o primo – Então estão aprendendo mesmo a fugir do castelo?

            - Você me ensinou isso no primeiro ano – James disse todo divertido rindo junto com o primo.

            Teddy Lupim sempre fora mais do que um primo, para os irmãos Potter o garoto era o irmão mais velho, pois viviam mais com eles do que com sua avó, Andrômeda Tonks. Por isso sempre era bom revê-lo. Depois de um pouco conversarem Teddy ajudou Albus a convencer James a voltar para o castelo antes que Victorie voltasse, e foi por sorte que não deram de cara com Pirraça, o poltergeist da escola, que faria o maior escândalo ao vê-los fora da cama.

          Depois de se deitar, Albus ainda ouviu os amigos chegarem ao dormitório e discutirem sobre qual dos dois havia apanhado mais de mulher, mas para ele nada disso era importante.      

         Seus pensamentos vagavam longe, corriam em torno de Elizabeth. Elizabeth Gaunt. Onde estaria ela agora? Aquela garota, confusa e misteriosa conseguira o que nenhuma outra até hoje conseguira fazer com Albus. Conseguira deixar ele com insônia, apenas por pensar nela.

         O dia fora longo, e com custo Albus absorvia todos seus acontecimentos. Ele tinha de pensar... Ela mencionara Charlus... Ele ganhara o jogo... Gaunt... Roxy e Bem... Uma carta de seu pai ainda para responder... N.O.M.s... Elizabeth Gaunt... Charlus... Hogsmeade... Sono, muito sono. E logo os pensamentos de Albus se tornaram sonhos que durou toda a noite e a toda a manhã do dia seguinte.                  

         - Rose? – chamou Albus enquanto a ruiva fazia apressadas anotações no canto de um de seus vários livros.

         - Hm?

         - Me lembre uma coisa, sim?

         - Hmm – respondeu ela sem prestar muita atenção, não se podia contar muito com Rose quando ela estava estudando.

         - De onde eu conheço o sobrenome Gaunt? – ela parou de escrever instantaneamente e levantou a cabeça, mirando o primo com os claros olhos arregalados.

         - Albus! Como não se lembra?! – perguntou ela incrédula – Seu pai destruiu você-sabe-quem, e você-sabe-quem era filho do trouxa Riddle, e da sangue-puro Gaunt.

         - Merópe Gaunt! – exclamou Albus se lembrando da história e se amaldiçoando mentalmente por ter esquecido tal falto – Filha do Marvolo Gaunt!

         - Jura? – ironizou Rose revirando os olhos – Mas porque dessa agora?

                - O nome me veio à cabeça – mentiu ele dando de ombros, ele não sabia porque, mas não queria compartilhar sobre Elizabeth com a prima. Não agora – Quem são os atuais descendestes do Gaunt? – Albus estava curioso em relação as origens da Elizabeth, talvez ela tivesse irmãos estudando em Hogwarts, ou primos com sobrenome difrente.

              - Você-sabe-quem foi o último descendente – disse Rose séria, de onde Albus tirava tais idéias?

             - Você... Você está brincando, não? – O moreno revirou na memória a conversa com Elizabeth, ela tinha dito Elizabeth Gaunt... Ele não teria ouvido errado, teria? Como Rose ousava dizer que não havia descendentes ora! 

             - Não. A mãe de Riddle morreu quando ele nasceu, o avô morreu em Askaban, o irmão, Morfino fora assassinado. Mas agora que você falou... – Rose fechou o livro e olhou em volta pela biblioteca como se procurasse algo – Eu li em algum lugar, não me lembro onde...

             - O que? O que você leu?

             - Morfino... Ele teve um filho bastardo – Albus suspirou aliviado, era isso, Elizabeth era descendente do filho bastardo de um dos Gaunt e carregava o sobrenome da família consigo – Na verdade acho que era filha, mas se não me engano ela morreu jovem.

             - Fala sério!

             - É sério! Não me pergunte por que, mas pelo que li a garota morreu antes mesmo de terminar os estudos em Hogwarts, mais ou menos na década de trinta. Na verdade desapareceu, porque não acharam o corpo. Então é isso, os Gaunt não têm descentes atuais. Porque perguntou isso? – Agora era Rose quem estava encabulada com a história, afinal Albus nunca gostou de falar sobre aquele que não deve ser nomeado ou algo que tenha haver com sua família.

           Na cabeça de Albus aos poucos os fios foram se ligando. Década de trinta. Fora a época em que seu bisavô Charlus Potter estudara em Hogwarts... E Elizabeth falara de um tal Charlus...

           - Rose – chamou ele cautelosamente levantando os olhos cor de esmeralda para prima – Como chamava a garota que desapareceu?    

           - Se não me engano era... Elizabeth... Acho que era isso, Elizabeth Gaunt


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Notas finais do capítulo

Outro capitulo *o* aê gente, sinceramente o que acham que vai acontecer? O que acha que o Albus vai fazer? hm, hm? Vocês viram??? Meeu Teddy apareceu s2 quem leu minha outra fic sabe o quanto eu amo ele, né? Quem gostou de ver o Teddy? *autora levanta os braços quase pulando da cadeira* E deuses coitada da Lizzie começando a lembrar as coisas :O

E deuses amanhã já é a pré de HP, quem vai na pré? quem vai na estréia? Quem vai chorar? Quem ta ansioso? Eu to morrendo de ansiedade aqui, *accio relíquias da morte parte 2* Beijão pessoal, não deixem de comentar!