A Relíquia Perdida escrita por letter


Capítulo 4
Capítulo 3 - Casa dos Gritos




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           - Boa sorte, maninho.

           - Boa sorte. 

                  Ao soar do apito de madame Hooch quinze vassouras instantaneamente se colocaram no ar.

           “E o jogo começa! Grifyndor contra Slytherin, o primeiro jogo dos clássicos nesse ano! Grifyndor é a preferida, mas façam suas apostas, vamos, vamos, tudo pode acontecer! E olha que bela vista, Rose Weasley furando o bloqueio da Slytherin com a goles na mão. Mas que espetáculo essa garota, bonita, inteligente e talentosa, que beleza de garota, pena que ela não aceitou sair comigo... Desculpe professora... E ela marca! Dez pontos para Grifyndor! Vamos que vamos leões!”

        - Malfoy! Deixe o cavalheirismo de lado! Por sua culpa eles marcaram ponto, se for preciso derrube-a da vassoura da próxima vez! – Zabini, um dos artilheiros e capitão do time da Slytherin se contorcia de raiva em sua vassoura por Scorpio ter liberado a defesa para Grifyndor marcar.  Rose Weasley sorria consigo mesmo pelo bom trabalho e ignorava completamente o fato de Scorpius ter lhe aberto campo. 

           “Pelas barbas de Merlin é por pouco que a Weasley se desvia de um balaço lançado por Schuster, teria sido um belo gol se a cobra... Digo o Schuster não a tivesse a atrapalhado, como ele ousa lançar um balaço em uma garota tão bonita como essa? Vocês já viram os olhos dessa gracinha? São uma... Desculpe professora... Olhem, Malfoy com a posse da goles, como a goles foi parar na mão dele tão rápido? Vamos leões cadê a defesa? Mas ele é muito mais rápido do que qualquer defesa, e ele vai, e ele vai... Ele avança e... A não, ele marca!

        - Boa Scor! – parabenizou Albus poucos metros a cima dos outros jogadores tendo cuidado de ficar longe de James que andava lentamente em círculos do outro lado do campo. James fazia questão de distrair Albus para que ele mesmo pegasse o pomo, sendo isso resultado da vergonhosa pontuação da Slytherin nos últimos cinco anos.

           “Slytherin marca outro! Que disputa acirrada, mas que disputa! E chegamos ao placar de quarenta a quarenta! Será que vai ser preciso o pomo de ouro para desempatar? E falando em pomo de ouro, olhem os irmãos Potter! Parece que ambos viram o pomo! Céus, mas o que é isso?”

Vários pares de olhos se levantaram e correram em direção a dois borrões que mal se distinguiam no ar a não ser pelas cores de seus uniformes. Bem acima de onde o jogo ocorria os Potter avistaram o pomo e um ao lado do outro disputavam quem seria o primeiro a agarrar. James era mais veloz, sempre fora, ele sorria consigo mesmo, ia ser moleza pegar essa. Albus tentava ir mais rápido, mas a mão de James já estava a centímetros do pomo. Sempre fora assim, James sempre fora melhor em tudo sem esforço. Tinha as garotas que Albus queria ter, se dava bem nas provas sem estudar, era o melhor apanhador que Hogwarts tivera desde seu próprio pai. Albus sempre ficava em segundo lugar perto do irmão.

Enquanto Malfoy marcava mais gols sem ninguém prestar atenção, Benjamim não pensou duas vezes e rebatera o balaço em direção a James acertando em cheio sua vassoura, fazendo com que este se desviasse de seu caminho e o pequeno pomo de ouro fosse parar na mão de um Albus que mal acreditava no que estava acontecendo.

           “Eu não acredito no que vejo, pelas barbas de Merlin! Meus olhos estão me enganando! James Potter perdeu o pomo? Não! A Schuster você me paga... Desculpe professora... É pessoal por mais triste e desesperador...

   - Thomas – ralhou a diretora McGonagall sentada ao lado do garoto.

    “Por mais injusto e desconcertante...

   - Estou lhe avisando Thomas.

     “Enfim, Slytherin vence”

Jeremy Thomas finalizava a narração sem nenhuma animação, mas diferentemente dele a torcida em verde e prata comemorava a inesperada vitória em meio à euforia do time.

    - Ganhamos! Ganhamos! – exclamava Emmie apertando Albus entre seus braços.

    - Slytherin comemora uma vitória como se fosse à final – desdenhou Rose para James empinando o nariz enquanto passava de frente a bolota prata que formara ao seu lado.

    Scorpius respondia aos cumprimentos enquanto lançava olhares de esguelha para Rose. Ele deveria ir falar com ela? Mas o que falaria? Parabenizava?

    - Weasley! – quando o loiro deu por si ele havia escapado da multidão a sua volta e correra atrás de Rose, mas que diabo eu estou fazendo? Pensava ele consigo enquanto a ruiva virava para ele.

    - O que é Malfoy?

     - Hm... Belo... Belo jogo.

     - Por favor – ironizou ela se virando e voltando a caminhar em direção do castelo, torcendo para que Scorpius não tivesse notado sua surpresa. Seu coração devia disparar daquele jeito só por que o loiro fora atrás dela?

     - Rose! – foi com decepção que ela se virou e deu de cara com Jeremy Thomas – Espera gatinha!

     - O que você quer?

     - Calma minha ruivinha...

     - Eu não sou sua ruivinha.

     - Vim oferecer um ombro amigo, desabafe sua raiva e frustração, vamos ao meu quarto conversar...

     - Desisti Jeremy – com suspiro ela se virou novamente, em silêncio citava a si mesmo as utilidades benéficas da utilização do sangue de dragão enquanto subia para torre dos leões e com facilidade ignorava as falhas cantas de Jeremy.

     - Abstinência – a mulher gorda que lia uma revista trouxa deu passagem para o casal.

     - Rose, estar longe de você é como viver sobre a Maldição Cruciatus, olhar eternamente pra você é como estar sobre uma Maldição Imperius, então, por favor, me dê uma chance. Não diga não, pois vai ser pior que uma Avada Kedavra.

     - Jeremy! Chega! – disse Rose olhando para ele incrédula.

     - Maninha, esse aí está te enchendo? – perguntou Hugo levantando a cabeça de trás do sofá e fuzilando o moreno com os olhos claros – Fica longe da minha irmã, se não eu vou te mostrar o que viver sobre a Maldição Cruciatus.

     - Hugo! – ralhou Lily – Não fale isso!

     - O que você faria se ele estivesse dando em cima do Albus?

     - Cara, não exagera – falou Jeremy arregalando seus olhos escuros

     - Fique esperto – ameaçou Hugo, causando uma crise de risos em Rose.

     - Você ouviu – disse ela subindo para o dormitório feminino.

     - Essa família... – resmungou Jeremy.

     - Ás vezes acho que é só disso que aquelas meninas sabem falar! – exclamou Lily fazendo Hugo se virar

     - Isso o que?

     - Beijo!

     Lily Potter gritou zangada e sentou-se no sofá de frente a lareira. Hugo voltou a se sentar no sofá mexendo em seu tabuleiro de xadrez voltou a falar.

     - Joga xadrez comigo?

     - Ah! – ela exclamou raivosa – Eu aqui com o maior dilema da minha vida e você me chama pra jogar xadrez?

     - Que dilema? Você nunca beijou.

     - Exatamente.

     Ela se ajeitou no sofá a fim de explicar o seu grande problema.

     - Todas minhas amigas já beijaram e vivem contando casos de como beijar é maravilhoso, um mundo fora da realidade...

      - E... – o garoto disse tentando entender onde a prima queria chegar.

      - E que elas viram para mim e dizem: "Ah, coitada da Lily, com treze anos e ainda não sabe o melhor da vida" – ela gritou nervosa – Me sinto um peixe fora d'água.

      - Se serve de consolo, também nunca beijei – Hugo exclamou tristemente mexendo nas peças do tabuleiro de xadrez.

      - Agente devia arranjar alguém para beijar. Eu queria que fosse com alguém especial, mas ninguém da o primeiro beijo na pessoa que vai passar o resto da vida junto.

       - Está pensando em quem? – o primo questionou olhando diretamente para ela – sei de alguém que pode estar gostando de você.

       Ela levantou-se do sofá empolgada:

       - Existe um ser que pode estar gostando de mim? É ele, já decidi, nem sei quem é, mas estou tão desesperada que pode ser qualquer um.

       Ele sorriu e abaixou a cabeça com as orelhas extremamente vermelhas.

       - Sabe o que seria perfeito? – ela perguntou ainda empolgada – Um passeio a Hogsmeade no próximo sábado. Você sai com alguma garota que gosta e eu com esse ai que você irá me arranjar.

        Hugo riu e olhou para a prima:

        - Tá eu falo com ele, aposto que vai aceitar. Aliás, ele já aceitou.

        - Como sabe?

        - É você Lily! – respondeu simplesmente.

        Ela sorriu satisfeita.

        - Que garota você gosta? – ela perguntou displicente.

        - Ah, nenhuma em particular – ele mentiu.

        - Precisa ter uma, vai diga nomes! – ela insistiu. 

        Hugo franziu a testa pensando por um momento e falou o primeiro nome que lhe veio a mente.

        - Quin McLoren.

        Lily arregalou os olhos assim que escutou o nome, mas não disse nada.

        Andares abaixo, longe dos olhos autoritários e das decepções alheias a animação rolava solta.

        Guloseimas e cervejas amanteigadas eram passadas entre os alunos da casa Slytherin enquanto Schuster em meio a uma multidão narrava como fora ele quem garantiu a vitória do time.

        O turbilhão de vozes só não era mais alto, pois o som amplificado de um pequeno e enfeitiçado rádio, as superava.

        Albus estava com a cabeça deitada no colo de Emmie, que com gosto afastava os negros cabelos da testa do moreno, ela o fitava como se não houvesse mais nada no mundo digno de tanta admiração, este por sua vez, fitava o pomo entre seus dedos.

        Scorpius estava sentado à porta do Salão Comunal frustrado com sigo mesmo. Porque, pensava ele, fora atrás da Weasley? Com certeza agora ela vai pensar que ele quer algo com ela... Ou pior, que ele gosta dela. A idéia o deixava mais furioso consigo mesmo.

        - Scor?

        - Que foi? – disse ele de tom alterado.

        - Calminha – Albus ria da reação do amigo – Que cobra te picou?

        - Tá mais para que leão me mordeu – falou num suspiro, se arrependo de deixar tais palavras escapulirem de sua boca.

        Albus era compreensível de mais para ver que o amigo iria se recusar a dar maiores explicações e como se não tivesse ouvido a última frase continuou.

        - Temos que ir.

        - A onde?

        - Falar com Hagrid, temos que ver o que ele quer que façamos hoje.

        - O Ben não vem?

        - Ele está ocupado de mais se gabando.

        - E eu tenho que ir?

        - Não... Sabe o trabalho de Astronomia para amanhã? Você fez? Eu terminei antes do jogo. E olha não ta nada fácil.

        - Cara, isso e chantagem!

        - Tem nome pra isso? – perguntou o moreno rindo enquanto saiam das masmorras.

        - Olá Hagrid – cumprimentou os Slytherins em uníssono ao avistar o idoso gigante que acabara de abrir a porta para recebê-los.

        - Garotos! Boa tarde. Belo jogo.

        - Você assistiu?

        - Mas é claro!  Achou mesmo que eu iria perder um jogo seu? – perguntou Hagrid sorrindo em meio às barbas, mostrando finas rugas por seu rosto – Vieram fazer uma visita para esse velho?

        - Hoje é o último dia de detenção.

        - Ah, isso? Se a professora Minerva perguntar, vocês me ajudaram com as aboboras, pode ir, vão se divertir. Aproveitem a vitória.

        - Mas Hagrid! Aí – exclamou Albus levando uma cotovelada do amigo.

        - Ele disse que podemos ir, e você reclama?

        - Um Malfoy esperto – riu Hagrid – Mas se você quiser mesmo, tenho algumas coisas na Floresta...

        - A floresta não! – disse Albus rápido e alto de mais – Quer dizer... Então já que não tem nada... Vamos Scor? – Mas que diabo fora isso? Porque esse pavor de entrar na floresta de novo?

        - Não acredito que você me fez sair do castelo pra nada!

        - Não começa, você estava à toa mesmo.

        - Al... É, eu vim, você viu. Vai me emprestar o trabalho de Astronomia?

        - Em cima da mesinha ao lado da cama.

        - Cara, eu já disse que você é de mais?

        - Já – Albus ria da animação do amigo – Vai lá.

        - Você não vem?

        - Tenho que devolver o pomo – respondeu ele tirando de dentro do uniforme o mínimo e dourado pomo.

        - Certo, até daqui a pouco.

        - Até.

        O loiro correu em direção ao castelo, enquanto o moreno descia em direção ao campo.                               

         Assim que guardara o pomo no devido lugar, dentro de uma caixa, um barulho sobressaltou Albus. Ele se virou e bruscamente deu de cara com uma pessoa.

        - Foi mal – disse James rindo – Não era pra te assustar.

        - Não me assustei – mentiu Albus

        - Claro que não. E aí, porque não está se divertindo com as cobras? Vocês ganharam, afinal.

        - Fui falar com Hagrid... O que você ainda ta fazendo aqui?

        - Vomitilhas – disse James com um largo sorriso – Tio Jorge mandou umas. Vou colocar no chá da Trelawney na segunda. Eu estava escondendo elas no armário... Eu e os garotos vamos ir a Hogsmeade hoje à noite, vai ter uma feira na cidade. Quer ir?

        - J, se vocês forem pegos...

        - Relaxa maninho - os dois saiam juntos do vestiário se seguiam para o castelo – Temos o mapa do maroto e a capa de invisibilidade, ninguém vai nos pegar.

          - Mas mesmo assim, eu sou monitor e...

          - E daí? O Fred também é, e nem por isso ele é santo.

          - Mas James...

          - Ótimo, encontra agente no hall de entrada depois do jantar, chama o Scorpio também, vai ser divertido – finalizou ele com um sorriso malicioso.

            - Agente vai, né?

            - Nós vamos.

            - Ótimo!

            - Scorpio se você não percebeu o Al está é te corrigindo.

            - O que? – perguntou o loiro confuso.

            - Não é: “Agente vai” e sim “Nós Vamos” – falou Albus virando outra página do livro deitado em sua cama – E não, nós não vamos.

            - Claro que vamos! É Hogsmeade, à noite! Dizem que as feiras de lá são ótimas!

            - Vão vocês, eu não quero ser expulso de Hogwarts, obrigado.

            - Mas seu irmão tem a capa de invisibilidade e o mapa do maroto!

            - A capa custa a caber eu, ele e a Lily quando queremos sair escondidos no verão, imagina um bando de alunos.

             - Scorpio se o Albus não quer ir não insisti – falou Benjamin.

          Albus repassava essa mesma conversa na cabeça nesse exato momento, tentando entender porque agora ele estava caminhando sorrateiramente ao lado dos dois em direção a saída do castelo, para encontrar James e seus amigos.

          - Vocês dois ainda vão me pagar por isso.

          - Maninho! Pensei que você não vinha!

          - Não foi fácil convencer ele – disse Benjamim num comprimento de mãos com James.

           - Oi Al – disse Lily toda sorridente se balançando no lugar.

     Albus arregalou os olhos ao ver a trupe a sua frente: Dominique, Fred, Hugo, Lucy, Louis, Molly, Lily e Roxanne.

           - Domi e Roxy ameaçaram nos entregar se não deixássemos todos virem – James deu de ombros ao perceber o espanto do irmão.

           - E você acha que não vão perceber todos esses alunos fora da cama? – perguntou ele incrédulo

           - Não. Vamos ver... – resmungou James tirando o mapa do maroto de dentro de suas vestes – Juro solenemente não fazer nada de bom – disse ele dando uma batidinha com a varinha no mapa – Filch está andando pelo calabouço... Minerva está em seus aposentos... E nossa querida atrasada está chegando – terminou ele fechando o mapa e murmurando “mal feito, feito” – Oi priminha.

      - Oi – disse Rose andando apressada terminando de amarrar os longos cabelos ruivos levemente ondulados em um pequeno rabo de lado – Desculpe a demora, não foi fácil me livrar de Jeremy.

       - Sem problemas, podemos ir agora?

       - Rose Weasley quebrando as regras? Quem diria – disse Scorpio ironicamente.

       - O que o Malfoy está fazendo aqui? – perguntou ela se dirigindo a James que apontou para Albus

       - Eles me obrigaram a vir – defendeu o moreno seguindo a trupe para fora do castelo

       - Dizem que tem todo o tipo de comida nessas feiras – comentou Hugo todo sonhador

        - Dizem que tem todo o tipo de bruxo... Quem sabe agente não encontra alguém hoje Rose?

        - Roxy! – ralhou Fred ficando com as orelhas vermelhas – James vamos voltar.

        - Relaxa, eu não deixo nenhum aproveitador chegar perto das minhas ruivinhas.

    Os adolescentes chegaram até o salgueiro-lutador, a árvore que havia ao lado do lago de Hogwarts, e Louis andando a frente, pisou num nó que havia em um dos trocos, fazendo assim a árvore para de se agitar. Para os mais novos foi moleza passar pela pequena abertura embaixo da árvore que dava acesso a uma casa mal assombrada no povoado de Hogsmeade. Já os mais velhos tiveram que se encolher.

    - Estamos indo pra casa dos gritos? – perguntou Scorpio agarrado as costas de Albus

   - Assustado Malfoy? – ironizou Rose – Lummus – Quem te convidou Hugo?

   - Ninguém. Mas papai pediu para eu não deixar você andar sozinha por aí, ele tem medo de que algum qualquer te desvirtue.

    - Papai pensa que eu sou... Aí! Olha por onde anda Malfoy!

    - Lucy esse é meu pé – choramingou Molly.

    - Lummus. Acho melhor agente voltar.

    - Calma estamos chegando – murmurou James em algum lugar bem a frente – Pronto. A casa dos gritos.

     - Eu não consigo ver nada – disse Dominique chutando a canela de Benjamin – Aí Merlin, desculpe.

     - Tudo bem – respondeu Ben com a voz abafa segurando a dor, se era possivel.

      - Cuidado com os degraus – avisou James descendo a suspeita escada de madeira.

   Uma sensação desconhecida tomou conta de Albus. Seria medo por serem pegou? Talvez fosse temor por seus primos... Mas não era isso. Tinha algo na casa, algo que não devia estar lá.

   - Al? – chamou Rose olhando o primo cautelosamente, este que por sua vez fitava os andares superiores – Vamos? – disse ela estendendo a mão, como se fosse para ele pegar. Os outros já estavam lá embaixo.

   - Vai indo, quero ver algo.

   Com relutância Rose desceu as escadarias, enquanto Albus subia outras.

   Ele não pensava no que estava fazendo, mas sentia algo que o chamava. Estaria ele ficando louco?

   - Olá? – chamou ele, levantado a varinha acesa para o corredor a sua frente – Tem alguém aqui?

   Nada. Silêncio.

   - Olá? – Não havia ninguém, ele estava ficando louco, era isso.

   Chamou em vão numa ultima tentativa, mas nada era ouvido de volta. O silencio reinava absoluto, os outro já deveriam estar em Hogsmeade.

   Assim que se virou ele se segurou para não cair para trás devido ao susto. Sua varinha quase fora de encontrão com um belo rosto jovial de feições suaves e olhos claros.

   - Desculpe – murmurou uma infantil voz – Não queria te assustar.

   Albus engoliu em seco. Sob a luz de sua varinha a garota a sua frente mais parecia fantasma do que gente. Onde estava sua voz na hora que precisava?

   - Você não me assustou – respondeu ele depois do que se pareceu muito tempo – Quer dizer... Não muito.

   - Obrigada – disse ela gentilmente esticando as mãos segurando uma capa, que Albus reconheceu como sendo a sua. Ele analisou a garota, estava da mesma forma como a vira na noite anterior. Meias rasgadas, camisete manchado, saia amassada. O que acontecera com ela?

   - Sem problema... – Ele era tão familiar para ela, mas tão familiar! E ao mesmo tempo tão desconhecido como qualquer um daqueles outros estranhos que ela avistara. E porque ela se permitia falar com ele? Ela prometera a sai mesmo não falaria, mas ele era tão irresistível pra ela. Muitas achavam Albus Potter um Slytherin metido a sabe-tudo que era popular apenas pelo seu nome. Outras, assim como ela, o via como um incompreendido, perdido em si mesmo, portador de irresistíveis os olhos claros, belos braços com definidas curvas. Além de ser talentoso e conhecido naturalmente, Albus ainda ousava ser bonito. Era de mais para muitas – Espere, onde você vai?

   - Preciso voltar.

   - Para o castelo? – ela negou com a cabeça – Para onde? Hogsmeade?

   - Foi um prazer.

   - Espere, você nem me disse seu nome.

   Ela sorriu sem graça. O que iria responder? Mas desde o principio ela sabia que procurá-lo tinha sido uma má idéia.

   - Eu sou Albus. Albus Severus Potter. E você?

  Potter? Ele tinha dito Potter?

  O coração dela disparara e contra sua vontade, um turbilhão de imagens invadiram sua cabeça sem autorização, e antes que ela pudesse se dar conta do que estava acontecendo, ela sentia seus olhos se fecharem e a consciência se esvair de si.

“ Caraka, que perfeitoo!

Tá muitooo massa, pessoas confessam a Andressa arrebenta né?

Pois é, James Mau, muito mau, não faça isso com a Sibila,

Albus burro, muito burro, não vê que a Emmie tá na dele?

Noss que emocionante o jogo!

Rose linda, mas também é má, muito má, fica tirando o coitado do Jeremy! Da uma chance pra ele poxa!”(Não deixem o Malfoy ficar sabendo disso Ok)

Mas então povôo muito comentário, muito mesmo, eu gostei de verdade”

By: igorwood-

Leitor Beta


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Notas finais do capítulo

Desculpem pela demora, vou compensar vocês postando o proximo rapidinho. Vocês viram que lindo, o Igor deixando recadinho? Fala sério, ele é muito fofo, né? Ele também ta escrevendo fic da época dos marotos, bora passar lá? (http://fanfiction.com.br/historia/136348/Palavras_Fatais)

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Enfim leitores, espero que tenham gostado. Comentem por favor, quero muito ver o que acharam. Beijinhos.